12 de novembro de 2021

Aula Bíblica Jovens e adultos, Central Gospel – Lição 07: O Perigo dos falsos profetas

✋ A paz do Senhor:
👉 Vejam estas sugestões abaixo:
✍️ Apresentem o título da lição 07: O Perigo dos falso profetas
💨 Trabalhem os pontos levantados na lição sempre de forma participativa e contextualizada.
Tenham uma excelente aula!
TEXTO ÁUREO
1 João 4.1
Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.

OBJETIVOS
Descrever os principais critérios que permitem separar os profetas falsos dos verdadeiros;
Compreender que os confrontos entre profetas falsos e verdadeiros sempre fizeram parte da história do profetismo;
*  Identificar as marcas de um falso profeta.



TEXTO BÍBLICO BÁSICO
  1 Reis 22.11-18
11 E Zedequias, filho de Quenaaná, fez para si uns chifres de ferro, e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás aos sírios, até de todo os consumir.

12 E todos os profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote de Gileade, e triunfarás, porque o Senhor a entregará na mão do rei.

13 E o mensageiro que foi chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Vês aqui que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem.

14 Porém Micaías disse: Vive o Senhor que o que o Senhor me disser isso falarei.

15 E, vindo ele ao rei, o rei lhe disse: Micaías, iremos a Ramote de Gileade à peleja, ou deixaremos de ir? E ele lhe disse: Sobe, e serás bem sucedido; porque o Senhor a entregará na mão do rei.

16 E o rei lhe disse: Até quantas vezes te conjurarei, que não me fales senão a verdade em nome do Senhor?

17 Então disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não tem pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa.

18 Então o rei de Israel disse a Jeosafá: Não te disse eu, que nunca profetizará de mim o que é bom, senão só o que é mal?



Bíblia online
Bíblia sagrada online

O Que Significa “Provai os Espíritos Se São de Deus?
A Bíblia adverte que devemos provar os espíritos para saber se são de Deus. O apóstolo João escreve: “Amados não deis crédito a qualquer espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” (1 João 4:1). Isso significa que o cristão tem o dever de analisar e julgar todas as coisas à luz da Palavra de Deus a fim de poder discernir o que de fato procede de Deus.


Mas por que a exortação: 
Provai se os espíritos são de Deus” é tão importante? O próprio apóstolo João explica dizendo que isso é necessário porque há muitos falsos profetas por aí.

A verdade é que desde o início da história da humanidade há quem tente falar falsamente em nome de Deus. No Éden, por exemplo, Satanás enganou Eva com uma interpretação falsa a respeito da ordem que Deus havia dado ao homem (Gênesis 3). E esse padrão de distorcer, adulterar, falsificar e falar contra à Palavra de Deus se repete desde então.

A própria história bíblica mostra de forma muito clara por meio de vários exemplos, tais como: Balaão, os profetas favoráveis a Acabe, os contemporâneos do profeta Jeremias, a profetiza Jezabel da igreja de Tiatira etc. Então independentemente da época e lugar, sempre há falsos profetas dispostos a semear o engano. Na verdade, cada geração tem sua porção de falsos profetas. Portanto, “provai se os espíritos são de Deus” é um conselho essencial a todo cristão. Provai se os espíritos são de Deus



Quando João escreveu: 
Não deis crédito a qualquer espírito, mas provai se os espíritos são de Deus”, ele estava combatendo falsos mestres que se dedicavam a corromper a Igreja distorcendo os verdadeiros ensinos da Escritura.

Influenciados pela filosofia grega, esses falsos mestres alegavam ter um conhecimento superior que lhes revelava uma verdade que não estava disponível a todos. Segundo eles, apenas os “iniciados” nas coisas profundas é que tinham o verdadeiro conhecimento que superava a Escritura. O movimento promovido por esses falsos mestres ficou conhecido como “gnosticismo”. Entre outras coisas, o gnosticismo negava a humanidade de Cristo. Então o apóstolo João se dedicou a combater esses falsos mestres e seus ensinos, classificando-os, inclusive, como anticristos. E nesse contexto João adverte seus leitores a não dar crédito a qualquer espírito. Se por um lado o Espírito Santo testifica na vida dos genuinamente salvos (1 João 3:24), por outro lado, há outros espíritos atuantes por aí. Esses espíritos malignos têm sua fonte de engano no próprio Satanás, que é mentiroso desde o princípio.



