Arqueólogos israelenses encontraram nas famosas "minas do rei Salomão" o esqueleto de uma mulher grávida. O achado deixou os pesquisadores surpresos devido à localização incomum, informa o jornal The Jerusalem Post.
Pesquisadores estão realizando escovações no Vale Timna, no sul de Israel. Conta a lenda que justamente no local das escavações estavam situadas as minas de diamantes do rei Salomão. No século XIX, centenas de aventureiros partiram rumo à região em busca das pedras preciosas; muitos morreram. Revelou-se que, na verdade, as "minas de diamantes" eram minas de cobre do Antigo Egito.
"É muito difícil encontrar restos humanos em Timna. Foi a primeira vez que encontramos uma mulher",compartilhou o arqueólogo Erez Ben Yosef.
"Não há fontes de água por isso ninguém habitou essa região por muito tempo. Pessoas realizavam para extrair cobre, o que acontecia geralmente durante o inverno", acrescentou ele.
Antes da mulher achada, arqueólogos chegaram a encontrar sarcófagos completamente vazios. Bem Yosef acredita que, devido ao clima desagradável, "pessoas eram sepultadas temporariamente na região, depois outra expedição levava os ossos para casa". Contudo, no caso da mulher grávida, isso não aconteceu, o que surpreendeu muito os cientistas.
A mulher encontrada não tinha a parte de cima do esqueleto. Mas a parte inferior, incluindo restos do embrião, que de acordo com especialistas, se encontrava no primeiro trimestre, estava intacta. Os pesquisadores acreditam que a mulher teria morrido aos 20 anos de idade, contudo, a ausência de colágeno em seus ossos impossibilita realização de uma datação por radiocarbono mais precisa.
A única pista deixa pela mulher para que os arqueólogos descobrissem alguma coisa de sua personalidade se trata de duas miçangas de vidro bem preservadas no túmulo. De acordo com uma especialista em egiptologia, Deborah Sweeney, miçangas serviam como amuleto, ligado à deusa egípcia Hator – a protetora dos mineiros. Em sua homenagem, perto das minas foi construído um templo.
Além disso, no túmulo foram encontrados restos de instrumentos musicais e a imagem de uma mulher tocando sistro, um instrumento de percussão antigo. Segundo pesquisadores, a mulher grávida provavelmente era uma sacerdotisa adoradora da deusa Hator, que tocava hinos rituais em sua homenagem.
"Há chances de ela ter sido uma aventureira que já estava bem longe de sua casa, o que acontecia muito raramente entre mulheres do Egito. Mas ela nunca voltou para casa, sendo enterrada perto do templo da deusa Hator", ressalta Deborah Sweeney.
Fonte: Sputniknews.com
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