27 de novembro de 2021

Aula Bíblica Jovens e adultos, Central Gospel – Lição 09: O poder da voz profética

✋ A paz do Senhor:
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✍️ Apresentem o título da lição 09: O poder da voz profética
💨 Trabalhem os pontos levantados na lição sempre de forma participativa e contextualizada.
Tenham uma excelente aula!
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
  1 Reis 17.1,13-16
1 - Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.

13 - E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho.

14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra.

15 - E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.

16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Elias.

  1 Reis 18.44-45
44 - E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe:

Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe.

45 - E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel.


Bíblia online
Bíblia sagrada online



TEXTO ÁUREO
 2 Pedro 1.19
E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro,
até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.

OBJETIVOS
Compreender que o profeta e a mensagem são inseparáveis;
Estar ciente de que oposições e barreiras sempre se levantarão com o objetivo de limitar ou silenciar a voz profética;
Entender que a voz profética não é dirigida apenas ao crente, mas é também um elemento de transformação da sociedade como um todo.
O que significa profético?
Assim como acontece com tantos outros termos do nosso “jargão” bíblico ou cristão, a palavra profético perdeu grande parte do seu significado. Embora nem sempre nos séculos passados da história cristã esta palavra foi muito usada, e apesar de não ser comum em alguns setores da igreja até hoje, em muitos círculos vem sendo usada de forma cada vez mais frequente, a ponto de virar uma espécie de modismo.

Um nível muito maior de unção profética realmente é uma das promessas de Deus para seu povo nos últimos dias (At 2.17). Porém, antes de concluirmos que a igreja já está experimentando o pleno cumprimento desta promessa na nossa geração, é importante examinar as Escrituras para entender o verdadeiro sentido da palavra. Assim como não é o uso constante dos termos fé, graça, ou poder que prova que temos estes elementos funcionando em nossas vidas ou igrejas, não serão as expressões adoração profética, conferência profética, ou ministério profético que darão este caráter às nossas atividades.

O Significado da Palavra
O termo mais antigo, no hebraico do Velho Testamento, para profeta é ro’eh, que quer dizer vidente. É uma palavra usada também para visão profética. Uma outra palavra, que surgiu depois, é nabi’, aquele que fala, um porta-voz. Nabi’ vem de uma raiz que significa levantar-se, vir à luz ou inchar-se. É relacionada com a palavra para um ribeiro borbulhante e com o verbo jorrar, com o sentido de proferir abundantes sons ou palavras (Pv 18.4). Esta ideia pode ter um sentido passivo, como de alguém que se faz borbulhar pelo Espírito de Deus, que é inspirado por ele. O sentido mais correto, porém, é ativo e contínuo: alguém que jorra as palavras de Deus, um divulgador divinamente inspirado, um anunciador ou porta-voz (Êx 7.1).

Portanto, há um aspecto anterior, passivo e receptivo no profeta: ele vê. E há um aspecto ativo e comunicativo: ele fala. Antes de poder funcionar como boca ou comunicador, ele precisa receber revelação, percepção e visão; precisa “borbulhar” com os propósitos e sentimentos do coração de Deus.

Então disse eu: Não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso” (Jr 20.9; ver também Jr 6.11).

“Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do Senhor, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (Mq 3.8).

Visão Espiritual A primeira característica, então, do profético é sua capacidade de ver numa outra dimensão, de enxergar no mundo espiritual aquilo que a grande maioria não consegue vislumbrar. No Velho Testamento, este era um privilégio de poucos escolhidos. Raramente, Deus tinha no meio do seu povo mais do que um ou dois servos, numa mesma época, que podiam ver e ouvir além do mundo visível e material. Por isto, eram muito requisitados e, se alguém queria saber o que Deus pensava ou diria sobre um determinado assunto, era necessário ir atrás destas pessoas.

Veja o que Balaão disse acerca de suas capacidades proféticas, nem sempre utilizadas a serviço de Deus: “Palavra do homem de olhos abertos; palavra daquele que ouve os ditos de Deus, o que tem a visão do Todo[1]poderoso…” (Nm 24.3,4).

No Novo Testamento, porém, esta visão espiritual potencialmente passaria a todos os cristãos. “Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (Hb 8.11). “E vós possuis unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento” (1 Jo 2.20). “Derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão… Até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito… e profetizarão” (At 2.17.18). “Porque todos podereis profetizar…” (1 Co 14.31).

Na prática, sabemos que a Nova Aliança e o derramamento do Espírito ainda não trouxeram este nível de conhecimento de Deus a todo o povo do Senhor. A grande maioria do povo de Deus e, infelizmente, até dos líderes, não têm estes olhos e ouvidos abertos para saber o que o Senhor está falando ou para onde está querendo nos conduzir dentro do seu plano. Assim, ainda dependemos, em grande parte, da promessa de que Deus não fará coisa alguma sem revelar seu segredo aos seus amigos, os profetas (Am 3.7).

