Salmo 139.1-14
1. SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
2. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
4. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
5. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
6. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
7. Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
8. Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
9. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10. Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
12. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
13. Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
14. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
TEXTO ÁUREO
No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Gênesis 1.1,2
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Jó 33.1-33
Élio acusa Jó de se opor a Deus
3ª feira - Ezequiel 37.1-14
A visão de um vale de ossos secos
4ª feira - João 20.19-31
Jesus aparece aos Onze
5ª feira - 1 Coríntios 2.1-12
O Espírito que provém de Deus
6ª feira - 1 Tessalonicenses 4.1-12
A exortação de Paulo
Sábado - 1 João 5.1-12
O Espírito é a verdade
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
• Reconhecer quem é o Espírito Santo nas Escrituras;
• Apontar a Sua presença em alguns textos do Antiga Testamento;
• Apontar a Sua presença em alguns textos do Novo Testamento;
• Compreender que o Espírito Santo está na Trindade e, portanto, também merece o nosso temor e nossa adoração. Ele é Deus.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, no modelo evangélico, o educando é orientado a experimentar um encontro pessoal com Deus par intermédio de Jesus e a ter sua vida transformada e dirigida pelo Espírito Santo. O educador deve colocar-se como o instrumento nas mãos do Senhor para:
1) ter uma vida progressivamente transformada;
2) tornar-se um instrumento nas mãos de Deus para trazer mudança ao educando;
3) desenvolver seu potencial e suas habilidades de modo a oferecer seu serviço em prol do crescimento e expansão do Reino (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã — Uma Jornada Para Toda Vida. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2012, p. 15). Boa aula!
Palavra introdutória
A formulação de doutrinas e a consolidação do consenso cristão sobre o Espírito Santo não acontecem repentinamente. No decorrer do nosso estudo, observaremos que, desde o Antigo Testamento até momentos antes do Pentecostes, os ensinos e as revelações acerca do Consolador também não haviam se dado plenamente.
O discernimento que temos hoje supera em muito o conhecimento que os judeus do passado e os cristãos do primeiro século tinham da pessoa do Espírito Santo, porque muitos estudiosos se lançaram no aprendizado desse assunto e desenvolveram maravilhosas reflexões e doutrinas sobre o tema.
A Pneumatologia é a doutrina que investiga, formula e sistematiza todo o conhecimento a respeito do Espírito Santo, bem como de Suas ações, Suas obras, Seu caráter e de Sua relação com a Igreja e com os cristãos individualmente. Essa palavra, de origem grega, reúne dois termos em um só: pneuma (que significa vento, usado para identificar o Espírito Santo nas Escrituras) e logia (que significa estudo ou tratado). Então, pneumatologia significa estudo (doutrina) do Espírito Santo.
Nesta lição, faremos uma introdução a essa importante disciplina que interessa a todo cristão, independentemente de sua orientação teológica, doutrinária ou denominacional.
1. O ESPÍRITO SANTO É REAL
O Espírito Santo não é uma invenção nem é uma ilusão. Ele não é uma força impessoal nem é um "modo de falar de Deus". Não! Ele é Deus e tem atributos próprios que o distinguem como uma pessoa com uma missão: Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo (Jo 16.7,8).
1. 1 Um integrante da Trindade
A natureza da terceira pessoa da Trindade é identificada pela palavra Espírito. Em algumas passagens das Escrituras, o Espírito Santo é chamado simplificadamente de Espírito, que pode significar sopro, ar e vento (Mc 1.10; Ef 5.18).
Ele é um ser divino, participante da Trindade, juntamente com o Pai e Jesus. Os três são um só Deus, que opera de formas distintas. há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação, um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos (Ef. 4.4-6).
1.2. O Espirito que possui características de uma pessoa
O Espírito Santo possui as características de uma pessoa, com intelecto (Rm 8.16,27), sensibilidade (Ef 4.30) e vontade (1 Co 12.11). Além disso, Ele também realiza ações específicas de uma pessoa: inspira as profecias (2 Pe 1.21), revela as verdades divinas (1 Co 2.10), convoca os obreiros para o serviço (At 13.2), comunica-se com a igreja local (Ap 2.7), testifica (Jo 15.26), intercede (Rm 8.26), guia (Jo 16.13) e ensina (Jo 14.26).
