A ideia seria tentar evitar que ocorram vazamentos seletivos e graduais e, por consequência, o desgaste de integrantes da cúpula do governo
Em jantar realizado na noite desta quarta-feira (15) com integrantes da bancada do PMDB do Senado, o presidente Michel Temer informou a alguns dos presentes que pretende acionar a Advocacia-Geral da União (AGU) para formalizar um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja levantado o sigilo da segunda lista do Janot. A atuação da AGU seria restrita aos integrantes do governo federal. A informação é do ‘Correio Braziliense’.
A ideia, segundo alguns dos presentes no encontro, seria o de tentar evitar que ocorram vazamentos seletivos e graduais e, por consequência, o desgaste de integrantes da cúpula do governo.
A reunião com os peemedebistas ocorreu um dia após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar ao STF nova lista com nomes que deverão ser investigados no âmbito da Operação Lava Jato.
Janot pediu para investigar ao menos seis titulares dos 29 ministérios do governo de Michel Temer (PMDB): Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
No jantar, realizado no Palácio do Alvorada, o surgimento de novos nomes na lista também foi comentado entre os senadores. O que mais surpreendeu foi o envolvimento de Lídice da Mata (PSB-BA) na investigação.
O encontro também serviu para que Temer fizesse afagos ao líder do PMDB do Senado, Renan Calheiros (AL). No discurso feito durante o brinde, o presidente lembrou da votação realizada no final do ano passado da chamada PEC do Teto, que estabeleceu um limite para os gastos públicos. Ao falar da votação, Temer elogiou a condução de Renan do processo, que teria ficado até à madrugada no plenário para garantir a aprovação da proposta.
Os afagos ocorreram uma semana após Renan vir a público para criticar o que chamou de “tomada do governo” por parte do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. As críticas do senador ocorreram após Temer indicar parlamentares próximos a Cunha para cargos estratégicos no governo e no Congresso.
Fonte: Correio Braziliense
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