Ele também prometeu a Isaías que jamais retiraria da linhagem profética, no meio do seu povo, a unção de falar as suas palavras, para sempre. Até que se cumpra a promessa de fazer todo o seu povo andar cheio do Espírito e conhecer os tesouros do mundo invisível (1 Co 2.9-16), Deus prometeu que sempre encontrará alguém a quem possa revelar o seu conselho secreto.

Ter os olhos e os ouvidos abertos para o mundo espiritual não é só uma questão de ter algumas experiências deslumbrantes de forma isolada ou esporádica. A revelação, em todas as suas variadas manifestações, vem realmente através de uma “porta aberta no céu” (Ap 4.1), e isto depende não só da nossa disponibilidade, mas da vontade soberana de Deus. Ninguém tem estas experiências de forma ininterrupta. Porém, a característica profética, de ter o véu retirado para ver as coisas da perspectiva de Deus, vai muito além disto. É resultado de andar com Deus, de ter uma vida dedicada a conhecê-lo e de descobrir, progressivamente, o que ele realmente deseja falar e fazer com seu povo.

Portanto, a primeira prova para testar a qualidade profética de alguma mensagem, atividade ou ação é saber se provém de uma visão espiritual e de um genuíno contato com Deus, ou se é apenas cópia de algo que foi rotulado profético.

Proclamação
Depois que o mundo espiritual foi aberto, com certeza haverá conteúdo para proclamar. A essência do ministério profético é anunciar o que se viu, tendo em vista que poucos tiveram o mesmo acesso àquela dimensão.

O profeta é um atalaia, posicionado numa torre de onde consegue ver muito além daquilo que a multidão enxerga. Por isto, precisa alertar, advertir e preparar o povo para aquilo que virá (Is 21.6,11; Ez 3.17). Hoje, esta função ainda precisa ser exercida em favor da própria igreja, já que poucos tiveram seus olhos abertos; no plano de Deus para a nova aliança, porém, seu povo, como um todo, deveria proclamar a vontade e o coração de Deus para o mundo (1 Pe 2.9).

Como a visão profética é a capacidade de ver as coisas da perspectiva de Deus e enxergar a situação como deveria ser, no seu ideal ou padrão perfeito, a proclamação sempre mostra o contraste com a situação atual, imperfeita e errada. Por isto, se alguém fizesse uma estatística, em termos de quantidade, de todas as palavras proféticas na Bíblia, a esmagadora maioria não teria relação alguma com previsão do futuro e, sim, com a exposição do pecado do povo de Deus e com o severo juízo que viria no caso de não abandoná-lo. Pode não parecer assim, mas é preciso ter os olhos abertos, é preciso ter visão espiritual, para enxergar a contaminação e a influência do espírito deste mundo na nossa vida e na vida da igreja.

Por este motivo, a proclamação profética, no geral, era muito impopular. Mostrava como o povo e os líderes estavam errando o alvo, vivendo fora dos propósitos de Deus, cumprindo as ordenanças exteriores, porém afastando-se dele no coração. O rei Acabe, por exemplo, não suportava o profeta Micaías: “Eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o que é mau” (1 Rs 22.8).

A proclamação “profética” que diz apenas o que as pessoas querem ouvir pode ser muito popular, mas apressa ainda mais o juízo e a destruição do povo de Deus. Nas palavras de Jeremias: “Os teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas, e não manifestaram a tua maldade, para restaurarem a tua sorte; mas te anunciaram visões de sentenças falsas, que te levaram para o cativeiro” (Lm 2.14). Ezequiel também falou das terríveis consequências de dar ouvidos à proclamação de paz e prosperidade, quando não vêm da boca do Senhor: “Os teus profetas, ó Israel, são como raposas entre as ruínas. Não subistes às brechas, nem fizestes muros para a casa de Israel, para que ela permaneça firme na peleja no dia do Senhor” (Ez 13.4,5).

O objetivo da proclamação é abrir os olhos e os ouvidos dos ouvintes para que a luz de Deus alcance seus corações e o véu que está diante deles seja removido (2 Co 3.16; 4.3-6). Sem a operação desta luz sobrenatural, continuamos sem enxergar nossa impureza e nossos alvos centrados em nós mesmos, e caminhamos firmes em direção à ruína.

Assim, um segundo teste para aquilo que é chamado profético é verificar os resultados, para saber se houve alguma luz divina, no sentido de revelar pecados e desvios dos alvos de Deus, ou de desfazer o véu natural da nossa mentalidade humana.
O que significa profético? (parte 2)

O que significa profético? Destino e Propósito
“Já não vemos os nossos sinais; já não há profeta; nem, entre nós, quem saiba até quando” (Sl 74.9).

O resultado final, e mais importante, de qualquer ação ou ministério profético é trazer uma revelação mais ampla do propósito eterno de Deus. Qualquer revelação de um acontecimento futuro só é relevante na proporção em que se relaciona com o plano maior do reino de Deus. O exemplo clássico é dos discípulos dos profetas em 2 Reis 2, que tinham revelação de um acontecimento futuro (o arrebatamento de Elias), porém, eram totalmente ignorantes do que isto significava para a continuação dos propósitos de Deus. Chegaram ao absurdo de procurar Elias pelos montes, caso o Espírito o tivesse jogado em algum lugar, depois de arrebatá-lo. Ter percepção de acontecimentos futuros, sem conhecer a natureza de Deus, é extremamente perigoso!

