Atraída pelo anúncio de roupas e acessórios importados a preços tentadores, em um banner num portal de notícias, a carioca Leyla Maria Peixoto Martins não pensou duas vezes. Clicou na propaganda, que a levou ao site lojaswikee.com.br. Era início de dezembro, e as ofertas eram tão boas — como uma camisa polo Ralph Lauren que no exterior custa US$ 85, cerca de R$ 255, por R$ 89,90 — que resolveu comprar presentes de Natal para a família. Gastou R$ 1.188, pagos por meio de boleto bancário. Nunca recebeu os produtos e, há alguns meses, o único canal de comunicação com a loja, um e-mail informado no site, foi desativado. Não conseguiu reaver o dinheiro.
“Eu não costumo fazer compras em sites, mas naquela correria pré-Natal, resolvi facilitar a minha vida. E deu nisso”, lamenta.
Como Leyla, milhares de consumidores brasileiros são vítimas de sites que vendem, mas não entregam. Quase 500 desses endereços virtuais integram uma lista criada pelo Procon-SP, atualizada periodicamente a partir de reclamações, que deve ser consultada antes de se fechar qualquer compra na web. São lojas on-line que precisam ser evitadas porque vendem o produto, não entregam e não são localizadas para uma negociação nem pelo consumidor, nem pelo Procon-SP.
Desde a criação da lista, em 2011, o número de sites incluídos cresceu mais de dez vezes, pulando de 44 lojas virtuais brasileiras para 472 atualmente. A lista foi criada por causa da explosão do comércio pela internet, com muitas pessoas comprando pela primeira vez, explica Fátima Lemos, assessora técnica do órgão. Naquele ano, o Procon-SP registrou o pico de reclamações sobre falta ou demora de entrega de produtos comprados pela web: 20.379 queixas. No ano passado foram 12.793.
“O grande problema é que a maioria dessas lojas dá os maiores descontos no pagamento por depósito ou no boleto. E dessa forma é impossível reaver o dinheiro, caso a entrega não ocorra”, explica Fátima.
Para Pedro Guasti, diretor executivo da E-bit, consultoria de compras on-line, o número de sites que aplicam golpes é irrisório.
“No Brasil temos entre 40 mil e 50 mil lojas virtuais ativas, com CNPJ. Então, estes sites que devem ser evitados representam 1%. É um índice muito pequeno dentro desse universo que movimenta R$ 40 bilhões com cem milhões de pedidos por ano, mas tem gente que gosta de correr riscos”, diz.
Não é tão simples, porém, identificar um site que não vai cumprir com a oferta. Até porque, explica a assessora do Procon-SP, nem todos foram criados para aplicar o golpe e têm indícios claros de fraude, como produtos a preços muito abaixo dos praticados pelo mercado. Há os que são bem estruturados e trazem todas as informações que um site de vendas deve ter:
“Alguns são colocados no ar por empreendedores que não tinham noção da demanda, não deram conta de realizar as entregas por falta de estrutura logística ou mesmo de estoque e desaparecem, lesando os clientes”.
CNPJ: por meio do CNPJ da empresa, verifique no site da Receita (http://bit.ly/Q6dOrX) a situação cadastral dela. Se estiver “baixada”, “cancelada” ou “inativa”, desista da compra
Endereço: confirme se as páginas que exigem dados pessoais para a compra iniciam por https:// e se o cadeado está ativado (ícone amarelo numa extremidade da página)
Documentos: salve ou imprima todos os passos da compra, inclusive e-mails de confirmação
Fonte: O Globo
“Eu não costumo fazer compras em sites, mas naquela correria pré-Natal, resolvi facilitar a minha vida. E deu nisso”, lamenta.
Como Leyla, milhares de consumidores brasileiros são vítimas de sites que vendem, mas não entregam. Quase 500 desses endereços virtuais integram uma lista criada pelo Procon-SP, atualizada periodicamente a partir de reclamações, que deve ser consultada antes de se fechar qualquer compra na web. São lojas on-line que precisam ser evitadas porque vendem o produto, não entregam e não são localizadas para uma negociação nem pelo consumidor, nem pelo Procon-SP.
Desde a criação da lista, em 2011, o número de sites incluídos cresceu mais de dez vezes, pulando de 44 lojas virtuais brasileiras para 472 atualmente. A lista foi criada por causa da explosão do comércio pela internet, com muitas pessoas comprando pela primeira vez, explica Fátima Lemos, assessora técnica do órgão. Naquele ano, o Procon-SP registrou o pico de reclamações sobre falta ou demora de entrega de produtos comprados pela web: 20.379 queixas. No ano passado foram 12.793.
“O grande problema é que a maioria dessas lojas dá os maiores descontos no pagamento por depósito ou no boleto. E dessa forma é impossível reaver o dinheiro, caso a entrega não ocorra”, explica Fátima.
Para Pedro Guasti, diretor executivo da E-bit, consultoria de compras on-line, o número de sites que aplicam golpes é irrisório.
“No Brasil temos entre 40 mil e 50 mil lojas virtuais ativas, com CNPJ. Então, estes sites que devem ser evitados representam 1%. É um índice muito pequeno dentro desse universo que movimenta R$ 40 bilhões com cem milhões de pedidos por ano, mas tem gente que gosta de correr riscos”, diz.
Não é tão simples, porém, identificar um site que não vai cumprir com a oferta. Até porque, explica a assessora do Procon-SP, nem todos foram criados para aplicar o golpe e têm indícios claros de fraude, como produtos a preços muito abaixo dos praticados pelo mercado. Há os que são bem estruturados e trazem todas as informações que um site de vendas deve ter:
“Alguns são colocados no ar por empreendedores que não tinham noção da demanda, não deram conta de realizar as entregas por falta de estrutura logística ou mesmo de estoque e desaparecem, lesando os clientes”.
CNPJ: por meio do CNPJ da empresa, verifique no site da Receita (http://bit.ly/Q6dOrX) a situação cadastral dela. Se estiver “baixada”, “cancelada” ou “inativa”, desista da compra
Endereço: confirme se as páginas que exigem dados pessoais para a compra iniciam por https:// e se o cadeado está ativado (ícone amarelo numa extremidade da página)
Documentos: salve ou imprima todos os passos da compra, inclusive e-mails de confirmação
Fonte: O Globo
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