Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo”.
Verdade Aplicada
O temor a Deus deve ser acompanhado da procura em conhecer a Sua vontade e da prática da mesma.
Objetivos da Lição
Explicar a importância de temer a Deus;
Identificar os diversos tipos de temor a Deus;
Refletir sobre a importância do temor a Deus ser seguido de atitudes coerentes.
Glossário
Conciliar: Estar em acordo, harmonia;
Retraimento: Recuar; ausentar-se;
Sincretismo: Fusão de diferentes religiões, doutrinas e cultos, cujos elementos permanecem com interpretações próprias.
Leituras complementares
Verdade Aplicada
Objetivos da Lição
Explicar a importância de temer a Deus;
Identificar os diversos tipos de temor a Deus;
Refletir sobre a importância do temor a Deus ser seguido de atitudes coerentes.
Glossário
Conciliar: Estar em acordo, harmonia;
Retraimento: Recuar; ausentar-se;
Sincretismo: Fusão de diferentes religiões, doutrinas e cultos, cujos elementos permanecem com interpretações próprias.
Leituras complementares
Terça Sl 112
Quarta Lc 12.4-5
Quinta Fp 2.12
Sexta 1 Pe 1.17
Sábado Ap 14.6-7
Textos de Referência.
Salmos 86.11; 128.1; Ec 12.13; 2Co 7.1; 2Pe 2.17
Salmos 86.11
11 Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome.
Sl 128.1
1 Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
Ec 12.13
13 De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.
2Co 7.1
1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
2Pe 2.17
17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.
Hinos sugeridos.
Harpa cristã: 397
Salmos 86.11
11 Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome.
Sl 128.1
1 Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
Ec 12.13
13 De tudo o que se tem ouvido, o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem.
2Co 7.1
1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
2Pe 2.17
17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.
Hinos sugeridos.
Harpa cristã: 397
Harpa cristã: 432
Harpa cristã: 434
Motivo de Oração
Esboço da Lição
Introdução
1. Temer a Deus: significados e valor.
2. Os diversos tipos de temor a Deus.
3. Temor a Deus e atitudes.
Introdução
Num tempo de banalização do Evangelho e desrespeito, reflitamos à luz da Palavra de Deus sobre este tema tão presente nas Escrituras, porém, muitas vezes compreendido de forma distorcida e equivocada.
O que significa temer a Deus? Como conciliar os textos bíblicos que enfatizam a necessidade de a pessoa temer a Deus e o que está exposto em 1João 4.18: “a perfeita caridade lança fora o temor”? Porém, a Palavra de Deus não se contradiz.
Considerando a existência de diversos temas derivados, tanto a partir de palavras no hebraico como no grego, encontrados na Palavra de Deus, é importante estarmos atentos ao contexto no qual se encontram as palavras traduzidas por “temor” ou “temer”. Alguns sentidos de expressões hebraicas, como yãre ou môrã: “ter medo; ter grande temor; ter grande respeito por; medo”. Exemplos do termo usado como “medo” (Gn 32.11; Dt 2.25; Jn 1.10). assim como também há exemplos no Novo Testamento do uso da palavra “temor” no sentido de “medo” (gr. deilia ou phobeo), “covardia ou timidez” (2Tm 1.7) ou “mostrar medo reverente de homens” (Mc 6.20).
Uma das expressões que mais tem estado no vocabulário do brasileiro é “medo” (provocado por violência, desemprego, doenças, incertezas, entre outros). Esse sentimento está presente desde o nascimento. Porém, quando o medo é desproporcional, acompanhado de sintomas físicos e passa a dominar a pessoa, torna-se fobia. Nos EUA, especialistas catalogaram cerca de 500 tipos de medo. A Palavra de Deus registra centenas de vezes Deus falando ao ser humano: “Não temas” (Êx 14.13; Is 40.9; 41.10; Mc 5.36; At 18.9-10).