Já a revelação a Isaías quanto ao futuro imperador da Pérsia (Is 45.1) e a previsão exata feita por Jeremias a respeito dos setenta anos do cativeiro (Jr 25.11; 29.10) tinham importância fundamental na seqüência dos acontecimentos proféticos, ou seja, do desenvolvimento do plano de Deus com seu povo na terra.

Podemos dizer, então, que a essência do profético é entrar no mundo espiritual, ver e ouvir o que está acontecendo lá, e trazer esta visão para a dimensão material do mundo em que vivemos. E a essência do que se vê no mundo espiritual é a natureza e o coração de Deus e o seu tremendo e inimaginável plano aqui na terra.

A natureza desta visão espiritual explica as duas principais ênfases proféticas. Ao contemplar a beleza e a profundidade do plano de Deus e sentir seu coração de amor para com o povo que escolheu para fazer parte deste plano, o profeta anuncia a glória, a consumação e a esperança por vir – ou, em outras palavras, define e descreve o nosso destino. Mesmo nos momentos mais escuros da história de Israel, os profetas anunciavam a restauração e o triunfo final. Descreviam, também, a natureza de Deus, seus sentimentos, sua fidelidade, sua capacidade de tirar proveito e glória de qualquer situação de fracasso humano. Mostravam como Deus tinha a solução de todas as soluções, através da vinda do Messias e do “dia do Senhor”, através dos quais ele havia de triunfar sobre todos os obstáculos.

Este era um aspecto essencial da visão profética, pois trazia esperança e um senso de propósito. Nada pode ser considerado profético se não trouxer uma visão sobrenatural de destino, consumação e esperança, sem a qual “o povo se corrompe” (Pv 29.18), pois não sabe para onde vai e não tem uma causa a que se pode entregar. Não é apenas um alvo vago e distante, como ir um dia morar no céu; é algo que faz parte de um todo glorioso, que pouco a pouco passamos a compreender, à medida que a visão profética nos ajuda a completar peças no divino quebra-cabeças.

Mas não conseguiríamos nos ligar a esta visão do glorioso alvo futuro se não houvesse um segundo aspecto da ênfase profética, que falasse para dentro da nossa situação atual. Por isto, conforme já notamos, a maioria dos pronunciamentos proféticos tem a ver, não com o futuro, mas com a lastimosa e imperfeita situação presente.

Porém, mesmo para falar sobre nossa condição e posição atual, é necessário ter uma revelação do plano de Deus, de uma forma mais global e panorâmica. Não se pode aplicar as percepções do mundo espiritual à nossa situação hoje, sem compreender a história e o desenvolvimento do plano divino até o presente momento. Precisamos, como diz Rick Joyner, nos localizar no mapa de Deus. E como, sem visão profética, geralmente estamos tão longe do lugar onde deveríamos estar, de acordo com o mapa, a proclamação profética vem para mostrar como estamos errando o alvo e frustrando o progresso do plano de Deus.

Portanto, a proclamação profética que aponta o pecado do povo de Deus e que tem uma ação negativa de repreensão ou disciplina é mais do que uma capacidade de ver certos aspectos de impureza ou contaminação na igreja ou nas vidas individuais. É certo que quem teve uma visão da santidade de Deus sentirá profundamente sua própria impureza e a do povo no meio do qual vive (Is 6. 5). Mas a qualidade peculiar do profético é entender o que Deus vem fazendo desde o início do seu plano, para onde ele pretende conduzir-nos no futuro e em que posição e atitude deveríamos estar agora. É a verdadeira ligação do presente, tanto ao passado como ao futuro.

Esta dimensão do senso de história e do senso de destino é a falta mais gritante na grande maioria da igreja hoje. É também a maior prova de que o verdadeiro ministério profético ainda não foi restaurado.

O maior pecado da igreja não é sua contaminação com obras da carne, embora estas sejam realmente abomináveis diante de Deus. No Velho Testamento, a nação de Israel recebeu os dez mandamentos e quebrava-os constantemente. Porém, Deus não mandou os profetas para falar principalmente sobre este tipo de transgressão. Não porque não tivesse muita importância, mas porque havia algo muito mais fundamental – o coração do povo estava frio e distante, tinham outros interesses mais importantes e não queriam ouvir de Deus ou conhecer o seu propósito para suas vidas ou nação.

“Não havendo profecia o povo se corrompe” (Pv 29.18). Sem conhecer o alvo de Deus, vivemos sem propósito, sem rumo, e nos abrimos para toda espécie de corrupção. É uma contradição total buscar uma vida de pureza e santidade e continuar vivendo para nossos próprios alvos. É duro quando a palavra de Deus destrói nossos sonhos e projetos particulares. Mas é incomparavelmente melhor viver em função dos alvos de Deus.

Uma verdadeira atuação do ministério profético aplicará o machado à raiz de muitas árvores humanas, a fim de poder implantar um novo senso de destino e restaurar os alvos de Deus para seu povo. A promessa de Deus nas últimas palavras do Velho Testamento é exatamente esta: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5).

