A força-tarefa da Operação Lava Jato descobriu que o lobista Milton Pascowitch repassou R$ 1,15 milhão para a empresa JD Assessoria e Consultoria, de José Dirceu, no ano de 2012, quando o Supremo Tribunal Federal julgava o processo do mensalão,no qual a Procuradoria-Geral da República acusava por corrupção o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula. Para o juiz Sérgio Moro, que mandou prender Pascowitch nesta quinta feira (21), este pagamento “coloca em dúvida” se de fato a empresa de Dirceu recebeu de Pascowitch por “serviços de consultoria”.
Ao todo, a força-tarefa identificou pagamento de R$ 1,45 milhão de Pascowitch para a empresa de Dirceu – portanto, o maior volume chegou ao caixa da empresa de Dirceu justamente durante o julgamento do mensalão. “Merecem igualmente destaque pagamentos de R$ 1.457.954,70 entre 2011 e 2012 à empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda., de titularidade de José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-ministro-chefe da Casa Civil e liderança do Partido dos Trabalhadores, depois condenado criminalmente pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470″, anotou o juiz Moro.
Para ele, “causa certa surpresa que, deste valor, R$ 1.157.954,70 tenham sido pagos durante o ano de 2012, quando o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgava, na Ação Penal 470, a acusação formulada pelo Procurador Geral da República contra José Dirceu, o que coloca em dúvida se poderiam ter por causa prestação de serviços de consultoria.”
O ex-ministro José Dirceu reitera, conforme já divulgado anteriormente, que o contrato com a JAMP Engenharia, assinado em março de 2011, teve o objetivo de prospecção de negócios para a Engevix no exterior, sobretudo no mercado peruano. O ex-ministro refuta qualquer relação do seu trabalho de consultoria com contratos da construtora com a Petrobrás.
No período da prestação de serviços da JD Asssessoria e Consultoria à Engevix e à JAMP, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru.
Durante a vigência do contrato, o ex-ministro José Dirceu chegou a viajar a Lima para tratar de interesses da Engevix – fato também confirmado pelo ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada. Em seu depoimento à Justiça, Almada afirmou que nunca falou com o ex-ministro a respeito da Petrobrás.
“Ele (Dirceu) se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltado a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte”, disse o empresário em seu depoimento.
O presidente do Conselho da Engevix, Christian Kok também reconheceu, em entrevista à imprensa, que a Engevix contratou a JD Assessoria e Consultoria para auxiliar em negócios fora do Brasil.
Advogado de Dirceu
O criminalista Roberto Podval, que defende José Dirceu, observou que na época do julgamento do Mensalão o ex-ministro “estava livre, só respondia o processo”.
“(Dirceu) estava em liberdade”, reitera o advogado. “Estava em liberdade, com passaporte, viajava, não havia nenhum impedimento.”
Para Roberto Podval, a decisão judicial que coloca dúvida sobre o contrato de consultoria da JD Assessoria, do ex-ministro, com a empresa Jamp Engenheiros, do lobista Milton Pascowith, “dá a entender que Dirceu recebeu sem poder trabalhar”.
“Na verdade, o ex-ministro de fato era réu e estava sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal, mas isso não o impedia de trabalhar normalmente. Nessa época (2012) Dirceu estava trabalhando.”
Roberto Podval reiterou que o ex-ministro “está à disposição da Justiça, da Polícia Federal e do Mnistério Público Federal para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
Fonte: O Estadão
Ao todo, a força-tarefa identificou pagamento de R$ 1,45 milhão de Pascowitch para a empresa de Dirceu – portanto, o maior volume chegou ao caixa da empresa de Dirceu justamente durante o julgamento do mensalão. “Merecem igualmente destaque pagamentos de R$ 1.457.954,70 entre 2011 e 2012 à empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda., de titularidade de José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-ministro-chefe da Casa Civil e liderança do Partido dos Trabalhadores, depois condenado criminalmente pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470″, anotou o juiz Moro.
Para ele, “causa certa surpresa que, deste valor, R$ 1.157.954,70 tenham sido pagos durante o ano de 2012, quando o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgava, na Ação Penal 470, a acusação formulada pelo Procurador Geral da República contra José Dirceu, o que coloca em dúvida se poderiam ter por causa prestação de serviços de consultoria.”
O ex-ministro José Dirceu reitera, conforme já divulgado anteriormente, que o contrato com a JAMP Engenharia, assinado em março de 2011, teve o objetivo de prospecção de negócios para a Engevix no exterior, sobretudo no mercado peruano. O ex-ministro refuta qualquer relação do seu trabalho de consultoria com contratos da construtora com a Petrobrás.
No período da prestação de serviços da JD Asssessoria e Consultoria à Engevix e à JAMP, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru.
Durante a vigência do contrato, o ex-ministro José Dirceu chegou a viajar a Lima para tratar de interesses da Engevix – fato também confirmado pelo ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada. Em seu depoimento à Justiça, Almada afirmou que nunca falou com o ex-ministro a respeito da Petrobrás.
“Ele (Dirceu) se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltado a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte”, disse o empresário em seu depoimento.
O presidente do Conselho da Engevix, Christian Kok também reconheceu, em entrevista à imprensa, que a Engevix contratou a JD Assessoria e Consultoria para auxiliar em negócios fora do Brasil.
Advogado de Dirceu
O criminalista Roberto Podval, que defende José Dirceu, observou que na época do julgamento do Mensalão o ex-ministro “estava livre, só respondia o processo”.
“(Dirceu) estava em liberdade”, reitera o advogado. “Estava em liberdade, com passaporte, viajava, não havia nenhum impedimento.”
Para Roberto Podval, a decisão judicial que coloca dúvida sobre o contrato de consultoria da JD Assessoria, do ex-ministro, com a empresa Jamp Engenheiros, do lobista Milton Pascowith, “dá a entender que Dirceu recebeu sem poder trabalhar”.
“Na verdade, o ex-ministro de fato era réu e estava sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal, mas isso não o impedia de trabalhar normalmente. Nessa época (2012) Dirceu estava trabalhando.”
Roberto Podval reiterou que o ex-ministro “está à disposição da Justiça, da Polícia Federal e do Mnistério Público Federal para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
Fonte: O Estadão
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