Diferentemente de todo o restante da criação, o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27). O Criador o visitava, falava com ele e ambos tinham amizade e comunhão (Gn 1.28; 2.8, 15, 18-20; 3.8). Contudo, a primeira vez que aparece a expressão “temor; medo” na Bíblia é justamente como resultado do pecado e conduz a um medroso retraimento diante de Deus: “Ouvi...temi...escondi-me” (Gn 3.10). Quando se esta em comunhão com Deus, não há medo. O temor que o discípulo de Cristo deve ter em relação a Deus não deve afastá-lo dEle e nem o fazer viver em um constante estado de terror, mas servir de motivação para que produza um viver de acordo com a vontade de Deus.
Várias passagens bíblicas expressam a relação entre “temer a Deus” e ter um viver piedoso e correto, de acordo com a Sua Palavra (Lv 19.14; 25.17; Dt 17.19; 2Rs 17.34). Como comentou o professor Andrew Bowling (EUA), sobre as expressões “temente, medo, etc”, encontradas no Antigo Testamento: “Quando Deus é o objeto de temor, a ênfase novamente recai no respeito ou reverência. Essa atitude de reverência é a base da verdadeira sabedoria” (Jó 28.28; Sl 111.10; Pv 9.10; 15.33).
Vivemos dias desafiadores. A irreverência e o desrespeito têm sido marcas do nosso tempo. Os extremos sempre são perigosos. Muitos dizem que no passado as pessoas tinham “medo” de Deus, por causa dos ensinamentos que receberam e a ênfase quanto ao juízo final e inferno. Contudo, hoje vemos pessoas que tratam Deus como se fosse “um igual”, chamando-O de “cara legal” ou o “lá de cima”. Não podemos confundir o silêncio, a misericórdia e a longanimidade de Deus com igualdade com o homem (Sl 50.21).
É preciso lembrar que o discípulo de Cristo é filho de Deus (Rm 8.15), amigo de Jesu (Jo 15.15 e irmão de Jesus (Hb 2.11), contudo, continua sendo criatura, ser humano e corruptível (1Co 15.53). O próprio Senhor Jesus enfatizou aos Seus discípulos a necessidade de temer a Deus, que “pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28). Notar que o registro feito por Lucas, menciona Jesus chamando Seus discípulos de “amigos meus”, antes de alertar sobre o temer a Deus (Lc 12.4-5). Assim, o fato de sermos amigos, discípulos, filhos e irmãos não nos libera para o escárnio e zombaria com assuntos relacionados a Deus ou comportamentos inadequados nos momentos de culto, como se estivéssemos num clube ou num parque de diversões, etc. É preciso voltar a enfatizar o “temor a Deus” como um dos aspectos bíblicos no relacionamento com Deus.
Encontramos na palavra de Deus diversos textos que registram pessoas que, diante de uma manifestação sobrenatural, demonstraram temer a Deus (Êx 9.20; Jn 1.16; Dn 6.26). Contudo, não é suficiente apenas temer a Deus sem considerar outros princípios bíblicos quanto ao nosso relacionamento com Ele.
Após o Reino do Norte ser levado cativo pela Assíria, Salmaneser (Rei da Assíria) levou muitos estrangeiros para “habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel” (2Rs 17.6, 23-41). Porém eram pessoas que não temiam ao Senhor e “mandou o Senhor entre eles leões, que mataram a alguns deles”. Era comum a crença, entre os pagãos, em “deuses territoriais”. Assim, aquele povo que passou a habitar em Samaria procurou conhecer “o costume” religioso de adoração (2Rs 17.32-34). Ou seja, temiam a Deus quanto à adoração, mas não O temiam para obedecer aos Seus estatutos e mandamentos.
Eles adoravam a Deus, porém, não deixavam seus costumes pagãos. Só adoravam para abrandar Sua ira. É um tipo de temor que não gera confiança (Sl 115.9-15). O texto diz: “Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor”. Há muitos que “temem” os castigos de Deus, o juízo final, o inferno, o apocalipse, contudo querem continuar vivendo segundo o curso deste mundo (Ef 2.2).