2. O AGENTE QUE PREENCHE, APROXIMA E CONDUZ
Todos os dias somos chamados a despir-nos dos velhos hábitos e a assumir a posição de novas criaturas, de filhos de Deus, tendo Jesus como referencial. Contudo, não podemos fazer isso pelo nosso próprio conhecimento ou poder. Dependemos do agir do Espírito Santo para alcançar este propósito.
Podemos escolher diversas maneiras para viver, mas a melhor delas é viver de forma abundante pelo poder de Deus. E o segredo para alcançar esta bênção está na admoestação do apóstolo Paulo, feita em Efésios 5.18: E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.
É preciso muito mais que isso para ser cheio da presença do Espírito de Deus. Não basta falar em Línguas estranhas ou frequentar os cultos semanalmente. O Senhor espera mais de cada um de nós para revestir-nos com Seu poder. Ele deseja que nos tomemos semelhantes a Cristo em nossa maneira de pensar, sentir, falar e agir. Esse é um processo contínuo, um exercício diário, que visa à santificação e ao crescimento espiritual.
Assim como a pessoa embriagada com vinho está sob o efeito do álcool, o cristão cheio do Espírito é controlado pelo Espírito Santo. Enchei-vos: encher-se indica uma ação que vai além de receber o selo do Espírito Santo (Ef 1.13). Selar é uma ação feita por Deus no momento de nosso novo nascimento. O tempo e o modo do verbo grego traduzido como enchei-vos [imperativo afirmativo] indica que a ação no presente de encher-se pode ser repetida, acontecendo em vários momentos. É algo que Paulo ordena que os cristãos de Éfeso façam. Em outras palavras, nem todos os cristãos são cheios do Espírito, mas todos foram selados com o Espírito quando se entregaram a Cristo (Ef 4.30) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 512).
2.1. O Espírito que nos aproxima de Deus
Apesar de haver muitos estudos e tratados sobre o Espírito Santo ao longo de muitos séculos, nenhum dogma, nenhum credo, nenhuma religião nem filosofia alguma podem prover ao homem uma aproximação real e experimental de Deus. Afinal, a aproximação entre Criador e criatura é uma obra exclusiva do Espírito Santo: porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus (Ef 2.18,19).
Além de nos aproximar de Deus, o Espírito Santo atua na unificação do corpo da Igreja, o qual não está limitado a sexo, idade, cor, estatura, condição financeira, enfim, não existe fator segregador. Lembremo-nos sempre de que Deus amou o mundo e entregou Seu filho para salvá-lo sem distinção (Jo 3.16; At 10.34).
A igreja cristã, formada inicialmente por judeus e gentios, é descrita como um corpo. E o ser humano convertido a Cristo [em quem não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea (Gl 3.28)] é descrito como um novo homem. Nos primórdios do cristianismo, a Igreja era, principalmente, composta de judeus. Mas, pela ação do Espírito de Deus, os cristãos testemunharam sobre Jesus aos gentios (At 10), que se converteram e excederam o número de membros judeus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 506).
2.2. O Espírito que nos conduz a Deus em oração
Uma das maneiras mais fáceis de falarmos com Deas é por meio da oração. No entanto, embora essa seja uma atitude simples, há momentos em que o Espírito Santo desempenha um papel fundamental nisso, intercedendo por nós até com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Então, além de nos convencer do pecado, da justiça e do juízo, Ele também nos conduz a Deus quando não sabemos expressar a nossa real necessidade ou quando nossa "nebulosidade espiritual", em determinado momento, não nos permite identificar do que realmente necessitamos de Deus.
