10 de outubro de 2014

DISCÍPULADO 2 - Lição 13-O discípulo e o Evangelismo, Exemplo de Paulo, Exemplo de evangelismo hoje.

Série de Estudos APRENDENDO A CAMINHAR NA LUZ
"Exemplo de evangelismo hoje" "O discípulo e o Evangelismo" "Curso Prático de Evangelismo
Parte I - PRÁTICA
Parte II - INTEGRAÇÃO OU DISCIPULADO
Parte III - MOTIVOS E AUTORIZAÇÃO
Parte IV - REQUISITOS PARA O EVANGELISMO
Curso Prático de Evangelismo - Parte 11. O Propósito de Deus – Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo, para fazer discípulos de todas as nações. (Mt 25.19; Jo 20.21; At 15.14;)2. 
A Autoridade da Bíblia – Como inerrante e infalível Palavra de Deus, afirmamos o poder das Escrituras Sagradas para efetuar o propósito de Deus na salvação do homem. (Rm 1.16; 2 Tm 3.16)3. A Universalidade de Cristo – Afirmamos que só existe um salvador e um só Evangelho, embora haja uma variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização do mundo. (Jo 4.42; At 4.12)4. A Natureza da Evangelização – Evangelização em si é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o propósito de persuadir os homens, para que por intermédio Dele se reconciliem com Deus. (At 20.47; 2 Co 5.11, 20)5. A Responsabilidade Social Cristã – “A fé sem obras é morta”, embora a reconciliação do homem com o homem, não signifique a reconciliação deste com Deus, nem ação social, evangelização, afirmamos que ambos são parcelas do nosso dever cristão. (Gn 1.26-27; Lc 6.27,35; Tg 2.14-26)6. A Igreja e a Evangelização – A Igreja ocupa o ponto central do propósito divino, ela é o instrumento para difusão do evangelho. A evangelização mundial requer que a Igreja toda, leve a todo o mundo, o Evangelho Integral em trabalho mútuo de cooperação (Jo 17.21-23; At 1.8; Gl 6.14; Fp 1.27)7. A Urgência Missionária – Com mais de dois terços da humanidade, ainda não eficientemente evangelizada, como Igreja, sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente. Sendo cada geração responsável pela sua geração, esta é a hora da Igreja orar fervorosamente, e lançarem programas visando à evangelização total do mundo. (Jo 4.9; Rm 9.1-3; 10.11-16)8. As Culturas e a Evangelização – A evangelização mundial requer o desenvolvimento de estratégias e metodologias novas e criativas, e a cultura de um povo em parte é boa e em outra parte má, devido à Queda, por isso deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras, para que possa ser redimida e transformada para a glória de Deus. ( Mc 7.8,9,13; Rm 2.9-11; 2 Co 4.5)9. A Educação e a Liderança – Reconhecemos a grande necessidade de melhorar a educação teológica, especialmente em se tratando de líderes de igrejas, existindo em todo povo enorme necessidade de ensino e treinamento para seus pastores e aos leigos nativos. (At 14.21 – 24; Tt 1.5,9)10. O Conflito Espiritual – Cremos que estamos envolvidos em guerra constante contra os principados e potestades do mal, que buscam destruir a Igreja e malograr sua tarefa de evangelizar o mundo, semeiam falsas doutrinas e mundanismo em nosso meio. O momento demanda vigilância e discernimento. (Jo 17.15; Ef 6.10-20; 2 Co 4.3)11. Liberdade e Perseguição – A liberdade de praticar e propagar o cristianismo de acordo com a vontade de Deus é um direito nosso, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas não nos esquecemos de que Jesus nos advertiu de que a perseguição é inevitável, mas nem por isso devemos nos intimidar. ( Mt 5.10-12; At 4.16.21)12. O Poder do Espírito Santo – A evangelização mundial só se concretizará com uma Igreja cheia do Espírito Santo, sendo Ele quem convence o homem do pecado. O Espírito Santo tem um profundo interesse missionário. (Jo 7.37-39; At 1.8; 1 Co 2.4,5)13. O Retorno de Cristo – A promessa da segunda vinda de Cristo representa um incentivo a missões. Cremos que o período intermediário entre sua ascensão e o seu segundo retorno deve ser usado para o cumprimento da nossa missão como Povo de Deus, a obra missionária não poderá parar enquanto Ele não vier. (Mc 13.10; 2 Pe 3.13; Ap 7.9)Síntese do Pacto de Lausanne 
1- LEITURAS IMPORTANTES:Lc. 4:14-21 Sinais e prodígios e Milagres, pregação aos pobres de espírito onde quer que se encontrem (nós, hoje estamos pregando o evangelho fácil e comodista dentro de quatro paredes, mas Jesus nos ensinou a levar o evangelho onde quer que exista uma prostituta, um bêbado, um viciado, enfim aonde houver trevas que eu leve a luz).Jo. 20.1 O primeiro Evangelista foi uma mulher, Maria Madalena. As mulheres precisam e devem ter maiores oportunidades na obra de Deus, o Espírito Santo não tem sexo, havia diaconisas na igreja que começou em Atos dos apóstolos, na época de maior machismo judeu; e agora? As mulheres podem entrar nas casas e ajudar na lavagem das vasilhas ou das roupas e até mesmo no feitio do almoço ou na confecção de um bolo; enquanto pregam o evangelho.
2- DEFINIÇÃO DE EVANGELISMO: É a arte de compartilhar a Salvação que recebemos e também o seu autor Jesus Cristo, com outra (S) Pessoa (S), através de comunicação direta e indireta. 
3- DOIS TIPOS DE EVANGELISMO:
1. Evangelismo Pessoal: (Ex. Jesus e a samaritana, quebrando as barreiras do preconceito racial; Filipe e Eunuco, sinônimo de obreiro preparado para explicar a palavra de DEUS aos necessitados).
2. Evangelismo em massa: (Ex. Jesus e o sermão do monte, com as normas da nova religião; Paulo no Areópago, ensinando que filosofia não traz paz à alma e que só devemos adorar a um DEUS.)
4- ALGUMAS DÚVIDAS RESPONDIDAS ANTES DE INICIAR:· II Coríntios 5:14,15 (Por que evangelizar?)· II Timóteo 2:2-15 (O que é preciso para evangelizar?)· Atos 20:24 (Com o que se preocupar?)· Atos 18:9,10 (O que Temer? Tem 366 vezes a frase não temas na Bíblia.)· Lucas 19:10 (A quem Evangelizar?)· João 15:16 (Quem deve evangelizar?)· Lucas 10:1 (Precisa de Grupos com muita gente?)· Atos 16:13,14 (Quem vai fazer as pessoas se interessarem?)· Provérbios 11:30 (Qual a verdadeira sabedoria?)· Mateus 20:19 (Basta ganhar as almas?)· Marcos 16:15 (Não fazer acepção de pessoas ou de lugares)· Atos 20:20 (De casa em casa)· Mateus 10:16 (Como se comportar?)
5- VISITAS: O horário de visitas é muito importante, não devendo as visitas ser de improviso. O horário sendo pré determinado traz algumas vantagens como:- Disponibilidade de tempo dos evangelizados.- Os problemas já estarão separados e prontos para serem lançados na conversa entre as duas partes.- Dificuldades bíblicas já estarão anotadas e separadas.- Interferências externas já anuladas previamente.
6- LIVROS A SEREM USADOS NO EVANGELISMO: Principalmente Bíblias: Evangélica e Católica Apostólica Romana (de Preferência Editora Ave-Maria) Livro Seitas e Heresias (Autor: Raimundo F. Oliveira – CPAD) Algumas referências e passagens bíblicas importantes que deverão ser guardadas na memória e no coração para serem usadas na hora certa:- Mateus 10:32 e Mateus 11:28- João 3:16 e João 5:24- Romanos 3:23, Romanos 6:23 e Romanos 10:8,9- I Timóteo 2:5
7- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:· Em Antioquia houve um verdadeiro avivamento: Havia, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres e depois enviaram missionários (Apóstolos). At 13.1-4; Ef 4.11-15;· Também se manifestavam as operações do Espírito Santo 1 Co 12.8-12;· Em Samaria o povo se convertia porque via e ouvia os sinais que Filipe fazia At 8.5-21 Bíblia de Estudos Pentecostal. Mais subsídiosO EVANGELISMO PRÁTICO: 
1) O QUE É EVANGELISMO? Evangelismo, vem da palavra evangelho, cujas raízes são: a palavra grega “evangelio”, que significa boas novas; e evangelizo que significa trazer ou anunciar boas novas. A palavra evangelho torna-se mais significativa quando estudamos o verbo hebraico “bisar”, que significa “anunciar”, contra, publicar, este verbo é aplicado em Is. 4.27; Sl. 40.9 e 10; Is. 68.11 e 12; que proclama a vitória universal de Jeová sobre o mundo. É proclamar o evangelho de Jeová sobre o mundo. É proclamar o evangelho de Jeová ao povo.- Evangelismo é a tarefa de testemunhar de cristo aos perdidos.- Evangelismo é a tarefa de levar homens a Cristo.- Evangelismo é alistar vidas ao serviços de Cristo.- Evangelismo é obedecer e proclamar as boas novas.
2) OBJETIVOS DO EVANGELISMO:a) Anunciar a Cristo (Jo. 1.36)b) Levar homens a Cristo (Jo. 1.41)c) Alistar vida para o serviço de Cristo (At. 11.25,26)d) Proporcionar o crescimento da igreja (At. 2.47;5.14;9.31)Para atingirmos os objetivos para esta década no Brasil a igreja precisa cerca 20% ao ano:- Hoje ela esta crescendo 5% ao ano.- Uma igreja de 100 membros está crescendo 5 membros ao ano.- Precisa crescer pelo menos com 20 membros ao ano.- Uma igreja de 500 membros precisa batizar 100.- Uma igreja de 1000 membros precisa batizar 200 e assim por diante.COMO DEVE SER FEITO O EVANGELISMO?Com profundo amorCom paciência e persistênciaOuvindo a pessoa evangelizadaUsando linguagem que as pessoas compreendamFazendo perguntas sábias sobre a salvaçãoNão fugindo do assunto da salvaçãoEx.: Cristo e a Samaritana – Os Judeus não lidavam com os Samaritanos.Evitando assuntos polêmicos e discussõesEvitando ficar irritadoMostrando o plano da salvação de modo simplesProcurando responder todas as perguntas com apoio bíblicoReconhecendo que só ovelhas geram ovelhas.MÉTODOS DE EVANGELISMO:
1º Em massa Cristo e os Apóstolos sempre gostaram desse método.Evangelismo em massa é alcançar muitas pessoas ao mesmo tempo.Ex.: Cruzadas, Culto nos templos, Cultos nas praças e etc...
2º Evangelismo Pessoal Cristo e os Apóstolos sempre usaram método de Evangelismo em massa, mas nunca desprezaram o evangelismo pessoal. Ex.: A Samaritana, Zaqueu, Nicodemos, o Eunuco de Candace, a Mulher Adúltera, A Sirofinicia e etc...Evangelismo pessoal é uma pessoa ganhando outra pessoa. Discípulo. Ex.: Filipe e Natanael (Jo 1.43-46)
DISTRIBUIÇÃO DE FOLHETOS: PONTOS A SEREM CONSIDERADOS :1- Conhecer o folheto e sua mensagem2- Entregá-lo com atitudes de interesse
3- Não insistir para que alguém o tome
4- Manter-se calmo e vigilante
5- Não discutir nunca
6- Se alguém jogar o folheto fora, torne-o ajudá-lo
7- Oferecer o folheto com um sorriso sincero e com as seguintes palavras: Boa Tarde, Quero oferecer-te:
a) Uma mensagem importante, 
b) Algo de importância para sua vida, 
c) Um recado de Deus, 
d) Um folheto que explica o caminho da eterna salvação.
8- Dar o folheto carimbado
9- Conhecer como guiar uma alma a Cristo PASSAGENS QUE O EVANGELISMO DEVE CONHECER BEM E ONDE ENCONTRA-LAS
1- Os Dez Mandamentos Ex 20; Dt 5.
2- O sermão da Montanha Mt 5.6,7
3- A grande comissão Mt 28
4- O plano de salvação Jo 3.16; Jo 5.24; Rm 8; Is. 53.4,5; At 2.8,9,10,11.
5- Convicção de Salvação I Co 1.18 e 21 
ESTRATÉGIA DE EVANGELISMO
1- Nos lares, At. 5.42
2- Nos hospitais, Mt 25.43
3- Nas prisões, Mt 25.43
4- Nas filas de ônibus
5- No púlpito
6- Nos bares
7- Nos restaurantes
8- Nos consultórios
9- Nos colégios e universidades, At 19.9
10- Nos conjuntos residenciais – Folhetos...
11- Nas filas do INSS e similares
12- Nos cemitérios- Dia de finados
13- Nas feiras livres
14- Nas Exposições
15- Nas Estádios e Similares – Folhetos específicos
16- Ao ar livre, At 16.13
17- Através do Telefone
18- Através de postais
19- Através de jantares
20- Através de um testemunho santo
21- Através do Rádio, Sl 19.1,3; Jr. 22.29; Sl 26.7
22- Através da Televisão, Mt 10.27
23- Através das caixas postais
24- Através de cruzadas Evangelísticas, At 8.5,6
25- Com Folhetos (oração)
26- Com jornais, Is 52.7; Am 4.5; Sl. 26.7; 68.11; Mc 1.45; 7.36; 13.10
27- Com cartões de oração
28- Com bíblias e Novos Testamentos
29- Com CD's e DVD's
30- Com Filmes
31- Com adesivos
32- Através da escola (Um aluno ganhando outros alunos)
33- Na beira de rios , nas praias, At 16.13-15O EVANGELISMO E AS ELITES:O nosso propósito é mostrar o interesse de Jesus Cristo na evangelização das Elites `a luz da Bíblia. Temos conhecimento que as elites não são as camadas mais fáceis de serem atingidas Mt 19.23. Mas também reconhecemos que estas camadas necessitam de serem atingidas, pois o evangelho destina-se a toda a criatura neste mundo (Mc 16.15)
O QUE SIGNIFICA EVANGELHO:
I – O evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, Rm 1.16
II – O Evangelho é a mensagem de fé que pregamos, Rm 10.8
III – O Evangelho é a palavra da cruz, loucura para os que perecem, mas para os que são salvos, poder de Deus, I Co 1.18.
IV – O Evangelho é a notícia do perdão de Deus oferecido aos pecadores. As boas novas de grande alegria para todo o povo, Lc 2.10.
A QUEM SE DESTINA O EVANGELHO A todo o mundo (Jo 3.16)A todos os homens (I Tm 2.4; Tt 2.11)Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11)
QUEM SÃO AS ELITES 
Elite Política Elite Intelectual Elite Social
AS ELITES NO PLANO DA SALVAÇÃO
Existe nas escrituras sobejas provas e evidências de que Deus se interessa por salvar as Elites.Ex.: José de Arimatéia Mt 27.57 (Senador) Nicodemos Jo 3.1-21 (Príncipe) Manaém At 13.1 (Filho adotivo de Herodes)
COMO ALCANÇAR AS ELITES
O exemplo do Eunuco de Candace, At 8.27 (1º ministro da rainha da Etiópia)O exemplo do Capitão Cornélio At 10 (centurião da coorte italiana)O exemplo de Públio At 28.7 (governador da ilha de Malta)IDÉIAS E SUGESTÕES Refeições nos lares;Jantares em hotéis e restaurantes;Literaturas especializadas;Correspondências específicas com argumentos inteligentes e bem-bolados;Programas de televisão e rádio. 
 AS ELITES: 
 AJUDE-NOS A ALCANÇARMOS
Curso Prático de Evangelismo - 
Parte 2 INTEGRAÇÃO OU DISCIPULADO
A integração das pessoas que aceitam é muito importante Nós enfrentamos ultimamente uma grande dificuldade na área Evangelística. É que se fazem grandes concentrações fora e dentro do templo. Tais como: Congresso de Mocidade Congresso de Senhoras Congresso de Círculo de Oração Cruzadas Evangelística etc... Gastam-se fortunas com cantores, pregadores, som. Agrega-se grandes coletividades, mas no fim do conclave, soteriologicamente falando o saldo é negativo. Mas não se converteu grande número? Que houve? Onde estão eles?            É aí que vejo a necessidade da integração.
DEFININDO A INTEGRAÇÃO 
Integração é tornar inteiro, completar, incorporar-se, discipular Mt 28; 19.20; At 20.20. Uma igreja sem integração é como uma mãe que dá a luz e abandona seu filho, na calçada, lixeira ... porta alheia. Uma igreja por menor que seja tem normalmente 144 cultos públicos por ano. Ganha no mínimo 192 almas por ano mas só batizamos de 10 a 15 das 192. Que está havendo? Por um saldo tão negativo? Falta de integração.QUE É INTEGRAÇÃO? É tudo que se faz para ajudar o Neófito (Novo convertido) a adaptar-se a nova fé.A INTEGRAÇÃO E O RECÉM-NASCIDO 
1 – DORES E GEMIDOS Toda mulher quando está dando a luz, normalmente sente dores de parto. Ela grita, geme, até chora. Que lição tiramos daqui? Que o mesmo deve suceder no seio da igreja Gl 4.19. Infelizmente na hora que o pregador está fazendo o apelo, não está havendo por parte da igreja, as dores de parto. Anteriormente era assim: O orador fazendo o apelo e a igreja gemendo de dores de parto, ou seja orando em espírito.            Gemiam e até choravam. Hoje há... 
2 – A COOPERAÇÃO NO NASCIMENTO DO BEBÊ Nos hospitais as enfermeiras auxiliam os médicos no parto. Isto nos fala que na hora do apelo o pregador carece de auxiliares de alguém que vá ao pecador e carinhosamente faça-lhe o convite do novo nascimento, estendendo-lhe a mão amiga. 
3 – O RECÉM-NASCIDO E AS DIFICULDADES Um recém-nascido trás consigo uma série de dificuldades, a saber:
a) De locomoção Não sabe andar, para sua locomoção, só correndo.Que lição tiramos daqui? Que o novo convertido não sabe andar no caminho celeste; carece de alguém que vá busca-lo para outros cultos.
b) Para Alimentar-se Para Alimentar o recém-nascido a Mãe o carrega até o colo e coloca a mama em sua boca.Isto fala-nos da ajuda que o neófito carece para alimentar-se espiritualmente.Ajude o neófito a encontrar os livros capítulos e versículos da Bíblia. Explique a ele o que isto ou aquilo quer dizer
4 – O RECÉM-NASCIDO EM FASE DE DESENVOLVIMENTOa) Alimentação adequada Um recém-nascido não pode alimentar-se com o mesmo alimento de uma criança adolescente, mocidade, adulto.
1º - Nestogênio
2º - Lactogênio
3º - Ninho Instantâneo
4º - Ninho Integral
5º - Verduras e etc...
Que lição tiramos daqui?Não podemos alimentar o novo convertido com comida forte.Ex: Não fale diretamente ao neófito sobre dízimos, ofertas, vestes, cabelos, suas jóias, seus quadros... Etc.
b) Cuidando da saúde do recém-nascidoTodo recém-nascido carece de cuidados especiais, semelhantemente o neófito.Como cuidar da saúde espiritual do neófito?
1 – Não o deixe descalço Ef. 6.15 
2 – Não o deixe com roupas espirituais sujas Ec 9.8 
3 – Não o deixe com fome Mt 14.16.
c) Ajuda para andarTodo recém-nascido em estado de crescimento mostra interesse e esforço para andar.Ex.: Ele vai se arrastando, engatiando. É o anelo de andar. Mas só começa andar mesmo quando alguém lhe ajuda neste particular.Geralmente é assim. Pega-se nas duas mãos, coloca-se a criança em pé e vai ensinando os passos... Daqui, acolá solta a criança, e assim vai...Na integração evangelística também é assim; devemos soltar o novo convertido de vez em quando, mas nunca perdê-lo de vista.É você chegar na casa dele e dizer: irmão fulano vou chegar na igreja um pouco mais tarde e não vai dar para te pegar hoje. Mas vá à frente, e voltaremos juntos, amém? Isto é só uma estratégia para ver se há esforço no neófito de querer andar na fé.Se ao chegar na igreja você notar sua falta, nem assista o culto, corra até a casa dele e veja o que está acontecendo.
d) O BEBÊ E AS PRIMEIRAS PALAVRAS Geralmente toda criança começa a falar com alguém lhe ensinando.Normalmente as primeiras palavras são:Papai e mamãe.Ensine o neófito a falar do amor do pai que é Jesus Cristo.
e) DESPERTANDO A VOCAÇÃO
Toda criança em fase de desenvolvimento deixa escapar sua vocação.O novo convertido em fase de crescimento espiritual, também deixa escapar sua vocação ou talento, entregue por Deus para o bom andamento da obra.Cantor (a), pregador (a), Pastor, Evangelista, Presbíteros, Diáconos(isas), Auxiliares do círculo de oração, Maestros (inas), Músicos, ... etc.Ajude o neófito a descobrir sua vocação. Como ajudar?Dando-lhe oportunidade para desenvolver o talento, se cantor, cantando, se pregador, pregando.
f) A INTEGRAÇÃO É BÍBLICA? SIMNatanael Jo 1.45,51Os judeus At 15.13Paulo faz a integração dos Efésios Mt 19.1,7Paulo faz a integração de Onésimo Fm 8.17Felipe faz a integração do Eunuco At 8.34,38
g) QUE COOPERA PARA A NÃO PERMANÊNCIA DO NEÓFITO?Falta de atençãoFalta de amorFalta de carinhoDiscórdiaFalta de alimentaçãoNicodemos (oculto)Zaqueu (pequeno)Bartimeu (cego)Samaritana (inimizade)
h) COMO DEVE SER FEITA A INTEGRAÇÃO
a) Com preparo Bíblico Rm 12.7
b) Com dedicação e amor
c) Com visitação rápida e objetiva.
i) GRUPOS DE INTEGRAÇÃO
O grupo visitará o neófito logo no outro dia, após a sua conversão.No primeiro ou segundo expediente obs.: não em horário que possa incomodá-lo.Um dos componentes do grupo ficará na incumbência de ir buscar o neófito no dia do culto, cuidará dele até o batismo nas águas.
j) QUANDO E COMO COMEÇAR A INTEGRAÇÃO
a) Já, hoje, agora.
b) Colocando em prática tudo o que aprendeu.
c) Lembrando-se que só ovelhas geram ovelhas. O Que você é? 