Aqueles estrangeiros estavam considerando o temor a Deus como um “amuleto de sorte”. A sociedade brasileira tem sido caracterizada pelo sincretismo religioso e pela superstição, assim como os estrangeiros de Samaria. Quando o assunto é questões religiosas ou espirituais, o que vale é o que dá resultado. Como se o pensamento fosse: “o importante é estar bem com todas as forças espirituais”. Os atenienses chegaram ao ponto de erguer um altar com a inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO (At 17.22-23). Como muitos hoje, tinham um conhecimento com respeito à adoração bastante limitado e distorcido.
Os servos de Faraó que “temiam” a palavra do Senhor agiram tendo em mente preservar os bens (Êx 9.20). Quando Israel finalmente saiu do Egito, “subiu também com eles uma mistura de gente” (Êx 12.38). Muitos devem ter aproveitado para fugir da escravidão ou atraídos pela superioridade do Deus de Israel em relação às divindades egípcias, porém nem todos se converteram ao Deus de Israel (Nm 11.4).
Aprendemos com a Palavra de Deus que não basta sentir medo, respeitar, reconhecer o poder do Senhor e a Sua grandeza. O “temor do Senhor” é o princípio, o começo da sabedoria é o conhecimento (Sl 111.10; Pv 1.7). Não a sabedoria humana e terrena, mas a sabedoria suprema, que é temer e reverenciar a Deus de maneira apropriada (Jó 28.28; Pv 8.13). É o temor que conduz à obediência ao Senhor, a um viver piedoso e correto (Jr 32.40), e que conduz a desviar-se do mal (Pv 16.6). É um temor que produz na pessoa o desejo humilde em aprender mais do Senhor (Pv 15.33).
Trata-se de um temor prático e atuante. Afinal fomos criados por Deus. Nossa existência é fruto da vontade soberana do Senhor. Então bem-aventurado aquele que reconhece que é criatura, que existe um propósito na existência e que o Criador tem instruções sobre como viver neste mundo (Sl 90.12). Há sabedoria neste entendimento. Tudo começa no relacionamento com Deus.
É relevante refletir sobre a importância do temor a Deus ser seguido de atitudes coerentes, como encontramos em diversos textos bíblicos, quando o temor a Deus é associado a ações segundo a vontade de Deus, isto é, que agradam a Deus. É o que constataremos neste último tópico.
O patriarca Abraão, quando ia oferecer seu filho Isaque em holocausto por mandado do Senhor, antes de imolá-lo, ouviu Deus lhe falar: “agora sei que temes a Deus” (Gn 22.12). As parteiras no Egito, movidas pelo temor a Deus (Êx 1.17, 20-21), não fizeram conforme a ordem de Faraó e “conservaram os meninos com vida”. O sogro de Moisés, ao lhe sugerir que buscasse homens para ajudá-lo na tarefa de atender ao povo, lhe diz que deviam ser homens não apenas capazes, mas “tementes a Deus” (Êx 18.21), pois, assim, aborreciam a avareza.
O Senhor Deus diz que os mandamentos e os estatutos que ordenou deveriam ser ensinados, visando o temor a Deus e a obediência (Dt 6.1-2). Não apenas conhecer e temer, mas conduzir à obediência. O salmista convoca aqueles que temem a Deus para ouvir o que ele tem a dizer sobre os feitos do Senhor (Sl 66.16). Quem teme a Deus ouve e se interessa pelos relatos do que o Senhor tem feito.
Não se trata do temor que nos faz se esconder de Deus como Adão e nem aquele demonstrado pelos estrangeiros em Samaria (interesseiro e utilitário), mas o temor que norteia nossa vida nas questões espirituais e morais. Não o medo aterrorizante e paralisador, mas que nos move a um relacionamento saudável com Deus (Rm 8.5), influenciando nossas atitudes e conduzindo-nos à plena confiança em Deus (Sl 115.11). Justamente por termos um relacionamento com Deus como Nosso Pai, devemos temê-Lo (1Pe 1.17), durante o tempo da nossa caminhada nesta terra como discípulos de Cristo.
