Em Israel há uma preocupação com o aumento de atos antissemitas em todo o mundo durante 2016, segundo um relatório do ministério da Diáspora apresentado neste domingo, que denuncia principalmente a emergência de uma nova extrema direita dos Estados Unidos.
Constatamos o aumento do número de incidentes de caráter antissemita no mundo, que vão desde os insultos antissemitas, principalmente nas redes sociais, até as agressões físicas", afirma o relatório de 54 páginas.
O relatório foi publicado nas vésperas do Dia Internacional de Comemoração das Vítimas da Shoah, no dia 27 de janeiro.
Entre seus principais pontos está o aumento de 50% das agressões antissemitas na Alemanha em relação a 2015, de 62% dos atos violentos contra os judeus na Grã Bretanha e de 45% dos atos antissemitas nos campi americanos.
Sobre os Estados Unidos, o relatório denuncia "o aumento do antissemitismo na campanha presidencial", durante a qual "a nova direita ganhou amplitude". Menciona "o paradoxo desta direita que apoia Israel e mantém um discurso racista e antissemita".
O movimento "Al-right", que entrou recentemente na cena pública americana, não tem uma estrutura formal e sua ideologia baseia-se na extrema direita tradicional e na teoria da supremacia branca, assim como na denúncia do livre-comércio.
O ministério israelense responsabiliza a crescente popularidade de partidos de extrema direita no velho continente e a esquerda radical que, "com o pretexto de criticar Israel criou uma nova forma de antissemitismo na Europa" pelo aumento dos atos antissemitas.
Fonte: AFP
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