2.2. O Espírito que nos conduz a Deus em oração
Uma das maneiras mais fáceis de falarmos com Deas é por meio da oração. No entanto, embora essa seja uma atitude simples, há momentos em que o Espírito Santo desempenha um papel fundamental nisso, intercedendo por nós até com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Então, além de nos convencer do pecado, da justiça e do juízo, Ele também nos conduz a Deus quando não sabemos expressar a nossa real necessidade ou quando nossa "nebulosidade espiritual", em determinado momento, não nos permite identificar do que realmente necessitamos de Deus.
3. O ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS
A palavra Espírito ocorre pela primeira vez na Bíblia em Gênesis (Gn 1.1,2): No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Em Apocalipse 22.17, vemos a última menção a esse termo E o Espírito e a esposa dizem; Vem! E quem ouse diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome cie graça da água da vida. Conhecemos essa maravilhosa pessoa da Trindade conforme Ele nos foi apresentado, aos poucos, por todo o texto bíblico, de Gênesis a Apocalipse.
3.1. No Antigo Testamento
Como vimos anteriormente, o Espírito Santo estava presente durante toda a etapa da criação divina. No fim do processo criativo, o Senhor fez o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente (Gn 2.7). Daquele momento até a queda de Adão e Eva, Criador e criatura conviveram intimamente ligados. O primeiro casal foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas essa conexão não durou muito.
Após a corrupção geral do gênero humano, houve uma clara ruptura em nosso relacionamento com Deus. Por causa disso, sobreveio-nos a morte: Então, disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos (Gn 6.3). Não vemos profundos relatos nem extensos textos sobre o Espírito Santo em Gênesis, mas é certo que Sua participação, tanto na Criação como no relacionamento entre Deus e o homem, foi indispensável.
A capacitação individual foi outro aspecto da obra do Espírito Santo ainda no Antigo Testamento. Ele proveu aptidão àqueles que foram chamados por Deus para o Seu serviço. Há vários exemplos de pessoas que experimentaram os efeitos da obra e da ação direta do Espírito em suas vidas. Artífices, juízes, profetas, sacerdotes, reis e outros personagens bíblicos receberam alguma capacitação especial para realizar missões e cumprir tarefas, por exemplo: um homem da tribo de Judá, Bezalel, recebeu habilidades para fazer todo tipo de trabalho artístico na construção do tabernáculo (Êx 31.3); Jefté recebeu condições de liderar Israel contra um poderoso inimigo (Jz 11.29-33); Otniel, Gideão e Sansão foram juízes dotados dessa capacitação especial (Jz 3.10; 6.34; 13.25).
No período dos reis, após o tempo dos juízes, vemos que o Espírito do Senhor se apoderou de Saul durante a guerra contra os amonitas (1 Sm 11.6), mas o abandonou em seguida por causa do seu pecado (1 Sm 16.14). O mesmo Espírito atuou poderosamente na vida de Davi sucessor de Saul, e também na vida de Salomão, filho de Davi e príncipe herdeiro do seu reino. Na vida e no ministério dos profetas também vemos o Espírito chamar, capacitar e orientar (Ez 2.2).
Não há como servir a Deus nem como andar em Sua presença sem contar com a pessoa do Espírito Santo. Ele capacita aqueles que são chamados e os conduz pelos Seus caminhos.
3.2. No Novo Testamento
É natural que o Novo Testamento apresente mais citações sobre a ação do Espírito, pois foi nesse período que Cristo o enviou. Nos relatos desse tempo, também começamos a ver Suas obras com maior clareza. Alguns escritores chamam o período da Igreja como a Dispensação do Espírito; outros autores chamam o Livro de Atos dos Apóstolos como Atos do Espírito, por causa do grande impacto que o Espírito Santo passa a ter na igreja primitiva após o Pentecostes (At 2).
Algumas passagens do Novo Testamento relatam a ação do Espírito Santo de maneira expressa. Por exemplo, os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) citam que o Espírito Santo desceu sobre a pessoa de Jesus, após o Seu batismo, e guiou o Seu ministério:
• E viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele (Mt 3.16);
• Viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele (Mc 1.10);
• E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba (Lc 3.22);
• Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele (Jo 1.32).
