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A camada de gelo do Ártico no verão sobreviverá "praticamente com certeza" se o aquecimento global médio for de até 1,5 grau Celsius em relação aos níveis pré-industriais, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira na revista Nature Climate Change.
"Estimamos que há menos de uma chance em 100.000 do Ártico ficar sem gelo se o aquecimento global ficar abaixo de 1,5°C", escreveram James Screen e Daniel Williamson, da Universidade de Exeter.
Esse cenário seria um alívio para os povos indígenas cujo modo de vida e meios de subsistência dependem do gelo que persiste durante os meses de verão, assim como para os ursos polares.
Esta espécie, com uma população total reduzida a cerca de 26.000 exemplares, teria dificuldade para sobreviver sem as plataformas de gelo flutuantes onde caçam focas e outras presas.
O limite de aumento de temperatura de 1,5º C é a meta ambiciosa que foi estabelecida no acordo climático de Paris, assinado em dezembro de 2015 por 196 países.
Uma subida de 2ºC, há muito identificada como a barreira perigosa do aquecimento, daria à humanidade uma chance de cerca de 50% de preservar o gelo do Polo Norte, segundo Williamson e Screen.
Os pesquisadores compararam diferentes modelos climáticos de perda de gelo marinho com mudanças reais na última década.
As tendências de longo prazo no Ártico são incontestáveis: as 10 extensões da superfície de gelo mais baixas desde 1979 - ano em que começaram os registros de satélites - ocorreram a partir de 2007.
O recorde de baixa de 3,41 milhões de quilômetros quadrados, registrado em 2012, foi 50% menor do que a média de 1979-2000.
Uma subida máxima de 1,5º C significa que a cobertura de gelo raramente cairia abaixo desse nível, disseram os pesquisadores.
Sem cortes profundos nas emissões de gases de efeito estufa, porém, o Ártico poderia ter seus primeiros verões sem gelo dentro de duas ou três décadas, acrescentaram.
Até agora, a temperatura da superfície do Ártico subiu mais de 2ºC - o dobro da média global.
Mas a má notícia é que, mesmo que os cientistas acreditem que um teto de 1,5º C preservará o gelo do Ártico, eles estão muito menos convencidos de que esse objetivo pode ser alcançado.
Quase todas as centenas de complexos modelos computacionais que traçam a redução dos gases de efeito estufa que impulsionam as mudanças climáticas passam longe dessa meta.
"Poderemos ver o primeiro ano com 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais dentro de uma década", disse Richard Betts, chefe de pesquisa sobre impactos climáticos no Met Office Hadley Center na Inglaterra, em uma conferência de especialistas em clima no ano passado em Oxford.
Sob as condições e tendências atuais, a Terra está a caminho de aquecer cerca de 3°C até o final do século.
Fonte: AFP
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