Curso Prático de Evangelismo - Parte 3
SOBRE EVANGELISMO PESSOAL
APOSTILA 001“MOTIVOS E AUTORIZAÇÃO"
O Senhor Jesus é o motivo supremo e também é a Autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o Mestre por excelência, e o exemplo na arte de fazê-lo.Ele promete êxito na tarefa, se cumprimos a condição de O seguirmos.(Mt. 4:19.) Deve ficar claro, também, que o êxito na incumbência de evangelizar não significa exatamente que se converta toda pessoa a quem se fale.Isto não aconteceu nem com o Senhor Jesus, quando esteve corporalmente entre nós na terra (Mt. 19:16-22).O mesmo pode se dizer dos Apóstolos (At.17:5, 32; At. 19:9, são exemplos de momentos em que a Palavra levada pelos Apóstolos não foi aceita pelos seus ouvintes).Porém, cada ser humano que ouve a Palavra de Deus, que é evangelizado, há de sentir-se responsável pela sua reação, não perante a quem lhe prega o evangelho, mas diante de Deus (IICo. 5:1
7-21).Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e responsabilidade de cada cristão. 
POR QUÊ EVANGELIZAR? 
1 - PARA A GLÓRIA DE DEUS (ICo. 10:31)Como em todas as coisas que fazemos em nossas vidas. 
2 - PELA GRATIDÃO A DEUS - Por Sua Graça ao salvar-nos , e o reconhecimento por suas bênçãos. 
3 - O AMOR A DEUS - O nosso amor a Deus.Então, recapitulando... são três os motivos que nos constituem a força que nos impulsiona a evangelizar: 
A GLÓRIA DE DEUS, A GRATIDÃO A DEUS e O AMOR A DEUS.Há também motivos que são secundários em relação a estes.MOTIVOS SECUNDÁRIOS:o amor às almas,o amor de Deus à humanidade,a condição do homem no pecadoa alegria de quem pregaa alegria dos anjos ao ver uma alma arrependidaa necessidade de mudar o destino eterno do homem.Porém, a razão maior para evangelizar, deve ser a GLÓRIA DE DEUS, embora não devamos negar os outros motivos como legítimos e poderosos. Todos têm seu lugar. MOTIVOS INDIGNOS HÁ UM LADO NEGATIVO - o evangelizar por impulsos, diferentes dos que levam à GLÓRIA DE DEUS. 
O negativo acontece quando em realidade o que nos move a falar é o orgulho e o desejo de ganhar uma glória pessoal.Pode ser natural que o cristão queira ser reconhecido como um ganhador de almas.Porém, de uma forma sobre natural ele pode vencer esta inclinação vaidosa e trabalhar unicamente para a GLÓRIA DE DEUS - pois esse é o motivo central da evangelização.
ERROS QUE DEVEMOS EVITAR Um engano que se pode cometer, na evangelização é: falar a uma pessoa acerca da sua relação para com o Senhor Jesus e o perigo da sua perdição, e se não se consegue convencê-la, utilizar esforços humanos até afastá-la definitivamente, em vez de ganhá-la.É um erro também a tentação de ficar satisfeito com uma concordância superficial em vez de conseguir-se uma decisão genuína.É fatal confundir um aparente convencimento humano com uma convicção de uma conversão operada pelo Espírito Santo. 
O OBREIRO É SERVO E EMBAIXADOR Nós somos servos e sacerdotes, embaixadores pessoais do Reino de Deus... mas estes títulos de honra têm a ver especialmente com nossa relação com Deus... não com os homens.Em Apocalipse 3:20, e IICoríntios 4:5, nosso Senhor é apresentado fora da porta do coração de cada pessoa incrédula, batendo e solicitando entrada.O próprio homem tem que resolver se abre a porta e Lhe dá entrada, ou não. O Senhor Jesus não força a porta, nem nada pede mediante violência. Simplesmente explica qual é a conseqüência da recusa ou aceitação - mais nada.Somos nós que levamos as informações acerca de Jesus Cristo para a alma perdida. Em II Co.4:5, está escrito que não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor.Que espécie de testemunho se dá acerca de Jesus?Louvamos a ele devidamente? Ou estamos descrevendo-O, apenas, como fez o servo, na parábola de Mateus 25:24?André disse a Pedro estas simples palavras: "Achamos o Messias", que foram suficientes para levá-lo a Cristo. Felipe fez semelhante com Natanael, dando apenas um pouco mais de explicações acerca de Jesus e convidou-o a vir ver por si mesmo, e ele o fez - Jo.1:45-46.Mas no Velho Testamento temos um exemplo de como alguém pode dar um mau testemunho a respeito do Senhor!O Rei Ezequias não testemunhou a respeito dos prodígios de Deus, quando os mensageiros de Babilônia foram a Jerusalém com o propósito de saber como era possível que uma Nação tão pequena tivesse obtido êxito sobre o grande exército dos Assírios.Por seu orgulho, Ezequias eclipsou o amor de Deus ao invés de dar a Glória que Lhe era devida, ele limitou-se a mostrar a casa do seu tesouro. A prata, o ouro, as especiarias... por orgulho pessoal.Ezequias glorificou-se a si mesmo em vez de render suas homenagens ao seu Senhor... por isso Ezequias foi severamente castigado. (IICr.32:31; IIReis. 20: 12-19). 
A VONTADE DIVINA O Nome do Pai não é glorificado no coração do incrédulo, nem ali Deus reina, fazendo Sua vontade... mas quando uma pessoa se arrepende e confia em Jesus, as coisas logo mudam.Então aquele que era incrédulo passa a reconhecer Deus como Pai. O seu coração torna-se o trono em que Cristo reina; e o convertido passa a fazer a vontade divina, ao invés da sua própria vontade. Nessa mudança consiste a verdadeira conversão. 
O AMOR DIVINO Deus nos criou, Ele desejou que as Suas criaturas estivessem com Ele na comunhão eterna. Ele nos ama com amor eterno. Ele não quer que nós pereçamos, mas que todos sejamos salvos (IPe. 3:9
b)Mas devemos saber que ninguém será salvo por sua própria vontade (Jo.5:6,40) Cada ser humano tem que resolver por si mesmo.O Pai não quer que ninguém esteja no céu sem ter o prazer de estar com Ele, nem admitirá ninguém que não aceite a Jesus Cristo como Seu Filho.Esta é a razão porque desejamos agradar ao coração de Deus, é a razão que temos para nos ocuparmos em buscar os perdidos.Se meditarmos nisto, ao falar aos homens acerca do Evangelho, o amor de Deus encherá os nossos corações, brilhará em nossos olhos, e afetará até o timbre de nossas vozes (IICO. 5:11) diz assim: "conhecendo o temor do Senhor, persuadimos aos homens"E o vs 14 diz: "Pois o amor de Cristo nos constrange" Assim, que a GLÓRIA DE DEUS seja o nosso motivo supremo na grande tarefa de evangelizar os nossos semelhantes.Há ocasiões em que o Espírito Santo nos move a apresentar ao incrédulo o seu dever de glorificar o seu Criador, como base na sua aceitação de Cristo.Especialmente quando se fala aos jovens, esta verdade os atrai, porque lhes oferece uma razão de ser, uma meta na vida, e um ideal que se põe em ordem com os interesses e conflitos de sua existência. 
MOTIVOS QUE NOS CONSTRANGEM O AMOR ÀS ALMAS Em Rm. 5:5, temos que "o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado".Então, sendo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para salvar-nos da perdição e dar-nos a vida eterna, segue-se que este amor em nós também se manifestará em querer que todas as almas sejam salvas.
DEVEMOS DESEJAR A SALVAÇÃO DE TODO SER HUMANOEste amor, que é de Deus em nós, compele-nos a pensar em todas as pessoas que encontramos. Em como está a sua relação com Jesus Cristo.Isso até mesmo antes de considerarmos se esta ou aquela pessoa é digna de nossa amizade, se vai ser útil e proveitoso conhecê-lo, nada disto. Basta que seja um ser humano, que precisa de DEUS, para que desejemos levá-lo a Cristo.MEIOS QUE DEUS USANem todo membro de igreja procura oportunidade para testificar do amor de Deus. Existem até os que procuram esconder que são crentes em Cristo, apesar do que fiz a Bíblia: (Mc 8:38 e Mt. 10:32 2 33).Mas quando o cristão evangeliza constrangido pelo Espírito Santo nele, é prova de que ele está seguindo a Cristo. Em raras ocasiões Deus usa pessoas não convertidas para citar alguma verdade bíblica. 
 A NECESSIDADE DAS ALMAS Todas as pessoas precisam conhecer a Deus. E nós , que O conhecemos, devemos suprir essa necessidade.
VÁRIAS NECESSIDADES DOS HOMENS
1 - Está perdido e necessita de um Guia;
2 - está enfermo e necessita de um médico;
3 - está escravizado, necessita de um Redentor;
4 - está moribundo e necessita de um Salvador;
5 - está espiritualmente morto, necessita de Vida Nova.A lista pode ser aumentada indefinidamente porque o homem natural ignora as verdades espirituais e necessita de luz, iluminação; tem fome e sede de uma satisfação que não encontra.O homem natural, até que se dê conta de sua condição espiritual, e suas conseqüências, dificilmente busca a Salvação. O nosso dever é ensinar-lhes que o pecado pode propiciar prazeres ao corpo, mas não pode dar gozo à alma, e que Jesus é a única resposta para a alma. A CHAMADA DE DEUSA OBEDIENCIA  É IMPERATIVA É fácil perder o ânimo e achar que já fizemos a nossa parte e cumprimos a nossa obrigação. Pra quê continuar agüentando os insultos dos incrédulos? Porém o Espírito Santo está sempre a mostrar os frutos do nosso trabalho e nos fazendo pensar em nossa obrigação de cumprir o dever de evangelizar. A AUTORIZAÇÃO QUE TEMOS PARA EVANGELIZAR Todo cristão conta com a autorização divina para evangelizar. Tem as suas ordens por escrito (Mc. 16:15; Mt. 4:19; At. 1:8; Lc 24:45).Os apóstolos levaram muito a sério a sua comissão e testificaram apesar de toda a oposição (At. 2-4). Pedro disse a seus juízes como justificação para ter continuado sua pregação contra as ordens deles: "Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos." 
QUEM É AUTORIZADO A EVANGELIZAROs que reconheceram a Jesus como Messias, Filho de Deus e seguiram-n O , por causa dos seus ensinamentos, estes foram os enviados a pregar (Mc. 5:18; Lc10:1-12). 
ORDENS GERAIS E PARTICULARESTemos, portanto, autorização plena e clara, escrita na Palavra de Deus, a Autoridade superma em todo o universo. Também reconhecemos que Ele é o Deus Vivo, que ainda se comunica com os seus filhos que vivem neste mundo.Podemos fazer uma alegoria entre a Bíblia e o Manual Militar. O cidadão que se alista no exército, é enviado ao quartel, onde veste o uniforme militar, e em seguida ensinam-lhe as regras elementares do exército.Aprende como saudar os oficiais, como responder à ordem de "Atenção" como apresentar armas, o modo de marchar, de montar guarda, etc.Mas, por exemplo, do Manual não constam as ordens do dia., em que se diga que o Cabo Pedro Gonçalves com o soldado Carlos Pereira, montarão guarda à porta do Palácio do Governo, desde a meia-noite de quinta-feira, 25 de abril, até as quatro da madrugada de sexta-feira.Esses detalhes não se escrevem no Manual Geral, mas dia após dia constam do quadro de avisos individuais, no quartel. Esta prática militar é uma ilustração, embora imperfeita , do que sucede com o cristão.Ao aceitar e confessar Cristo, como seu Senhor e Salvador pessoal, a pessoa constitui-se membro do exército do Senhor Jesus. Deve, portanto, aprender as ordens gerais para cada soldado espiritual, conforme estão escritas no Novo Testamento.Uma delas é a comissão de falar em nome de Cristo às almas perdidas, rogando-lhes que se reconciliem com Deus (IICo. 5:17-20). ORDENS ESPECIAIS Há regras que todo cristão no exército de Deus deve observar e acatar sempre. Deus reconhece a cada um de seus soldados não só pelo nome, mas também os seus pensamentos mais íntimos e até as intenções do seu coração.Sabe chamá-lo, pelo nome e indicar-lhe o que deseja que ele faça. (At. 5:20; 6:11). Nem sempre o Senhor fala de forma dramática, como fez com Paulo no caminho de Damasco, ou em sonhos como aconteceu com José.Geralmente Ele fala mediante a Sua voz suave na alma do seu filho e outras vezes através das circunstâncias. O mais comum, é que o crente sinta em seu espírito um santo impulso para dizer algo a certa pessoa, descobrindo que, se obedece, o Espírito Santo lhe dá as palavras adequadas.UMA ILUSTRAÇÃO Um Mestre de doutrina cristã ia andando por uma rua e à sua frente iam quatro homens lado a lado, de maneira que obstruíam completamente a calçada.O Mestra ouviu então o mais alto e forte dos quatro falar palavras blasfemas contra Deus. O mestre era homem franzino e de estatura mediana, mas antes de poder refletir, e obedecendo a um impulso interior, adiantou-se e colocou a mão sobre o ombro do homenzarrão e disse:“Homem, quem lhe deu o direito de usar o nome do meu Pai com tão pouco respeito?" o blasfemo se deteve, e inclinando-se fitou os olhos em seu interlocutor e disse:“Não sei quem é o senhor, mas esta manhã, a minha esposa, que é uma boa cristã, me repreendeu nestes mesmos termos”.Meu amigo, eu tenho que me dirigir ao trabalho agora mesmo, mas se o senhor me der o seu nome e endereço, prometo ir visitá-lo para que me fale de Deus “o resultado foi o regresso de outro pródigo à casa do Pai”.Convém obedecer a voz do Espírito, mesmo quando as circunstâncias forem adversas. Como recomenda o Apóstolo Paulo: "insta, quer seja oportuno, quer não" (IITm. 4:2). FINAL DA APOSTILA 001Por detrás de toda exortação e instrução, está a necessidade de cuidar para que a sua motivação seja aceitável ao Senhor, e que cada ação e cada palavra sua conte com o "Visto" da Sagrada Escritura, sendo dirigida pelo próprio Espírito Santo. Curso Prático de Evangelismo - 
Parte 4 
