A fatigante peregrinação de Israel havia acabado; o povo recebera o descanso prometido. Não havia mais tendas, nem serpentes abrasadoras, nem amalequitas violentos, nem deserto amedrontador. Os israelitas chegaram à terra que manava leite e mel e comeram do fruto dela. Talvez neste ano, querido leitor, isto aconteça com você ou comigo. A expectativa é jubilosa e, sendo a fé ativamente exercitada, produzirá deleite genuíno.
Estar com Jesus no descanso que virá para o povo de Deus, é, sem dúvida, esperança animadora; e aguardar esta glória que não tarda é felicidade em dobro. Descrença estremece à beira do Jordão que ainda corre entre nós e a boa terra, mas, descansemos certos de que já temos experimentado mais sofrimentos do que a morte e suas piores implicações nos podem causar. Devemos banir todo pensamento de temor e nos regozijarmos na perspectiva de que neste ano começaremos a estar “para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4.17). Uma parte das hostes permanecerá na terra para servir ao seu Senhor. Se tal é o nosso quinhão, este versículo de Ano Novo ainda permanece verdadeiro. “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso” (Hebreus 4.3).
O Espírito Santo é o prenúncio de nossa herança. Ele nos dá glória, desde quando ainda vivemos na terra. Aqueles que estão no céu se encontram em segurança; e nós, de modo semelhante, somos preservados em Cristo. No céu, eles triunfam sobre os seus inimigos; e nós também temos vitórias. Os espíritos no céu desfrutam de comunhão com o seu Senhor; e, na terra, também desfrutamos desta comunhão. Neste ano, colheremos os frutos celestiais na seara da terra, onde a fé e a esperança fizeram com que o deserto se tornasse semelhante ao jardim do Senhor. Na antiguidade, homens comeram o pão dos anjos; e por que não podemos comê-lo no presente? Oh! que tenhamos graça para nos alimentarmos de Jesus e comermos do fruto da terra de Canaã, neste ano!
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