Precisamos aguardar e desejar a vinda deste ministério em nosso meio; sua promessa se cumprirá, sem dúvida, mas não nos contentemos com nada menos que o genuíno!
Referências: WALKER, Christopher
Profecias bizarras e incoerentes

Recentemente, dois vídeos ligados a falsas profecias “viralizaram” nas redes sociais. Num deles, um milagreiro — que diz ter visitado mais países do que os reconhecidos pela ONU — resolveu revelar a cinco irmãos, em um culto, os números de uma famosa loteria. Disse ele: “O Senhor falou para mim que tem cinco pessoas que vão se tornar milionárias, pois vão acertar na Mega-Sena. Cinco irmãos que jogam na Mega-Sena levantem a mão. Não tenham medo; não tenham vergonha”. E, por incrível que possa parecer, eles se manifestaram! O “profeta”, então, lhes disse: “Anote aí: 7, 8, 3, 4, 2, 0. Se anotou, recebeu a bênção”. E o povo o aplaudiu.

No segundo vídeo, um famoso “apóstolo” — que costuma desafiar e amaldiçoar pessoas que se lhe opõem — profetizou a um candidato a vereador: “Está selado; eu ligo na terra. Se a boca de Deus fala por mim, amanhã por essas horas você vai estar cantando o hino da vitória. Ou Deus não fala por mim”. Resultado: o candidato não obteve nem cinco por cento dos votos que precisava para ser eleito! Este episódio e o anterior me fizeram lembrar de imediato do que está escrito em Deuteronômio 18.22: “Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele”.

De acordo com as Escrituras, os dons do Espírito Santo jamais contrariam a Palavra de Deus, a qual nos orienta a ganhar dinheiro trabalhando, e não por meio de jogos de azar (cf. Gn 3.19). Ademais, Deus não incentiva ninguém a querer ser um milionário (1Tm 6.9-10). Ressalte-se, ainda, que o “profeta” do primeiro vídeo sequer sabia do que estava falando, pois demonstrou total ignorância quanto ao tipo de loteria mencionada, fomentando ainda mais a zombaria por parte dos inimigos da fé evangélica. Tanto o primeiro vídeo como o segundo, igualmente grotescos, nos levam a meditar a respeito do que é a profecia e suas finalidades, à luz da Palavra de Deus.

Como pentecostais, cremos nos dons do Espírito, mas também sabemos que a verdadeira profecia, proveniente de Deus, de fato, é apresentada quando um servo seu, fiel à sua Palavra, transmite uma mensagem específica por meio da inspiração direta do Espírito Santo (1Co 14.30 e 2Pe 1.21). Trata-se de uma manifestação sobrenatural, cuja função precípua é a edificação das igrejas (1Co 14.3-4). Sendo proveniente de Deus, uma profecia é coerente e lógica, e não esdrúxula e contraditória.

Nos tempos do Antigo Testamento, os profetas eram intermediários entre o Senhor e os seus servos. Estes consultavam aqueles e recebiam sua mensagem sem questionamento, como se fora da parte de Deus (1Sm 3.20; 8.21-22 e 9.6-20). Esse tipo de ministério durou até João Batista (Lc 16.16). Na Igreja, o profeta não é uma espécie de mediador, pois temos a Bíblia completa e podemos consultar a Deus diretamente por meio do Senhor Jesus (1Tm 2.5; Ef 2.13; Hb 10.19-22; Gl 6.16 e Fp 4.6). Há um ministério profético hoje — que é diferente do ministério veterotestamentário — e também o dom de profecia, mas ambos devem ser julgados segundo os critérios prescritos na Palavra de Deus (At 19.6; 21.9 e 1Co 14.29).

O ministro de Deus que profetiza ao pregar a Palavra do Senhor (1Co 12.28) é diferente de quem entrega uma profecia esporadicamente em um culto (v.10), embora ambos sejam chamados de profetas nas páginas neotestamentárias (At 21.8-10). O dom de profecia pode ser concedido a qualquer pessoa que o busca (1Co 14.1,5,24,31), enquanto o ministério profético depende de chamada divina (Mc 3.13 e Ef 4.11). Quanto ao uso, o dom de profecia decorre de uma inspiração momentânea, sobrenatural; já o ministério profético é residente e está relacionado com a pregação da Palavra de Deus (At 11.27-28; 13.1 e 15.32).

Quais são as finalidades da profecia nas igrejas? Edificação, exortação e consolação (1Co 14.3,4,12,17). Ela edifica: a Igreja é comparada a um edifício; o Senhor Jesus é o seu fundamento (1Co 3.10-14; Ef 2.22; 1Pe 2.5), e a profecia é um dos meios pelos quais os salvos são edificados. Ela também exorta: incentiva e desperta o crente, fortalecendo-o na fé. E ela consola: o Senhor se utiliza dela para confortar o crente com palavras semelhantes às de Deuteronômio 31.8; Isaías 41.10 e 45.1-3.

