17 de dezembro de 2020

Lição 12: A Ética Cristã e os Direitos Humanos: Conectar+ Jovens

Vejam estas sugestões:
* Apresentem o título da lição: 
A Ética Cristã e os Direitos Humanos.
* Escrevam no quadro a expressão “Direitos Humanos” e perguntem para a turma:
O que são Direitos Humanos?
O que este tema tem a ver conosco?
Aguardem as respostas.



Para iniciar o estudo, apliquem a:
Dinâmica: O Mandamento do Amor
Objetivo: Apresentar os 10 mandamentos e enfatizar que se resumem em amar a Deus e ao próximo.
Material:
01 relação dos 10 mandamentos(Ex 20:3-17) e recorte cada um
Palavras digitadas: Amor, Deus, Próximo
01 coração de tamanho médio (vermelho) feito de cartolina ou EVA
01 coração pequeno para cada aluno
01 quadro branco ou outro tipo

Procedimento:
- Distribuam os 10 mandamentos(Ex 20:3-17) separados para 10 alunos.
- Peçam para que os alunos apontem quais os mandamentos que se referem a Deus e ao próximo.
- Dividam o quadro em 02 colunas, numa escreva DEUS, na outra a palavra PRÓXIMO.
Peçam para que os alunos fixem, com fita adesiva, o mandamento na coluna que ele escolher.
Espera-se que o resultado seja este: os 04 primeiros fazem referência a Deus e 06 últimos ao próximo.
Não terás outros deuses diante de mim
Não farás para ti imagem de escultura
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão
Santificarás o sábado
Honra a teu pai e a tua mãe
Não matarás
Não adulterarás
Não furtarás
Não dirás falso testemunho
Não cobiçarás
- Depois, solicitem que leiam Marcos 12: 30 e 31 e falem que este é o resumo dos 10 mandamentos: Amar a Deus e ao próximo, conforme as palavras de Jesus.
“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”.
- Falem: Os 4 primeiros mandamentos fazem referência ao relacionamento vertical, isto é, com Deus, a parte espiritual. Os 6 últimos referem-se ao relacionamento horizontal, com o próximo, a parte social.
- Em seguida, coloquem um coração no alto do quadro e fixem a palavra AMOR.
- Perguntem: A quem amamos?
Aguardem as respostas, que deverão ser variadas como: A Deus, aos pais, irmãos, amigos etc., mas que se resumem em: a Deus e ao Próximo.
- Então, coloquem as palavras DEUS e PRÓXIMO, logo abaixo da palavra AMOR.
- Falem que o AMOR é o que nos motiva a servir a Deus, obedecê-lo e ter atitudes de amor ao próximo.
- Falem: O que fazemos para o próximo é uma evidência do nosso amor a Deus, conforme lemos em I Jo 3:17-18:
“Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”.
- Para concluir, entreguem um coração pequeno para cada aluno e peçam para que eles troquem entre si o coração, simbolizando o amor que deve haver entre eles e ao próximo.
Tenha uma excelente e produtiva aula.
Deus abençoe.
Vídeo aula:
Endereço na descrição dos vídeos:


Versículo do dia
E não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu irmão. Zacarias 7.10.
   
Verdade aplicada
A Igreja é a extensão do amor de Deus no acolhimento dos necessitados e oprimidos.



Textos de Referência.
Lucas 10. 25-37
25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?

26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.

28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
29 Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?

30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
31 E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
32 E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;

35 E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
36 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.


Bíblia online
Bíblia sagrada online

Objetivos da Lição
- Conhecer os objetivos dos Direitos Humanos;
- Apresentar embasamento bíblico para a obra social;
- Conscientizar do papel social da Igreja;


Introdução
A Bíblia apresenta um Deus que se preocupa com todos os seres humanos.
Desde o Antigo Testamento, vemos Deus se importando com os menos favorecidos e os necessitados. A maioria dos profetas menores repreendeu severamente os reis e líderes religiosos palas injustiças sociais.


Ponto chave
Deus espera que seu povo preste assistência aos necessitados e oprimidos.


1. Conceituando Direitos Humanos
A palavra direito é oriunda da palavra "rectus" (latim), trazendo a ideia daquilo que é correto ou justo. Podemos então dizer que os direitos humanos são o conjunto de direitos fundamentais que garantem e protegem a dignidade humana. Na perspectiva cristã, encontramos que Deus como Criador do homem, regulamentou sua vida em sociedade de modo a garantir seus direitos básicos.


1.1. Origem dos Direitos Humanos
Quando analisamos a História, percebemos que a noção de defender os direitos básicos à vida é antiga, prova disto está no código de Hamurabi, datado do século 18 a.C., considerado um dos mais importantes códigos jurídicos. Foram descobertas também crônicas babilônicas, persas e gregas. Segundo a História, o Cilindro de Ciro é um dos mais significativos, pois constitui o primeiro documentos oficial a tratar dos direitos humanos.


1.2. O que diz a Constituição Brasileira
A partir da Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988, vemos que ela contempla as garantias fundamentais ao brasileiro e aos estrangeiros residentes no País. O Art. 5º estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza; são assegurados a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, segurança e à propriedade. Todos têm direitos e deveres e ao Estado cabe assegurar as garantias para que se faça cumprir a Constituição.



Refletindo
O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano criado por Deus. John Stott


2. A Bíblia e os Direitos Humanos
A Bíblia está repleta de passagens onde Deus fala sobre a necessidade de apoiar e demonstrar compaixão aos necessitados, órfãos, viúvas e aos estrangeiros. Visando o cumprimento destes direitos básicos, Deus estabelece leis para o seu povo.


2.1. Embasamento bíblico no AT
No Pentateuco vemos Deus chamando a atenção do povo para ter cuidado com os pobres, viúvas, órfãos e escravos. Segundo o que lemos em Êxodo 22.21-26, a violação de tais direitos para com essa classe de pessoas seria punida com a morte. Em várias passagens dos livros proféticos encontramos Deus chamando a atenção da nação, bem como da liderança por não socorrer os necessitados e indefesos.


2.2. Jesus e os Direitos Humanos
Jesus, durante o Seu ministério, teve um olhar misericordioso em favor dos excluídos pela sociedade. A ordem de Jesus aos discípulos quando a multidão estava faminta foi: "dai-lhes vós de comer". Existe uma grande responsabilidade que está sobre os nossos ombros. O Evangelho contempla o homem em todas as suas necessidades. É papel da igreja ser dinâmica e fazer a diferença na vida espiritual e material da comunidade que a cerca. Pregar a Salvação é Comissão; mas, estender a mão ao órfão e à viúva é a manifestação prática do amor de Deus em nossa vida.


3. A Igreja como referencial social
Deus confiou ao seu povo, a pregação do Evangelho. O convite de Jesus é "vinde a mim os cansados e oprimidos e eu os aliviarei". A vida das pessoas para Jesus está em primeiro lugar e Ele espera que o amor da igreja pelos perdidos e oprimidos seja sacrificial.


3.1. A Igreja a é a casa da misericórdia

Nos tempos de Jesus existia um tanque por nome Betesda, que significa misericórdia ou graça. A passagem de João 5 diz que havia uma multidão de cegos, coxos e paralíticos. Não é pouco o número de pessoas com seus problemas e necessidades, vivendo como andarilho e esmolante. Um dos sentimentos que mais se observou no ministério de Jesus foi a compaixão, ou seja, se colocar no lugar do outro. A missão da Igreja é ser representante de Cristo na terra; existe uma multidão sedenta de pão, de afeto, de roupas, de curas e de cuidados especiais. Deus conta conosco!


3.2. A Igreja e a assistência social
É fato que a crise econômica mundial, atingiu a população como um todo, o empobrecimento com todas as mazelas por ele gerados, o desemprego atingiram inclusive os irmãos na fé. A igreja tem realizado um importante trabalho assistencial, conforme a Palavra de Deus ensina, a "fazer o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé" (Gl 6.10).
Na medida do possível é necessário dar suporte aos que estão passando por dificuldades, através de cestas básicas, consultoria jurídica, apoio psicológico, inserção no mercado de trabalho e até mesmo ajudando no cadastro de enésimos programas governamentais. Que Deus nos dê condições e estratégias para podermos exercer, enquanto igreja, um relevante papel social.



Conclusão
A Bíblia nos exorta a mostrar compaixão com aqueles que estão em situações adversas.


