31 de julho de 2017

Lição 06 - Deus, o Autor de Missões: Adultos - Betel

  

Clique nos links abaixo
através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
BÍBLIA ONLINE
“Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos”. 1João 4.9

Verdade Aplicada
Logo no início da Bíblia encontramos que o Deus Criador é um Deus missionário, interessado em abençoar todas as famílias da terra.

Objetivos da Lição
Explicar aos alunos que o plano de salvação foi elaborado antes da queda do homem;
Apresentar a Cristo como a figura central da Palavra de Deus;
Mostrar o envolvimento da Trindade nas dispensações.

Glossário
Exímio: Que denota superioridade; que é excelente; brilhante;
Primazia: Prioridade; primeiro lugar;
Sapiência: Qualidade do que revela sabedoria e prudência; erudição.

Leituras complementares
Segunda Mt 13.18-23
Terça Mt 28.18-20
Quarta Lc 19.10
Quinta Jo 3.16
Sexta At 17.28
Sábado Ef 3.9

Textos de Referência.
João 20.19-22
19 Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
20 E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
22 E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.


Hinos sugeridos.

Harpa Cristã: 
47


Harpa Cristã: 342


Harpa Cristã: 477


Motivo de Oração
Agradeça a Deus por fazer parte do Corpo de Cristo.

Esboço da Lição
Introdução
1. Deus, o missionário por excelência.
2. Missões em vários aspectos.
3. Missões e a trindade.
Conclusão

Introdução
Desde a eternidade, Deus traçou um plano de redenção para toda a humanidade. Seu plano sempre foi abençoar as famílias da terra. Por isso, Ele nos convoca e nos comissiona a realizar essa missão (Gn 12.3).

1. Deus, o missionário por excelência.
O anuncio do Evangelho não se iniciou no tempo do Novo Testamento: “Deus...anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8). Assim, a missão de salvar o mundo foi idealizada por Deus.

1.1. A criação revela o amor do Criador.
O mesmo Deus que chamou Abraão criou os céus e a terra, e, como clímax de Sua obra, trouxe à existência a raça humana, pois o ser humano foi feito à imagem de Deus para refletir a glória de Deus no mundo (Gn 1.27). É digno de nota que o Senhor Deus criou, abençoou e deu ordens e instruções sobre a vida na terra (Gn 1.27-28; 2.16-17).

Encontramos na Bíblia que Deus capacitou e ordenou ao primeiro casal: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei aterra...” (Gn 1.28). Abençoou para que enchesse a terra! Assim, cada ser humano possui a mesma origem e desfruta da mesma dignidade. Não há um povo superior a outro. O novo cântico, registrado em Apocalipse 5.9, diz: “Compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação”.

1.2. A missão começa com Ele.
Deus, além de Criador, tem um pleno envolvimento com Sua obra. Mesmo após ter se rebelado contra Deus e, assim, ter sido alvo do julgamento divino, o ser humano continua desfrutando da manifestação da graça e da misericórdia de Deus. Após a queda, Deus continua agindo em direção ao homem: “ouviram a voz do Senhor...pela viração do dia” (Gn 3.8). Aí está Deus como o primeiro missionário, tomando a iniciativa de ir até o ser humano caído, mostrando-lhe o seu erro (desobediência), a insuficiência das tentativas humanas diante das consequências do pecado (vestes de folhas de figueira) e fazendo o primeiro anuncio do Evangelho (Gn 3.15).

Assim, logo no início da história da humanidade registrada na Bíblia, encontramos a base para nossa missão cristã. O ser humano, criado para refletir a glória de Deus, se rebela contra o Seu Criador e, como consequência, vem a morte e a separação de Deus, necessitando de salvação e de reconciliação com Deus. O Deus Missionário toma iniciativa, vai ao encontro do ser humano caído, providencia vestes adequadas e anuncia a vinda do Salvador, que, mesmo sendo ferido na cruz, esmagaria a cabeça da serpente. Deus está tão envolvido que nomeia o homem, enche-o de amor, lhe revela o plano e caminha ao Seu lado, dando-lhe suporte para que a missão tenha êxito. O verdadeiro espírito missionário deve encarnar o amor divino, mesmo nas mais diversas formas da realidade humana, pois o preconceito prejudica o cristão. Devemos conhecer o que o amor de Deus é capaz de realizar e anunciar Jesus Cristo ao pecador, para que este confesse não somente como Salvador, mas para que viva em pleno relacionamento com Ele (Êx 3.10; Mt 28.20).