É, portanto, prática antibíblica consultar profetas em nossos dias, pedindo-lhes direção quanto a casamentos, viagens, negócios etc. (1Co 14.13,26,28). O dom de profecia não tem autoridade canônica; não se manifesta para alterar ou contradizer o que está escrito na Bíblia Sagrada (1Tm 4.9; Sl 119.142,160; Ap 22.18-19 e Pv 30.6). Ele não é prioritário para o governo das igrejas. Suas finalidades, como vimos, são: edificar, exortar e consolar. O Espírito orienta as igrejas por meio dos dons espirituais (At 13.1-3 e 16.6-10), mas os ministros de Deus não devem se subordinar a “profetas” e “profetisas” (Ap 2.20-22; At 11.28-30 e 15.14-30).

Por outro lado, por que vemos poucas manifestações genuínas do dom de profecia em nossos dias? Isso ocorre por causa da ignorância, pois pouco se fala nas igrejas acerca desse dom, como ocorria em Éfeso (At 19.2-3). Coisas supérfluas têm ocupado o lugar que devia ser destinado à manifestação do Espírito no culto (cf. 1Co 14.26). Em muitos lugares não tem havido lugar para o Espírito operar (1Ts 5.19). Líderes há que, alegando preocupação com as “meninices”, desprezam as profecias (v.20), esquecendo-se de que é sua missão ensinar os “meninos” quanto ao uso correto desse dom (1Co 14.22-33; cf. 13.11).

Se os crentes fossem ensinados a julgar as profecias, haveria menos espaço para falsos profetas. Haveria menos “revelações” risíveis e bizarras nos cultos, como “Jeová me disse que está curando uma irmã de câncer na próstata” ou “o homem de branco está dando um útero novo para um irmão, nesta noite”. O povo de Deus, como Corpo de Cristo — que está em perfeita sintonia com a Cabeça (Ef 4.14-15; 1Co 2.16; 1Jo 2.20,27; Nm 9.15-22 e Jo 10.4,5,27) —, deve julgar a profecia por meio da Palavra de Deus (Jo 17.17; At 17.11 e Hb 5.12-14). E esta mostra que a verdadeira profecia se cumpre (Ez 33.33 e Jr 28.9), conquanto apenas isso não seja o suficiente para autenticá-la; o Senhor permite que, em alguns casos, predições de falsos profetas se cumpram, a fim de provar seu povo (Dt 13.1-4).

Diante do exposto, ainda que Deus nos tenha outorgado a sua Palavra (Sl 119.105) e nos presenteado com o dom de discernir os espíritos (1Co 12.10-11; At 13.6-11 e 16.1-18), profecias e revelações ilógicas, incoerentes ou bizarras, como as mencionadas nos primeiros parágrafos deste texto, podem ser detectadas sem nenhuma dificuldade. Como vimos, basta conhecer um pouco da vida de certos “profetas” ou simplesmente usar de bom senso para julgar as suas “revelações” segundo a reta justiça (Jo 7.24).
Pr. Ciro Sanches Zibordi

O ensino bíblico sobre a profecia (Parte 1)
O escritor da Epístola aos Hebreus começa sua carta falando da revelação de Deus ao homem durante a História. Na sua primeira declaração, ao referir-se ao passado, ele afirma que o principal instrumento da revelação divina naqueles tempos eram os profetas: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, aos pais, pelos profetas...”, Hb 1.1.

Quem eram os profetas de Deus, de que fala o escritor bíblico? Como eram caracterizados?
Em primeiro lugar, o profeta do Senhor era aquele que recebia os oráculos de Deus para o homem. Em Romanos 3.2, Paulo afirma que aos judeus foram confiados “os oráculos de Deus”.

Em segundo lugar, o profeta era um porta-voz de Deus para os homens. Em Êxodo 7.1, lemos Deus afirmando que Aarão seria “o profeta” de Moisés, isto é, seu porta-voz. Em Lucas 1.70, no cântico de Zacarias, este servo de Deus afirma que Deus falou, desde o princípio, “pela boca dos seus profetas”.

Alguns nomes comuns aos profetas denotam sua função de porta-vozes de Deus. Eles eram chamados de homens de Deus (1Sm 9.7-10 e 2Rs 4.7ss) e videntes (1Sm 9.9,19 e 1Cr 29.29).

Em terceiro lugar, os profetas eram homens movidos pelo Espírito Santo (1Sm 10.6; 19.20 e 2Pd 1.21). A missão do profeta de Deus e o objetivo da profecia

A missão do profeta de Deus era, basicamente, duas: expor os padrões da justiça de Deus nas esferas religiosa, política e social; e trazer da parte de Deus as verdades e doutrinas básicas das Escrituras.

