30 de setembro de 2015

Com a Maioria, mas Errado

"Várias pessoas foram vítimas inocentes da fúria cega da multidão, que não estava em condições de examinar calmamente a evidência. Não é no instigar a uma arruaça que o direito é exercido com imparcialidade e discernimento. Durante séculos, a Europa testemunhou o espectáculo vexatório da perseguição às chamadas "bruxas". Numa época dominada por crendices grosseiras, tanto em países católicos como protestantes, muitas mulheres foram condenadas à fogueira, sob a acusação de praticarem "bruxaria". Mesmo a mãe de João Kepler, o pai da astronomia moderna, foi acusada de ser feiticeira e foi com a maior dificuldade ue o filho já ilustre, conseguiu persuadir as autoridades da falsidade da acusação. Num clima de obscurantismo e supersitção, as multidões descarregavm os seus preconceitos cegos contra pessoas que hoje seriam classificadas como doentes mentais.

Uma verdade científica não pode ser estabelecida contando cabeças. Nicolau Copérnico preferiu que só depois da sua morte fosse publicado o seu livro revolucionário para a época, no qual propunha que o Sol, e não a Terra, estava no centro do nosso sistema planetário. Receava que se estivesse ainda vivo, poderia cair vítima da Inquisição, que reflectia as ideias retrógradas de então.

Galileu, ao defender a ideia de que a Terra se revolvia em volta do Sol, fê-lo com o risco de prisão, pois com isso ofendia a opinião da maioria.

Tudo isto ilustra o simples fato de que nem a verdade científica, nem a verdade religiosa, podem ser estabelecidas, por mero voto da maioria. Como escreve Malcolm Muggeridge, um jornalista inglês que se converteu à fé cristã há poucos anos: "O Cristianismo não é uma visão estatística da vida." Não é contando cabeças que se averigua a veracidade do evangelho. Com efeito, os seguidores de Cristo constituíam uma minoria insignificante na Palestina e mesmo três séculos mais tarde ainda, eram uma minoria no Império Romano. (...)" (1)

O próprio Jesus foi vitima de uma multidão enfurecida que gritava "Crucifica-o, Crucifica-o", preferindo que Barrabás, o criminoso, fosse solto.

Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões - Isaías 53:5

Nunca acredite numa mensage
m, nem a defenda como uma verdade, seja ela qual for, só porque é defendida por uma maioria. Procure, por si mesmo, descobrir se as coisas são mesmo assim!...
Mais Perto de Deus, Siegfried J. Schwantes

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