Noticia: EUA: 17 pessoas achadas em caminhão correm o risco de morrer; entenda

Polícia investiga episódio, que já deixou nove vítimas, como tráfico humano

Dezessete sobreviventes encontrados na traseira de um caminhão em Santo Antônio, nos Estados Unidos, estão internados e correm risco de morrer. Outras três também estão sob cuidados médicos. Uma fonte policial confirmou a informação à agência ‘Associated Press’. Neste domingo (23), oito pessoas foram achadas mortas no transporte e outra não resistiu no hospital. As autoridades investigam o episódio como tráfico humano de imigrantes.

O caminhão estava estacionado em um Walmart do estado americano do Texas. Dentro dele, havia 39 pessoas — a maioria delas sofria de extrema desidratação e de insolação. O grupo só foi encontrado porque um funcionário da loja desconfiou de um homem que desceu do veículo para pedir água. O motorista foi detido e é esperado no tribunal nesta segunda-feira (24).

Santo Antônio fica a 240 quilômetros da fronteira com o México. A temperatura na cidade chegou a 38ºC no sábado, em meio ao verão no hemisfério norte.

100 pessoas estavam no caminhão

De acordo com relatos preliminares dos sobreviventes, mais de 100 pessoas se amontoaram na traseira do veículo. Muitos deles, porém, teriam escapado ou seguido o caminho da travessia aos Estados Unidos por conta própria quando o caminhão parou. Quatro dos resgatados aparentavam ter entre 10 e 17 anos.

“Nós estamos investigando como um crime de tráfico humano”, destacou o chefe da polícia de Santo Antônio, William McManus, que considerou o episódio “uma tragédia horrível”.

Chefe dos bombeiros da cidade, Charles Hood contou que as vítimas tinham a pele quente, depois de ficarem no caminhão sem vestígios de água. O sistema refrigeração do transporte não funcionava.

Se for confirmada a hipótese de tráfico humano, será a mais recente tragédia em operações do tipo. Em 2003, no mesmo estado do Texas, 19 imigrantes trancados em um veículo foram encontrados sem vida. Naquela ocasião, o motorista foi condenado a 34 anos de prisão.
Fonte: O Globo

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