À luz dessa realidade, João ensina: 
Provai se os espíritos são de Deus”. A palavra “provai” traduz um termo grego que era empregado na metalurgia para indicar o teste que determinava a pureza dos metais.

Então, de forma prática, João ensina que os crentes devem submeter à prova qualquer ensino. Paradoxalmente, de certo modo todo crente deve ser um cético para não cair no engano de qualquer um que advogue ter algo a dizer da parte de Deus.

Também é interessante a forma como João primeiro diz: “provai se os espíritos são de Deus”, e na sequência completa: “porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”. Isso significa que são os espíritos demoníacos que impulsionam os falsos profetas que estão espalhados por aí. Ao contrário do Espírito de Deus que é o Espírito da Verdade, esses espíritos são do erro e da mentira. A importância de provar os espíritos A importância de provar se os espíritos são de Deus é muito bem definida em várias passagens bíblicas. O livro de Neemias, por exemplo, registra o episódio em que Sambalate e Tobias subornaram falsos profetas para induzir Neemias ao erro (Neemias 6:10-14).

Outro exemplo, agora no Novo Testamento, é aquele em que o apóstolo Paulo visitou a cidade de Filipos e encontrou uma jovem que tinha um espírito de adivinhação. Inclusive, esse exemplo é interessante porque indica que os espíritos enganadores são tão astutos que às vezes usam da verdade para tentarem dar valor à mentira.

A Bíblia diz que a jovem adivinha seguia Paulo dizendo: 
“Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (Atos 16:17). Isso de fato era verdade, mas ainda assim Paulo repreendeu o espírito daquela jovem em nome do Senhor Jesus Cristo.

Aquela jovem era famosa na cidade e tinha dado muito lucro aos seus senhores com suas adivinhações. Se Paulo não não tivesse repreendido o espírito que operava nela, ele fatalmente teria validado a atividade daquele espírito enganador; o que certamente traria problemas para a pureza do Evangelho ali. Então provar se os espíritos são de Deus é algo essencial.



Como provar os espíritos?
Obviamente nós não podemos ver os espíritos. Contudo, nós podemos ouvir e compreender os ensinamentos e os conselhos desses espíritos. Nesse sentido, quando João diz: “provai se os espíritos são de Deus”, ele está dizendo que os crentes devem testar os ensinamentos para que possam determinar se, de fato, são uma expressão do verdadeiro Espírito de Deus, ou se são falsos ensinamentos que expressam os princípios do diabo que age nos falsos profetas.

Voltando ao exemplo de Neemias podemos entender de forma clara e objetiva como isso pode ser possível. 
Neemias analisou o conselho que lhe foi dado para fugir para o meio do templo à luz da Palavra de Deus. Primeiro, havia sido o próprio Deus que designou Neemias para a obra de reconstrução dos muros de Jerusalém. Segundo, a Palavra de Deus não deixava qualquer dúvida de que apenas os sacerdotes tinham o direito de entrar no templo. Então analisando tudo isso, Neemias concluiu: “E eis que conheci que não era Deus quem o enviara; mas essa profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram” (Neemias 6:11).

Portanto, qualquer ensinamento ou palavra deve ser submetido à prova sob o prumo da Escritura. 
Tudo deve ser medido à luz da Palavra de Deus. Aqui devemos aprender com os crentes de Bereia. Eles estudavam a Palavra de Deus e examinavam tudo com base nela, para poderem distinguir a verdade do erro. Portanto, compromissados com a Escritura os crentes podem cumprir a exortação bíblica: “provai se os espíritos são de Deus”.
Referências: CONEGERO, Daniel.
Dez características de um falso profeta
O falso profeta propaga ensinos antagônicos às Escrituras Um falso profeta é aquele que afirma falar em nome de Deus, sem contudo, representar Deus ou mesmo pertencer a Ele. Além disso, um falso profeta propaga ensinos antagônicos às Escrituras, tomando para si uma autoridade que não lhe pertence, afirmando ser aquilo que Deus diz que Ele não é. Sobre eles, Jesus disse: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:15-20).


