Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.” Mateus 24:9
O governador cristão de Jacarta, a capital da Indonésia, julgado por insulto ao Islã e candidato à reeleição, obteve uma leve vantagem nas eleições regionais desta quarta-feira, e deverá enfrentar um candidato muçulmano em um segundo turno muito difícil.
Estas eleições são vistas como um teste de tolerância religiosa no maior país muçulmano do mundo, ao fim de uma campanha eleitoral marcada pelas críticas contra o atual governador, Basuki Tjahja Purnama, pertencente a duas minorias, cristã e chinesa.
Purnama, conhecido como Ahok, obteve cerca de 44% dos votos diante do ex-ministro da Educação, Anies Baswedan, com 39%, e Agus Yudhoyono (16-17%), segundo as primeiras estimativas.
Os resultado oficiais só serão conhecidos em março, mas estas estimativas dão uma indicação do resultado do segundo turno de 19 de abril, que deverá beneficiar o candidato muçulmano.
Primeiro governador não muçulmano em meio século e o primeiro procedente da minoria chinesa, Ahok tomou posse como governador em 2014.
Ahok, 50 anos, ficou muito popular por sua luta contra a corrupção e por empreender reformas em uma metrópole muito desorganizada.
Também era o favorito das pesquisas antes de cair nas intenções de voto depois de um caso de blasfêmia, que explodiu no final de 2016 e desencadeou manifestações em massa.
Ahok, conhecido por ser muito franco, cometeu blasfêmia ao comentar de forma aberta que a interpretação de alguns ulemás (teólogos muçulmanos) de um verso do Corão, que se refere à escolha de um dirigente muçulmano, era errônea.
As declarações provocaram uma torrente de reações islamitas conservadoras em um país que conta com 255 milhões de habitantes, dos quais 90% são muçulmanos.
Fonte: AFP
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