A mensagem do profeta era plena de autenticidade e autoridade divinas. Isso pode ser visto no uso recorrente da expressão “Assim diz o Senhor”. Quanto ao objetivo da profecia, ele está explícito em Apocalipse 19.10: “...porque o testemunho de Jesus é o espírito da profecia”. Esse texto bíblico é um tanto ambíguo no original, mas, quando se leva em conta a analogia geral das Escrituras, o seu sentido, sem dúvida, é de que o objetivo da profecia bíblica é dar testemunho de Jesus, exaltá-lo e revelar sua obra redentora .
Autor: Pr. Antonio Gilberto
Voz como de muitas águas
“Eu vi a glória do Deus de Israel que vinha do oriente. A sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória”. – Ezequiel 43.2

O profeta Ezequiel ouviu a voz do Senhor e foi este o testemunho acerca dela: era como a voz de muitas águas! Mas esta não foi a única ocasião em que ele a ouviu desta forma. Logo no início de seu livro encontramos um relato de uma visão que o Senhor lhe dera, e nela ele comenta acerca da voz do Senhor:

“Andando eles andaram, ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, a voz de um estrondo, como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam suas asas”. – Ezequiel 1.24

Vale ressaltar expressões como “ruído” e “estrondo” ao se falar da voz do Senhor como a voz de muitas águas, pois neste paralelo, a verdade que se quer transmitir não está necessariamente ligada à água, mas ao BARULHO que ela faz. Além do profeta Ezequiel, também temos o profeta Jeremias dando testemunho disto:

“Fazendo ele [Deus] ouvir a sua voz, grande estrondo de águas há nos céus, e sobem os vapores desde os confins da terra. Envia os relâmpagos com a chuva, e tira o vento dos seus tesouros”. – Jeremias 51.16

Tal qual os dois profetas, o apóstolo João em seu exílio na ilha de Patmos também teve uma profunda experiência com Deus, na qual viu o Senhor ressuscitado e ouviu a sua voz; e seu relato é idêntico aos que já vimos, mostrando ser esta uma característica pertencente à voz de Deus:

“Os seus pés eram semelhantes a latão reluzente, como que refinado numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas” – Apocalipse 1.15

Temos três testemunhos: o de Ezequiel, o de Jeremias e o de João. E a Bíblia diz que pela boca de duas ou três testemunhas se estabelece toda questão (2 Co. 13.1). Portanto, isto não é apenas um exemplo ou alegoria, é uma doutrina. Não é um mero detalhe em meio a uma descrição, e sim uma ênfase das Escrituras. A voz do Senhor é como a voz de muitas águas! Deus quer que entendamos e vivamos esta verdade. Sua voz em nossas vidas deve ser como a voz de muitas águas.

O significado

Se a expressão “voz como de muitas águas” não é apenas uma menção ou detalhe, mas uma ênfase e doutrina escriturística, então é de suma importância que compreendamos o significado da terminologia bíblica. O que é ter voz como de muitas águas? Não é a quantidade de água em si que oferece o exemplo utilizado nas Escrituras, mas vimos que a expressão aparece ligada a outros termos como “ruído” e “estrondo”; o exemplo, na verdade, está ligado ao BARULHO das águas. Alguém pode estar no meio do oceano, olhar à sua volta e ver muitas águas, mas ainda sim estar tudo em silêncio; não é da quantidade de água em si que a Bíblia fala, mas sim de seu ruído. Embora no caso de uma queda d’água, quanto maior for o volume de água maior será também o ruído…

Eu creio que o paralelo que Deus oferece é este, o de quedas d’água, cachoeiras, cataratas, ou qualquer outro nome que aponte para o ruído de águas, como as ondas bravias do mar, por exemplo. Até mesmo as chuvas (tempestades) são apresentadas assim neste exemplo bíblico, pois a ideia é esta: ressaltar a intensidade da voz divina.

Quando nos aproximamos de quedas de águas, por exemplo, as Cataratas do Iguaçu, podemos observar que quanto maior o volume de água, maior será o ruído que ouviremos. Estive lá algumas vezes, inclusive na minha lua-de-mel, quando Deus falava destas verdades comigo, e é um espetáculo e tanto! Mas lá em Foz do Iguaçu, podemos ouvir o ruído das águas sem que ele impeça nossa conversa, pois é possível ouvirmos uns aos outros visto que os visitantes não têm como se aproximar tanto das cataratas.

Podemos até molhar a roupa do corpo devido à umidade do ar, mas mesmo nos pontos turísticos mais próximos das cataratas ainda não se chega perto o suficiente para que nossa voz seja encoberta. Contudo, se formos a uma cachoeira de menor volume de água e de queda também menor, mas colocarmo[1]nos debaixo dela ou mesmo bem próximo às pedras onde ela cai, poderemos experimentar o barulho dela encobrindo nossa voz e impedindo até mesmo conversas, pois o provável é que ninguém ouvirá ninguém.

O ruído de muitas águas é, em outras palavras, um ruído que encobre os outros ruídos. Assim também é a voz do Senhor: UMA VOZ QUE ENCOBRE AS OUTRAS VOZES! E aqui deparamo-nos com um princípio poderoso: Deus quer que sua voz chegue com tamanha intensidade em nossas vidas que cheguemos a ponto de não ouvir mais nenhuma outra voz. Ele quer que sua Palavra PREVALEÇA sobre toda e qualquer voz neste mundo, a ponto de se poder dizer de nossas vidas o que se disse em Éfeso: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia.” (At. 19.20.)