1.3. Um projeto elaborado desde a eternidade.
Encontramos na Bíblia que o plano de salvação não é um projeto de última hora, para resolver um problema inesperado. Trata-se de um propósito de Deus, desde o princípio da criação (Ef 3.9), que, em Sua soberania, decidiu revelar ao homem de forma gradual. Por isso, o apóstolo Paulo chama de “mistério”. A salvação está no coração de Deus “antes da fundação do mundo” (1Pe 1.20). Após o primeiro anúncio (Gn 3.15), o plano foi revelado no decorrer da história até a vinda de Jesus Cristo, o Salvador (1Pe 1.18-20; Ap 13.8).

Assim as “túnicas de peles” (Gn 3.21), providenciadas por Deus para o primeiro casal, passando por cada cordeiro sacrificado ao longo do Antigo Testamento, vemos uma prefiguração de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Como escreveu o apóstolo Paulo, o Senhor Deus, o Deus missionário, agiu conforme o Seu Eterno propósito, que realizou por intermédio de Cristo Jesus (Ef 3.11).

2. Missões em vários aspectos.
Em Seu grande projeto de redenção, o Criador fixou tempos e estações para cumpri-lo (At 1.7). É perceptível que, ao longo da história, o processo divino de “tornar a congregar em Cristo todas as coisas” (Ef 1.10) vai sendo conduzido de acordo com a soberania de Deus.

2.1. O processo ascendente de Missões.
Encontramos na Bíblia que o desejo de Deus em relacionar-se com pessoas foi manifesto na criação. Por isso, fez o ser humano à Sua imagem. Vemos assim que o propósito da missão é tornar a trazer o homem distante de Deus para a comunhão com o Seu Criador. Com a entrada do pecado na vida humana inicia-se uma alienação progressiva em relação ao propósito para qual foi criada (Gn 4.11). Contudo, num contexto de degradação moral e espiritual, Deus chama um homem e promete que, por intermédio de sua descendência, abençoaria todas as famílias da terra (Gn 12.1-3).

Todo o Antigo Testamento é a preparação e a revelação gradativa acerca do cumprimento desta promessa: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho...” (Gl 4.4). A bênção prometida a Abraão chega a todos por Jesus Cristo (Gl 3.14). Hoje a Igreja tem a missão de tornar conhecido a todos os homens o plano divino de salvação (Mt 28.18-20). Em Apocalipse 5.9, vemos registrada a concretização do anseio e plano missionário de Deus, quando os salvos de “toda tribo, e língua, e povo, e nação” estarão entoando um novo cântico ao Criador, Cumprindo, assim, a finalidade principal do ser humano: glorificar a Deus!

2.2. Cristo, a figura central.
A Bíblia, a palavra de Deus revela o Senhor Jesus Cristo como o Messias prometido, a figura central em todas as dispensações. Ele é a pessoa principal de toda a pregação e ensino. Ele aparece figurado: nas vestimentas de pele com que o Senhor vestiu a Adão e Eva, sua mulher (Gn 3.21); no carneiro imolado em lugar de Isaque (Gn 22.13-14); no cordeiro pascoal sacrificado na saída dos filhos de Israel do Egito: na nuvem que guiava os israelitas de dia e na coluna de fogo que os aquecia a noite. Enfim, Jesus é o centro da Bíblia. O próprio Jesus fez questão de falar que as Escrituras testificavam dEle (Jo 5.39). E, para que não houvesse dúvidas, o Pai confirmou Seu ministério, para que todos nEle cressem (Jo 8.14-18).

Jesus Cristo é a pessoa na história que cumpriu a maior missão já existente. Ele mesmo afirmou que veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10). Cristo consolidou Sua missão quando: morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia, aniquilou o poder da morte e do pecado, e conquistou para todos nós o direito da vida eterna. Após Sua ascensão. Ele nos deixou Seu legado: a missão de difundir o plano de salvação para todas as nações (Mt 28.18-20).

2.3. Bíblia, o alicerce.
Na Bíblia encontramos a revelação de tudo quanto necessitamos e precisamos saber para a prática da obra missionária. Sem a Palavra de Deus, é impossível a evangelização do mundo. Nela encontramos que e nossa a responsabilidade da proclamação do plano divino de salvação, o poder e a capacitação para cumprirmos a missão, e a mensagem a ser anunciada. Quanto mais convictos estiverem os discípulos de Jesus Cristo acerca da autoridade da Bíblia, maior será o comprometimento com a obra missionária. O próprio registro da mensagem em formato de livros tinha um propósito missionário (Jo 20.30-32).

Ao longo da história, vemos a Igreja estimulando a leitura, aquisição e disseminação da Palavra de Deus como instrumento valioso para que o ser humano conheça o amor divino e Seu plano de salvação. A partir da firme convicção da interação entre a Bíblia e a obra missionária é que as diversas agências e sociedades bíblicas têm enfatizado a importância da tradução e distribuição da Palavra de Deus alcançarem proporções cada vez maiores.