Já Paulo escreveu: 
“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos inocentes” (Romanos 16:17-18).


Pedro disse: 
Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pedro 2:1).


Isto posto, elenco 10 características de um falso profeta:
1. Um falso profeta relativiza as Escrituras. 
Para um falso profeta, a Bíblia não é a Palavra de Deus. Para este, as Escrituras são falíveis e não devem servir como plena referência para o cristão.


2. Um falso profeta fala mais em dinheiro do que em Cristo. 
Um falso profeta comercializa o evangelho e vende as bênçãos de Deus mediante ofertas extravagantes.

3. Um falso profeta considera sua palavra inquestionável, colocando suas profecias e revelações em pé de igualdade com as Escrituras.

4. Um falso profeta anuncia, prega e proclama um evangelho absolutamente antropocêntrico.

5. Um falso profeta interpreta as Escrituras segundo a ótica do seu “próprio umbigo”, relativizando o absoluto e inventando doutrinas segundo os desejos de seu coração.

6. Um falso profeta prega o evangelho da confissão positiva, negando a possibilidade do sofrimento e anunciando um cristianismo desprovido da cruz.

7. Um falso profeta sincretiza o evangelho, miscigenando a fé, introduzindo doutrinas espúrias às verdades inquestionáveis da Bíblia.

8. Um falso profeta tem sede de poder, vive pelo poder e ama o poder.

9. Um falso profeta se considera melhor do que os outros e, em virtude disso, distingue-se do rebanho, criando e fabricando novos títulos eclesiásticos.

10. Um falso profeta fala de Cristo, entretanto o nega; prega sobre Cristo, mas não o conhece; fala em nome do Espírito Santo, sem, contudo ter sido regenerado por ele.
Referência: VARGENS, Renato.


A necessidade de discernir as falsas profecias
1. Desde a antiguidade, sabe-se e é notório que o sobrenatural exerce fascínio sobre a mente e coração do homem. Nos primórdios as civilizações antigas aspiravam com fervor às orientações divinas. Isto é inerente a raça humana e foi colocado no homem pelo criador. Como disse o romancista russo Fiódor Dostoievski (1821-1881) “existe no homem um vazio do tamanho de Deus”.

2. Quando verdadeiramente este vazio é preenchido pelo próprio Deus, então a paz passa a reinar em nossos corações. A comunhão com Deus e a palavra de Deus são lâmpada e luz para o nosso caminho (Sl 119.105). Suas orientações divinas nos fazem andar em segurança. Mas quando nos afastamos da lâmpada somos atraídos pelo fascínio do sobrenatural, e por vezes, nos deixamos manipular e oprimir em nome da fé e passamos a trilhar o caminho que consequentemente nos levará ao abismo.

3. Ao longo da caminhada cristã e nos laboriosos anos pastorais tenho convivido com muitos crentes sinceros e fiéis. No entanto, alguns deles com as mentes perturbadas pelas falsas manifestações sobrenaturais. As falsas profecias, as supostas revelações e os enigmáticos sonhos e visões causaram estrago em suas vidas e se tornaram incapazes de discernir. Tornaram-se reféns dos “mistérios” que passou a ter autoridade superior ao da Bíblia Sagrada.

4. Por falta de discernimento, por desconhecer as Escrituras, por temer desagradar a Deus, por medo de ser amaldiçoado, pela preocupação de não ser considerado rebelde, estes crentes fiéis e sinceros são manipulados e oprimidos em nome da fé. A manipulação é exercida pelos seus líderes, grupos de oração, laços familiares e até por círculos de amizade.

5. O objetivo dos manipuladores é exercer domínio sobre a fé e a vida destas pessoas. Conheço um casal que nada faz sem consultar uma suposta profetiza. A tal profetiza é sustentada financeiramente por este casal. Eles pagam o aluguel, o condomínio, a feira e os remédios. Em troca ela os enche de profecias e revelações. Manipulados e oprimidos eles temem abandonar tal conduta e serem amaldiçoados.