EVANGELISMO PESSOAL - PARTE IIAPOSTILA 002 "REQUISITOS PARA O EVANGELISMO" Jesus Cristo expôs o requisito primordial para ser um ganhador de almas, quando disse: "Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens" (Mt. 4:19). É, portando necessário ser um seguidor dEle, e permitir que Ele faça conosco o que deseja que sejamos para a Sua Glória.Não importa qual seja o nosso dom ou ministério; o propósito ou resultado deve ser: que os homens sejam "pescados" para Cristo. Quer dizer, salvos pela fé nEle. Em outras palavras, cada dom do Espírito é dado ao crente a fim de que seja empregado em ganhar almas para Cristo.O verbo "vir" no versículo acima citado, está no modo imperativo. Não se trata, portanto de um convite, mas de um mandamento. Assim, cumprir este mandamento é dever sagrado de todo cristão. Tratá-lo com descaso é desobediência ao nosso Senhor.Seguir a Cristo de coração resultará em nos ocuparmos em buscar outros para Ele. (IICo. 5:11). O QUE NÃO SE REQUER PARA PODER FAZER A OBRA PESSOAL. A necessidade de usar o bom senso Uma jovem missionária, coberta com um escasso vestido da última moda, parada diante de um grupo de homens vulgares e do pior calibre moral. Enquanto ela, com aparente boa fé, lhes dava o seu testemunho em palavras corretas e excelente gramática, em seu fervor, movia o seu corpo de um lado para o outro com certo ritmo, os espectadores riam e soltavam grosseiras expressões, manifestando o seu desejo de dançar com ela.A sinceridade sem ser acompanhada da prudência e do bom senso, traz resultados contraproducentes.Além disso, devemos nos ater à regra básica da evangelização pessoal, de que os homens devem falar com homens, e as mulheres com mulheres, e sempre que possível, segundo a sua mesma idade e cultura, a menos que haja circunstâncias especiais.Não é necessário que o cristão tenha aparência física perfeita, com um corpo escultural. Nem Cristo nem os apóstolos foram conhecidos por sua aparência física.Paulo, por exemplo, descreve a si próprio como de presença corporal débil (IICo. 10:10) e enferma, talvez com os olhos prejudicados por alguma enfermidade (Gl. 4:13-15; 6:11).Há cristãos muito espirituais que fisicamente são disformes (coxos, mancos, tortos, com lábios leporinos, etc). Mas a presença de Cristo em suas vidas faz com que o seu interlocutor se esqueça completamente do seu defeito corporal, realçando a beleza espiritual que se manifesta de forma sensível.Alguém pode falar com uma dessas pessoas, e logo ficar convencido de que esteve na presença de um singular filho de Deus. O Espírito que pode vencer esta classe de "obstáculos" ou impedimento é Poderoso também para vencer dificuldades no falar.FALE SÓ DE CRISTO Tanto para pescar peixes, como para pescar homens, vale uma importante regra: "Conserve-se fora da vista".O Apóstolo Paulo disse: “não nos pregamos a nós mesmos, com o objetivo de a outra pessoa nos ter em estima, em confiar em nossa palavra, e nem devemos nos rebaixar excessivamente”.O Espírito Santo está no cristão com o objetivo de convencer o mundo do pecado, porque não crê no Senhor Jesus (Jo. 7-8).CONSIDERE SEMPRE O PENTECOSTE Há cristãos, que se dizem impossibilitados de evangelizar por não ter estudado em uma Universidade, ou em um seminário. Esta desculpa procede de uma atitude incorreta do cristão. Soa como se a pessoa que a apresenta ignorasse que o Pentecostes é uma história verídica.Uma das lacunas mais comuns e tristes nas igrejas de hoje, é a multidão de membros que vive como os discípulos de João Batista que em Éfeso disserem: "Nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo" (At.19:12). Não conta com um Deus presente diariamente em sua vida. Muitos não conhecemos a Bíblia como devíamos. É certo que ninguém conhece a Palavra de Deus a fundo porque ela é obra de Deus, mas podemos e devemos estudá-la e conhecê-la melhor à medida que o tempo passa. (você já leu a Bíblia toda?)Mas também não são teólogos todos incrédulos com quem havemos de falar. São almas necessitadas. Precisam saber o que você sabe. Necessitam do seu testemunho. Portanto, você deve procurá-las e falar-lhes. Deixe de pensar em si mesmo. Deixe de evadir-se da sua responsabilidade , com desculpas sem fundamento.Qualquer servo de Deus há de ser criticado, caçoado, rejeitado. Alguns o desprezarão e censurarão além do que é justo. Outros louvarão ou estimularão mais do que merece.Enquanto estamos neste mundo incrédulo, não devemos esperar outro tratamento da parte do povo. Lembremo-nos de Mateus 5:11,12; I Pedro 4:14. E recordemos o que o Senhor sofreu por nós (Hb. 12:3-4), e que esta atitude do mundo só comprova a sua necessidade da mensagem do evangelho.O Servo de Deus deve meditar muito nestas duas passagens das Escrituras "Ai de vós, quando todos vos louvarem" (Lc. 6:26); "Porventura procuro eu agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo." (Gl. 1:10)O Cristão deve dizer acerca de si mesmo, o menos que lhe seja possível. Deve apenas dar um testemunho pessoal de como Cristo mudou a sua vida, e lhe deu paz.Toda verdadeira conversão é uma obra do Espírito Santo, embora Ele nos tenha usado como Seus instrumentos para falar ao pecador.Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguir que o incrédulo, ao ouvir a Palavra escrita de Deus, sinta-se como se o próprio Deus lhe estivesse falando naquele momento, de forma pessoal.Quando o pecador se rende a Cristo, é natural que terá um apreço especial pela pessoa que o levou aos pés do Salvador, mas o dever do obreiro é fazê-lo ver que é a Deus a quem ele precisa agradecer pela sua salvação.Se não podemos proceder sinceramente desta maneira, convém que nos examinemos, para jogar fora o orgulho e todo o motivo ou pensamento que não glorifique a Deus.CULTURA SUBMISSAA cultura acadêmica pode servir de obstáculo à obra do Senhor, se não for sujeita completamente ao Espírito Santo de Deus.Mas quando a cultura permanece debaixo do controle divino, o seu possuidor será submisso como instrumento útil e eficaz de Deus, pronto para apresentar o Evangelho a toda classe de pessoas, de maneira simples e compreensível.O SOCORRO DO ESPÍRITO SANTOmuitos se surpreendem quando pela primeira vez experimentam o socorro do Espírito Santo, ao depararem com momentos e circunstâncias em que o Espírito Santo intervém para auxiliar no modo correto de falar, comportar-se ou mesmo calar-se diante de algumas situações.Não é raro quem depois do fato acontecido, percebem como teria sido impróprio se tivessem procedido conforme seu costume em outras ocasiões. Não devemos deixar de testificar ou evangelizar, por medo de equivocar-nos. O Espírito nos ajuda em nossas fraquezas.A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL O Senhor será o juiz da obra de cada um dos seus filhos, do que ele tenha feito desde a época da sua conversão. Romanos 14:12 diz que “Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus". Haverá galardão ou perda de galardão, para todos os cristãos, sem exceção.Levemos a mensagem e sejamos fiéis Àquele que nos enviou, não importa a maneira como o mundo nos receba. O Nosso Senhor não nos promete todo o êxito que desejamos. Ele diz que somos levados em triunfo em Cristo Jesus, que por meio de nós, manifesta em todo lugar o aroma do Seu conhecimento.Isto foi o que Paulo disse em II Co. 2:14-16: "Porque somos para com Deus o bom perfume de Cristo; nos que são salvos... aroma de vida para vida; nos que se perdem... cheiro de morte para morte". Mesmo se tivermos fracassos, devemos seguir adiante (Gl.6:9; ICo. 15:58).A dificuldade de toda desculpa, é a nossa incapacidade de compreender que somos apenas instrumentos do Espírito Santo, e que é Ele que convence e converte o pecador. Mas no fundo de tudo, a desculpa é desobediência. É falta de fé. É manifestação de interesse próprio. É uma expressão de indolência espiritual. Seria mais honroso confessar que, na verdade não queremos enfrentar a tarefa de ganhar almas. O QUE SE REQUER PARA FAZER A OBRA
1 - Ter o amor de Deus em nossos corações por meio do Espírito Santo (Rm. 5:5) - conversão
2 - Um sentido de urgência em ganhar almas (Ef.5:16) - O Senhor voltará, o Tempo é curto.
3 - Um conhecimento adequado da Bíblia, para empregá-la como Autoridade (ICo.15:1-4) AJUDANDO AO RECÉM-CONVERTIDOUma vez que tenhamos visto alguém fazer a profissão de fé em Cristo, depois da devida instrução, temos direito de esperar que haja uma transformação de vida em tal pessoa.Não podemos pensar e dizer que já fizemos tudo o que nos cabia, e que estamos livres de toda a responsabilidade neste caso. Não é assim. Temos a mesma obrigação que tem a mãe, pela criatura a quem acaba de dar a luz.Nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para assegurar que a nova criatura (IICo.5:17) receba o alimento e o cuidado, a instrução e o exercício que são necessários para o seu desenvolvimento espiritual. NÃO DEVEMOS TER MEDO DE DESEMBAINHAR A ESPADA DIVINAQuanto da Bíblia é necessário que alguém saiba, para começar a obra pessoal?O fato de milhares de pessoas terem sido convertidas pelo uso de apenas um versículo das Escrituras, prova que sabendo apenas isto, um versículo, pode-se dar início à obra e ter um bom êxito. Quantas almas foram ganhas para o Senhor apenas com João 3:16? Ou João 1:12? Mateus 11:28? Romanos 10:9? Atos 16:31 e outros? Mas, muitos são também aqueles que passaram por vexame por nunca terem lido a Bíblia toda, pelo menos uma vez. MEMORIZAÇÃO DE PASSAGENS BÍBLICASComo é de se esperar, teremos a oportunidade de testificar de Cristo e de conversar acerca dele, quando não houver uma Bíblia por perto, ou quando não for possível ou não for a ocasião propícia para usá-la.Portanto, o crente que deseja ser perito pescador de homens para o Senhor, deve determinar-se resolutamente a aprender de cor um número sempre crescente de passagens bíblicas para serem usados nessas ocasiões. COMO FUNCIONA A MEMÓRIAAs leis de memorização são quatro:
1 - a primeira impressão;
2 - a compreensão;
3 - a associação e
4 - a repetição.Quando uma pessoa de fato quer aprender algo de cor, e se põe a fazê-lo, pode realizá-lo. A sua decisão vale muito. Pode-se ilustrar a aplicação das quatro regras de aprendizagem, desta maneira:Um cristão resolve que vai aprender certo versículo de cor. Põe-se a estudar o seu significado: que é realmente o que ele quer dizer?Quando o compreende bem, liga-o com outras passagens, e grava-o em sua mente, onde se encaixa no desenvolvimento do plano de salvação.Então, medita bem acerca do seu uso na obra pessoal, emprega-o ao falar com os outros, e repete e torna a repetir o versículo juntamente com a sua referência ou endereço, isto é, o livro, capítulo e o número do versículo. Assim, a pessoa usou todas as quatro leis, sem sequer percebê-lo. O USO DE CARTELASMuitos cristãos usam o emprego de cartõezinhos, ou tiras de papel para memorizar textos bíblicos. De um lado escreve-se o versículo ou passagem, e do outro, onde se encontra na Bíblia.Durante a primeira semana guarda-se o cartão no bolso ou na carteira, lendo-o, com freqüência, diariamente, até que, ao ler um lado, pode-se dizer o que está escrito do outro.Quando se aprendeu este versículo, passa-se o cartão para outro lugar, onde se guardam os versículos que são recapitulados semanalmente, ao ver que não lhe custa nenhum esforço trazê-lo à memória, esse versículo é passado para o grupo dos que são revisados mensalmente. Desta maneira, ele permanecerá gravado em sua memória. É NECESSÁRIO DAR OPORTUNIDADE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO FALE Os melhores pescadores que temos conhecido aprenderam que a obra pessoal não consiste em soltar uma torrente de palavras nos ouvidos de uma pessoa.Não apenas dão ao seu interlocutor oportunidade para falar, mas citam um versículo da Escritura e o explicam, permitem uma pausa, para dar tempo à pessoa de pensar, e ao Espírito Santo de convencer. Isto geralmente evita que o entrevistado pense que o cristão está procurando obrigá-lo a crer, queira ou não. ENSINAMENTOS BÍBLICOS:A enfermidade universala - Que todo ser humano é pecador por natureza, e que, portanto se encontra sob condenação de morte se continuar em sua incredulidade, isto é, sem crer em Cristo como seu Senhor e Salvador. (Rom. 3:10, 19,23; 6, 23; 10:9; 5:8; Jo. 3:16)O remédiob - Que Jesus de Nazaré, que nasceu da virgem Maria, por obra do Espírito Santo, é o próprio Deus manifestado em corpo humano, pra que pudesse viver cumprindo a lei de Deus com perfeição, e depois de morrer, tomando sobre Si a condenação que nós merecemos, e ressuscitar dentre os mortos como prova de que Seu sacrifício satisfez plenamente todas as exigências da lei divina (Is.53:6; Rm.4:25; IICo. 5:21; Lc 19:10; Jo. 3:17).A aplicaçãoc - Que toda pessoa que sinceramente se arrepende do seu pecado e da sua incredulidade; crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus; recebe e confessa-O como Senhor da sua vida; confia no Seu sacrifício feito na cruz do Calvário como a perfeita satisfação diante da justiça divina por seus pecados, e a única esperança para a eterna salvação da sua alma, é salva pela graça de Deus, apropriada por meio da fé (Mc. 1:15; Ef. 2.8-9; Rm. 10:9-10; Jo. 3:16; 1:12; 11:25,26; Is.1:18).Resultadod - Quando qualquer pessoa deposita a sua fé no sacrifício de Cristo como seu Salvador, e se entrega sem reservas a Ele como Seu Senhor, vários benefícios são concedidos pelo Espírito Santo, como parte integrante da sua Salvação.O indivíduo é perdoado, o que significa que a sentença de morte eterna que pesava sobre ele foi revogada pelo próprio Deus.É redimido, isto é, a sua dívida foi totalmente cancelada.É resgatado, o que significa que foi libertado da escravidão a que Satanás o sujeitava.É justificado, isto é, apresentado diante de Deus como se não tivesse pecado.É renascido (adotado ou feito Filho de Deus).É santificado, (é dado-lhe um novo coração com uma nova natureza, a fim de poder andar como Filho de seu novo Pai).O seu corpo torna-se templo do espírito Santo, que morará para sempre nele. Desse momento em diante, ele tem duas naturezas: a velha, humana, natural, inclinada a operar independentemente de Deus; e a nova, divina, santa, inclinada a buscar a vontade de Deus em tudo (II Pe. 1:3-4; Rm. 5:1; Gl. 5:16-18). As Campanhas, as Escolas Bíblicas e a visitação do departamento de missões nos lares, bem como do departamento da família completarão o trabalho de integração, não se esquecendo de que este novo convertido precisa, logo após o batismo nas águas, trabalhar em algum departamento da Igreja para que possa crescer e se sentir parte da Igreja. 

Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável. No Brasil, como em muitos países, 80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas décadas, quando a maior parte vivia nas áreas rurais. Este é um grande desafio para as igrejas cristãs. As cidades têm grandes e graves problemas, próprios do crescimento urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração excessiva de pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de saneamento, de saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem facilidades e dificuldades, como veremos adiante. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre evangelizar numa Metrópole e num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos uma pequena contribuição à reflexão sobre o assunto.

1.0 FENÔMENO DAS CIDADES

No inicio de tudo, os homens viviam em áreas agro-pastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve uma tendência para os homens se concentrarem em tomo de um núcleo populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma tentativa de concentração urbana, não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem, enchendo a Terra. Damy FERREIRA (P. 139) vê a evolução das cidades em várias etapas.

A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram grandes cidades como Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as chamadas "polis".

A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença, Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as chamadas "neópolis".

A terceira, com a Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como Nova lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as "metrópoles", verdadeiras cidades-mães. A última etapa, já na época atual, suirgem as "megalópoles", com cidades-satélites e bairros ligados uns aos outros. Dentre elas, destacam-se S. Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, N. lorque, etc. As cidades em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da população, tamanho, influência, etc.

2.0 AS CIDADES NA BÍBLIA

Há quem pregue que as cidades são de origem humana, sem a aprovação divina, alegando que a primeira cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não uma Cidade (Gn 4.17).Depois do Dilúvio, os homens procuraram fazer cidades.
Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal para criminosos, centros de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações urbanas, nos moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos, onde a qualidade de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar espiritual e humano.
Discordando da opinião dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao diabo, Ferreira (P. 140) diz que Deus tem planos importantes para as grandes cidades. O Cristianismo surgiu numa grande cidade - Jerusalém - , espalhando-se por grandes centros, como Samaria, e Antioquia. Por outro lado, Deus mandou Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar a conquista de Canal por Jericó, de porte considerável para sua época.
Linthicum, p. 27) diz que "a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás" e que Ele se preocupa com o bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus centraliza-se em muito nas cidades (51 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39) ~.31>, lembrando que a vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade redimida - a Nova Jerusalém (Ap 21-22). -2- Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am 9.14); em Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse "cidades de refúgio (Nm 35.11).

3. JESUS E AS CIDADES

No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como nas cidades. · Andava de cidade em cidade(Lc 8.l); · Chegou á cidade, viu-a e chorou sobre ela (Lc 19.41); · mandou pregar em qualquer cidade ou povoado ~t 10.11). Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização ou das missões urbanas.

4.0 DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS

As cidades, com sua complexidade social, cultural , econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo. Segundo LINTHICUM (p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais. e outros, na Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande. 1'-- o que está conosco é maior do que ele.

4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS

HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo, por isso> mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões: 1) Abertura as mudanças; 2) Concentração de recursos; 3) Potencial para contato relevante com as comunidades em redor.
4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS

1) Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente.

2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas.

3) A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto à população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias Parece que há um "supermercado da fé". Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em "promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há os que "cobram" caro demais, com exigências radicais.

4)0 elevado grau de materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se auto-suficiente, sem a necessidade de Deus.

5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades?

5.0 ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS

1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se tiver o PODER DE DEUS. Este só vem pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.

2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam.
3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao nosso alcance, a nossa parte.

a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas)

b) Definir os grupos de evangelização

c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc.

d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..)

e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.

f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE.

6.0 MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS

6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; co~tagem (venda de livros); ev. em estações rodo e ferroviárias; na entrada de estádios ; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus, etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);

6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo);

6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas; cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o DISCIPULADO. E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização.

7. DISCIPULADO.

É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada. Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo.

8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA

1) Programas de rádio e de televisão;
2) Adesivos para veículos;
3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos;
4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em repartições;
5) Distribuição de Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos) bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros...

BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990.
HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d.
LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora, 1990.
A maneira mais rápida de se evangelizar é pregar o Evangelho para as massas, como foi feito no dia do Pentecostes. Pedro Inspirado e Cheio do ESPÍRITO SANTO pregou a uma multidão de peregrinos em Jerusalém e o resultado foi a salvação de milhares de pessoas que levaram o Evangelho à seus familiares e concidadãos em toda a parte habitada da época. Veja que Paulo gostava de pregar em locais muito freqüentados como a beira do rio (local de reunião de lavadeiras de roupa e comércio) e Areópago (local de concentração de filósofos e curiosos). JESUS já tinha ensinado pregando nas montanhas, beira de rio, lago e mar. Também pregava no templo e sinagogas onde o povo se reunia


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"Exemplo de Paulo"
 A T O S
Resumo Das Viagens De Paulo (Narração Do "Médico Amado" Lucas )
Atos Dos Apóstolos (Evangelho Do Espírito Santo)
Sempre Cheios Do Espírito Santo.(O Grande Segredo)
Primeira Viagem de Paulo

Segunda Viagem de Paulo
Terceira Viagem de Paulo 

Quarta Viagem de Paulo
O livro de Atos Resumo
Povos não alcançados, exigindo de nós uma resposta.

Clik no mapa abaixo duas vezes e veja onde está localizada a cidade de Antakya , ao norte da Síria e ao sul da Turquia, aí está Antíoquia. Esta região que vemos no mapa é a Turquia que Paulo evangelizou e que Jesus profetizou a respeito dela em Apocalipse sobre as sete Igrejas da Ásia. Hoje são as cidades mais inimigas do evangelho, onde Satanás plantou a semente do pecado e os desviados do evangelho se tornaram os piores inimigos da Cruz de CRISTO.

Mapa Turquia Damasco Moderna

A- Primeira Viagem Missionária De Paulo – Cap. 1 Ao 15
1. Antioquia Da Síria (Conhecida Na Síria Como Antakya): A Melhor Pronúncia Seria Dizer Antíoquia, Com Acento No "I", Porque Quem Fundou A Cidade Foi Antíoco Epifâneo.

Havia Alí Profetas E Doutores (Será Que Temos Hoje?)

O Corpo Humano Para Funcionar Bem Tem Que Funcionar Bem Todos Os Sentidos, Ou Seja:

1-Olfato 2-Paladar 3-Aldição 4-Visão 5-Tato

A Igreja, Como Corpo De Cristo Na Terra, Para Funcionar Bem Tem Que Ter Também Cinco Ministérios Funcionando Bem:

1-Apóstolos 2-Profetas 3-Evangelistas 4-Pastores 5-Mestres Ef 4.11

Barnabé, Simão (Negro) Lúcio, Manaém (Companheiro De Infância De Herodes)

E Saulo.Jejuando E Orando, Disse O Espírito Santo : Separai-Me Barnabé E Saulo Para Uma Obra A Que Os Tenho Chamado. Então Jejuando E Orando, Impuseram As Mãos...

O Jejum Apesar De Largamente Ensinado Na Bíblia, Tem Sido Negligenciado Pela Igreja 'Moderna', Não Há Enchimento Do Espírito Em Vaso Cheio. Para Ouvir O Espírito Santo É Preciso Deixar De Ouvir O Mundo E Ouvir A Palavra De Deus.

2. Salamina:

Pregando Nas Sinagogas, João Marcos (Escritor Do Evangelho Seg. Marcos) Auxiliando O Primo Barnabé.

Sinagoga Desenho Sinagoga Dentro

3. Pafos:

Barjesus = Mágico = Elimas Falso Profeta Que Enganava O Povo. Procônsul, Sérgio Paulo, Homem Sensato, Chamou Barnabé E Saulo Desejoso De Ouvir A Palavra. Elimas Inspirado P/Satanás Tenta Impedir, Saulo Também Chamado Paulo Cheio Do Espírito Santo Manda Que Fique Cego Até Nova Ordem, Procônsul Se Converte Vendo A Doutrina De Deus.

4. Perge:

Região Panfília – João Marcos Volta A Jerusalém.

5. Antioquia Da Pisídia:

Na Sinagoga Sábado, Prega Começando Do Egito Até Jesus Crucificado P/Judeus E Ressuscitado P/Deus, Por Ele Há Remissão De Pecados Pedem P/Repetir A Mensagem No Outro Sábado - Quase Toda A Cidade Ali – Judeus C/Inveja Protestam Contra Paulo Que Decide Ir Aos Gentios Deixando Ali Muitos Discípulos Cheios Do Espírito Santo. Mulheres Incitadas P/Judeus Perseguição, Paulo Sai Da Cidade.

6. Icônio:

Na Sinagoga Muitos Judeus E Gregos Se Converteram Outros Judeus E Pagãos Perseguem Os Irmãos. Milagres E Prodígios População Dividida, Fuga Dos Apóstolos.

7. Listra :

Coxo De Nascença Curado, Barnabé Chamado Zeus Paulo Hermes - Querem Adorá-Los: Dizem Para Se Converterem Dos Ídolos Mudos Ao Deus Vivo. Judeus De Antioquia E Icônio Chegam, Paulo Apedrejado, Dado Como Morto: Possível Arrebatamento, Visão Que Aos Homens Não É Permitido Revelar. (Espinho Na Carne Para Não Se Gloriar = Possível Cegueira Ou Vista Fraca)

8. Derbe:

Ganharam Muitas Almas E Fizeram Discípulos. Voltam A Listra, Icônio E Antioquia Confirmando Os Discípulos E Dizendo-Lhes Que Importa Que Por Muitas Tribulações Nos É Necessário Entrar No Reino De Deus.

9. Passam P/Pisídia, Chegam A Panfília : Anunciam A Palavra Em Perge, Deixando Presbíteros Dirigindo Os Trabalhos.

10. Descem A Atália E Dali P/ Antioquia. Tudo C/ Jejum E Oração.

Principalmente Pregando Nas Sinagogas

B- Segunda Viagem De Paulo (Capítulos 15-18)
1. Antioquia :

Rumores P/ Causa Da Circuncisão, Divisão Entre Judeus Crentes E Gentios. Igreja Decide Enviar Paulo E Barnabé À Jerusalém P/ Solução.

2. Jerusalém:

1º Concílio Ou Convenção Da Igreja

Reunião Ministerial Deve Ter Discussão, Nem Sempre A Maioria Está De Acordo Com A Vontade De Deus. O Modelo De Governo De Deus Não É Democracia E Sim Teocracia.

Paulo E Barnabé Bem Recebidos – Tiago Irmão De Jesus É O Líder – Paulo Repreende A Pedro – Paulo Defende Seu Apostolado, Conseguindo Apoio Ao Seu Trabalho.

Decisão Do Espírito Santo E Membros Do Concílio:

Abstenção De Coisas Oferecidas Aos Ídolos, Do Sangue, Da Carne Sufocada E Da Prostituição. Judas E Silas Enviados C/ Cartas Às Igrejas. Paulo E Barnabé Voltam À Antioquia.

3. Antioquia:

Paulo E Barnabé Decidem Ficar Ensinando E Pregando Ali. Decisão De Paulo De Visitarem Os Irmãos Que Ganharam. Barnabé Quer Levar João, Paulo Não – Há Contenda – Resultado: Barnabé Vai P/Chipre C/João E Paulo Parte C/Silas Passando Pela Síria E Cilícia Confortando Os Irmãos.

4. Derbe E Listra:

Timóteo, Discípulo Filho De Judia Crente E De Pai Grego, Bom Testemunho E Reputação; Circuncidado P/Causa Dos Judeus.

5. Frígia E Galácia:

Impedidos P/Esp.Santo De Pregarem Na Ásia(Cidade).
6. Mísia:

Querem Ir Bitínia, Mas O Espírito De Jesus O Impede.

7. Trôade:

Visão De Um Homem Da Macedônia Que Lhe Rogava: "Passa À Macedônia, E Ajuda-Nos".

8. Samotrócia E Nápolis

Passaram.

9. Filipos:

Colônia Romana, Junto Ao Rio Lídia Se Converte E É Batizada C/ Família, Hospeda Irmãos. Pitonisa Libertada – Paulo E Silas Presos P/ Essa Causa. Cantando À Meia Noite Terremoto, Carcereiro Convertido Junto C/Família, Todos Batizados. Magistrados Pedem Que Partam.

10. Anfípolis E Apolônia:

Passaram.

11. Tessalônica:

Sinagoga – Conversão De Muitos E Várias Mulheres Da Alta Sociedade – Inveja Dos Judeus – Expulsos P/Autoridades, Vadios E Homens Da Cidade (Na Hora De Rejeitarem A Deus, Todos Estão Unidos).

12. Beréia:

Sinagoga – Eram Mais Nobres, Pois Ouvindo E Estudando Comparavam Com A Palavra De Deus.

Muitos Convertidos Inclusive Mulheres Gregas Da Alta Sociedade - Judeus De Tessalônica Chegam - Paulo Parte Ficando Timóteo E Silas Para Continuarem Alí.

Sinagoga moderna



13. Atenas:

Ruínas de Atenas Ruínas de Atenas Areópago

 
Idolatria Na Cidade - Pregando Na Sinagoga E No Areópago. Filósofos Estóicos E Epicureus Querendo Crer Pela Razão, São Exortados A Crerem Pela Fé. Altares Dedicados Ao Deus Desconhecido – Deus Não Leva Em Conta O Tempo Da Ignorância Pede Arrependimento. Alguns Crêem.

14. Corinto:

Áquila E Priscila Vinham Da Itália. Fazedores De Tenda Como Paulo. Na Sinagoga Pregavam. Silas E Timóteo Chegam. Decisão De Ir Aos Gentios; Conversão De Crispo E Família (Chefe Da Sinagoga) – Em Visão Paulo É Consolado E Exortado A Prosseguir. 1 Ano E Seis Meses Ali Numa Casa Vizinha À Sinagoga , Ensinando.
Paulo Levado Ao Tribunal P/Judeus.

15. Éfeso:

Teatro em Éfeso Deusa Diana dos Efésios

 
Discussão C/Judeus Na Sinagoga - Partiu Pedindo A Deus Para Depois Continuar A Pregação Ali. - Chegou Ai Um Judeu De Alexandria, Chamado Apolo, Que Só Conhecia O Batismo De João, Mas Que Pregava Bem A Palavra De Deus E A Todos Convencia Pelas Escrituras Que Jesus Era O Cristo, Priscila E Áquila O Ajudaram Concernente Às Coisa Espirituais E Ele Partiu Pregando Na Acaia E Grécia.

16. Cesaréia E Jerusalém:

Passaram Dando Notícias.

17. Antioquia: Paulo Passou Algum Tempo E Depois Partiu P/ Terceira Viagem.

ANTAKYA
C- Terceira Viagem De Paulo: (Capítulo 18-26)

1. Regiões Da Galácia E Frígia

Passou Fortalecendo Os Irmãos.

2. Éfeso:

Achou Alguns Discípulos, Perguntou-Lhes: Recebestes O Espírito Santo Quando Crestes?

Resposta: Nem Ouvimos Falar – Batizou-Os Em Nome De Jesus E Paulo Impondo As Mãos Sobre Eles Receberam, Eram 12. Na Sinagoga Pregou P/3 Meses, Alguns Creram, Outros Falavam Mal Do "Caminho" Nome Dado Ao Cristianismo. Então Vai Aos Gentios, Numa Escola De Tirano, Ensina Por Dois Anos, Todos Da Ásia Ouve; Judeus E Gregos, Milagres Acontecem, Lenços E Aventais De Paulo Levados Aos Enfermos E Endemoninhados Que São Libertos. Exorcistas Judeus Diziam Jesus A Quem Paulo Prega, Demônios Pulam Sobre Eles. Temor Sobre O Povo, Eles Se Convertem, Mágicos Queimam Seus Livros (Preço 50 Mil Moedas De Prata), Palavra Crescia. Paulo Intenta Ir A Jerusalém, Passando Pela Macedônia E Acaia, Depois Acha Necessário Ver Roma. Levanta-Se Grande Perseguição Aos Apóstolos Por Causa Dos Nichos (Esculturas) Da Deusa Diana. Por 2 Horas Gritam: Grande É A Diana Dos Efésios. Note Que O Ensino Em Colégios É Bíblico E Muito Importante Pois Alí Estão Principalmente Os Jovens Que Serão Os Adultos De Amanhã.
3. Macedônia

Passou Exortando Os Discípulos.

4. Grécia:
Três Meses, Cilada Dos Judeus.

5. Ásia:
Dias Dos Pães Asmos.

6. Trôade:

Sete Dias, 1º Dia Da Semana Reunião P/Ceia, Discurso De Paulo Prolongado, Meia Noite Êutico Cai Da Janela, Dado Como Morto, Paulo Diz: Não Vos Perturbeis, Sua Alma Está Nele. Comeram O Pão E Falou-Lhes Ainda Até Ao Amanhecer. Partiu Por Terra E Os Discípulos Por Mar Até Assôs. Veja Que O Povo Gostava De Ouvir A Palavra De Deus, Ouviram A Noite Toda.

7. Trogílio:

Demoraram Um Pouco E Partiram.



8. Mileto:

Paulo Manda Chamar Os Anciãos Em Éfeso, Defende Seu Apostolado E Testemunho De Fé, Pregando E Ensinando Tanto Nas Ruas, Sinagogas E Casas; Comunica Sua Ida E Sofrimentos Em Jerusalém E Se D

Despede Exortando-Os A Trabalharem Pela Fé, Defendendo O Rebanho Dos Lobos E Falsos Ensinos. Despedida De Joelhos Na Praia, Grande Pranto E Abraços E Beijos Dos Irmãos.

9. Cós - Rodes – Pátara – Tiro – Ptolemaida

De Passagem.

10. Tiro:

Sete Dias Com Discípulos. Advertência P/Não Subir A Jerusalém. De Joelhos Na Praia Oram.

11. Ptolemaida:

1 Dia Com Irmãos.

12. Cesaréia:

Casa De Filipe, Um Dos Sete Diáconos Escolhidos Pelos Apóstolos, Agora Evangelista Que Tinha 4 Filhas Virgens Que Profetizavam. Chegou Um Profeta P/ Nome Ágabo; Pegou Cinto De Paulo Se Ligou Pés E Mãos Dizendo Que Do Mesmo Jeito Ligariam O Dono Do Cinto, Em Jerusalém. (Note Que Na Igreja Existe Profeta, É Novo Testamento, O Ministério De Profeta É Real E Deve Ser Estimulado, O Dom Palavra De Sabedoria, Ou Seja Palavra No Futuro, Opera Nesse Ministério.) Paulo Aceita Seu Destino E Pede Aos Irmãos Que Façam O Mesmo, Pois Está Disposto A Dar Até Sua Própria Vida P/Jesus E O Evangelho.

