A relutância do governo brasileiro em aceitar a indicação do embaixador israelense ligado aos assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, Dani Dayan, gerou uma crise diplomática entre os dois países e a preocupação no governo israelense de que a disputa possa encorajar ativismo pró-Palestina e contra o país.
A indicação, há quatro meses, do empresário de origem argentina naturalizado israelense, um antigo líder do movimento de assentamentos judaicos, não foi bem vista pelo governo brasileiro, que tem como parte da sua política externa o apoio à criação de um estado palestino.
O embaixador anterior de Israel em Brasília, Reda Mansour, deixou o país na semana passada e o governo israelense afirmou neste domingo (27) que o Brasil arrisca degradar o relacionamento bilateral se Dayan não for autorizado a sucedê-lo. “O Estado de Israel deixará o nível de relacionamento diplomático com o Brasil a um nível secundário se o apontamento de Dani Dayan não for confirmado”, afirmou a vice-ministra de Relações Exteriores Tzipi Hotovely ao canal de tevê Channel 10, acrescentando que Dayan é o único indicado. Ela afirmou ainda que o governo de Israel fará lobby através da comunidade judaica no Brasil, pessoas próximas à presidente Dilma Rousseff e apelos diretos do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O governo brasileiro evitou comentar oficialmente se a presidente irá ou não aceitar a indicação. Mas um diplomata brasileiro de alto escalão disse à Reuters: “Não vejo isso acontecendo”. Falando em condição de anonimato por não ter sido autorizado a tratar do tema, afirmou que Israel teria que escolher outro embaixador ou iria piorar relações que já são ruins desde 2010, quando o Brasil decidiu reconhecer a Palestina como estado com territórios incluindo Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Leia também: AH.Com Notícias
A indicação, há quatro meses, do empresário de origem argentina naturalizado israelense, um antigo líder do movimento de assentamentos judaicos, não foi bem vista pelo governo brasileiro, que tem como parte da sua política externa o apoio à criação de um estado palestino.
O embaixador anterior de Israel em Brasília, Reda Mansour, deixou o país na semana passada e o governo israelense afirmou neste domingo (27) que o Brasil arrisca degradar o relacionamento bilateral se Dayan não for autorizado a sucedê-lo. “O Estado de Israel deixará o nível de relacionamento diplomático com o Brasil a um nível secundário se o apontamento de Dani Dayan não for confirmado”, afirmou a vice-ministra de Relações Exteriores Tzipi Hotovely ao canal de tevê Channel 10, acrescentando que Dayan é o único indicado. Ela afirmou ainda que o governo de Israel fará lobby através da comunidade judaica no Brasil, pessoas próximas à presidente Dilma Rousseff e apelos diretos do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O governo brasileiro evitou comentar oficialmente se a presidente irá ou não aceitar a indicação. Mas um diplomata brasileiro de alto escalão disse à Reuters: “Não vejo isso acontecendo”. Falando em condição de anonimato por não ter sido autorizado a tratar do tema, afirmou que Israel teria que escolher outro embaixador ou iria piorar relações que já são ruins desde 2010, quando o Brasil decidiu reconhecer a Palestina como estado com territórios incluindo Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza.
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Fonte: G1
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