O que aconteceu nesta cidade da Ásia pode (e deve) acontecer conosco! Afinal não foi na cidade em si que a Palavra cresceu, mas na vida dos habitantes dela; e se ocorreu a eles pode nos ocorrer também. Quando a Bíblia fala sobre o crescimento da Palavra, fala de como ela cresce na vida das pessoas. À medida que damos espaço à Palavra do Senhor, inclinando nosso coração a ela, experimentamos uma INTENSIDADE MAIOR de sua operação em nossas vidas.

Mas note que a Palavra não apenas crescia, mas PREVALECIA. E prevalecia sobre o quê? Sobre outras vozes e ruídos. Isto é que é experimentar a voz do Senhor como voz de muitas águas. É ouvi-la tão intensa e fortemente que não ouvimos mais nenhuma outra voz!

Por outro lado, há pessoas que experimentam justamente o contrário: outras vozes é que vivem encobrindo a voz do Senhor em suas vidas.

Creio que há um fator determinante que diferencia um grupo do outro. A palavra de Deus não iria prevalecer na vida de um e de outro não sem um motivo. O que determina esta diferença?

A distância influencia
Citei como exemplo de ruído de águas, as Cataratas do Iguaçu, onde podemos perceber o barulho das águas sem deixarmos de conversar uma vez que, pela distância, o ruído não chega a atrapalhar-nos. E ao comentar sobre uma catarata barulhenta (mas não o suficiente para encobrir todos os outros ruídos), o fiz com o propósito de chamar-lhe a atenção para uma outra verdade: a distância que permanecemos da água influencia muito!

Ao entrar no Parque Nacional do Iguaçu, ainda na estrada para as quedas não podemos ouvir o ruído da água, mas assim que nos aproximamos delas no último quilômetro já começamos ouvi-las. Mas mesmo quando estamos no ponto de observação mais próximo, ainda podemos conversar. Porém, se houvesse um meio (seguro!) de nos aproximarmos tanto de uma das quedas, a ponto de quase nos colocarmos debaixo dela, então seria impossível conversar ou ouvir outro som, pois o barulho da água PREVALECERIA sobre todos os outros.

Assim também se dá com a voz de Deus. Se nos aproximarmos de sua Palavra, ela encobre as outras vozes. Mas se nos distanciarmos, podemos chegar a um ponto onde os outros ruídos acabam sendo mais altos que a Palavra de Deus em nossas vidas. O propósito divino é que estejamos tão próximos da Palavra que ela prevaleça sobre toda e qualquer voz, abafando-a por completo.

Não estou falando do quanto você conhece ou lê a Bíblia, mas do quanto você está (ou não) perto! A quantidade de água não afeta tanto como a PROXIMIDADE dela… Mencionei que em Foz do Iguaçu é possível conversar sem que o ruído da água abafe completamente nossa voz; mas há alguns anos conheci uma pequena cachoeira que conseguiu esta façanha! Veja bem, não há como compará-la com as Quedas do Iguaçu, cuja altura e volume de água são incalculavelmente superiores, porém, esta pequena cachoeira localizada no município de Candói, no Paraná, conseguiu abafar minha voz!

Havíamos realizado um acampamento com os jovens da igreja, e descobrimos nas proximidades do local do acampamento a tal cachoeira. Devido ao bom tempo que desfrutávamos naquele dia e a consciência de que por causa das chuvas abundantes que caíra nos dias anteriores haveria um lindo espetáculo, dirigimo-nos com um grupo de jovens para lá. Ao chegarmos, a maioria de nós não resistiu ao calor e decidiu se colocar debaixo do véu de água… e foi curioso descobrir que embora não parecesse uma cachoeira tão forte, mal conseguíamos ouvir uns aos outros enquanto debaixo daquela queda d’água.

A lição que aprendi com este exemplo! O que faz a diferença não é o tanto de água que cai, mas se eu estou ou não próximo a ela! Em Foz do Iguaçu o volume de água era muito maior do que este em Santa Clara, no Candói. Mas o fato de eu ter me aproximado mais da menor cachoeira, pôde me levar a atribuir a ela um ruído maior do que o aquele que trago na memória referente às belas Cataratas do Iguaçu.

Semelhantemente, há crentes que conhecem a Bíblia já há muitos anos, e o tanto que a leram e estudaram é semelhante ao volume de águas do Iguaçu, é muita coisa! Mas não vivem próximos da Palavra, e ela não é suficiente para abafar as outras vozes em suas vidas!

Por outro lado, temos irmãos que pelo pouco tempo que servem ao Senhor, suas águas (conhecimento da Palavra) são de um volume tão menor que as do Iguaçu que só podem ser comparadas com esta pequena cachoeira da qual me referi. Só que como vivem tão próximos da luz, que possuem da Palavra, ela é suficiente para PREVALECER em suas vidas e abafar as outras vozes.

Portanto, não é o estar em Foz do Iguaçu ou no Candói que determina a diferença, mas a que distância cada um se encontra das suas águas! Se o mais novo na fé e o de menor conhecimento entram debaixo da sua cachoeira, e o mais velho na fé e o de maior conhecimento permanecem longe de sua catarata, em quem a Voz de Deus está chegando mais alto? É óbvio que nos que estão próximos daquilo que já possuem. É naquele que se aproxima mais, e não no que conhece mais.

