1 de janeiro de 2016

Qual a vontade de Deus para minha vida?


Foto: Jean Assis
Qual a vontade de Deus para minha vida? Este, sem dúvida, é o grande questionamento de todo cristão. A partir do novo nascimento o cristão começa a perguntar-se: o que eu faço para estar no centro da vontade de Deus? Isso ocorre com todo cristão, e então, se você tem essa dúvida, neste texto enfatizamos a vontade de Deus revelada nas Escrituras Sagradas.

O grande problema quando fazemos essa pergunta é que ficamos esperando uma revelação sobrenatural, um anjo vir nos anunciar a vontade de Deus, uma visão acerca daquilo que Deus quer para nossas vidas, ouvir uma voz nos direcionando aquilo que devemos fazer… A tendência é de aguardarmos essas manifestações sobrenaturais, esquecendo que o sobrenatural já foi realizado por meio da preservação da Bíblia no decorrer dos séculos.

Augustos Nicodemus Lopes fala uma frase muito interessante para aqueles que querem ouvir a voz de Deus: “Quer ouvir a voz de Deus? Leia a Bíblia. Quer ouvir a voz de Deus audível? Leia a Bíblia em voz alta”.

Devemos ter expectativas da atuação extraordinária de Deus em nossas vidas. Ocorre que não podemos negligenciar o sobrenatural que é a Palavra de Deus.

Esta foi preservada pelo próprio Espírito Santo, para que hoje pudéssemos desfrutar das direções de Jesus. A Escritura responde claramente qual a vontade de Deus para as nossas vidas. Em síntese ela ensina de duas maneiras: A primeira é pregar a Palavra e a segunda é santificar-se. Somos chamados a cumprir o ide e também santificar-nos.

O Senhor Jesus ordenou a seus discípulos a fazerem discípulos, batizar e ensinar. O grego koiné, a língua original em que o Novo Testamento foi escrito, a ênfase da ordenança está no fazer discípulos e não no ide. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.18). Portanto, Jesus nos chama a discipular, batizar e ensinar.

O discipulador é aquele que escolhe cumprir a vontade de Deus, escolhe seguir os passos do Mestre e para isso investe em relacionamento. Discipulado é fruto de relacionamento e doação, tendo em vista a disposição de servir, de pastorear cuidando do rebanho de Cristo. O ensino está intimamente ligado ao discipulado. Se um discipulador vive a vida de Cristo, ele será um exemplo para o discípulo.

Agostinho de Hipona disse: “Pregue o tempo todo, se possível com palavras”. Nossos atos para demonstrar o amor de Cristo devem ser balizados em ações e em palavras. Se você ensina com palavras, mas não vive de acordo com o que fala, elas perderão o seu valor.

Batizar os discípulos é conduzi-los a obediência a Cristo. O batismo é uma ordenança de Cristo, sendo assim devemos nos empenhar em cumprir a ordem: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.16).

A santificação é fundamental na caminhada com Deus. O cristão deve se despir do pecado e revestir-se de santidade. O autor do livro de Hebreus afirma que “sem santidade ninguém verá a Deus”. E para o salmista ninguém poderá entrar e permanecer na presença de Deus sem uma vida de santidade. “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade” (Salmos 24.3 e 4).

Portanto, fazer discípulos e ser santo é a vontade de Deus para sua vida.
Ronaldo Amaral Campos Júnior

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