Teatro em Cesaréia Aqueduto em Cesaréia
 
13. Jerusalém:

Recebido Com Alegria Pelos Irmãos; Casa De Tiago C/ Todos Os Anciãos, Dá Testemunho Das Obras E É Aconselhado A Fazer Voto C/ Outros Judeus P/Mostrar Que É Zeloso Dos Bons Costumes Judaicos.

No Final Da Purificação (7 Dias) Judeus Da Ásia O Acusam De Levar Gentios P/ Dentro Do Templo E De Ensinar Em Toda A Parte O Povo A Ser Contra A Lei E O Templo. Paulo É Arrastado P/Fora Do Templo E Apanha Muito; Salvo Pelo Comandante Romano; Pede Em Grego P/ Falar E Fala Ao Povo E/ Hebraico; Diz Sua Nacionalidade, Dá Um Longo Testemunho De Sua Vida Como Perseguidor Dos Cristãos E De Sua Conversão, Aproveitando P/Pregar O Evangelho E Qdo Está Terminando Fala Do Evangelho Aos Gentios, Então O Povo Se Enfurece E Paulo É Preso Na Fortaleza; Apresentado E Acusado Perante Os Sacerdotes, Divide-Os Entre Os Fariseus E Saduceus, Paulo É Levado Preso Novamente E Tem Um Novo Encontro C/ Jesus Que Lhe Dá Ânimo E Promete Que Ele Irá Pregar Também Em Roma. Conspiração Dos Judeus É Ouvida P/Sobrinho De Paulo Que Comunica Ao Comandante Cláudio Lísias; Este Manda Paulo P/Cesaréia Às 3 Horas Da Noite Escoltado Por 200 Soldados, 70 Cavaleiros 200 Lanceiros Com Carta Ao Governador Félix Para Guardar Paulo, Pois O Via Inocente. 5 Dias Depois Sacerdotes Chegam C/Orado, Paulo Se Defende Dando Testemunho. Félix Substituído Por Pórcio Festo Que Marca Novo Julgamento Querendo Agradar Aos Judeus, Paulo Se Vê Obrigado A Apelar P/César Em Roma. Paulo Comparece Ante O Rei Agripa E Sua Mulher Berenice E Dá Testemunho De Sua Vida E Encontro Com Cristo.

Viagens Templo em jerusalém
D- Quarta Viagem de Paulo (À Roma)
 
Viagem De Paulo Para Roma - Capítulos 27-28
1. Embarque Navio Com Centurião Júlio; Junto Com Irmãos Aristarco E Lucas.

2. Sidom Vê Amigos E Obtém Assistência

3. Mirra, Na Lícia; Pegaram Navio P/Itália, Navegação Difícil E Penosa

4. Bons Portos – Porto Ruim, Paulo Adverte Capitão Dos Perigos De Seguir Viagem, Este Prefere Acreditar No Seu Piloto E No Seu Mestre De Navio; Vento Assopra Brandamente E Engana A Todos E Partem.

5. Tufão (Chamado Euro-Aquilão) Muito Vento E Chuva, Muitos Dias Sem Ver Sol E Estrelas, Muitos Dias Sem Comer – Paulo Os Anima E Relembra De Seu Aviso E Conta-Lhes De Sua Visão De Um Anjo Que Revelou A Salvação De Todas As Almas Alí Durante O

6. Naufrágio Do Navio Perto De Uma Ilha.
7. 14 Dias Sem Comer – Paulo Os Convida A Cear Evitando A Fuga De Alguns E Lembrando-Lhes A Promessa De Deus. Eram 276 Vidas A Bordo.

8. Soldados Queriam Matar Passageiros, Mas Centurião Queria Salvar Vida De Paulo. Nadaram Até Ilha.
9. Malta – À Beira Da Fogueira – Serpente Morde Paulo Que A Sacode No Fogo, Nada Lhe Acontece – Prncipal Da Ilha Públio – Seu Pai Doente De Desinteria E Febre, Paulo Ora Por Ele E Jesus O Cura – Todos Os Doentes Vêm E Recebem Cura Também.
10. Recomeça Viagem

11. Siracusa Tres Dias

12. Régio Um Dia

13. Poteóli Sete Dias Junto Com Alguns Irmãos

14. Roma : Praça De Ápio E Três Vendas Irmãos Vêm Ao Encontro De Paulo
15. Em Roma Afinal Permitido Morar Em Uma Casa Alugada Por Sua Conta

16. Convocação Dos Judeus, Pregação Em Sua Residência, Manhã Até À Tarde,

17. Algumas Conversôes, Muitos Contradizentes, Paulo Decide Pregar Aos Gentios,

18. Por Dois Anos Morou Ali Pregando O Evangelho.
19. Parece Que Foi Preso, Depois Solto Indo Pregar Na Espanha, Depois Preso Novamente – Escreveu Muito, Foi Abandonado Por Muitos, Criticado Por Todos – Morreu Defendendo A Salvação Pela Fé Em Jesus Cristo. ( Provavelmente Degolado)

20. Despedida Triunfante: Em Carta Á Timóteo Escreveu:

“Quanto A Mim, Estou Sendo Já Oferecido Por Libação, E O Tempo Da Minha Partida É Chegado.Combatí O Bom Combate, Completei A Carreira, Guardei A Fé. Já Agora A Coroa De Justiça Me Está Guardada, A Qual O Senhor, Reto Juíz Me Dará Naquele Dia; E Não Somente A Mim, Mas Também A Todos Quantos Amam A Sua Vinda.” 2 Tm 4.6-8

Conclusão:
*** Repare Que Paulo Pregava E Ensinava, Depois Abria Um Local De Culto, Depois Colocava Alguém (Ancião - Obreiro ) Da Própria Região Para Dirigir Aquela Nova Igreja E Depois Partia Para Outro Local Para Abrir Uma Nova Igreja;
Devemos Aprender Com A Bíblia A Fazer Missões.

Onde evangelizar?

Povos Da Janela 10x40, Não Alcançados Ainda Pelo Evangelho.
O Que Você Está Esperando? Jesus Já Te Chamou!

Como Está Sendo Escrito Atos Da Igreja Moderna? Aqui Você Achará Muitas Informações Sobre Missões,

O livro dos apóstolos

Introdução
i. a igreja em jerusalém
A comissão dos Apóstolos
A Fundação da Igreja de Jerusalém.
A Descida do Espírito Santo (1:12-2.13)
A conversão de Saulo de Tarso.
A Chamada de Paulo

ii – as missões do apóstolo paulo

1. A Primeira Viagem Missionária

2. A segunda viagem missionária

3. A terceira viagem missionária

iii – as prisões do apóstolo paulo
O Resumo dos últimos capítulos de "Atos dos Apóstolos"
A Prisão de Paulo em Jerusalém (Atos 21, 22 e 23)
A Prisão de Paulo em Cesaréia (Atos 24, 25 e 26)
A prisão de Paulo em Roma

o livro dos apóstolos

Introdução

Título do livro: O título do livro de "Atos dos Apóstolos" tal como o conhecemos não fazia parte do livro original mas sim foi lhe dado depois do ano 200 da era cristã. O Evangelho de Lucas e Os Atos são dois volumes de uma só obra. Isso fica claro comparando Lc 1.1-4 com At 1.1-4.




Tema do livro: O livro dos Atos contém a história do estabelecimento e desenvolvimento da igreja cristã, e da proclamação do evangelho ao mundo então conhecido na época (At 1.8).

Palavras chaves de Atos: "Ascensão", "descida" e "expansão".

Escritor do livro:
Pistas para descobrir o escritor: Considerando a dedicatória do livro a Teófilo (At 1:1; comparemos com Lc 1:3), a referência a um tratado anterior (1:1), o seu estilo, o fato de o autor ter sido companheiro de Paulo, o que fica muito claro por estarem certas partes do livro escritas na primeira pessoa do plural ("nós"), e ter acompanhado Paulo à Roma (At 27:1; comparemos com Cl 4:14; Fm 24; 2 Tm 4:11), chegamos a conclusão que o livro de Atos foi escrito por Lucas. A impressão que se dá é que ele teria usado o diário de viagem como fonte de material.
Quem foi Lucas? Pouco se sabe dele. Seu nome é mencionado só três vezes no NT . Paulo chama-o de "médico amado". O único escritor da Bíblia que não era judeu. A tradição e os estudiosos dizem que Lucas era homem de cultura e erudição científica, versado nos clássicos hebraicos e gregos. É possível que tivesse estudado medicina na Universidade de Atenas.
Relação de Lucas com Paulo: Ficou em Filipos até à volta de Paulo, seis ou sete anos depois, At 16:40 ("dirigiram-se"), quando tornou a se juntar a ele, 20:6 ("navegamos") e com ele ficou até o fim, possivelmente até a morte de Paulo em Roma.
Para quem Atos foi escrito: Foi escrito particularmente a Teófilo, um nobre cristão, mas de um modo geral a toda a igreja.

Propósitos do livro de Atos:
Propósito Informativo/ Evangelístico: Lucas queria informar ao excelentíssimo Teófilo sobre como o evangelho se propagou desde de Jerusalém a Roma. Teófilo já havia recebido alguma informação a respeito da fé cristã, e foi para lhe fornecer uma explicação mais precisa de sua fidedignidade que Lucas, em primeiro lugar, escreveu a história inicial do Cristianismo, começando do nascimento de João Batista e de Jesus até o fim dos dois anos de prisão de prisão de Paulo em Roma (cerca de 61 a. D.). Atos trata principalmente dos atos de Pedro e de Paulo, mais deste último.
Propósito Apologético: O livro mostra principalmente como o evangelho se estendeu aos não judeus (os gentios). O A. T. é a história das relações de Deus, desde os tempos antigos, com a nação judaica, que tinha a função de abençoar as outras nações. É no livro de Atos que a família de Deus deixa de ser uma questão nacional e passa a ter um sentido universal (intenção divina em At 2:7-11). Assim, o escritor defende veementemente que o Cristianismo não é umramo herético do judaísmo, mas antes, uma elevação e melhoria do judaísmo, com raízes profundas no mesmo, mas retendo apenas os elementos nobres e úteis, ficando rejeitados todos os seus males, especialmente a apostasia para a qual havia decaído, como também o seu escopo provincial.
Propósito Político: Mostrar aos líderes romanos que o cristianismo não deveria ser temido e perseguido, como ameaça ou movimento traiçoeiro ao estado romano; pelo contrário, que era digno da proteção romana, com permissão de funcionar livremente, tal como o judaísmo havia obtido de seus conquistadores militares. Por este motivo é que o livro de Atos apresenta os oficiais romanos como ordinariamente favoráveis aos movimentos dos missionários cristãos. Embora Lucas houvesse escrito após Paulo haver sido martirizado, e a perseguição de Roma contra os cristãos já houvesse começado, ele não ignora e nem põe em perigo o seu propósito apologético encerrando o seu livro numa atitude negativa, a saber, narrando a execução do maior advogado do cristianismo às mãos das autoridades romanas. (Ver Atos 18:12-17, onde se expõe a idéia da proteção do cristianismo, pelas autoridades romanas, tal como o judaísmo já vinha sendo protegido pelas leis do império). Lucas, portanto, quis mostrar que os levantes e as perturbações de ordem pública que seguiam na cauda do movimento dos missionários cristãos resultavam das perseguições efetuadas pelos judeus, e não de qualquer espírito malicioso dos próprios cristãos. Lucas endereçou a sua dupla obra (Lucas-Atos) a um oficial romano, de nome Teófilo. Por conseguinte, dirigiu seu trabalho à aristocracia romana, esperando que se os argumentos ali contidos fossem recebidos e digeridos, o novel movimento cristão viesse a ser protegido, e não perseguido. Todavia, o seu grande alvo, do ponto de vista humano, fracassou, porque sobrevieram severas e prolongadas perseguições, desde muito tempo antes o evangelho de Lucas e do livro de Atos terem sido escritos e postos em circulação.
Propósito Jurídico: Alguns estudiosos supõem que um objetivo do Médico amado seria o de usar o relato de Atos dos Apóstolos para ser lido como sumário de argumento para a defesa, no julgamento de seu amigo, o Apóstolo Paulo.

i. a igreja em jerusalém

A comissão dos Apóstolos

Entende-se por comissão o ato de cometer; encarregar; também significa encargo, incumbência. Os missiólogos chamam a missão dada por Jesus aos seus primeiros discípulos de "Grande Comissão". Ele ordenou aos onze homens, com os quais mais dividira seu ministério terreno, que fossem ao mundo inteiro e fizessem discípulos em todas as nações, Ele lhes disse que ensinassem a esses novos discípulos tudo que haviam aprendido d’Ele (Mateus 28:18-20). Mais tarde, o apóstolo Paulo deu as mesmas instruções a Timóteo: "E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros" (2 Timóteo 2:2). Mas, somente em nossas próprias forças não poderemos cumprir nossa comissão. Por isso, o Senhor nos deus uma capacitação além da natural: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra".

Ma podemos questionar: Qual o coração da Grande Comissão? Infelizmente, não aparece na Versão Corrigida, que traduz assim o começo do versículo 19: "Portanto, ide e ensinai". Na Atualizada, podemos descobrir o coração da Grande Comissão, identificando os imperativos (tempos verbais que expressam ordem, determinação) nela: "Ide" e "fazei discípulos". Assim como nas traduções inglesas e espanholas, a Versão Atualizada em português traz dois imperativos. Mas não é assim na linguagem original. No grego, matheteusate ou "fazei discípulos" é o único imperativo nesse texto. Os outros três verbos nos versículos 19 e 20 são gerúndios, ou seja, traduzindo literalmente, teríamos, por exemplo, indo, em lugar de ide. Os três gerúndios - "indo", "batizando" e "ensinando" - são as três funções indispensáveis de como fazer discípulos. Assim, uma vez que esses versículos não são a Grande Sugestão, mas, sim, a Grande Comissão, o discipulado é imprescindível na vida da igreja e na vida de cada cristão. Para David Kornfield, hoje, infelizmente, a Grande Comissão muitas vezes passa a ser a Grande Omissão. E teremos de prestar contas a Jesus a esse respeito.

Essa Comissão de Mateus 28.18-20 e paralelamente em Atos 1:8 é grande por, pelo menos, por cinco razões:
É Grande em sua Autoridade. Das dezenas ou centenas de mandamentos de Jesus, este é o único em que Jesus se veste de toda a autoridade do Universo. Ele se coloca como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Na época bíblica, um súdito que ignorasse ou negligenciasse um mandato declarado com toda a autoridade real arriscava a própria vida. É com essa autoridade que fazemos a obra do Senhor (At 1:8).
É Grande em seu Efeito Multiplicador. É assim que o reino de Deus pode explodir! Até então, havia só um discipulador multiplicando-se em outros - Jesus Cristo. Agora vem a Comissão para começar um movimento multiplicador, contra o qual nem as portas do inferno prevalecerão. Pouco depois, os discipuladores não eram só 11, mas 120. Um pouco mais depois não eram só 120, mas milhares. De pouco em pouco!

c) É Grande por sua Extensão Geográfica. Estende-se a todas as nações. Várias vezes o próprio Jesus limitou seu ministério e ordenou que os apóstolos também limitassem seus ministérios aos judeus. Aqui, ele abre o leque e abraça todo o mundo. na Comissão de fazer discípulos em todas as nações, encontramos o coração de missões mundiais. Deus não admitiu que Sua igreja entrasse em um ostracismo, vivendo só para si, e encapsulada em um único ponto geográfico. Ele quer, na verdade, que Seu povo se expanda territorialmente e anuncie o evangelho a toda criatura, tanto é que esse foi o objetivo da perseguição de Atos 8: 1-4. A ordem que aparece em Atos 1:8 não é cronológica, ou seja, Cristo não falou para evangelizar primeiro Jerusalém, segundo Judéia, terceiro Samaria e por último os confins da Terra. Essa interpretação é errada, perigosa, e fora da vontade do Senhor. O próprio texto de Atos 1:8 deixa claro que Jesus determinou que a obra da Sua igreja na Terra deveria ser desenvolvida simultaneamente nas três dimensões que Ele deseja que o Evangelho seja pregado. Isso fica claro nas expressões: "tanto em"; "como em"; e "até os".

d) É Grande por sua Extensão a todos os aspectos da vida. Jesus nos chama a ensinar outros a guardarem tudo o que Ele ensinou. Esse mandato inclui toda a humanidade e, mais do que isso, implica não apenas o ensino, mas a prática desses mandamentos. No discipulado, o ensino sempre tem por fim a prática. Ou seja, o ensino que não leva à pratica não é discipulado.

e) É Grande por sua Extensão no Tempo. Estende-se até a consumação do século, até a volta de Cristo. Cada pastor e igreja que se envolve no discipulado conforme o exemplo de Jesus constrói os alicerces para um movimento que fluirá de sua igreja a todas as nações, até a consumação dos séculos.