O Espírito Santo confiou aos primeiros apóstolos a tarefa de lançar os alicerces doutrinários da Igreja, preparando-a, assim, para os séculos que viriam. No exercício de seus ministérios, o Espírito Santo os revestiu e eles continuaram a obra iniciada por Jesus: Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (At 1.8; Mc 3.14; Lc 6.13; G1 1.1). Os apóstolos tinham consciência de que eram usados pelo Espírito Santo (At 15.28). À medida que eram dirigidos pelo Espírito, o Senhor operava milagres por intermédio deles e confirmava a Palavra que pregavam (At 2.40,41; 3.1-10; 2 Co 12.12).
Recebereis a virtude do Espírito Santo: esse trecho refere--se ao poder necessário à vida piedosa, como demonstrado na vida dos homens do Antigo Testamento marcados pelo santo agir (veja os exemplos de Abraão, em Gn 22; José, em Gn 39; Moisés, em Êx 14; Daniel, em Dn 6). Essa foi a virtude ou o poder designado para a execução de uma nova tarefa: levar o evangelho até os confins da terra com a orientação e o auxílio do Espírito Santo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 290).
CONCLUSÃO
O Espírito Santo revela-se em totalidade no Novo Testamento. Todavia, no Antigo Testamento, Sua presença é notável e Sua ação, fundamental.
Tanto na criação do mundo (Gn 1.26), quanto na capacitação de homens (Nm 11.16,17) e na revelação do futuro (J1 2.28,29), o Espírito Santo operou poderosamente a fim de cumprir os desígnios de Deus.
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO
1. O Espirro Santo possui características de uma pessoa?
R: Certamente. O Espírito Santo possui intelecto (Rm 8.16,27), sensibilidade (Ef 4.30) e vontade (1 Co 12.11), por' exemplo.
2. Cite as passagens bíblicas em que a palavra Espírito aparece pela primeira e pela última vez:
R: A palavra Espírito ocorre pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 1.1,2; e, em Apocalipse 22.17, vemos a última menção a esse termo.
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Volte sempre e traga mais gente se Deus tocar fique com a gente.
2. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
4. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
5. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
6. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
7. Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
8. Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
9. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10. Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
12. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
13. Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
14. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Gênesis 1.1,2
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Jó 33.1-33
Élio acusa Jó de se opor a Deus
3ª feira - Ezequiel 37.1-14
A visão de um vale de ossos secos
4ª feira - João 20.19-31
Jesus aparece aos Onze
5ª feira - 1 Coríntios 2.1-12
O Espírito que provém de Deus
6ª feira - 1 Tessalonicenses 4.1-12
A exortação de Paulo
Sábado - 1 João 5.1-12
O Espírito é a verdade
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
• Reconhecer quem é o Espírito Santo nas Escrituras;
• Apontar a Sua presença em alguns textos do Antiga Testamento;
• Apontar a Sua presença em alguns textos do Novo Testamento;
• Compreender que o Espírito Santo está na Trindade e, portanto, também merece o nosso temor e nossa adoração. Ele é Deus.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, no modelo evangélico, o educando é orientado a experimentar um encontro pessoal com Deus par intermédio de Jesus e a ter sua vida transformada e dirigida pelo Espírito Santo. O educador deve colocar-se como o instrumento nas mãos do Senhor para:
1) ter uma vida progressivamente transformada;
2) tornar-se um instrumento nas mãos de Deus para trazer mudança ao educando;
3) desenvolver seu potencial e suas habilidades de modo a oferecer seu serviço em prol do crescimento e expansão do Reino (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã — Uma Jornada Para Toda Vida. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2012, p. 15). Boa aula!
Palavra introdutória
A formulação de doutrinas e a consolidação do consenso cristão sobre o Espírito Santo não acontecem repentinamente. No decorrer do nosso estudo, observaremos que, desde o Antigo Testamento até momentos antes do Pentecostes, os ensinos e as revelações acerca do Consolador também não haviam se dado plenamente.
O discernimento que temos hoje supera em muito o conhecimento que os judeus do passado e os cristãos do primeiro século tinham da pessoa do Espírito Santo, porque muitos estudiosos se lançaram no aprendizado desse assunto e desenvolveram maravilhosas reflexões e doutrinas sobre o tema.
A Pneumatologia é a doutrina que investiga, formula e sistematiza todo o conhecimento a respeito do Espírito Santo, bem como de Suas ações, Suas obras, Seu caráter e de Sua relação com a Igreja e com os cristãos individualmente. Essa palavra, de origem grega, reúne dois termos em um só: pneuma (que significa vento, usado para identificar o Espírito Santo nas Escrituras) e logia (que significa estudo ou tratado). Então, pneumatologia significa estudo (doutrina) do Espírito Santo.
Nesta lição, faremos uma introdução a essa importante disciplina que interessa a todo cristão, independentemente de sua orientação teológica, doutrinária ou denominacional.
1. O ESPÍRITO SANTO É REAL
O Espírito Santo não é uma invenção nem é uma ilusão. Ele não é uma força impessoal nem é um "modo de falar de Deus". Não! Ele é Deus e tem atributos próprios que o distinguem como uma pessoa com uma missão: Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo (Jo 16.7,8).
1. 1 Um integrante da Trindade
A natureza da terceira pessoa da Trindade é identificada pela palavra Espírito. Em algumas passagens das Escrituras, o Espírito Santo é chamado simplificadamente de Espírito, que pode significar sopro, ar e vento (Mc 1.10; Ef 5.18).
Ele é um ser divino, participante da Trindade, juntamente com o Pai e Jesus. Os três são um só Deus, que opera de formas distintas. há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação, um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos (Ef. 4.4-6).
1.2. O Espirito que possui características de uma pessoa
O Espírito Santo possui as características de uma pessoa, com intelecto (Rm 8.16,27), sensibilidade (Ef 4.30) e vontade (1 Co 12.11). Além disso, Ele também realiza ações específicas de uma pessoa: inspira as profecias (2 Pe 1.21), revela as verdades divinas (1 Co 2.10), convoca os obreiros para o serviço (At 13.2), comunica-se com a igreja local (Ap 2.7), testifica (Jo 15.26), intercede (Rm 8.26), guia (Jo 16.13) e ensina (Jo 14.26).
2. O AGENTE QUE PREENCHE, APROXIMA E CONDUZ
Todos os dias somos chamados a despir-nos dos velhos hábitos e a assumir a posição de novas criaturas, de filhos de Deus, tendo Jesus como referencial. Contudo, não podemos fazer isso pelo nosso próprio conhecimento ou poder. Dependemos do agir do Espírito Santo para alcançar este propósito.
Podemos escolher diversas maneiras para viver, mas a melhor delas é viver de forma abundante pelo poder de Deus. E o segredo para alcançar esta bênção está na admoestação do apóstolo Paulo, feita em Efésios 5.18: E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.
É preciso muito mais que isso para ser cheio da presença do Espírito de Deus. Não basta falar em Línguas estranhas ou frequentar os cultos semanalmente. O Senhor espera mais de cada um de nós para revestir-nos com Seu poder. Ele deseja que nos tomemos semelhantes a Cristo em nossa maneira de pensar, sentir, falar e agir. Esse é um processo contínuo, um exercício diário, que visa à santificação e ao crescimento espiritual.
Assim como a pessoa embriagada com vinho está sob o efeito do álcool, o cristão cheio do Espírito é controlado pelo Espírito Santo. Enchei-vos: encher-se indica uma ação que vai além de receber o selo do Espírito Santo (Ef 1.13). Selar é uma ação feita por Deus no momento de nosso novo nascimento. O tempo e o modo do verbo grego traduzido como enchei-vos [imperativo afirmativo] indica que a ação no presente de encher-se pode ser repetida, acontecendo em vários momentos. É algo que Paulo ordena que os cristãos de Éfeso façam. Em outras palavras, nem todos os cristãos são cheios do Espírito, mas todos foram selados com o Espírito quando se entregaram a Cristo (Ef 4.30) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 512).