6. O caso acima não é isolado, existem situações similares em todo o país e também pelo mundo. Igrejas há em que o líder é o manipulador. Profecias e revelações são frequentemente usadas para manter os crentes congregando e dar o ar de “espiritualidade” nos cultos. Quando alguém discerne que tem algo errado na igreja, surgem profecias para convencê-lo do contrário. Acuado, cheio de dúvidas e temeroso de ser rebelde permanece submisso ao sistema. O círculo vicioso perdura até que as amarras sejam soltas. Até que a palavra volte a ser a única lâmpada para o caminho que conduz a vida.

7. Para elucidar esta situação e auxiliar os que estão atemorizados e amedrontados em suas dúvidas, passaremos a análise de alguns dos tantos textos bíblicos pertinentes ao assunto:

a) O Espírito Santo não pode ser restringido, mas tudo deve ser examinado: “Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.19-21

b) Não se pode crer em todo o espírito, mas tudo deve ser provado: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1)

c) As Profecias e seu conteúdo devem ser julgadas pela igreja: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1Co 14.29-32,33)

d) É preciso discernir se a profecia não é resultado de suborno (ofertas, doações, vaidades e outros): “E percebi que não era Deus quem o enviara; mas esta profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram” (Ne 6.12)

e) É preciso discernir se o objetivo da profecia não é o de servir de cobertura a suposta autoridade espiritual de um líder (Muitos procedimentos contrários a palavra de Deus são autenticados por falsas profecias): “Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro... E os seus profetas têm feito para eles cobertura com argamassa não temperada, profetizando vaidade, adivinhando-lhes mentira, dizendo: Assim diz o Senhor DEUS; sem que o SENHOR tivesse falado” (Ez 22.26,28

f) É preciso discernir se a igreja é guiada pela Palavra de Deus ou por revelações e profecias (Quando se ensina errado é possível contestar com a Palavra. E quando se diz que é profecia? Como contestar? Por isso muitos líderes preferem não ensinar a palavra e dominam o povo com supostas revelações): “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” (Jr 5.31) “Porquanto fizeram loucura... e anunciaram falsamente, em meu nome uma palavra, que não lhes mandei, e eu o sei e sou testemunha disso, diz o SENHOR” (Jr 29.23)

g) É preciso perceber se a igreja ou o líder faz uso de todos os meios para angariar ofertas. Normalmente uma suposta revelação ou profecia confirma a ação. Quando a fé é usada como fonte de lucro somos orientados a nos apartar dos tais: “Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (1Tm 6.5-7)

h) É preciso discernir se o líder quer controlar a vida e as ações das pessoas para manter os fiéis sob cabresto de falsas revelações e assim garantir sua autoridade, seu prestígio, seu salário e conforto: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória” (1Pe 5.2-4)

8. Amado (a) leitor (a), diante do exposto fica evidenciado que quando uma pessoa profetiza não quer dizer necessariamente que suas palavras estão aprovadas por Deus. Os dons espirituais são concedidos pelo Espírito e não são obtidos por mérito. Portanto não se impressione com os que levantam a voz falando “mistérios” e entregando revelações. Peça a Deus discernimento e não se deixe manipular ou oprimir com falsas manifestações sobrenaturais.
Reflita acerca disso!
Douglas Roberto de Almeida Baptista
FONTE: FABRICA DA E.B.D
IV - Como Conhecer o Profeta
1. CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PROFETA
Deus vale-se de homens ou mulheres, para usá-los em mensagens proféticas. N o Antigo ou em o Novo Testamento, através de profetas ministros, ou do dom de profecia, a mensagem de Deus é transmitida para sua igreja, com fins proveitosos.


1) Ele só diz o que ouve da parte de Deus.
O verdadeiro profeta fala a verdade de Deus, na mensagem que transmite. O profeta verda­deiro não transmite mensagem de sua mente, para agradar ou desagra­dar, propositadamente. Ele fala a Palavra de Deus “com verdade”.