A Fundação da Igreja de Jerusalém:

a) Na festa de Pentecostes, em 30 ou 33 d.C, deu-se o aniversário da Igreja. 50 dias depois da crucifixão de Jesus. 10 dias após sua Ascensão. Pensa-se que esse Pentecostes caiu no primeiro dia da semana. A festa de Pentecostes era também chamada festa das Primícias da colheita eram por essa ocasião apresentadas a Deus. Outrossim, comemorava a promulgação da Lei no Sinai. Apropriava-se, pois, para ser o dia da promulgação do Evangelho e da recepção das primícias da colheita mundial do mesmo Evangelho. Jesus, em Jo 16:17-24, tinha falado da inauguração da época do Espírito Santo. E agora, está sendo de fato inaugurada, numa poderosa manifestação milagrosa do Espírito Santo, com o som como de um vento impetuoso, e com línguas como de fogo pousando sobre cada um dos Apóstolos, esta feita para representantes do mundo inteiro, a judeus e a prosélitos ao judaísmo reunidos em Jerusalém para celebrar o Pentecostes, vindo de todas as terras do mundo que então se conheciam (mencionando-se 15 nações, 2:9-11) – e os Apóstolos da Galiléia falavam para eles nas suas próprias línguas.

b) O Sermão de Pedro (2:14-16). O espetáculo espantoso de Apóstolos falando, sob a influência das línguas de fogo, nas línguas de todas as nações ali representadas. Isto, segundo a explicação de Pedro, vv. 15-21, era o cumprimento da Profecia registrada em Jl 2:28-32. Pode ser o que aconteceu naquele dia não foi o cumprimento total e final daquela profecia, e que aquilo seria o começo apenas, de uma era grandiosa e notável que foi iniciada; a profecia pode se aplicada também, ao fim desta era.

c) O Cumprimento das Profecias. Nota-se as declarações repetidas que o que acontecia já tinha sido predito: A traição de Judas, 1:16-20; a Crucifixão, 3:18; a Ressurreição, 2:25-28; a Ascensão de Jesus, 2:33-35; a vinda do Espírito Santo, 2:17. "Todos os profetas", 3:18-24.

3. A Descida do Espírito Santo (1:12-2.13)

O rei Davi planejou a edificação do templo e reuniu os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, quem o erigiu (1 Cr 29: 1,2). Jesus igualmente planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt 16:18; 18:17). Preparou os materiais humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor (cf. Êx 40:34,35; 1 Rs 8:10,11; Ef 2:20). O dia de Pentecoste era a inauguração da Igreja, e o cenáculo, o local dessa comemoração.

a) O Dia de Pentecostes

"E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…" O nome "Pentecoste" (derivado da palavra grega "cinqüenta") era dado a uma festa religiosa do Antigo Testamento. A festa era assim denominada por ser realizada 50 dias após a Páscoa (ver Lv 23:15-21). Observe sua posição no calendário das festas. Em primeiro lugar festejava-se a Páscoa. Nela se comemorava a libertação de Israel no Egito. Celebravam a noite em que o anjo da morte alcançou os primogênitos egípcios, enquanto o povo de Deus comia o cordeiro em casas marcadas com sangue. Esta festa tipifica a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sangue nos protege do juízo divino. No sábado, após a noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho da cevada, previamente selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao Senhor. Cumprido isto, o restante da colheita podia ser ceifado. A festa tipifica Cristo, "as primícias dos que dormem" (1 Co 15:20). O Senhor foi o primeiro ceifado dos campos da morte para subir ao Pai e nunca mais morrer. Sendo as primícias, é a garantia de que todos quantos nele crêem seguí-lo-ão pela ressurreição, entrando na vida eterna.

Quarenta e nove dias eram contados após o oferecimento do molho movido diante do Senhor. E no qüinquagésimo dia – o Pentecoste – eram movidos diante de Deus dos pães. Os primeiros feitos da ceifa de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão antes de oferecer os dois primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua soberania sobre O mundo. Depois, outros pães podiam ser assados e comidos. O significado típico é que os 120 discípulos no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, oferecidas diante do Senhor por meio do Espírito santo, 50 dias após a ressurreição de Cristo. Era a primeira das inúmeras igrejas estabelecidas durante os últimos 19 séculos.

O Pentecoste foi a evidência da glorificação de Cristo. Para Myer Pearlman, a descida do Espírito era como um "telegrama" sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada. O Pentecoste era a habilitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a fim de administrar, dali, os assuntos de Cristo.

b) O Falar em Línguas

Apareceu em seguida a realidade da qual o vento é símbolo: "E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem". O que produz esta manifestação? O impacto do Espírito de Deus sobre a alma humana. É tão direto e com tanto poder, que a pessoa fica extasiada, falando de modo sobrenatural. Isto pelo fato de a mente ficar totalmente controlada pelo Espírito. Para os discípulos, era evidência de estarem completamente controlados pelo poder do Espírito prometido por Cristo. Quando a pessoa fala uma língua que nunca aprendeu, pode ter a certeza de que algum poder sobrenatural assumiu o controle sobre ela. Alguns argumentaram que a manifestação do falar em línguas limitou-se à época dos apóstolos. Aconteceu para ajudá-los a estabelecer o Cristianismo, uma novidade naquela época. Não existe, no entanto, limites à continuidade dessa manifestação no Novo Testamento.

Mesmo no quarto século depois de Cristo, Agostinho, o notável teólogo do Cristianismo, escreveu: "Ainda fazemos como fizeram os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por parte dos convertidos que falem em novas línguas". Ireneu (115-202 d.C.), notável líder da Igreja, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo do apóstolo João. Ireneu escreveu: "Temos em nossas igrejas muitos irmãos que possuem dons espirituais e que, por meio do Espírito, falam toda sorte de línguas".

A Enciclopédia Britânica declara que a glossalália (o falar em línguas) "ocorreu em reavivamentos cristãos durante todas as eras: por exemplo, entre os frades mendicantes do século XIII, entre os jansenistas e os primeiros quaquers, entre os convertidos de Wesley e Whitefield, entre os protestantes perseguidos de Cevennes, e entre os irvingistas". Podemos multiplicar as referências, demonstrando que o falar em línguas, por meios sobrenaturais, tem ocorrido em toda a história da Igreja. (Nota: O falar em línguas nem sempre é em língua conhecida. Ver 1 Co 14.2).

4. A conversão de Saulo de Tarso

Conquanto a tivesse precedido um longo período de "incubação" inconsciente, sem dúvida alguma a conversão de Paulo foi repentina. Ele não conseguira banir da mente o rosto do mártir moribundo – "como se fosse rosto de anjo". Nem podia ele esquecer-se da última oração pungente de Estevão: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (Atos 7:6).

O Espírito Santo, sempre ativo, havia preparado o palco, no decorrer dos anos, para este grandioso confronto e capitulação. O raio luminoso cegante encontrou uma vasta quantidade de material inflamável no coração do jovem perseguidor. O milagre aconteceu em pleno meio-dia. Paulo viu a Jesus em toda a sua glória e majestade messiânicas. Não se tratava de mera visão, pois ele classifica o fato como a última aparição do Salvador a seus discípulos, e o coloca no mesmo nível de suas aparições aos outros apóstolos. Sua declaração é clara e inequívoca.

E apareceu a Cefas, e, depois, aos doze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora, porém alguns já dormem. Depois foi visto por Tiago, mais tarde por todos os apóstolos, e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo (I Coríntios 15:5-8).

Não foi um êxtase, mas uma aparição real e objetiva do Cristo ressurreto e exaltado, vestido de sua humanidade glorificada. Paulo convenceu-se de imediato de que Cristo não era um impostor. Quão diferente foi a entrada em Damasco daquela que o inquisidor havia imaginado! "E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia… mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer… Então se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco" (Atos 9:4-8). Paulo entrou cativo em Damasco, acorrentado à roda da carruagem de seu Senhor vencedor. Fora tudo estava escuro, mas dentro tudo era luz.

A rendição de Paulo ao Senhorio de Cristo foi imediata e absoluta. Desde o momento em que ele reconheceu que Jesus não era um impostor, mas o Messias dos judeus, ele ficou sabendo que só poderia haver uma resposta. Toda a história se resume nas suas duas primeiras perguntas: "Quem és tu, Senhor?" "Que farei, Senhor?" (Atos 22:8,10). A verdadeira conversão sempre resulta em rendição à vontade de Deus, pois a fé salvadora implica obediência (Romanos 1:5).

Quão surpreendente foi a estratégia vitoriosa de Deus! C.E. Macartney escreve: "O mais amargo inimigo tornou-se o maior amigo. A mão que escrevia a acusação dos discípulos de Cristo, levando-os à presença dos magistrados e para a prisão, agora escrevia epístolas do amor redentor de Deus. O coração que bateu de júbilo quando Estêvão caiu sobre as pedras sangrentas, agora se regozijava em açoites e apedrejamentos por amor de Cristo. Do outrora inimigo, perseguidor, blasfemador proveio a maior parte do Novo Testamento, as mais nobres declarações de teologia, os mais doces poemas de amor cristão" (J.O. Sanders, p.28).

A Chamada de Paulo

O chamado de Deus veio a Paulo de forma tão clara e específica que não lhe foi possível confundi-lo, enquanto jazia deitado no chão cego pela luz celestial. Ananias também comunicou-lhe a mensagem que havia recebido de Deus: "O Deus de nossos pais de antemão te escolheu para conheceres a sua vontade, ver o Justo e ouvir uma voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido" (Atos 22:14-15).

Mais tarde, quando Paulo voltava para Jerusalém, sobreveio-lhe um êxtase, e viu aquele que lhe falava e que lhe disse: "vai, porque eu te enviarei para longe aos gentios" (Atos 22:17,18,21). A Ananias, cujo temor bem podemos compreender, comissionado por Deus para dar as boas-vindas ao notório perseguidor da Igreja cristã, Deus também indicou a esfera de testemunho para a qual ele havia chamado Paulo: "Mas o Senhor lhe disse [a Ananias]: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto importa sofrer pelo meu nome" (Atos 9:15-16).

Paulo revelou outra faceta de seu chamado ao se defender perante Agripa: "Ouvi uma voz que me falava… Levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda; livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus" (Atos 26:14-18).

Assim, desde os primeiros dias de sua vida cristã, Paulo não somente sabia que era um veículo escolhido por meio de quem Deus comunicaria sua revelação, mas tinha uma idéia geral do que Deus havia planejado para seu futuro: (a) Seu ministério o levaria para longe do lar; (b) Ele teria um ministério especial entre os gentios; (c) Esse ministério lhe traria grande sofrimento. Só aos poucos ele chegou a compreender que este chamado não era tanto um novo propósito de deus para sua vida, quanto a culminação do processo preparatório iniciado antes de seu nascimento.

Assim é hoje. O chamado do dirigente cristão não é tanto um novo propósito para sua vida quanto a descoberta do propósito para o qual Deus o trouxe ao mundo. O Senhor havia dito aos seus discípulos que os postos de liderança no seu Reino dependiam da soberana nomeação de seu Pai. "Quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda… é para aqueles a quem está preparado" (Marcos 10:40). Paulo reconhecia esta verdade, mas só aos poucos ele chegou a um claro entendimento do trabalho que Deus tinha para ele.

Só depois que os judeus rejeitaram de forma consistente sua mensagem é que Paulo se devotou quase que exclusivamente aos gentios. Sua experiência em Corinto chegou a uma fase decisiva. "Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus. Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes. Sobre a vossa cabeça o vosso sangue! eu dele estou limpo, e desde agora vou para os gentios" (Atos 18:5-6).

Alguns anos após a sua conversão, este chamado inicial foi renovado e confirmado pela igreja de Antioquia onde ele havia trabalhado por um ano. "E, servindo ele [os dirigentes] ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13:2). De modo que o chamado geral se tornou específico, e eles alegremente partiram, "enviados pelo Espírito Santo". O primeiro passo no cumprimento da grande comissão do Senhor e o começo do importante empreendimento missionário de amplitude mundial havia sido realizado com segurança.

ii – as missões do apóstolo paulo

Sabemos que o conceito teológico de Missões é tríplice: a igreja tem uma missão de adorar a Deus em espírito em verdade; tem uma incumbência de edificar a si própria; e tem a grande comissão de evangelizar o mundo. Como referencial de obreiro que Paulo foi, atuou nessas três obras. Entretanto, vamos delimitar a prática missiológica paulina somente às suas heróicas viagens missionárias.

O ambiente de trabalho missionário do apóstolo Paulo foi o Império Romano.

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Antes propriamente de entrarmos em suas viagens, é interessante ter em mente a cronologia da vida do Apóstolo aos gentios. Vejamos:

5 d.C. Nascimento em Tarso, da Cilícia

20-26 Estudos em Jerusalém
Estudos em Tarso

32-37 Conversão na estrada de Damasco, Atos 9

37-39 Viagem pela Arábia. Gl. 1
Prega em Tarso e noutros lugares da Cilícia, Atos 9 e Gálatas 1.

43-44 Prega com Barnabé em Antioquia, Atos 11

44-45 Viagem a Jerusalém, durante a fome, Atos 11

45-47 Primeira viagem missionária, Atos 13-14

47-49 Reside em Antioquia da Síria, Atos 11

49 Faz-se presente ao concílio de Jerusalém. Atos 15

49-51 Segunda viagem missionária, Atos 15-18

51-56 Terceira viagem missionária, Atos 18-21

56 Aprisionamento em Jerusalém, Atos 21

56-58 Paulo na Prisão em Cesaréia, Atos 23

58-59 Viagem a Roma, Atos 27

59-61 Confinamento em Roma, Atos 26

61-64 (?) Viagens à Espanha, Creta, Macedônia, Grécia, não mencionadas em Atos, embora indicadas em outros documentos como no cânon muratoriano e nas epístolas de Clemente. Algumas indicações destas viagens existem nas epístolas pastorais.
Execução em Roma, durante as perseguições movidas por Nero.

1. A Primeira Viagem Missionária

Em geral, Os Atos relatam três viagens missionárias de Paulo. Essa narrativa às vezes é mui detalhada, às vezes resumida demais. O principal é o seguinte: todas as três viagens começam e terminam na comunidade gentio-cristã de Antioquia e não na comunidade judeu-cristã de Jerusalém (as epístolas confirmam isso); geralmente Paulo dirigia-se primeiro a seus patrícios mas bem depressa era obrigado a procurar os pagãos.
Resumo e itinerário

Primeira viagem missionária: Barnabé e Paulo vão aos gentios, Atos 13:1-14:29. Missão a Chipre, 13:4-12. Missão à Galácia, 13:13-14:28. Missão de Pafos a Perge, 13:13. Missão a Antioquia da Psidia, 13:14-52. Missão a Icônio e Listra, 14:1-18. Missão a Icônio, 14:1-7, Missão a Listra, 14:8-18. Retorno a Antioquia da Síria, 14:19-28.

A Missão da Primeira Viagem

Lucas conservou-nos uma preciosa notícia sobre a organização da comunidade de Antioquia e a liturgia (Atos 13: 1-3).

A primeira etapa da missão foi a ilha de Chipre, de onde Barnabé era originário. O que interessa a Lucas é o primeiro contato do apóstolo Paulo com um magistrado romano, Sérgio Paulo, senador, antigo pretor, muito conhecido por inscrições. Sua família vinha de Antioquia da Pisídia.

Na narração de Lucas, o nome Paulo toma dali em diante o lugar de Saulo: não se pode deduzir daí que Saulo tenha adotado o nome do seu ilustre convertido. Ter um duplo nome era então corrente nos meios bilíngües, como o da família de Paulo. Junto ao governador, Paulo teve de enfrentar um mágico de origem judaica, Elimas (At. 13,8). O sucesso das ciências ocultas era grande na época; o que pode surpreender é que um judeu as pratique. Segundo os Atos, Paulo terá outras ocasiões de se confrontar com mágicos. Na sua carta aos Gálatas, ele classifica as práticas de feitiçaria (pharmakeia) na categoria das obras da carne, próximas da idolatria (Gl. 5,20).

Nas suas cartas, Paulo não faz alusão à missão de Chipre, para onde ele não terá ocasião de voltar. Por que ele abandona a ilha sem a ter visitado toda? Paulo que toma a frente da expedição em direção à Anatólia através dos desfiladeiros do Tauro, covil de bandidos. Mais tarde Paulo fará alusão aos perigos corridos na estrada (2Cor 11,26). Primo de Barnabé, o jovem João Marco teve medo da aventura e abandonou o grupo. Paulo não o perdoou, a princípio.

a) O discurso de antioquia da pisídia

Quando Paulo chegava numa cidade qualquer, ele começava indo à sinagoga. Lá, ele podia entrar em contato com os judeus do lugar e os " tementes a Deus " , pagãos atraídos para o judaísmo (At 13,26). Como amostra da pregação de Paulo, Lucas nos conservou o discurso de Antioquia da Pisídia (At 13,14-41). Esta era uma colônia romana, fundada por Augusto para instalar aí os veteranos da legio V Gallica. O Sérgio Paulo que se instalou aí devia ser um dos oficiais superiores desta legião.

O discurso de Paulo não tem equivalentes nas Cartas, mas é fácil encontrar um certo número de temas pertencendo à apologética cristã primitiva. Ele se coloca no contexto litúrgico tradicional: depois da leitura de uma passagem da Lei e de uma outra, tirada da coletânea dos profetas, os chefes da sinagoga convidam os visitantes a pronunciar algumas palavras de exortação. Paulo não se fazia de rogado!

O texto de Lucas tem a marca da retórica da época. Do ponto de vista das idéias, o discurso contém uma retrospectiva da história de Israel até Davi.

