Refugiados curdos da Síria passam atravessam a fronteira com a Turquia, perto da cidade de Kobani. No mundo, 59,5 milhões de pessoas estavam fora de seus locais de moradia até o final de 2014 por motivos como conflitos, violação de direitos humanos e perseguições. O índice abriga os números de refugiados (19,5 milhões), deslocados internos (38,2 milhões) e requerentes de asilo (1,8 milhão), segundo balanço divulgado em junho deste ano pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur)
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou os Estados membros da UE a aceitar dividir o acolhimento de ao menos 100 mil refugiados, para aliviar a pressão sobre os países na linha de frente da crise migratória.
“Aceitar mais refugiados é um importante gesto de solidariedade real. Uma divisão justa de ao menos 100.000 refugiados entre os Estados da UE é o que precisamos agora”, disse Tusk em uma coletiva de imprensa junto ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
Vários países europeus já rejeitaram quotas de divisão de refugiados – e com números muito inferiores aos 100.000 – e em uma cúpula em junho acordaram apenas acolher voluntariamente 32.000 pessoas procedentes de Síria e Eritreia, menos dos 40.000 propostos pela Comissão Europeia em maio.
Na mesma entrevista, Orban disse que a crise de migrantes não é um problema europeu, mas alemão, ao defender a política de seu governo para enfrentar a onda de refugiados que passa por seu país rumo à Alemanha.
“Ninguém quer ficar na Hungria, na Eslováquia, na Estônia, na Polônia. Todos querem ir à Alemanha. Nosso trabalho consiste apenas em registrá-los, e faremos isso”, afirmou em uma coletiva de imprensa com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
“Os húngaros, os europeus têm medo, porque é possível ver que os líderes europeus (…) não são capazes de controlar a situação”, acrescentou o primeiro-ministro, cujo país é criticado por ter erguido uma cerca metálica em sua fronteira com a Sérvia.
“Peço que Schulz diga aos deputados europeus que parem de criticar a Hungria, porque está fazendo o que é obrigada a fazer”, afirmou Orban.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário