19 de janeiro de 2015

Noticias - Contra ‘Charlie Hebdo': 7 igrejas cristãs são incendiadas no Níger

Manifestantes consideram charge da revista ‘ofensiva’

Os protestos em Niamey contra a charge do profeta Maomé publicada pela revista satírica francesa ‘Charlie Hebdo’ deixaram ao menos sete igrejas incendiadas neste sábado (17) na capital nigerina, onde as manifestações se estendem a novos bairros da capital, constatou a agência de notícias France Presse (AFP).

Os sete locais de culto, em sua maioria igrejas protestantes e algumas delas sem sinais religiosos visíveis no exterior, foram incendiadas no sul de Niamey, indicou um jornalista da AFP, que viu os manifestantes se dirigirem à parte central e norte da capital, onde há mais igrejas.

Cinco pessoas haviam morrido até sábado em Niamei, capital do Níger, nos violentos protestos contra a charge, segundo o presidente nigerino, Mahamadou Issoufou.

Marchas pacíficas ocorreram após as orações de sexta-feira nas capitais de outros países do oeste africano – Mali, Senegal e Mauritânia – e Argélia no norte da África, que são também ex-colônias francesas.

Em Argel, vários policiais ficaram feridos em confrontos com manifestantes revoltados com as charges.

Revista francesa

A capa da última edição da Charlie Hebdo traz uma charge em que Maomé segura um cartaz em que se lê “Eu sou Charlie”. Sete milhões de novas cópias estão sendo impressas depois que os 60 mil exemplares originais da edição se esgotaram nas bancas.

Muitos muçulmanos consideram como uma ofensa a retratação do profeta muçulmano.

Também houve protestos contra a revista no Paquistão, no Sudão, na Algéria e na Somália.

‘Deus é grande’

No Niger, uma ex-colônia francesa, centenas de pessoas se reuniram nas ruas gritando “Deus é grande” em árabe. Na sexta-feira, manifestantes depredaram lojas administradas por cristãos em Zinder, no sul do país.

Ainda houve ataques a um centro cultural francês. Segundo seu diretor, Kaoumi Bawa, cerca de 50 pessoas derrubaram a porta do edifício e incendiaram seu café, a biblioteca e escritórios.
Fonte: G1 e BBC Brasil

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