2.1. O Espírito que nos aproxima de Deus
Apesar de haver muitos estudos e tratados sobre o Espírito Santo ao longo de muitos séculos, nenhum dogma, nenhum credo, nenhuma religião nem filosofia alguma podem prover ao homem uma aproximação real e experimental de Deus. Afinal, a aproximação entre Criador e criatura é uma obra exclusiva do Espírito Santo: porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus (Ef 2.18,19).
Além de nos aproximar de Deus, o Espírito Santo atua na unificação do corpo da Igreja, o qual não está limitado a sexo, idade, cor, estatura, condição financeira, enfim, não existe fator segregador. Lembremo-nos sempre de que Deus amou o mundo e entregou Seu filho para salvá-lo sem distinção (Jo 3.16; At 10.34).
A igreja cristã, formada inicialmente por judeus e gentios, é descrita como um corpo. E o ser humano convertido a Cristo [em quem não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea (Gl 3.28)] é descrito como um novo homem. Nos primórdios do cristianismo, a Igreja era, principalmente, composta de judeus. Mas, pela ação do Espírito de Deus, os cristãos testemunharam sobre Jesus aos gentios (At 10), que se converteram e excederam o número de membros judeus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 506).
2.2. O Espírito que nos conduz a Deus em oração
Uma das maneiras mais fáceis de falarmos com Deas é por meio da oração. No entanto, embora essa seja uma atitude simples, há momentos em que o Espírito Santo desempenha um papel fundamental nisso, intercedendo por nós até com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Então, além de nos convencer do pecado, da justiça e do juízo, Ele também nos conduz a Deus quando não sabemos expressar a nossa real necessidade ou quando nossa "nebulosidade espiritual", em determinado momento, não nos permite identificar do que realmente necessitamos de Deus.
2.2. O Espírito que nos conduz a Deus em oração
Uma das maneiras mais fáceis de falarmos com Deas é por meio da oração. No entanto, embora essa seja uma atitude simples, há momentos em que o Espírito Santo desempenha um papel fundamental nisso, intercedendo por nós até com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Então, além de nos convencer do pecado, da justiça e do juízo, Ele também nos conduz a Deus quando não sabemos expressar a nossa real necessidade ou quando nossa "nebulosidade espiritual", em determinado momento, não nos permite identificar do que realmente necessitamos de Deus.
3. O ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS
A palavra Espírito ocorre pela primeira vez na Bíblia em Gênesis (Gn 1.1,2): No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Em Apocalipse 22.17, vemos a última menção a esse termo E o Espírito e a esposa dizem; Vem! E quem ouse diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome cie graça da água da vida. Conhecemos essa maravilhosa pessoa da Trindade conforme Ele nos foi apresentado, aos poucos, por todo o texto bíblico, de Gênesis a Apocalipse.
3.1. No Antigo Testamento
Como vimos anteriormente, o Espírito Santo estava presente durante toda a etapa da criação divina. No fim do processo criativo, o Senhor fez o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente (Gn 2.7). Daquele momento até a queda de Adão e Eva, Criador e criatura conviveram intimamente ligados. O primeiro casal foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas essa conexão não durou muito.
Após a corrupção geral do gênero humano, houve uma clara ruptura em nosso relacionamento com Deus. Por causa disso, sobreveio-nos a morte: Então, disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos (Gn 6.3). Não vemos profundos relatos nem extensos textos sobre o Espírito Santo em Gênesis, mas é certo que Sua participação, tanto na Criação como no relacionamento entre Deus e o homem, foi indispensável.
A capacitação individual foi outro aspecto da obra do Espírito Santo ainda no Antigo Testamento. Ele proveu aptidão àqueles que foram chamados por Deus para o Seu serviço. Há vários exemplos de pessoas que experimentaram os efeitos da obra e da ação direta do Espírito em suas vidas. Artífices, juízes, profetas, sacerdotes, reis e outros personagens bíblicos receberam alguma capacitação especial para realizar missões e cumprir tarefas, por exemplo: um homem da tribo de Judá, Bezalel, recebeu habilidades para fazer todo tipo de trabalho artístico na construção do tabernáculo (Êx 31.3); Jefté recebeu condições de liderar Israel contra um poderoso inimigo (Jz 11.29-33); Otniel, Gideão e Sansão foram juízes dotados dessa capacitação especial (Jz 3.10; 6.34; 13.25).