O rei de Israel, mais prudente, procurou saber se não haveria ali um profeta do Senhor. “Disse, porém, Josafá: Não há aqui ainda algum profeta do SENHOR , ao qual possamos consultar?” (1 Rs 22.7).

Cer­tamente, o rei de Israel percebeu que aqueles profetas não mereciam confiança. O rei de Judá respondeu que havia um profeta, Micaías, mas o aborrecia, pois suas profecias sempre o desagradavam. Por sugestão do rei de Israel, o rei de Judá mandou chamar o profeta Micaías. Os mensageiros lhe advertiram que todos os profetas já haviam dado uma mensagem unânime em favor do rei, e que ele deveria fazer o mesmo. A resposta de Micaías define a postura de um verdadeiro profeta de Deus:

“Porém Micaías disse: Vive o Senhor, que o que o Senhor me disser isso falarei” (1 Rs 22.14 — grifo nosso). E, contrariando todos os profetas do rei de Judá, Micaías predisse que Israel seria derrotado. Foi malvisto, preso, mas Deus cumpriu a palavra do profeta. O rei de Judá foi morto, e o exército sofreu pesada derrota.


2) Há evidências da confirmação de Deus.
O verdadeiro profe­ta é confirmado por Deus. Sua mensagem é autenticada pelo Espírito Santo, e merece credibilidade.

“E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor” (1 Sm 3.20). Samuel era um jovem profeta, no tempo de Eli. E foi confirma­do por Deus perante toda a nação de Israel.


3) Tem revelação e discernimento de Deus.
O rei Jeroboão estava em pecado, e mandou sua mulher disfarçar-se e consultar o profeta Aias, diante da grave doença de um filho seu. A mulher disfarçou-se e foi ao profeta. Antes que chegasse à sua casa, Deus falou ao profeta, alertando-o pela chegada da mulher do rei. Quando ela pôs os pés na porta da casa, o homem de Deus a surpreendeu:

“E sucedeu que, ouvindo Aias o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse ele: Entra, mulher de Jeroboão! Por que te disfarças assim? Pois eu sou enviado a ti com duras novas” (1 Rs 14.6). E falou do mal que viria sobre o reinado do seu esposo, e da morte da criança, o que de fato aconteceu (1 Rs 14.17).

O verdadeiro profeta de Deus não se deixa levar pelas aparências e muito menos pela bajulação de quem quer que seja.


4) O profeta não é insubstituível.
O profeta Elias, fugindo de Jezabel, a ímpia mulher do rei Acabe, refugiou-se no deserto de Berseba. Re­cebeu ordem de Deus para levantar-se, pois ainda tinha muito a fazer. Quando pensava que só havia ele para ser usado, Deus lhe disse: “Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou” (1 Rs 19.18; Rm 11.4).

Sete mil é a “média” que Deus tem de homens para substituir quem quer que seja. No tempo de Deus, Elias passou o cajado para Eliseu, após cumprir sua missão (2 Rs 2.9-14). 90


2. CARACTERÍSTICA DO FALSO PROFETA
1) Ele não tem mensagem de Deus.
No Antigo Testamento, o falso profeta era aquele que entregava mensagem do seu coração, para agradar a alguém, ou para fazer oposição. No primeiro caso, temos os profetas do rei Acabe. Todos profetizaram o que o rei gostaria de ouvir, que iria à guerra e seria vitorioso.

Contrariando um profeta de Deus, o rei foi à guerra, foi derrotado e morreu (2 Cr 18.4,5; 27-34); no segundo caso, há o exemplo da falsa profetisa Noadias e outros profetas, que foram subornados para atemorizar Neemias, na reconstrução dos muros de Jerusalém (Ne 6.13,14).


2) Ele desvia o povo dos caminhos do Senhor.
O falso profeta desenvolve capacidade carnal ou diabólica para enganar os servos de Deus. Consegue até fazer sinais e prodígios, para impressionar a mente dos incautos. Deus condenou tais mensageiros do Diabo e disse para seu povo não os ouvir, pois seriam condenados à morte (Dt 13.1-5). O falso profeta procura reunir simpatizantes e partidários, que lhe seguem as orientações muitas vezes carnais e interesseiras. Julga-se na condição de manipular a vida das pessoas e até da igreja local.


