"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6
O exército libanês seguia fazendo buscas nesta terça-feira nos campos de refugiados sírios perto de um povoado cristão na fronteira com a Síria, onde na véspera foram lançados oito atentados suicidas, em busca de outros possíveis terroristas.
O ministro do Interior libanês, Nuhad al Mashnuk, estimou, no entanto, que era "mais provável que os suicidas fossem provenientes da Síria, mais que dos campos de refugiados".
Fez estas declarações durante sua visita ao povoado de Al Qaa, situado na província de Beka, a poucos quilômetros da fronteira síria, onde oito suicidas detonaram seus explosivos em duas séries de ataques na segunda-feira, de madrugada e à noite, deixando um total de cinco mortos e 28 feridos.
"Tememos que existam outros terroristas", indicou à AFP Bashir Matar, prefeito de Al Qaa. "As unidades do exército vasculham a zona em busca de suspeitos", acrescentou.
"Nunca em nossa vida tivemos tanto medo", disse por telefone à AFP Yola Saad, uma vizinha de Al Qaa. "Os jovens tomaram suas armas para vigiar seu bairro, ninguém sai, salvo em caso de necessidade. Tudo está fechado, exceto as lojas de comida", acrescentou.
"Todos os habitantes ficam em suas casas, por medo de novos atentados, os jovens patrulham as ruas com suas armas", conta Danny Naus.
A localidade de Al Qaa, de 3.000 habitantes, está na rota que conecta a cidade síria de Quseir com Beka, no leste do Líbano. Embora seja de maioria cristã, tem um bairro de muçulmanos sunitas e cerca de 30.000 refugiados sírios estão instalados nos arredores.
Durante um conselho de ministros, o primeiro-ministro, Tamam Salam, pediu aos civis que não pegassem em armas.
"O exército mobilizou efetivos importantes no setor de Masharii al Qaa", na periferia do povoado, "realizando operações nos campos de refugiados em busca de armas e suspeitos", indicou a agência nacional libanesa Ani.
O tipo de atentado de segunda-feira - suicidas e ataques simultâneos - é típico de organizações jihadistas muito ativas na Síria, como o grupo Estado Islâmico (EI) e Al-Qaeda.
Fonte: AFP.
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