No período dos reis, após o tempo dos juízes, vemos que o Espírito do Senhor se apoderou de Saul durante a guerra contra os amonitas (1 Sm 11.6), mas o abandonou em seguida por causa do seu pecado (1 Sm 16.14). O mesmo Espírito atuou poderosamente na vida de Davi sucessor de Saul, e também na vida de Salomão, filho de Davi e príncipe herdeiro do seu reino. Na vida e no ministério dos profetas também vemos o Espírito chamar, capacitar e orientar (Ez 2.2).
Não há como servir a Deus nem como andar em Sua presença sem contar com a pessoa do Espírito Santo. Ele capacita aqueles que são chamados e os conduz pelos Seus caminhos.
3.2. No Novo Testamento
É natural que o Novo Testamento apresente mais citações sobre a ação do Espírito, pois foi nesse período que Cristo o enviou. Nos relatos desse tempo, também começamos a ver Suas obras com maior clareza. Alguns escritores chamam o período da Igreja como a Dispensação do Espírito; outros autores chamam o Livro de Atos dos Apóstolos como Atos do Espírito, por causa do grande impacto que o Espírito Santo passa a ter na igreja primitiva após o Pentecostes (At 2).
Algumas passagens do Novo Testamento relatam a ação do Espírito Santo de maneira expressa. Por exemplo, os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) citam que o Espírito Santo desceu sobre a pessoa de Jesus, após o Seu batismo, e guiou o Seu ministério:
• E viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele (Mt 3.16);
• Viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele (Mc 1.10);
• E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba (Lc 3.22);
• Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele (Jo 1.32).
O Espírito Santo confiou aos primeiros apóstolos a tarefa de lançar os alicerces doutrinários da Igreja, preparando-a, assim, para os séculos que viriam. No exercício de seus ministérios, o Espírito Santo os revestiu e eles continuaram a obra iniciada por Jesus: Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (At 1.8; Mc 3.14; Lc 6.13; G1 1.1). Os apóstolos tinham consciência de que eram usados pelo Espírito Santo (At 15.28). À medida que eram dirigidos pelo Espírito, o Senhor operava milagres por intermédio deles e confirmava a Palavra que pregavam (At 2.40,41; 3.1-10; 2 Co 12.12).
Recebereis a virtude do Espírito Santo: esse trecho refere--se ao poder necessário à vida piedosa, como demonstrado na vida dos homens do Antigo Testamento marcados pelo santo agir (veja os exemplos de Abraão, em Gn 22; José, em Gn 39; Moisés, em Êx 14; Daniel, em Dn 6). Essa foi a virtude ou o poder designado para a execução de uma nova tarefa: levar o evangelho até os confins da terra com a orientação e o auxílio do Espírito Santo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 290).
CONCLUSÃO
O Espírito Santo revela-se em totalidade no Novo Testamento. Todavia, no Antigo Testamento, Sua presença é notável e Sua ação, fundamental.
Tanto na criação do mundo (Gn 1.26), quanto na capacitação de homens (Nm 11.16,17) e na revelação do futuro (J1 2.28,29), o Espírito Santo operou poderosamente a fim de cumprir os desígnios de Deus.
ATIVIDADES PARA FIXAÇÃO
1. O Espirro Santo possui características de uma pessoa?
R: Certamente. O Espírito Santo possui intelecto (Rm 8.16,27), sensibilidade (Ef 4.30) e vontade (1 Co 12.11), por' exemplo.
2. Cite as passagens bíblicas em que a palavra Espírito aparece pela primeira e pela última vez:
R: A palavra Espírito ocorre pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 1.1,2; e, em Apocalipse 22.17, vemos a última menção a esse termo.
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Revista Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 61 - 1º Trimestre de 2020 - Tema: O Espírito Santo: Divino Companheiro, Consolador e Mestre - Central Gospel
Comentarista: Geziel Gomes
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