13 de junho de 2016

Noticia: Rádio do Estado Islâmico reivindica massacre nos EUA

‘Deus permitiu ao irmão Omar Mateen lançar uma ghazwa’, afirmou rádio. O ataque a uma boate gay de Orlando deixou 50 mortos e dezenas de feridos

A rádio oficial do grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta segunda-feira (13) o massacre de Orlando (Flórida, EUA), cometido por um “soldado do califado”, que deixou 50 mortos em uma boate gay.

“Deus permitiu ao irmão Omar Mateen, um dos soldados do califado nos Estados Unidos, lançar uma ghazwa (termo islâmico para designar um ataque) em uma discoteca de sodomitas na cidade de Orlando, conseguindo matar e ferir mais de 100 deles”, afirma o boletim da Rádio Al-Bayan do EI.

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O comunicado foi divulgado em inglês e árabe através da agência de notícias Amaq,
 que é ligada aos jihadistas. O EI costuma reivindicar com rapidez atentados ocorridos no Ocidente, mesmo os realizados pelos chamados “lobos solitários”, que operam sem coordenação com células da organização.

O número de mortos faz do ato o pior ataque a tiros da história dos EUA. O último com proporções comparáveis foi o massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos. Este é o pior massacre terrorista em solo americano, depois do 11 de setembro.

O atirador morreu durante a troca de tiros com a polícia. Omar Saddiqui Mateen tinha 29 anos e era um cidadão norte-americano, filho de pais afegãos. De acordo com as autoridades, na última semana, o suspeito comprou legalmente duas armas de fogo.

O agente do FBI Ronald Hopper disse em coletiva de imprensa ter recebido informações de que, antes do ataque, Mateen ligou para o número de emergência 911 e disse ser leal ao Estado Islâmico.

O suspeito já havia sido investigado porque havia citado possíveis ligações com terroristas a colegas de trabalho. Ele foi interrogado pelo FBI em duas ocasiões. Apesar das investigações passadas, ele não estava sendo investigado atualmente e não estava sob observação do FBI.

Alvo do atirador

A boate Pulse, local do massacre de Orlando, é uma das casas noturnas mais emblemáticas da causa da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Flórida e nos Estados Unidos.

O estabelecimento foi fundado em 2004, após um drama familiar: a morte, em 1991, do irmão da cofundadora e coproprietária do local, vítima da Aids.

A Pulse faz parte de uma rede comunitária dinâmica na Flórida para “despertar as consciências” sobre a homossexualidade nos Estados Unidos e no mundo.

Atirador

Omar Mateen, o atirador que matou dezenas de pessoas em Orlando, estava no radar do FBI desde 2013. Mateen abriu fogo dentro da boate Pulse na madrugada de domingo, no atentado a tiros com o maior número de vítimas da história moderna dos Estados Unidos.

O FBI diz que o homem de 29 anos morto pela polícia aparentemente “tinha inclinação” para a ideologia islâmica radical, embora ainda não esteja claro se o ataque terrorista esteve ligado à ação de algum grupo estrangeiro.

Quem são as vítimas

As autoridades de Orlando divulgaram nesta segunda-feira (13) os nomes de mais 15 das 50 vítimas do massacre deste final de semana em uma boate gay da cidade, que se somam às oito que foram informadas no domingo.

Na nova lista estão pelo menos 12 pessoas de origem latina, para um total de 17 sobre os 23 mortos já identificados entre os presentes na Noite Latina organizada na noite de sábado pela boate Pulse, frequentada por homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais.

O número de mortos segue em 50, mas pode aumentar nas próximas horas, pois entre os 53 feridos no massacre havia vários em estado crítico, segundo as autoridades locais.

Segundo caso em Orlando

O caso ocorre um dia depois da morte da cantora Christina Grimmie, assassinada após fazer um show também em Orlando. Kevin James Loibl, de 27 anos, foi identificado como autor dos disparos. A polícia acredita que os dois casos de violência não estão relacionados.
Fonte: G1


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