Câmara retira valor do fundo eleitoral, mas não vota distritão na reforma política
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão de quarta-feira (23) e adiou pela terceira vez a discussão sobre os principais pontos da reforma: a modificação no sistema eleitoral e a criação de um fundo abastecido com verbas públicas para as campanhas. Antes de encerrar, no entanto, os parlamentares aprovaram uma emenda que retira da PEC a previsão de que o fundo eleitoral receberia R$ 3,6 bilhões no ano que vem.
Maia anunciou que a votação deve ser retomada na próxima terça-feira (29). A ideia agora é usar o placar dos requerimentos votados nesta quarta para traçar uma maneira de aprovar a mudança do sistema proporcional para o distritão e a criação do fundo público eleitoral. Cada um dos artigos será votado separadamente e precisará de 308 votos.
Parlamentares da oposição, que são contra o distritão, afirmaram que o placar da votação que fatiou a PEC e determinou que a alteração do sistema eleitoral seria votado antes da criação do fundo demonstra que não há votos para a adoção do modelo majoritário em 2018. Foram apenas 241 votos a favor.
Para que todas essas mudanças possam valer nas eleições de 2018, os projetos têm de ser aprovados pela Câmara e pelo Senado até a primeira semana de outubro.
Fonte: Estadão
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