Mas como o governo de Obama se aproxima do fim, o republicano Donald Trump está prestes a assumir a Casa Branca e um pacote de ajuda militar de 38 bilhões de dólares de Washington é um fato consumado, trata-se de um risco calculado para o premiê direitista, já em seu quarto mandato.
Depois do que críticos avaliaram como uma derrota contundente na arena internacional, Netanyahu já está manobrando para minar os sentimentos – arraigados entre muitos compatriotas – de que seu país e suas políticas referentes aos palestinos são majoritariamente criticadas em um mundo no qual conflitos mais mortíferos estão em curso.
Agora ele tenta congregar os israelenses procurando retratar a resolução antiassentamentos como um desafio ao clamor de soberania de Israel à totalidade de Jerusalém.
O gesto se somou a uma visita não programada, durante o feriado do Hanukkah, ao Muro das Lamentações, um dos locais sagrados do judaísmo, localizado na Cidade Velha de Jerusalém, no setor leste, e conquistado na Guerra dos Seis Dias de 1967, juntamente com a Cisjordânia.
Que Jerusalém como um todo é a capital do país é um consenso entre os israelenses, incluindo aqueles que têm dúvida sobre a sensatez de Netanyahu ao apoiar os assentamentos na Cisjordânia.
Os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado, e no passado Washington chegou a aceitar uma visão internacional segundo a qual o status da cidade deve ser determinado em futuras conversas de paz. Já Trump prometeu reverter décadas de política norte-americana transferindo a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém.
"Não planejei vir aqui esta noite, mas à luz da resolução da ONU achei que não existe lugar melhor para acender a segunda vela do Hanukkah do que o Muro das Lamentações", disse Netanyahu durante o evento.
Pergunto àqueles mesmos países que nos desejam um feliz Hanukkah como poderiam votar a favor de uma resolução da ONU que diz que este lugar, no qual estamos comemorando o Hanukkah agora, é um território ocupado?".
No domingo, durante a reunião semanal de seu gabinete, Netanyahu rejeitou a negativa da Casa Branca e voltou a acusar a gestão Obama de se aliar aos palestinos na manobra contra os assentamentos na ONU, que a maioria das nações considera ilegais e que Washington descreve como ilegítimos.
Fonte: Reuters
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