Ainda que dirigido em prioridade aos judeus, o discurso continha uma ponta universalista: a palavra da salvação vale para os filhos de Abraão como para todos os que temem a Deus (v.26). Sobretudo, ele esboçava uma crítica contra a Lei de Moisés, incapaz de trazer a salvação (v.38). O sucesso junto aos não-judeus apenas aumentou a irritação dos filhos de Abraão. Para se justificar, Paulo declara: " É a vós por primeiro que devia ser dirigida a palavra de Deus "(v.46). Paulo será fiel a este por primeiro, como se vê pela declaração de princípio de Rm 1,16: " O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, do judeuprimeiro, e depois do grego".

Para legitimar a sua passagem para as nações, Paulo cita então uma passagem dos cantos do Servo, que tem uma grande importância na apologética cristã primitiva: "Destinei-te a seres luz das nações, a fim de que a minha salvação esteja presente até a extremidade da terra" (Is 49.6). Este texto vale em primeiro lugar para Cristo, mas Paulo o aplicou a si mesmo, como mostra Gl 1.15. Assim, portanto, Paulo, servo de Cristo, descobre a sua missão ao reler a Escritura.

b) Pregação aos pagãos de Listra e retorno

Nas cidades que Paulo e Barnabé vão atravessar, o mesmo cenário se reproduz. Como Por exemplo em Icônio (At 14,1-7), a pátria de santa Tecla segundo os Atos de Paulo (acima, p.16s). Em 2Tm 3.13 também se fala dos sofrimentos suportados por Paulo em Antioquia, Icônio e Listra. Nesta última cidade, um incidente tragicômico manifesta bem a credulidade do povo e a dificuldade para os Apóstolos de fazerem-se compreender por uma população pouco helenizada. Uma cura provoca o entusiasmo e o povo logo quer oferecer um sacrifício, como se Barnabé e Paulo fossem Zeus e Hermes em visita.

No caminho de volta, os apóstolos confirmam os discípulos lembrando-os do sentido cristão da provação: "É necessário que passemos por muitas tribulações para entrar no Reino de Deus" (At 14,22). Para dirigir as comunidades, Paulo e Barnabé designaram-lhe anciãos (presbyteroi). Este termo era tradicional nas comunidades judaicas para designar os responsáveis. Não surpreende que tenha sido retomado pelos judeu-cristãos: em Jerusalém, a primeira menção aparece já em At 11,30. Por outro lado, não o encontramos nas cartas de Paulo, exceto nas epístolas pastorais, redigidas provavelmente por um discípulo: os anciãos são instituídos por imposição das mãos (1Tm 5,22). Enquanto Paulo pudesse seguir por si mesmo a vida das congregações, a instituição dos ministérios podia permanecer na sombra. Isto não impede que Paulo tivesse a preocupação de apoiar aqueles que haviam aceitado tomar a direção das comunidades, como em Tessalônica ou em Corinto.

Tendo partido de Antioquia com o apoio dos fiéis, os missionários voltam para contar "tudo o que Deus realizara com eles, e, sobretudo como tinha aberto aos pagãos a porta da fé" (At 14,27). Atmosfera de alegria e de ação de graças, bem à maneira de Lucas! Mas os obstáculos foram todos afastados?

2. A segunda viagem missionária
Resumo e itinerário

Segunda viagem missionária: Paulo vai à Europa, 16:1-18:17: Galácia e A. Menor, 16:1-10. Timóteo e Paulo, 16:1-5 Missão a Trôade, 16:6-10. Trabalho na Macedônia, 16:11-17:15. Em Filipos, 16:11-50. Em Tessalônica, 17:1-9. Em Beréia, 17:10-15. Na Acaia, 17:16-18:17. Esta última fase inclui Atenas e Corinto.

A missão da segunda viagem

Segunda viagem (49-52; At 15,36-18,22). P. não demorou muito em Antioquia, mas visitou com Silas as comunidades cristãs da Síria, da Cilicia, de Derbe, Listra e Antioquia da Pisídia. Em Listra conheceu Timóteo, que se tornou um dos colaboradores mais fiéis do apóstolo (15,35-16,5). Daí surgiu com Silas para a Frígia, a terra dos gálatas, onde foi detido por uma doença e recebido "como um anjo de Deus", como o próprio Cristo (Gl 4,13-15).

Depois de atravessar a Míssil chegou em Tróade (16,6-8), onde se encontrou com um médico, Lucas, que se juntou à sua companhia. No mesmo lugar teve a visão noturna do Macedônia, clamando por socorro. Seguiu imediatamente para a Macedônia e via Neápolis para Filipos, onde foi fundada uma comunidade muito florescente, composta quase exclusivamente de gentios (16,11-40;1 Ts 2,2), que mostrou grande afeição para com P. (Flp 1,3-8.10-16). Os magistrados da cidade mandaram prender P. e Silas; mas, durante a noite, foram soltos por serem cidadãos romanos.

Pela Via Egnatia os missionários continuaram sua viagem, por Anfípolis e Apolônia, até Tessalônica. Aí P. pregou durante três semanas na sinagoga e converteu numerosos "tementes a Deus" e alguns judeus, teve também muitas conversas nas casas particulares (1 Ts 2,11s), sobretudo à noite, porque de dia exercia a sua profissão (2,7-10). Apesar da oposição de alguns (2,14), Paulo fundou uma comunidade florescente, composta sobretudo de gentio-cristãos.

De Tessalônica P. e Silas partiram para Beréia, onde numerosos judeus e gentios da elite foram conquistados para o cristianismo, até que P., pelas ameaças dos judeus, foi obrigado a abandonar a cidade. Deixou Silas e Timóteo em Beréia e viajou sozinho a Atenas (17,1-5); aí Timóteo se ajuntou a P., mas foi mandado de volta a Macedônia (1 Ts 3,1-6).

Em Atenas Paulo pregou na sinagoga e no mercado. Alguns ouvintes, entre os quais havia filósofos epicuristas e estóicos, pensaram que estivesse anunciado novos deuses; foi convidado para apresentar a sua doutrina no Areópago; aí Paulo pregou o Deus único. Mas, quando começou a falar sobre o juízo e a ressurreição, interromperam-no. Alguns gentios apenas deixaram se convencer Dâmaris e Dionísio.

O Apóstolo aos gentios entristeceu-se profundamente por esse fracasso (1 Ts 3,3s) e desanimou (cf. 1Cor 2,3). Nesse estado chegou a Corinto, com o firme propósito de renunciar doravante à eloqüência e sabedoria humanas, e de só conhecer e pregar o Cristo crucificado (1 Cor 2,2). Em Corinto esteve durante 18 meses hospedado com Áquilas e Priscila. Nos dias de semana exercia a sua profissão; nos sábados pregava na sinagoga. Quando Silas e Timóteo, porém, lhe trouxeram ajuda financeira dos filipenses (2 Cor 11,9; Fp 4,16), dedicou-se ele inteiramente à pregação. Converteu alguns judeus (18,8; 1 Cor 1,14) e muitos pagãos, principalmente das classes mais baixas, sem cultura (1 Cor 1,26).

Em Corinto, Paulo escreveu 1Tes e 2Tes. Invejosos do seu sucesso, os judeus o acusaram diante de Galião, provavelmente no princípio de seu consulado (meados de 52), como propagandista de um "religião ilícita". Galião, porém, rejeitou a acusação dos judeus. Em Corinto o apóstolo embarcou-se para a Síria, junto com Áquilas e Priscila. Deixou seus companheiros em Éfeso, aterrou em Cesaréia, visitou talvez Jerusalém, e voltou para Antioquia (At 18,18-22).

3. A terceira viagem missionária
Resumo e itinerário

Terceira viagem missionária: Paulo vai à Ásia Menor, 18:18-19:41. Viagem de confirmação das igrejas, 18:18-23, Apolo, 18:24-28. Paulo em Éfeso, 19:1-41. Retorno à A. Menor, 19:1=12. Paulo e os exorcistas, 19:13-20. Planos de Paulo sobre o futuro, 19:21-22. O levante em Éfeso, 19:23-41.
A missão da terceira viagem

Terceira viagem (53-58; At 18,23-21,14). Pouco depois partiu novamente para a Galácia (cf. Gl 4,13), onde reinavam a piedade e a paz nas comunidades cristãs (1,6; 5,7), atravessou a Frígia, as montanhas do centro da Ásia Menor e o vale do Meandro, e chegou a Éfeso (At 18,23; 19,1.8.10; 20,31). Aí Priscila e Áquilas já haviam completado a instrução cristã de Apolo, judeu alexandrino douto e eloqüente que com zelo e sucesso pregara o cristianismo na sinagoga, e já partira para Corinto (18,24-28; 19,1).

Em Éfeso Paulo conheceu também uma dúzia de discípulos de João Batista, que ele ganhou para o cristianismo (19,2-7), e pregou durante três meses na sinagoga. Como a maior parte dos judeus continuava incrédula, dirigiu-se aos pagãos, pregando no auditório de um tal de Tirano, provavelmente um retor grego.

Lucas narra detalhadamente alguns episódios das atividades de P. em Éfeso; curas e expulsão de demônios, a destruição de um grande número de livros de magia (19,11-19) e o tumulto que, depois de três anos, ocasionou o fim da estadia de P. naquela cidade (19,23-20,1). At 19,20.26 refere-se em termos vagos à propagação do cristianismo "por toda a Ásia". De fato, abrira-se para P. em Éfeso "uma porta larga e poderosa" (1Cor 16,9); quem a abriu foi ele mesmo e os seus colaboradores (Timóteo, Tito, Erasto, Gaio, Aristarco e Epafras: At 19,22,29; 2Cor 12,18; Cl 1,7); e fundaram-se comunidades cristãs em Colossos, Laodicéia, Hierápolis (Cl 1,7; 2.1; 4,12s), Tróade (At 20,5-12; 2Cor 2.12) e mui provavelmente também em Esmirna, Tiatira, Sardes e Filadélfia (Ap 1:11).

Em éfeso Paulo sofreu muitas e duras provações: perseguições da parte dos judeus (20:19; cf. 21:27), uma determinada tribulação que "acima de suas forças" o oprimiu, a ponto de ele "perder a esperança de conservar a vida" (2Cor 1:8), uma doença ou perigo mortal (cf. 2Cor 1:9s; 11:23), uma luta contra as feras (1Cor 15:32), seja em sentido literal, seja em sentido metafórico, de uma luta contra homens maus e violentos; afinal, em Rm 16:4 Paulo fala num perigo mortal, do qual foi salvo por Priscila e Áquilas; esse acontecimento desconhecido deve-se localizar provavelmente em Éfeso.

Além disso Paulo andava muito preocupado com algumas comunidades cristãs. Os gálatas quase deixaram afastar-se dele pelos judaizantes; escreveu-lhes Gálatas. Na comunidade de Corinto infiltraram-se graves abusos morais. Paulo reagiu numa carta que se perdeu (1Cor 5:9), e mandou Timóteo e Erasto a Corinto (At 19:22; 1Cor 4:17).

Depois, vieram de Corinto alguns cristãos com uma carta da comunidade, na qual se propunham a P. diversas perguntas. A essa carta P. respondeu com 1 Cor, provavelmente em 55. Entretanto, chegaram a Corinto alguns judeu-cristãos que minaram a autoridade de Paulo. Esse resolveu então ir pessoalmente a Corinto (2Cor 2:1; 12:14; 13:1s). Esta "visita intermediária" efetuou-se em tristeza, pois Paulo não conseguiu quebrar a desconfiança dos coríntios, e foi até ofendido por um cristão (2Cor 2:1.5; 7:12; cf. 12:21).

Demorou pouco, e voltou a Éfeso, de onde dirigiu "com muitas lágrimas" uma terceira carta aos coríntios (2Cor 2:4,9; 7:8,12). Tito foi portador dessa carta, que não foi guardada. Nela Paulo exigia desagravo e a submissão da comunidade (2Cor 2:9).

Enquanto aguardava o resultado da carta e da missão de Tito, Paulo foi obrigado a deixar Éfeso. Viajou para Tróade (20:1; 2Cor 2:13), onde esperava encontrar-se com Tito. Quando esse demorava, embarcou para Macedônia. Aí encontrou-se com Tito (provavelmente em Filipos) e ouviu, com muita alegria, que os coríntios se submetiam.

Da Macedônia escreveu-lhes 2Cor (em 57). Depois de uma visita às comunidades da Macedônia e, talvez, depois de uma viagem pela Ilíria (Rm 15:19), Paulo cumpriu a promessa já antiga de visitar Corinto (1Cor 16:5), onde ficou três meses (At 20:3). Em Corinto P. escreveu Rm (fins de 57 ou princípios de 58), para preparar uma visita há muito planejada (At 29:21).

Para terminar essa viagem, Paulo queria viajar por mar a Síria, junto com os representantes das comunidades que haviam arrecadado dinheiro para os cristãos, mas, por causa de um atentado contra a sua vida, tramado pelos judeus, viajou por terra. Em Filipos, Lucas ajuntou-se a ele; em Tróade esperavam-no os companheiros de viagem. Em Tróade tomaram o navio para Mileto, onde P. mandou chamar os anciãos de Éfeso, para se despedir; pressentia que nunca mais os veria (20:1-38). Depois navegaram até Tiro, onde profetas tentaram convencer P. que não fosse a Jerusalém. P., porém, continuou sua viagem até Ptolemaide e daí por terra até Cesaréia, onde durante vários dias foi hóspede de Filipe, um dos Sete (At 6:5). Um profeta da Judéia, Ágabo, predisse que em Jerusalém esperavam-no algemas e prisão, mas P. não se deixou reter (21:1-16).

iii – as prisões do apóstolo paulo

O Resumo dos últimos capítulos de "Atos dos Apóstolos"

Visita final de Paulo à Macedônia e à Acaia, 20:1-4.
Paulo vai a Jerusalém, 20:1-6. De Filipos a Mileto, 20:5-16. Defesa de Paulo ante os anciãos de Éfeso, 20:17-38. De Mileto ante a Cesaréia, 27:1-14. Paulo com a igreja em Jerusalém, 21:15-26.
Paulo, prisioneiro em Roma, 21:27-28:31.
Detenção e defesa, 21:27-22:29.
Perante o sinédrio, 22:30-23:11.
Transferência para Cesaréia, 23:12-35.
Em Cesaréia, 24:1-26:32. Paulo e Félix, 24:1-27. Paulo e Festo, 25:1-27. Defesa de Paulo perante Agripa, 26:1-32.
Viagem a Roma, 27:1-28:16.
Paulo em Roma, 28:17-31.

A Prisão de Paulo em Jerusalém (Atos 21, 22 e 23)

O objetivo da viagem a Jerusalém (21:1-16)

Entregar a oferta proveniente das igrejas gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém. Foi uma grande oferta. Paulo levou um ano a arrecadá-la, 2 Co 8:10. Todavia, foi avisado muitas vezes, ao passar pelas cidades da Ásia, que essa viagem resultaria em prisão, 20:23. Em Tiro, 21:4, e em Cesaréia, 21:11, o aviso foi repetido com ênfase especial. De cada vez é o Espírito quem adverte. Até Lucas fez coro na rogativa, 21:12; Mas estava arraigado, definitivamente, no espírito de Paulo que aquela era a vontade de Deus, mesmo que significasse sua morte, 13:14. Por que esses avisos da parte de Deus? Podia dar-se o caso de Paulo estar enganado e de Deus estar procurando fazê-lo ciente disso? Ou seria que Deus o estava provando? Ou o preparando? De qualquer modo, Paulo estava determinado a fazer a viagem. Uma coisa é que ele a prometera anos antes, Gl 2:10. Considerava aquilo o meio mais prático de demonstrar a unidade da igreja. Levara sua vida a ensinar aos gentios de que podiam ser cristãos sem se tornarem prosélitos dos judeus, razão por que muitos dos seus irmãos judeus o odiavam rancorosamente. Agora, desejava coroar esse trabalho com uma demonstração genuína e proveitosa de fraternidade cristã da parte dos seus convertidos gentios, como último e duradouro sinal de amor fraternal entre judeus e gentios. Vista sob este aspecto, esta visita de Paulo a Jerusalém é um dos eventos históricos mais importantes do N.T. Possivelmente, também, ele nunca podia esquecer a agonia dos crentes judeus, homens e mulheres, quando os lançava em prisão, anos antes, At 8:3, e estava há muito tempo resolvido, tanto quanto estivesse em suas forças, a compensar a Igreja Judaica pelos sofrimentos pelos quais a fizera passar.
Paulo em Jerusalém

Chegou ali mais ou menos em junho, 59 d.C., 20:16. Foi a quinta visita que se registra, depois da sua conversão. No decurso deste período, tinha ganho vastas multidões de gentios para a fé cristã, e por causa disto era odiado pelos judeus descrentes.

Depois de ter passado quase uma semana em Jerusalém, cumprindo seus votos no Templo, certos judeus o reconheceram. Começaram a gritar, e dentro de um instante, a turba estava por cima de Paulo como uma matilha de cães. Os soldados romanos apareceram em cena em tempo para salvá-lo de ser morto às pancadas.

Na escada do castelo romano, o mesmo onde Pilatos condenara Jesus à morte 28 anos antes dele, Paulo, com permissão do comandante, fez um discurso à turba, contanto como Cristo lhe aparecera no caminho para Damasco. Escutaram até que mencionou a palavra "gentios", e então a turba se enfureceu contra ele.