Eu aprendi que:
A Igreja precisa ser representante de Deus na defesa dos Direitos Humanos.



SUBSÍDIOS
Direitos Humanos nos Evangelhos.

A mensagem de Cristo presente nos Evangelhos resume-se na prática do amor a Deus e ao próximo (Mt 22.37-40). Durante o seu ministério Jesus quebrou vários paradigmas da cultura dominante. Ao curar no sábado, Cristo colocou a dignidade humana acima do Legalismo (Mt 12.10-13). Ao conversar com a Samaritana, Cristo se opôs ao preconceito étnico (Jo 4.9,10). Ao jantar em casa de Levi, o publicano, Cristo rechaçou atitudes discriminatórias (Mc 2.14-17). Ao receber e abençoar os meninos, Cristo defendeu os direitos das crianças (Lc 18.15-16). Assim, a Palavra de Deus mostra que a fé cristã não está dissociada das necessidades humanas.




A ORIGEM DOS DIREITOS HUMANOS
1. Definição de Direito.
A raiz da palavra "direito" tem origem no latim rectus, que significa "aquilo que é reto, correto, justo". Na perspectiva da Ética, o que é direito torna-se modelo do que é bom e correto. Assim, a ética, ou a moral, comum a todas as culturas, pode-se expressar em termos de direitos do indivíduo. Esses direitos refletem a dignidade do ser humano, como por exemplo: a proteção à vida, a liberdade individual e a igualdade.

Estes são pressupostos fundamentais acerca da dignidade humana.



2. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Promulgada pela primeira vez em 26 de agosto de 1789, em Paris, na França, essa declaração foi resultado da Revolução Francesa, que inspirada pelo Iluminismo, elaborou 17 artigos proclamando a liberdade e a igualdade entre os indivíduos. Esses direitos passaram a ser considerados "universais", ou seja, válidos para todos os homens em qualquer época ou lugar.


3. Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Foi adotada em 10 de dezembro de 1948, após a 2ª Guerra Mundial, pela Organização das Nações Unidas (ONU). A declaração, contendo 30 artigos, reconhece os direitos "fundamentais" e "universais" do ser humano como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e nações sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.


4. Direitos Humanos no Brasil.
Em nosso país, a expressão "direitos humanos" foi popularizada durante a década de 1980. Nessa época militantes políticos de esquerda passaram a usar a expressão em oposição ao regime militar. Hoje, após a redemocratização do Brasil e a concessão de amplos direitos ao cidadão, a expressão "direitos humanos" tem sido associada constantemente a "direitos de bandidos". Discute-se, por exemplo, que os "direitos humanos" deveriam valer unicamente para os "humanos direitos".



SUBSÍDIO BÍBLICO-PEDAGÓGICO
Uma das narrativas mais tensas da Bíblia encontra-se em Atos 22.25-29, onde ela descreve o momento em que o apóstolo Paulo fez uso de um direito romano. O apóstolo estava prestes a ser açoitado por um centurião, quando decidida e corajosamente perguntou: “É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado?” O centurião não podia dar aquele tratamento ao apóstolo, pois este estava investido da cidadania romana.
À luz desse relato bíblico, reflita com os alunos a respeito da consciência dos direitos do cidadão. Essa consciência só é possível a partir da apreensão do conteúdo de nossa carta magna: a Constituição Federal. Neste documento, há um artigo que é considerado o coração de nossa carta: o artigo 5º. É o artigo que inaugura o texto constitucional que trata dos Direitos e das Garantias Fundamentais: eixo central do documento. O artigo 5º trata especialmente dos direitos individuais e coletivos. Nele, há três itens (VI, VII e VIII) que todo crente deveria ser consciente de sua existência em nosso país. São as nossas garantias constitucionais de liberdade de crença, culto e todo valor religioso que podemos desfrutar em nossa nação. Aprofunde-se no tema e conscientize sua classe a respeito desses direitos fundamentais.
Fonte da dinâmica/por Sulamita Macedo/blog//atitudedeaprendiz.blogspot.com
Fonte: Cpad//Valores Cristãos: Enfrentando as Questões Morais de Nosso Tempo.
Fonte: Revista Betel Conectar

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