3. Missões e a trindade.
Um dos textos bíblicos que enfatiza o trabalho do Deus Trino na obra missionária é o que registra a ordem de Jesus Cristo: “...ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Assim, cada Pessoa da Trindade está envolvida no envio, no comissionamento, na capacitação e na promoção da ação missionária.

3.1. A participação de Deus Pai.
O conferencista em Missões, Robert E. Speer, declarou: “É no próprio ser e caráter de Deus que a base mais profunda do esforço missionário deve ser encontrada”. É importante que esta ênfase teocêntrica seja destacada em Missões, pois, como o apóstolo Paulo registrou na epístola de Efésios, somos abençoados, escolhidos, redimidos “para louvor e glória da sua graça...”; “...para louvor da sua glória...” (Ef 1.3-14). Deus Pai nos criou para que relacionássemos com Ele. Após o pecado, agiu para que ocorresse a reconciliação.

Assim desde o princípio, a obra missionária é a missão de Deus (“Missio Dei”). Ele enviou Abraão, Jose, Moisés, os profetas e Jesus Cristo, o Salvador (Jo 3.16-17; 6.38; 20.21).

3.2. A participação de Jesus Cristo.
Em Jesus Cristo encontramos a realização plena da ação missionária de Deus Pai. Enviado pelo Pai, veio para “servir e dar a sua vida em resgate de muitos”, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Mc 10.45; Fp 2.6-8). Ele é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento desde Gênesis 3.15. Assim, Jesus Cristo é o modelo no cumprimento da missão: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Após Sua ressurreição, Ele abre o entendimento dos discípulos para compreenderem as escrituras (Lc 24.25) e mostra-lhes que já estava previsto no Antigo Testamento a Sua vinda, que padeceria, ressuscitaria e que “...em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações” (Lc 24.46-47). Ele declara: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18), antes de lançar a chamada Grande Comissão.

O senhorio de Jesus Cristo é universal, logo a missão também é universa; “todas as nações”. Ele não somente comissionou, mas prometeu estar com os Seus discípulos. A presença de Jesus Cristo, que tem todo o poder, é a garantia de que a missão alcançará êxito. Ele é a mensagem. A missão e a mensagem são cristocêntricas. Em uma ocasião, um hindu questionou o Dr. E. Stanley Jones: “O que o cristianismo oferece que não encontramos em nossa religião?”. Então, ele respondeu: “Jesus Cristo”.

3.3. A participação do Espírito Santo.
O Espírito Santo atua na história desde o princípio: “o Espírito de Deus se movia” (Gn 1.2). Atuou na criação (Jó 33.4; Sl 104.30). Continua atuando até hoje. Por todo o período do Antigo testamento vemos a ação do Espírito santo na vida de tantos que foram chamados e enviados por Deus, capacitando-os para o cumprimento da missão. Logo no início do Novo testamento lá está o Espírito Santo agindo em Maria para a encarnação de jesus Cristo, enchendo Isabel, mãe de João Batista, e, depois, ungindo o próprio Messias (Lc 1.35, 42; 3.22). Pelo Espírito Santo, jesus Cristo se ofereceu como sacrifício (Hb 9.14). O próprio Jesus Cristo prometeu que o Espírito Santo estaria sempre conosco (Jo 14.16).

As últimas palavras de Jesus Cristo antes da ascensão foram sobre o Espírito Santo e Sua atuação na vida dos Seus discípulos, capacitando-os para a proclamação do Evangelho da salvação “até os confins da terra” (At 1.8). Lemos no livro de Atos o Espírito Santo não apenas capacitando, mas dirigindo a obra missionária (At 4.31; 13.2; 16.6-7). Portanto, o Espírito Santo e a missão não podem ser separados. Ele é um Espírito Missionário.

Conclusão.
Considerando que o Deus Trino e Uno se revela como Missionário, desde o princípio, e que, em Sua soberania, decidiu vocacionar homens nascidos de novo para cumprir a missão de tornar conhecido o plano de salvação para a humanidade, é imprescindível que a Igreja priorize tal atividade.

Questionário.
1. Quem idealizou a missão de salvar o mundo?
R: Deus (Gl 3.8).


2. Em Seu grande projeto de redenção, o que o Criador fixou?
R: Tempos e estações para cumpri-lo (At 1.7).



3. Sem a Palavra de Deus, o que é impossível?
R: A evangelização do mundo (Jo 20.30-31).



4. Quem é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento desde Gênesis 3.15?
R: Jesus Cristo (Fp 2.6-8).



5. O que Jesus Cristo prometeu acerca do Espírito Santo?
R: Que Ele estaria sempre conosco (Jo 14.16).




Resultado de imagem para Evangelismo, Missões e Discipulado
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Evangelismo, Missões e Discipulado, A tarefa primordial da igreja, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2017, ano 27, Nº 104, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

Nenhum comentário:

Postar um comentário