14 de junho de 2016

Noticia: Lava Jato: Sergio Moro manda chamar 15 deputados e senadores

O convocados não precisarão encontrar o juiz cara a cara, em Curitiba, e serão ouvidos por videoconferência

O juiz Sérgio Moro, responsável pela da Lava Jato, mandou chamar os 15 deputados e senadores elencados como testemunhas de defesa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), acusado de cobrar propina para evitar a convocação de empreiteiros nas CPIs da Petrobras em 2014. Os políticos citados são do PSD, PMDB, PT, PDT, PV, DEM, PSDB, PSB e PP. Eles serão ouvidos por videoconferência de Brasília e não precisarão ficar frente a frente com o juiz em Curitiba (PR).

Na decisão, tomada nesta segunda-feira (13), Moro mandou notificar os parlamentares, sete deputados e oito senadores, e sugeriu a eles três opções de datas para serem ouvidos. Segundo matéria da ‘Isto É’, a ação penal investiga suspeitas de propinas para influenciar os trabalhos das CPIs da Petrobras, que foram concluídas sem ouvir um parlamentar sequer.

Ainda constam na lista de defesa de Argello, preso desde abril: o ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo; o ex-senador e ex-ministro dos Transportes no governo Dilma Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP); o ex-senador Hugo Napoleão (PSD-PI); e o diretor das comissões de inquérito do Senado, Dirceu Vieira Machado.

O partido com mais nomes é o PT, com quatro parlamentares, seguido pelo PSDB, com três e o PSD, com dois. A partir daí, a defesa de Argello listou um político de cada partido citado acima.

Confira a lista completa das testemunhas:

Senadores

João Alberto Souza (PMDB-MA), Sérgio Petecão (PSD-AC), Humberto Costa (PT-PE), Acir Gurgacz (PDT- RO), Álvaro Dias (PV-PR), José Pimentel (PT-PI), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Paulo Paim (PT-RS) e o ex-senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP).

Deputados: Marco Maia (PT-RS), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Hugo Leal (PSB-RJ), Antonio Brito (PSD-BA) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Ministros e ex-ministros: Hugo Napoleão, ex-ministro da Educação, ex-governador do Piaui e ex-senador que tentou se eleger em 2014 deputado pelo PSD-PI, mas não foi eleito; e Vital do Rêgo (ministro do TCU).

Outro é Dirceu Vieira Machado, diretor das comissões de inquérito do Senado

Sobre a denúncia

Ainda segundo matéria da ‘Isto É’, a ação penal é baseada nas delações de vários empreiteiros, que revelaram que o ex-senador teria cobrado R$ 5 milhões de sete empreiteiras que atuaram no cartel na Petrobras. Algumas empresas, como a Andrade Gutierrez, acabaram não pagando a propina.

Ao menos a OAS e a UTC, contudo, acertaram os pagamentos, sendo que parte da quantia foi repassada via doações oficiais para os partidos da coligação de Argello nas eleições de 2014 – formada por DEM, PR, PMN , PRTB e PTB.

O Ministério Público Federal não acusa nenhum dos partidos da coligação de irregularidades pois, segundo os investigadores, não há provas de que eles tinham conhecimento de que o pagamento era decorrente dos crimes de Argello.

Parte da propina teria sido entregue ainda em dinheiro vivo para Argello, incluindo uma parcela em euros e outra parte ainda teria sido destinada como doação de R$ 350 mil para uma igreja católica de Brasília.

Além do ex-senador e seu filho, são réus nesta ação o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, o presidente da UTC Ricardo Pessoa, um ex-assessor e um ex-publicitário que teriam atuado como operadores dos pagamentos a Argello. Os réus respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e obstrução à investigação. Quando a ação foi aberta, nem a OAS nem a UTC quiseram comentar o caso.
Fonte: Isto É


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