O fato de sermos filhos de Deus não significa que não devamos reverenciá-Lo e respeitá-Lo. Como se expressou o famoso escritor C.S. Lewis: “Em Deus você está diante de algo que é, em todos os aspectos, incomensuravelmente superior a si mesmo”.
Acredita-se que Cornélio, o oficial romano, tinha algum conhecimento das Escrituras, conhecia o Deus de Israel e, assim, orava, jejuava, fazia esmolas, tinha bom testemunho dos judeus e era “temente a Deus” (At 10.1-2, 22). O próprio apóstolo Pedro disse que Deus se agrada daquele que, em qualquer nação, O teme (At 10.35). Ele temia, contudo ainda não era salvo (At 11.14). No entanto, Cornélio demonstrou a sinceridade de seu temor a Deus ao se submeter á Palavra de Deus anunciada por Pedro (At 10.33). Temor que resultou em ação, pois proporcionou oportunidade para crer em Jesus Cristo.
Vejamos exemplos de resultados de temor após a experiência do novo nascimento: 1) 2 Coríntios 7.1 – contribui no processo de aperfeiçoamento da santificação. Uma convocação para que abandonem todo envolvimento com o que pode impedir nosso desenvolvimento na santificação; 2) Filipenses 2.12 – nos faz lembrar da bem-aventurança do homem que é constante no temor de Deus (Pv 28.14). Trata-se de uma exortação contra o modismo, o desleixo e o relaxamento com a vida cristã. Não se trata de ensinar que a salvação depende das obras da pessoa, mas, sim, que ela se expressa no crescimento e aperfeiçoamento do discípulo de Cristo. Assim comentou Russel Shedd: “O indivíduo que tem nome de cristão, mas é convencido, autoconfiante, sem atitude de respeito e reverência, tendo fé na graça barata, e nas obras inúteis feitas com vistas à recompensa, poderá ser uma das pessoas que se desapontarão quando bater à porta do céu, implorando que deixem entrar (Mt 7.23)”.
Conclusão.
Precisamos, com urgência, reafirmar a doutrina do temor a Deus, pois como vimos, faz a diferença no viver do discípulo de Cristo em sua jornada na terra. Conforme o exposto na Bíblia, o temor a Deus conduz a relacionamento, comprometimento e obediência a Deus (Sl 128.1).
R: Gênesis 3.10.
2. O que os habitantes de Samaria procuraram conhecer?
R: O costume religioso de adoração (2Rs 17.32-34).
3. O que estava escrito no altar erguido pelos atenienses?
R: AO DEUS DESCONHECIDO (At 17.22-23).
4. O que as parteiras no Egito, movidas pelo temor a Deus, fizeram?
R: Conservaram os meninos com vida (Êx 1.17, 20-21).
5. O que o temor de Cornélio lhe proporcionou?
R: Oportunidade para crer em Jesus Cristo (At 10.33).
Vídeo : Paul Washer
Vídeo : Pr. Paulo Junior
Lição 06 – O temor a Deus e as atitudes coerentes
Slides: Lição 06 – O temor a Deus e as atitudes coerentes
Pré - aula: Lição 06 – O temor a Deus e as atitudes coerentes
Revista Betel Dominical: 2º Trimestre de 2018 - Tema: Aperfeiçoamento Cristão - Propósito de Deus para o discípulo de Cristo: Adultos
► Lições Bíblicas: 1º Trimestre 2018
► Lições Bíblicas: 2º Trimestre 2018
através deste site.Almeida Revista eAtualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
BÍBLIA ONLINE
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel.
Deus continue abençoando este Blog e também sua vida missionária Adalia
ResponderExcluirAmém.
Excluir