Um dos dirigentes dos chamados cavaleiros de Mosul, grupos de moradores armados que resistem ao EI no interior da cidade, Mohammed al Musli, disse à Efe por telefone que esses menores não passam de 15 anos de idade.
Os combatentes, que o EI denomina “filhos do califado”, estão escondidos dentro de casas localizadas nas ruas secundárias, enquanto os radicais de mais idade desapareceram totalmente das principais avenidas de Mosul, detalhou.
“O EI preparou estes menores como (terroristas) suicidas para atacar as tropas iraquianas quando entrarem nos bairros do leste de Mosul”, afirmou Musli.
A maioria deles estão posicionados perto dos bairros sobre os quais as tropas iraquianas começaram a avançar hoje: Al Samah, Al Qudis, Al Karama e Al Jadraa.
Musli afirmou que o “Daesh” (acrônimo árabe do EI) retirou todas as famílias de seus membros do setor oriental a oeste da cidade, já que a organização extremista está convencida de que em breve perderá o controle da área.
Por isso, já não restam casas vazias no oeste, porque todas foram alugadas pelas famílias do EI, que prefere se situar nessa região, mas que permanece menos cercada por enquanto.
Além disso, Musli afirmou que o setor oeste de Mosul contém um maior número de habitantes, entre os quais os jihadistas têm intenção de se proteger ou usá-los como escudos humanos.
A campanha militar para expulsar o EI da cidade e dos territórios que ainda controla na província de Ninawa, foi iniciada no último dia 17 de outubro por tropas iraquianas e curdas “peshmergas”, enquanto milícias xiitas da “Multidão Popular” se somaram esta semana.
Fonte: EFE
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