3 ) O falso profeta é soberbo.
Sua palavra, “em nome do Senhor”, não se cumpre. (Dt 18.21, 22). A experiência mostra, ao longo do tempo, quantos profetas e profetisas orgulhosos se levantam, no meio da igreja local. Eles desprezam o pastor ou o dirigente, e costumam ter seus discípulos, que formam “grupinhos” de oração em torno dele (ou dela). Isso é pernicioso e não tem aprovação na Palavra de Deus. Deus não dá respaldo para isso. Pelo contrário, manda que os crentes honrem e respeitem seus pastores (1 Ts 5.13; H b 13.17).


4) Os falsos profetas são como “lobos devoradores Jesus
Cristo, no Sermão do Monte, fez um alerta de grande significado para sua Igreja. Ele advertiu seus seguidores contra os falsos profetas.

“Acautelai vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhece­ reis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus” (Ver M t 7.15-19).


5) Os falsos profetas vivem na iniquidade.
Em seu Sermão, Jesus disse que “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21). É preciso ter cuidado com pregadores, que dizem eu “sou profeta de Deus”. Por isso, Jesus disse: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?” (Mt 7.22). E alegarão que expul­saram demônios e fizeram “muitas maravilhas”.

Mas ouvirão de Jesus: “E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.23).


3. O CASTIGO DOS FALSOS PROFETAS
A responsabilidade do profeta, no Antigo Testamento, era primor­ dial e de grande valor para o direcionamento da vida espiritual, social e moral do povo. Assim, um profeta era um homem de grande res­ponsabilidade diante de Deus e do povo.

Quando, aproveitando-se de sua condição de profeta, manipulava o povo, induzindo-o ao desvio dos caminhos do Senhor, recebia a condenação veemente da parte de Deus. Na Igreja cristã, a responsabilidade do profeta não é menor, seja ele pastor, evangelista, ou obreiro de outra ordem. Deus não muda em relação ao pecado e aos desvios de conduta de quem quer que seja.


1) Advertência contra o falso profeta.
Diz o livro sagrado: “Quan­do profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te hou­ver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma. Após o Senhor, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis (Dt 13.1-4).


2 ) Pena capital ao falso profeta.
Era assim, no Antigo Testamento: “E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o Senhor, vosso Deus, para andardes nele; assim, tirarás o mal do meio de ti (Dt 13.5)”.

A responsabilidade e o prestígio de um profeta, no Antigo Testamento, era muito grande. O povo o respeitava como sendo um verdadeiro arauto, que falava em nome de Deus. Sua palavra profética era considerada Palavra de Deus. No Novo Testamento, não é diferente. Daí, porque o castigo era severo contra os falsos profetas.


Conclusão
Na Igreja cristã, no âmbito local, há espaço para o dom ministe­rial de profeta. Esse dom não é disponível para quem o busque, mas para quem é chamado por Deus, com a missão de desenvolver um ministério ou serviço, na casa do Senhor. Seu ministério não tem o mesmo caráter do profeta do Antigo Testamento. Este falava à nação.

O profeta do Novo Testamento fala para a igreja local, com vistas ao aperfeiçoamento dos crentes para a obra do ministério, e para edifi­cação da igreja. Deve haver discernimento de espírito, por parte da liderança, e no meio da igreja local, para que “lobos devoradores”, travestidos de “profeta” não causem estragos no meio do rebanho do Senhor Jesus Cristo.
Dons Espirituais e Ministeriais - Elinaldo Renovato de Lima
Fonte: Tesouro fabricaebd.org
Fonte: Crescendoparaedifica.blogspot.com
Fonte: Jovens e adultos, Editora Central Gospel.


 
 Vídeos aulas:
Endereço e crédito na descrição dos vídeos:


HARPA CRISTÃ - 88 - REVELA A NÓS, SENHOR
 

Adultos: Lições Bíblicas, dinâmicas, slides, subsídios, pré - aulas: Arquivo


Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.
    

Nenhum comentário:

Postar um comentário