Após ebola, Libéria tenta recuperar a fé da população
A Libéria conseguiu vencer a epidemia de ebola, doença que matou 4.700 pessoas. Agora o país tenta reconstruir seus hospitais, escolas e principalmente a economia.
Mas o que parece ser um verdadeiro desafio será conquistar a fé da população que deixou de frequentar principalmente as igrejas pentecostais.
Joseph Vayombo, secretário da Igreja Unida Deus É Nossa Luz falava para poucas pessoas profetizando que a denominação não irá morrer. “Alguns de vocês estão pensando que esta igreja vai morrer. Fá pessoas aqui que querem que esta igreja morra”, disse.
A denominação não é a única que viu o número de fiéis caírem no país, muitas outras perderam seus seguidores depois do surto da doença.
Os pastores pentecostais tentaram ajudar, através da fé, a conter a doença que muitos dizem ser obra do diabo. Em Monróvia, por exemplo, os pastores descumpriram as ordens para se preservarem e oraram sobre seus congregados. O resultado: 40 pastores morreram de ebola.
Na Igreja Unida Deus É Nossa Luz um caso semelhante fez com que 10% da igreja morresse da doença. Uma mulher doente resolveu pedir oração de cura, os fiéis oraram por ela com imposição de mãos, depois disso todos ficaram infectados e oito membros da igreja morreram (a igreja tinha 80 membros).
Entre os mortos estava James Fallah, o cuidador da igreja, o homem tinha quatro crianças e morreu poucas horas depois de ser levado para uma clínica. O reverendo Edward Kellie, pastor-chefe da igreja, também adoeceu, mas disse que não era ebola. Ele ficou ausente da congregação e agora retorna para tentar levantar a denominação.
O pastor-assistente, Philip Moseray, confessa que a doença trouxe problemas pra igreja. “O ebola trouxe problemas para as igrejas e para os relacionamentos”, disse ele. “Mas Deus está no controle, e não vamos desistir. Estamos tentando nos reconstruir. Estamos tentando nos superar”.
Um dos motivos que afastou os fiéis, segundo Moseray, foi o fato da igreja ter aberto suas portas para os doentes diante de uma enfermidade tão contagiosa. “As pessoas estavam revoltadas com a liderança da igreja por receber pessoas doentes – a igreja é um lugar de oração, e não um hospital”.
O Conselho Inter-Religioso da Libéria trabalhou com autoridades religiosas cristãs e muçulmanas para impedir práticas que envolvessem tocar nos doentes ou mortos vítimas de ebola. A maioria das igrejas e mesquitas respeitaram a recomendação, menos as igrejas pentecostais que recebiam e oravam pelos doentes, espalhando a doença entre seus fiéis.
No caso da Igreja Unida Deus É Nossa Luz, o prédio ficou sob quarentena por conta das mortes geradas pelo episódio. No hospital onde Fallah foi atendido, 15 pessoas se infectaram e também morreram, incluindo um dos principais jogadores de basquete do país.
A esposa do cuidador da igreja também pegou ebola, mas conseguiu se curar. Foi ela que recebeu a oração dos demais integrantes da igreja, quem orou por ela morreu, ela está viva e seu caso se tornou um mistério.
A Libéria conseguiu vencer a epidemia de ebola, doença que matou 4.700 pessoas. Agora o país tenta reconstruir seus hospitais, escolas e principalmente a economia.
Mas o que parece ser um verdadeiro desafio será conquistar a fé da população que deixou de frequentar principalmente as igrejas pentecostais.
Joseph Vayombo, secretário da Igreja Unida Deus É Nossa Luz falava para poucas pessoas profetizando que a denominação não irá morrer. “Alguns de vocês estão pensando que esta igreja vai morrer. Fá pessoas aqui que querem que esta igreja morra”, disse.
A denominação não é a única que viu o número de fiéis caírem no país, muitas outras perderam seus seguidores depois do surto da doença.
Os pastores pentecostais tentaram ajudar, através da fé, a conter a doença que muitos dizem ser obra do diabo. Em Monróvia, por exemplo, os pastores descumpriram as ordens para se preservarem e oraram sobre seus congregados. O resultado: 40 pastores morreram de ebola.
Na Igreja Unida Deus É Nossa Luz um caso semelhante fez com que 10% da igreja morresse da doença. Uma mulher doente resolveu pedir oração de cura, os fiéis oraram por ela com imposição de mãos, depois disso todos ficaram infectados e oito membros da igreja morreram (a igreja tinha 80 membros).
Entre os mortos estava James Fallah, o cuidador da igreja, o homem tinha quatro crianças e morreu poucas horas depois de ser levado para uma clínica. O reverendo Edward Kellie, pastor-chefe da igreja, também adoeceu, mas disse que não era ebola. Ele ficou ausente da congregação e agora retorna para tentar levantar a denominação.
O pastor-assistente, Philip Moseray, confessa que a doença trouxe problemas pra igreja. “O ebola trouxe problemas para as igrejas e para os relacionamentos”, disse ele. “Mas Deus está no controle, e não vamos desistir. Estamos tentando nos reconstruir. Estamos tentando nos superar”.
Um dos motivos que afastou os fiéis, segundo Moseray, foi o fato da igreja ter aberto suas portas para os doentes diante de uma enfermidade tão contagiosa. “As pessoas estavam revoltadas com a liderança da igreja por receber pessoas doentes – a igreja é um lugar de oração, e não um hospital”.
O Conselho Inter-Religioso da Libéria trabalhou com autoridades religiosas cristãs e muçulmanas para impedir práticas que envolvessem tocar nos doentes ou mortos vítimas de ebola. A maioria das igrejas e mesquitas respeitaram a recomendação, menos as igrejas pentecostais que recebiam e oravam pelos doentes, espalhando a doença entre seus fiéis.
No caso da Igreja Unida Deus É Nossa Luz, o prédio ficou sob quarentena por conta das mortes geradas pelo episódio. No hospital onde Fallah foi atendido, 15 pessoas se infectaram e também morreram, incluindo um dos principais jogadores de basquete do país.
A esposa do cuidador da igreja também pegou ebola, mas conseguiu se curar. Foi ela que recebeu a oração dos demais integrantes da igreja, quem orou por ela morreu, ela está viva e seu caso se tornou um mistério.
Fonte: Noticiasgospel
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