23 de dezembro de 2016

Noticia: Medo: milícia cristã na Síria instala câmeras e suspende festas de Natal

Com medo de ataques extremistas, cristãos desistem de festejos na Síria. Cidade de Qamishli, defendida por milícia cristã siríaca, se recolhe e põe câmeras de segurança ao invés de enfeites natalinos

No setor cristão da cidade síria de Qamishli, o clima natalino está mais para tristeza e apreensão: ruas desertas, câmeras de vigilância ao redor das igrejas e segurança máxima. Moradores cristãos de Wusta, o principal bairro da cidade de maioria curda, vivem sob a sombra de ataques de extremistas islâmicos. No último Ano Novo, três atentados reivindicados pelo Estado Islâmico deixaram 16 mortos e 30 feridos, atingindo em cheio a área cristã da cidade. A informação é do site ‘O Globo’.

Desde então, Wusta é defendida pela milícia cristã siríaca Sotoro, aliada do governo. Em Qamishli, os siríacos são a maior comunidade cristã, à frente dos assírios e da comunidade armênia. Comerciantes se queixam do fraco movimento desde os ataques, dois dos quais ocorreram em Wusta.

Nas ruas principais, as guirlandas e árvores de Natal deram vez às câmeras de segurança. Só há uma entrada para o bairro, fortemente policiado. A sede da milícia é protegida por sacos de areia. Uma autoridade militar afirma que festas e encontros foram proibidos, por decisão da Igreja.

Na Igreja da Virgem Santa, onde uma única árvore serve de decoração de Natal, o clérigo Abdel Messih Youssef recorda o ataque do ano passado e afirma que as celebrações de Natal serão limitadas ao ritual religioso, mas sem festa.
Fonte: O Globo



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