10 de janeiro de 2017

Noticia: Hamas comemora ataque com caminhão em Jerusalém

O movimento islamita Hamas aplaudiu de Gaza o ataque com caminhão cometido neste domingo em Jerusalém Oriental por um palestino que atropelou um grupo de soldados israelenses e causou a morte de quatro pessoas, além de deixar ao menos outras 13 feridas.

Hazem Qasem, porta-voz do Hamas em Gaza, disse que este ataque demonstra que a onda de violência que começou em outubro de 2015, e que o grupo islamita denomina como “Intifada de Al Quds (Jerusalém, em árabe)”, “não é transitória”.

No entanto, o grupo não reivindicou a autoria do ataque.

“Estas operações são decididas pelo povo palestino para realizar uma revolução até o final, até que consigam sua liberdade, libertem sua terra e se desfaçam da ocupação”, afirmou Qasem.

Este é o primeiro ataque contra israelenses que provoca vítimas mortais desde o último dia 9 de outubro, quando duas pessoas morreram abatidas por disparos de um palestino também em Jerusalém Oriental, e, segundo o porta-voz islamita, “demonstra que todas as tentativas de abortar a intifada de Al Quds fracassaram”.

As políticas de ocupação não quebrarão a determinação de nosso povo de continuar com sua resistência”, destacou.

Três mulheres e um homem, todos eles de cerca de 20 anos, morreram esta manhã quando um motorista árabe, residente no bairro de Jabal Mukaber (Jerusalém Oriental), jogou um caminhão contra um grupo de soldados israelenses, no que foi qualificado pela polícia como “ataque terrorista”.

O autor desse atentado morreu abatido por disparos das forças de segurança.

Desde que se iniciou a onda de violência morreram 38 israelenses e quatro pessoas de outras nacionalidades. Neste mesmo período, 246 palestinos morreram, mais de dois terços baleados ao realizar ou tentar cometer ataques e os demais em enfrentamentos com as forças israelenses.

A imensa maioria dos ataques neste período foram realizados pelos chamados “lobos solitários”, sem afiliação política ou associação a algum grupo armado, razão pela qual são mais difíceis de prever e detectar.
Fonte: EFE



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