Ao publicarem os seus resultados no periódico Science nesta quinta-feira, a equipe da Universidade de Cambridge disse que, ao mesmo tempo que o embrião artificial se assemelha muito com o real, ele dificilmente se desenvolveria num feto saudável de camundongo.
Para os propósitos da pesquisa, contudo, os cientistas foram capazes de mostrar como o embrião artificial seguia o mesmo padrão de desenvolvimento do embrião normal, com as células-tronco se organizando da mesma maneira.
Sarah Harrison and Gaelle Recher, Zernicka-Goetz/ Lab University of Cambridge
Imagem mostra o embrião artificial, à esquerda, ao lado de um embrião normal
Magdalena Zernicka-Goetz, professora do Departamento de Fisiologia, Desenvolvimento e Neurociência da Universidade de Cambridge, afirmou que o sucesso com as células de camundongo deve abrir caminho para trabalhos similares com células humanas, ajudando cientistas a superarem uma grande barreira na pesquisa com embriões humanos: a falta deles.
Atualmente, embriões humanos para pesquisa são desenvolvidos de ovos excedentes doados por clínicas de fertilidade, mas a professora Magdalena Zernicka-Goetz disse que no futuro deve ser possível usar as células-tronco para fazer embriões artificiais para estudo.
"Isso vai nos permitir estudar eventos chaves desse estágio crítico do desenvolvimento humano sem ter que de fato trabalhar com embriões", declarou ela. "Saber como o desenvolvimento normalmente ocorre vai nos permitir entender por que ele de forma tão frequente dá errado".
Tentativas anteriores de desenvolver estruturas semelhantes a embriões não tiveram muito êxito. A equipe de Cambridge disse que agora eles acham que isso se dava porque esses experimentos usavam somente um tipo de célula-tronco, a embriônica, e não se davam conta do fato de que o desenvolvimento inicial de embriões exige tipos diferentes de células para que haja uma coordenação próxima entre elas.
Fonte: Reuters
Magdalena Zernicka-Goetz, professora do Departamento de Fisiologia, Desenvolvimento e Neurociência da Universidade de Cambridge, afirmou que o sucesso com as células de camundongo deve abrir caminho para trabalhos similares com células humanas, ajudando cientistas a superarem uma grande barreira na pesquisa com embriões humanos: a falta deles.
Atualmente, embriões humanos para pesquisa são desenvolvidos de ovos excedentes doados por clínicas de fertilidade, mas a professora Magdalena Zernicka-Goetz disse que no futuro deve ser possível usar as células-tronco para fazer embriões artificiais para estudo.
"Isso vai nos permitir estudar eventos chaves desse estágio crítico do desenvolvimento humano sem ter que de fato trabalhar com embriões", declarou ela. "Saber como o desenvolvimento normalmente ocorre vai nos permitir entender por que ele de forma tão frequente dá errado".
Tentativas anteriores de desenvolver estruturas semelhantes a embriões não tiveram muito êxito. A equipe de Cambridge disse que agora eles acham que isso se dava porque esses experimentos usavam somente um tipo de célula-tronco, a embriônica, e não se davam conta do fato de que o desenvolvimento inicial de embriões exige tipos diferentes de células para que haja uma coordenação próxima entre elas.
Fonte: Reuters
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