A voz do Senhor será como voz de muitas águas, encobrindo as outras vozes e ruídos, somente quando nos colocarmos próximos a ela.

O que é estar próximo

O que é, então, estar próximo? É não apenas ler e conhecer as Escrituras, mas permitir que o Espírito Santo trabalhe em nós com a Palavra. Por exemplo, eu posso ser um profundo conhecedor (e até ensinador) da fé bíblica; dizer às pessoas: as Escrituras dizem isto, isto e aquilo… mas na minha vida cristã, na hora em que eu precisar exercitar minha própria fé, ser vencido pela voz da dúvida. Já um cristão novo convertido, que não tenha nenhuma bagagem tão profunda de Bíblia e nem saiba explicar a fé, pode ler uma porção da Palavra, uma promessa, e permitir que o Espírito Santo trabalhe em seu íntimo revelando a Palavra, o que fará com que ela se torne “voz como de muitas águas” em sua vida. Terá então provado o poder da Palavra do Senhor abafando a voz da incredulidade e dando-lhe vitória no combate da fé.

Não estou dizendo que não há valor em estudar e conhecer as Escrituras; você deve dedicar-se a isto o MÁXIMO que puder (2Tm. 2.5). Quem dera que cada crente lutasse contra a ignorância em busca de mais e mais da Palavra de Deus. Seria uma verdadeira revolução! Mas o que quero dizer é que apenas isto não basta e nem tampouco determina o sucesso de nossa vida cristã. Precisamos conhecer E NOS MANTER PRÓXIMOS da Palavra; não podemos nos distanciar.

Distanciar-se não é deixar de saber, mas sim deixar de ser sensível, viver e experimentar aquilo que conhecemos. Trata-se de perder a consciência espiritual daquela verdade e, consequentemente, impedir que o Espírito Santo prossiga trabalhando naquela área de nossas vidas.

Nestes dias o Pai Celeste está nos convocando para que nos aproximemos novamente das águas e permitamos que elas abafem as outras vozes e ruídos em nossas vidas.

Diferentes tipos de vozes
Ao escrever aos coríntios, Paulo mostrou nos capítulos 12 e 14 de sua primeira epístola, que Deus é um Deus que fala. Diz que já não mais servimos aos ídolos mudos (1Co. 12.2), mas ao Deus vivo que fala com cada um de nós; e então cita os dons do Espírito como um dos diferentes meios pelos quais Deus fala. Mas ao mostrar que podemos ouvir a voz do Senhor, ele também deixou claro que podemos ouvir outros tipos de vozes: “Há, por exemplo, muitas espécies de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significado”. – 1 Coríntios 14.10

Lemos que não somente há línguas diferentes, mas VOZES diferentes. Ouvimos muitas espécies de vozes em nossa vida espiritual; o diabo, o mundo e a carne, nossos cruéis inimigos, tentarão de todas as formas abafar a voz de Deus em nós para que lhes demos ouvidos. Mas, por outro lado, se deixarmos a Palavra de Deus se manifestar com “voz como de muitas águas”, então as demais vozes é que serão encobertas e a Palavra do Senhor prevalecerá.

Há muitos tipos de vozes no mundo. Às vezes sentimo-nos pressionados a dar ouvidos a uma voz que não se harmoniza com a de Deus. Reconhecemos que a voz do Senhor diz o oposto, sabemos que estamos errando, mas ainda assim, ficamos de tal maneira presos que acabamos por seguir na direção errada. E depois nos frustramos, condenamos e lamentamos.

Questionamos: Por que não ouvimos a Palavra de Deus? Como é possível saber o que o Senhor diz, e ainda fazer o contrário? A razão é que estamos distantes da Palavra de Deus naquela área; esta é a única e grande verdade do porquê isto ocorre! Se nos aproximarmos do que Deus diz, recebendo a vida e a revelação do Espírito Santo naquela área, então as outras vozes serão encobertas. Se nos afastarmos da Palavra (e não me refiro ao Livro em si, mas à Palavra VIVA), então as demais vozes é que se sobressairão. Que voz tem prevalecido em tua vida?

Sugerimos abaixo algumas destas muitas espécies de vozes que costumamos ouvir. Para cada uma delas o princípio de vitória é o mesmo:

VOLTAR À PALAVRA. Não apenas ler, mas meditar e deixar que o Espírito da Verdade opere no íntimo, avivando a consciência espiritual…

A voz da tentação
A voz da maioria
A voz da dúvida
A voz da ganância
A voz dos mexericos
A voz do desânimo
A voz do preconceito
A voz do medo
A voz do comodismo
Que Deus o abençoe, e que Sua voz fale mais alto em sua vida!
Autor: Luciano Subirá
Texto extraído do livro “Voz de Muitas Águas”
Fonte: Tesouro fabricaebd.org
Fonte: Crescendoparaedifica.blogspot.com
Fonte: Jovens e adultos, Editora Central Gospel.


 
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HARPA CRISTÃ - 88 - REVELA A NÓS, SENHOR


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Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.

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