24 de julho de 2017

Noticia: No Foro de São Paulo, PT e PCdoB assinam apoio ao regime da Venezuela

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que o seu partido manifesta “apoio e solidariedade” ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), seus aliados e ao presidente Nicolás Maduro “frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela”

Os dois principais partidos de esquerda do Brasil, Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB), subscreveram a resolução final do 23º Encontro do Foro de São Paulo, em defesa do regime de Nicolás Maduro na Venezuela, em meio à escalada de violência política que já deixou mais de cem mortos desde abril, de acordo com o Ministério Público local.

Os referidos partidos políticos participaram do evento que acontece em Manágua, capital de Nicarágua, e que reúne vários partidos de esquerda da América Latina e do Caribe.

No dia 6 de abril, Jairo Ortiz, de 19 anos, levou um tiro no tórax durante um protesto. Dias depois, Daniel Queliz, 20 anos, foi morto com um tiro no pescoço.

Os representantes brasileiros no Foro não mencionaram o ataque ao parlamento promovido por militantes chavistas ou as denúncias de violência por parte do aparato militar oficial do Estado.

A resolução do último encontro da organização, realizado em Manágua, na Nicarágua, defende a elaboração de uma nova Constituição que aumenta os poderes de Maduro, exalta o “triunfo das forças revolucionárias na Venezuela” e afirma que a “revolução bolivariana é alvo de ataque do imperialismo e de seus lacaios”.

Presente ao encontro, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, declarou em discurso que o partido manifesta “apoio e solidariedade” ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), seus aliados e ao presidente “frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela”.

O evento na Nicarágua, que homenageou o líder cubano Fidel Castro, produziu uma resolução de rechaço ao que foi chamado de “golpe de Estado” no Brasil e de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Participação reduzida

Oficialmente, o Foro de São Paulo tem sete partidos brasileiros inscritos: PT, PDT, PC do B, PCB, PPL, PSB e PPS. A maioria deles, porém, deixou de enviar representantes ao evento nos últimos anos. “Hoje apenas alguns membros antigos do diretório do PSB defendem o Foro. O regime de Maduro é uma loucura. A Constituinte que ele convocou é uma tentativa de Estado totalitário”, afirmou o deputado Julio Delgado (PSB-MG).

O ex-ministro Roberto Freire, presidente do PPS, disse que estava no início do Foro de São Paulo, mas se afastou. “Era uma reunião na qual existiam partidos que tinham uma visão democrática bem acentuada, tal como nós. Imaginava-se que aquilo iria ser uma organização pluralista. No momento em que passou a ser um instrumento de concepções antidemocráticas e totalitárias que resultaram nessa ditadura venezuelana, o partido se afastou”.

O Foro foi fundado em 1990 por Lula e Fidel. O objetivo inicial era debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim. A primeira edição ocorreu na cidade de São Paulo, daí o nome dado ao encontro. Desde então, ocorre a cada um ou dois anos.
Fonte: Bahia.ba e Brasil 247

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