O regime norte-coreano considerou que o ditador ‘perderia a dignidade’ diante de seu povo se aparecesse em uma posição secundária nas fotografias e vídeos do evento
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se recusou participar do desfile militar que aconteceu nesta quinta-feira (3) na China porque Pequim lhe negou um tratamento especial em relação a outros dirigentes, asseguraram fontes do país comunista ao jornal sul-coreano ‘Daily NK’.
Kim não participou da cerimônia “porque não poderia ficar de pé na primeira fila da plataforma principal” junto ao presidente da China, Xi Jinping, disseram ao jornal duas fontes ligadas ao governo de Pyongyang. Coreia do Norte e da China realizaram uma série de negociações depois que Pequim ofereceu a Kim um espaço em um dos lados, longe do centro, mas ambas partes não conseguiram alcançar uma solução satisfatória, segundo a versão das fontes.
Uma delas explicou que o regime norte-coreano trabalhou muito para construir um forte culto à personalidade de seu dirigente máximo e, portanto, Kim Jong-un “perderia a dignidade” perante seu povo se aparecesse em uma posição secundária nas fotografias e vídeos do evento. Desde que assumisse o poder em 2011, Kim ainda não realizou uma viagem oficial ao exterior, razão pela qual acredita-se que sua primeira visita teria de ser amplamente divulgada pela maquinaria propagandística do Estado.
No lugar do ditador, a Coreia do Norte enviou a Pequim aquele que é considerado o número três do regime, o secretário do partido único que governa o país, Choe ryong-hae, como seu representante no grande desfile militar para lembrar os 70 anos da rendição japonesa na II Guerra Mundial.
Fonte: Veja
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