E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele;
E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar.
O texto mencionado acima se refere a uma parábola ensinada pelo Senhor Jesus em resposta a um doutor da lei, este havia perguntado a Jesus o que era necessário para herdar a vida eterna.
O Senhor lhe perguntou o que a lei afirmava, logo o doutor da lei lhe respondeu dizendo que era necessário amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e alma e amar também ao próximo.
O Senhor concordou com a resposta, porem o doutor da lei tentou se justificar a si mesmo perguntando “quem é o nosso próximo”
É neste momento que o Senhor profere essa parábola, contando a respeito de um homem que caiu nas mãos de uns ladrões e sendo espancado não teve o auxilio de ninguém, porem um samaritano se compadeceu da sua situação e lhe ajudou.
Observando os detalhes dessa parábola temos grandes lições a aprender, vamos procurar aprender algumas nesta aula final do trimestre.
Introdução
Chegamos a mais um final de trimestre, momento este que devemos avaliar o trimestre como um todo, desde a forma como ensinamos a lição;a Palavra de Deus, bem como o desenvolvimento dos alunos.
É um período de analise e ajuste dos possíveis problemas. Oremos ao Senhor para que a sua misericórdia esteja conosco afim de sermos capacitados nesta tão sublime tarefa.
Lembrando sempre que a nossa obra tem uma recompensa, pois o Senhor um dia nos galardoará pela obra que temos feito em seu nome; mas também temos a alegria e satisfação de vermos neste tempo presente o bom desenvolvimento dos alunos.
Pois os adolescentes de jovens serão a Igreja do futuro, e como não será gratificante sabermos que muitos desses adolescentes cresceram espiritualmente graças a seu esforço.
Estudemos, portanto a ultima aula do trimestre.
I- Fazer o bem, sem olhar a quem
durante este trimestre estudamos a cada semana lições referentes a atitudes, ou melhor dizendo, a escolhas que deveríamos tomar em nossa vida, escolhas estas que de fato são agradáveis a Deus; muitas dessas escolhas que aqui aprendemos se referiam a vida pessoal, a qual a escolha certa traria benefícios para nós.
Nesta ultima lição estaremos estudando a escolha que devemos fazer em ajudar o próximo, bem é verdade que tudo que fizemos em nome do Senhor seremos os maiores beneficiários, mas quando escolhemos ajudar o nosso próximo realizamos uma grande obra a qual muitas vezes não “vemos” a sua dimensão de imediato, mas somente no futuro iremos ver o resultado.
Uma passagem no livro de Eclesiastes nos mostra isso.
Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás. (Ec 11.1)
Em outras palavras, o versículo que dizer que se fizermos o bem hoje, certamente nos farão o bem no futuro, pois esta mesma é a lei da semeadura; se fizermos o bem colheremos o bem, e se fizermos o mal colheremos o mal também.
É evidente que ao decidimos fazer o bem, não podemos fazer segundo a nossa vontade, pois se assim o fizermos estaremos cometendo pecado, pois a nossa inclinação é fazermos acepção de pessoas,ou seja, escolhermos fazer o bem somente aquelas pessoas que de alguma forma somos simpáticas com ela.
Certa ocasião o Senhor ensinou que deveríamos amar o nosso inimigo e lhe fazer o bem, não agir como as demais pessoas que somente fazer o bem a aquelas que eles gostam, o Senhor ensinou que não deveria ser desta forma, mas devíamos fazer o vem a todos, sem fazer acepção de pessoas, pois se fizermos assim não teríamos recompensa alguma porque os ímpios também fazem o mesmo, ou seja, eles só ajudam aqueles que gostam.
II- As três diferentes atitudes
No nosso texto em estudo o Senhor falou acerca de um homem que foi assaltado e espancado, os ladrões o deixaram quase morto caído no chão, é neste momento que passam por ele três pessoas e cada uma delas tomam atitudes diferentes em relação ao homem.
Foram o sacerdote, o levita e o samaritano, vejamos quem era esses homens:
a) O sacerdote
Era um homem responsável pela intercessão pelo povo diante de Deus, a sua função exigia que ele se compadecesse do homem ferido, ainda mais por umas das definições que o dicionário confere ao sacerdote: A “quele que distribui os dons sagrados ou divinos; ministro do culto divino, da instrução religiosa e dos sacrifícios”.
O sacerdote tinha a obrigação moral de prestar ajuda aquele homem, ainda mais por se tratar de um compatriota, porem o sacerdote passou de largo.
b) O levita
Eram os descendentes de Levi, uma tribo separada por Deus para trabalhar no Santuário de Deus. Louvando a Deus e cuidando de todos os utensílios do culto ao Senhor. Era um cargo honroso, portanto de forma semelhante ao sacerdote o levita também tinha uma responsabilidade moral de ajudar.
Porem este tomou a mesma escolha do sacerdote, passou de largo, não prestou os devidos socorros ao homem assaltado.
c) O samaritano
Esse nome se refere aos habitantes da cidade de samaria, eles eram desprezados pelos Judeus pelo fato de ser uma raça misturada com Babilônicos. E árabes. Estes elementos estrangeiros, levaram consigo a sua idolatria. Levantavam imagens de seus deuses nos lugares altos de Israel combinando a idolatria com o culto a Deus.
Oculto pagão crescia e os judeus sentiam repugnância em manter relações sociais e religiosas com os samaritanos. E não permitiam a adoração deles no Templo de Jerusalém.
Porem este que era tão desprezado foi o único que tomou a decisão certa, ele escolheu fazer o bem aquele homem. O samaritano não perguntou, não investigou, não suspeitou, apenas ajudou. Não lhe interessou saber se o homem possuía esta ou aquela posição social esta ou aquela religião se era rico ou pobre. Somente viu nele um irmão necessitado de auxilio e mediato
III- Acima das diferenças
Vimos no tópico anterior que o samaritano não procurou saber quem era aquele homem necessitado, ele se compadeceu da sua situação e o auxiliou.
Se observamos o fato de que os judeus não se comunicavam com os samaritanos; vemos que ele tinha motivos para não querer ajudar, visto que era desprezado pelos judeus.
Porem ele não levou isso em consideração, ao contrario, agiu de forma correta e agradável a Deus. o que demonstra que ele cumpriu o mandamento do Senhor de amar ate os inimigos. É bem verdade que embora a maioria dos judeus tinham os samaritanos como inimigos; o samaritano não via as coisas dessa forma, ele superou toda as diferenças para fazer o que era justo, isto demonstra o seu caráter benigno.
Esta é a atitude correta que devemos tomar, superar todas as barreiras, todas as diferenças para fazer aquilo que agrada ao Senhor, pois se fizermos assim seremos bem-aventurados, e isto não apenas traz uma satisfação pessoal , como seremos recompensados pelo Senhor.
Se nó ajudarmos somente as pessoas que nos agradam não temos honra alguma, porque os pecadores fazem assim, mas quando deixamos de lado toda a diferença Deus se agrada, e certamente nos dar força para superar toda dificuldade. Sabemos que não é fácil tomarmos essa decisão, mas quando fazemos de todo coração o Senhor nos auxilia nos dando a força necessária.
Conclusão
Concluímos nosso trimestre, orando ao Senhor para que Ele abençoe a você professor, a seus alunos, que o ano de 2012 seja um ano aonde possamos continuar servindo a Deus prestando este sublime serviço; ensinar a Palavra de Deus.
Que Deus os abençoe.
Prof. Jair César S. Oliveira.
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