22 de setembro de 2015

Notícia - Dólar bate recorde e passa de R$ 4 pela primeira vez na história

Mercados aguardam votação de vetos em ‘pauta bomba’ no Congresso.

Nas casas de câmbio, moeda chega a R$ 4,50

O dólar opera em alta nesta terça-feira (22) e passa a máxima histórica de R$ 4. A alta vem na esteira das preocupações do mercado com votações no Congresso e com a possibilidade de o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevar os juros este ano.

Às 14h20, a moeda norte-americana tinha alta de 1,81%, vendida a R$ 4,0531.

Veja alguns dos momentos de cotação ao longo do dia:

Às 9h10, alta de 0,85%, a R$ 4,0107

Às 10h10, alta de 1,1%, a R$ 4,0249

Às 11h, alta de 1,39%, a R$ 4,0364

Às 12h, alta de 1,8%, a R$ 4,0525

Às 13h08, alta de 1,66%, a R$ 4,0472

Às 14h, alta de 1,9%, a R$ 4,0567

A cotação desta terça é a mais alta já registrada desde a criação do real. Em 10 de outubro de 2002, o dólar chegou a ser vendido a R$ 4 durante o pregão, mas desacelerou a alta e fechou naquele dia a R$ 3,98.

A moeda norte-americana também tem forte alta contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Nas casas de câmbio, mais de R$ 4,50

Nas casas de câmbio, a disparada do dólar já mostra seus reflexos. Na manhã desta terça-feira, a cotação chegava a R$ 4,50 no cartão pré-pago, com o IOF de 6,38% incluído, na Confidence Câmbio. Em espécie, a moeda sai por R$ 4,27. Na cotação, o dólar chegava a R$ 4,489 no cartão e a R$ 4,276 em espécie (ambos com imposto incluído). Na Vips Turismo, os valores eram de R$ 4,22 e R$ 4,45, respectivamente.

Gastos no exterior

A disparada do dólar freia os gastos dos brasileiros no exterior. Segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo BC, essas despesas caíram 46,2% em agosto, frente ao mesmo mês do ano anterior, para US$ 1,26 bilhão.

Votações

A partir das 19h desta terça-feira, o Congresso Nacional se reúne para decidir se mantém ou rejeita vetos da presidente Dilma a projetos que geram despesas e integram a chamada “pauta-bomba”. Alvo de grande preocupação do governo, eventual derrubada dos vetos vai anular quase todo o esforço de corte de gastos que o governo anunciou como parte do pacote de ajuste fiscal – R$ 26 bilhões – dificultando ainda mais o reajuste das contas públicas e alimentando apostas de que o país pode perder o selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor’s.

“Essas dificuldades que o governo enfrenta no Congresso deixam o país quase ingovernável do ponto de vista fiscal”, disse o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.

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Fonte: G1

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