No dia seguinte, os oficiais romanos trouxeram Paulo perante o Sinédrio, para descobrir o que os judeus tinham contra ele. Foi o mesmo concílio que entregou Cristo para ser crucificado; o mesmo Concílio do qual Paulo fora membro; o mesmo Concílio que apedrejara Estêvão, e que repetidos esforços fizera para esmagar a Igreja. Paulo correu perigo de ser espedaçado ali, e os soldados o retiraram dali, levando-o de volta ao castelo.

Na noite seguinte, lá no castelo, o Senhor Se revelou a Paulo, assegurando-lhe que protegeria seu caminho até Roma, 1:13. Em Éfeso, foi combinado que Paulo iria a Roma depois desta visita a Jerusalém, 19:21, mas depois, Paulo nem teria certeza de sair vivo de Jerusalém, Rm 15:31,32. Mas agora, Paulo estava com absoluta certeza, pois o próprio Deus prometera que faria a viagem.

No dia seguinte, os judeus enredaram outra cilada contra Paulo. Fervia a fúria popular. Tornou-se necessário preparar uma escolha excepcional, de 70 cavaleiros, 200 soldados, e 200 lanceiros para tirar Paulo de Jerusalém, e mesmo assim, na escuridão da noite.

A Prisão de Paulo em Cesaréia (Atos 24, 25 e 26)

Essa prisão ocorreu no verão de 59 ao outono de 61 d.C.

Cesaréia fora o lugar onde 20 anos antes Pedro recebera na igreja o primeiro gentio, Cornélio, oficial do exército romano. Possivelmente, foi esta a razão pela qual Félix conhecia alguma coisa a respeito do "caminho", 24:22.

Lucas esteve com Paulo em Cesaréia. Pensa-se que foi por esse tempo que ele escreveu seu Evangelho. Esta é a única visita de Lucas a Jerusalém de que se tem notícia. Sem dúvida, aproveitou oportunidades de visitar Jerusalém muitas vezes, talvez também a Galiléia, para conversar com todos os apóstolos e primeiros companheiros de Jesus que pôde encontrar. Maria, mãe de Jesus, podia ainda estar viva, de cujos lábios ele pode ter ouvido, diretamente, a história com que inicia o seu Evangelho.

Israel moderno, cônscio da sua história como nação, toma grande cuidado dos monumentos históricos antigos, e há alguns anos Cesaréia recebeu a atenção dos arqueólogos. As obras do porto antigo têm sido examinadas por escafandristas, que obtiveram informações interessantes. O teatro está sendo escavado, e um achado surpreendente tem sido uma inscrição fragmentária com o nome de Pôncio Pilatos. A cidade era seu quartel-general como Procurador romano, e cenário de um debate famoso entre ele e uma deputação de judeus de Jerusalém. Obstinado e arrogante, Pilatos tinha pendurado escudos votivos no palácio de Herodes, consagrado ao Imperador. Os judeus, enviando representantes ao Imperador Tibério, venceram na sua objeção contra símbolos pagãos na Cidade Santa, e Pilatos tinha que levar ao santuário de Roma, em Cesaréia, estes símbolos de sua lealdade desajeitada ao Império.

a) Paulo perante Félix, 24:1-27. As acusações, v. 5: era "uma peste", acusação muito vaga; "promotor de sedições entre os judeus", absolutamente falso, porque Paulo invariavelmente ensinava obediência ao governo; "tentara profanar o templo", v. 6, levando lá Trófimo, 21:29, o que não fez; "principal agitador dos nazarenos", o que ele reconheceu e que não era contra nenhuma lei, judaica ou romana. Paulo nunca deixou de mencionar a ressurreição, v. 15.

Félix casara-se com uma judia, estava familiarizado com as praxes judaicas e conhecia algo a respeito de Cristo. Estava profundamente impressionado e mandou chamar Paulo para que lhe explicasse mais o Evangelho, com o que ficou aterrorizado. Sua cupidez, porém, v. 26, impediu que ele aceitasse Cristo ou soltasse Paulo.

Festo foi nomeado sucessor de Félix em 60 d.C. Foi no intervalo entre a partida de Félix e a chegada de Festo que as autoridades de Jerusalém se aproveitaram da ausência de um oficial romano do executivo e assassinaram Tiago, irmão de Jesus.

b) Paulo perante Festo, 25:1-12. Os judeus ainda armavam emboscada a Paulo, v. 3, porque parece que tinham pouca esperança de convencer um governador romano de ter Paulo feito alguma coisa digna de morte. Sendo acusado perante Festo e vendo que este se propunha a agradar aos judeus, e que não havia esperança de que lhe fizessem justiça. Paulo anunciou, ousadamente, a Festo, que estava pronto a morrer se merecesse a morte, e apelou para César o que como cidadão romano tinha o direito de fazer. Diante disto, Festo nada pôde fazer senão anuir à apelação. Naquele tempo o César era Nero, bruto e desumano. Paulo, porém, sabia que, se deixasse o seu caso com Festo, seria devolvido ao sinédrio judaico, o que significaria condenação certa. Sendo assim, escolheu Nero. Além disso, queria ir a Roma.

c) Paulo perante Agripa, 25:13-26:32. O discurso de Paulo perante Agripa e o outro em Atenas são, geralmente, considerados dois dos mais soberbos exemplos de oratória da literatura. São ambos muito breves, simples resumo do que ele deve ter dito, porque é dificilmente crível que, num e noutro caso, ele falasse menos de uma hora.

Esse Agripa era Herodes Agripa II, filho de Herodes Agripa I, que, 16 anos antes, matara Tiago, o irmão de João, 12:2; era neto de Herodes Antipas que matara João Batista e escarnecera Jesus, e bisneto de Herodes, o Grande, que trucidara os meninos de Belém, ao tempo de nascimento de Cristo. Sua capital era Cesaréia de Filipe, próxima do cenário da transfiguração de Jesus, 30 anos antes.

Berenice era sua irmã, vivendo com ele como esposa. Fora casada com dois reis, voltara para ser esposa do próprio irmãos, e mais tarde veio a ser amante de Vespasiano e Tito. Imagine-se Paulo a defender-se diante de um par de pessoas desse quilate.

Agripa, cuja família estivera tão intimamente relacionada com toda a história de Cristo, naturalmente estava curioso por ouvir um homem do calibre de Paulo, que tanta excitação causara entre as nações a respeito de uma Pessoa que sua própria família houvera condenado.

A única discordância que Festo pôde ver entre Paulo e seus acusadores era que aquele pensava ainda estar vivo Jesus, ao passo que os acusadores O julgavam morto, 25:19.

A grande pompa, v. 23, que Festo arranjou para a ocasião era testemunho da personalidade dominante de Paulo, porque certamente um preso comum não provocaria tal exibição de esplendor real.

Notar a cortesia uniforme de Paulo, do princípio ao fim, se bem que conhecesse o caráter dissoluto do rei.

Notar, outrossim, que ele reconheceu ser a ressurreição de Jesus a única causa da questão. (H. H. Halley).

d) Previdência Divina. A história revela que a maldade humana é controlada pela soberania divina. Os judeus desejavam que Paulo fosse transferido de Cesaréia para Jerusalém. Tivesse Festo atendido às exigências deles, talvez o Novo Testamento não contasse com Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. (Sanders). Além disso, estava a salvo de todos os judeus.

Chegou a ser manifesto a todos (Filipenses 1:12, 13). Teve oportunidade para testificar aos soldados que o guardavam. Foi visitado por amigos das diferentes igrejas (Filipenses 2:25; 4:10).

A prisão de Paulo em Roma

Roma era chamada de "Cidade rainha da terra". O Grande centro de interesse histórico. Durante dois milênios (2.º séculos a.C. ao 18.º d.C.) foi a potência dominadora do mundo. É ainda chamada "Cidade Eterna". A população, na época de Paulo, era de 1 milhão e meio de seres humanos, metade de escravos. Capital de um império que se estendia 4.800 km de leste a oeste, 3.200 km de norte a sul. A população total do Império era de 120 milhões de almas. Por apelar a César, o Apóstolo aos gentios teve que ir para Roma.

A viagem de Paulo a Roma (At 27:1-28:15)

Essa viagem começou no outono de 61 d.C. e terminou na primavera de 62 d.C.

Foi feita em três navios: Um de Cesaréia a Mirra; outro de Mirra a Malta; o terceiro de Malta a Potéoli.

"O jejum", v. 9, foi dia da expiação, mais ou menos no meado de setembro. Daquele tempo ao meado de novembro a navegação no Mediterrâneo era perigosa. Do meado de novembro ao primeiro de março esteve suspensa.

Pouco depois de ter deixado Mirra, caíram em ventos contrários, e depois de se abrigarem um pouco em Bons Portos, se arriscaram outra vez, e foram acometidos por um tufão que os levou longe da sua rota; depois de muitos dias, não havendo mais esperança, Deus, que dois anos antes, em Jerusalém, prometera a Paulo que o levaria a Roma, 23:11, mais uma vez aparece a Paulo para lhe assegurar que Sua promessa seria cumprida, 27:24. E foi. (H.H. Halley).

Paulo foi levado a Roma com mais uns presos. Foi confiado a um centurião e alguns soldados da corte imperial. Aristarco e Lucas o acompanharam. Embarcaram, navegaram ao longo da costa de Creta, de onde uma tempestade veemente de vários dias os levou para a costa de Malta. O navio encalhou num escolho e os náufragos passaram o inverno na ilha. Depois navegaram via Sicília até Potéoli, onde P. e seus companheiros durante oito dias foram hóspedes da comunidade cristã. Pela Via Ápia chegaram a Roma (Dicionário).
Paulo em Roma

A primeira coisa que Paulo fez ao chegar a Roma foi convocar os líderes judeus para poder justificar-se das acusações contra ele, e para obter uma audiência amigável. É este o último registro de sua tentativa da ganhar os judeus. Observemos o resultado da sua pregação (28:24-28; compare com Mateus 13:13-15; João 12:40; Mateus 21:43).

Paulo passou dois anos ali, no mínimo, 28:30. Apesar de ser prisioneiro, tinha licença de morar numa casa própria alugada, com seu guarda, 28:16. Tinha licença de receber visitas, e de ensinar sobre Cristo. Já havia um bom número de cristãos ali (ver as saudações que enviou três anos antes, Rm 16). Os dois anos que Paulo passou ali foram muito frutíferos, atingindo o próprio Palácio, Fp 1:13; 4:22. Enquanto estava em Roma, escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemom e possivelmente, Hebreus.
O consolo de Paulo em Roma

Em Roma P. obteve licença de, embora guardado sempre por um soldado, morar em casa própria, junto com os companheiros de viagem, e podia receber livremente qualquer pessoa (Cl 4,10). Logo apareceram diversos de seus colaboradores, bem como representantes da maioria das comunidades cristãs: Timóteo (Cl 1,1), Marcos (4,10), Epafras de Colossos (1,6s), Tíquico da Ásia Menos (provavelmente Éfeso; 4,7) Demas Justo (Cl 4,11), Lucas (4,14), Marcos (Fm 24), Onésimo (Fm; Cl 4,9). Dois deles, Aristarco e Épafras (At 27,1; Cl 4,10; Fm 23), compartilharam voluntariamente sua prisão. P. aproveitou-se de sua relativa liberdade para pregar o evangelho: primeiro, novamente, aos judeus (At 28,17-28), mas também aos soldados que o guardavam e a outros romanos (Fp. 1,12s). Em Roma P. escreveu as chamadas "Epístolas do cativeiro" (Ef, Cl, Flp, Fm). Nas duas últimas transparece a sua esperança de ser libertado em breve (Fm 22; Flp 1,26; 2,24). At 28,30 parece sugerir a mesma coisa, pois Lucas, embora comunique que P. morou dois anos naquela casa, não diz nada sobre o resultado do processo.

Especulações sobre os últimos dias de Paulo

Os últimos anos de Paulo só conhecemos (fazendo-se abstração das informações de Clemente romano) por uma combinação de dados avulsos das epístolas pastorais. Alguns opinam que o apóstolo foi executado durante a perseguição de Nero, em 64.

Conforme os outros Paulo teria visitado a Espanha (Rm 15,24.28) e ainda teria trabalhado em Creta (Ti 1,5), Éfeso (1Tim 1,3), de onde visitou talvez Colossos (Fm 22), Hierápolis, Laodicéia e Mileto (2 Tim4,20), e na Macedônia. Em Nicópolis, no Epiro (Tt 3,12), teria escrito Ti e 1Tim.

Alguns pensam que P. penetrou até na Ilíria (2Tim 4,10), voltando depois por Tróade (2 Tim 4,13) para Éfeso (1 Tim 3,14). Em todo caso, 2 Tim supõe que P. foi preso novamente, e está em Roma (2 Tim 1,8. 16s; 2,9), onde só Lucas ficou com ele (4,10s).

Paulo queixa-se de que na sua primeira defesa os cristãos da Ásia Menor o abandonaram (1,15). Não há nenhum indício de contato com o apóstolo Pedro. Paulo menciona, entretanto, o apoio de alguns discípulos fiéis: Onésimo, Tito, Crescente, Tíquico, que havia mandado respectivamente à Dalmácia, à Galácia (ou à Gália?) e a Éfeso (4,10.12), e prepara-se para o martírio (4,7s).
A execução de Paulo

Deduz-se da tradição e de algumas referências, que Paulo foi posto em liberdade por mais ou menos 2 anos (veja Filipenses 1:24-26;2:24; Filemom 24; 2 Timóteo 4:17). Nesse período de liberdade provavelmente escreveu as epístolas a Timóteo e a Tito.

Acredita-se que depois desses dois anos, Paulo foi novamente preso e finalmente executado durante a perseguição que Nero promoveu contra os cristãos.

Diz-se a tradição que, como resultado de haver apelado para César, após dois julgamentos no ano 68 d.C., Paulo foi executado, fora da cidade.

Relata-se que Nero saiu de viagem enquanto Paulo estava em Roma. Entretanto, uma de suas concubinas foi ganha para o Senhor por intermédio do apóstolo. Quando Nero voltou para casa, ela havia juntado a um grupo cristão, abandonando o imperador. Nero ficou tão furioso que descarregou sua ira sobre Paulo, que foi levado para a Via Óstia onde o executaram.

conclusão
A maneira pela qual Paulo usou seus infortúnios deveria estimular os que estão "presos" em virtude de má saúde ou de outros motivos, a serem engenhosos na busca de meios pelos quais possam usar as circunstâncias limitadoras com vantagem. Paulo está agora prestes a passar a tocha ao jovem Timóteo. "Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas", escreve ele; "suporta as aflições, faze o trabalho de evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia" (2 Timóteo 4;5-8).

Visto que o seu próprio ministério chegava ao fim, Paulo exortava Timóteo a cumprir cabalmente o dele, a qualquer custo. A palavra grega "partida" é a mesma usada com referência a soltar as amarras de um navio. O apóstolo estava zarpando da praia celestial, porém fazia-o com um senso de "missão cumprida". Que modelo para Timóteo – e para nós também! A tocha está agora em nossas mãos!

bibliografia

BRITO, Robson J. Apostila. O que a igreja atual deve aprender com Atos dos Apóstolos. Edição Própria. Maringá-PR, 1996.

COTHENET, Édouard. Petie vie de Saint Paul. Desclée de Brower, Paris, 1995.

HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. Edições Vida Nova, 24.ª edição, São Paulo, 1970.

HORTON, Stanley M. El libro de los Hechos. Editorial Vida, 2.ª edição, Miami-FL, 1987.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

SANDERS, J. Oswald. Paulo, o líder. Editora Vida, 2.ª edição, São Paulo, 1988.

VISÃO PANORÂMICA DE ATOS DOS APÓSTOLOS

1. LOCALIZAÇÃO

1.1 Quadragésimo-quarto livro da Bíblia
1.2 Quinto livro do NT
1.3 Situado entre os 4 Evangelhos e as Epístolas Paulinas
1.4 Nos primeiros anos foi chamado de Quinto Evangelho.

2. DADOS ESTATÍSTICOS

2.1 Contém 28 capítulos e 1,007 versículos
2.2 O nome de João é mencionado 3 vezes
2.3 Cobre um período de aproximadamente 33 anos
2.4 Meniona 30 países, 39 cidades, 21 milagres e 15 pregações.
2.5 São relatadas 9 viagens missionárias.
2.6 57 pessoas estão associadas ao Ministério de Paulo.
2.7Aparecem 28 títulos de Cristo;11de Deus Pai;e 4 do Espírito Santo. 2.8 Contem 25 referências do Antigo Testamento.
2.9 Tomados com um todo, o Evangelho de Lucas e o livro de Atos representam cerca de vinte e cinco dos escritos da Era Cristã
2.10 Mais de 100 nomes pessoais citados (isto certamente destaca o valor do indivíduo.

3. DESTINATÁRIO: TEÓFILO

3.1 Nome grego: “amigo, amante de Deus”
3.2 Uma autoridade do Império Romano?
3.3 O advogado pessoal de Paulo durante sua defesa em Roma?
3.3 Um novo convertido, profundamente interessado no Evangelho?
3.4 Uma pessoa influente, interessada no Evangelho?
3.5 Um nome simbólico?
3.6 Muitos estudiosos afirmam que Teófilo deveria ter sido uma autoridade romano simpatico à causa do Evangelho. Talvez Lucas escreveu o livro de Atos como uma defesa do Cristianismo, em tempos de perseguição, a fim de demonstrar que não se tratava de um movimento subsersivo liderado pelos seguidores de Jesus.

4. ESCRITOR: LUCAS

4.1 Um médico conhecido, amigo e companheiro de Paulo, Cl 4.14; II Tm 4.11; Fl 24.
4.2 Escreveu o terceiro Evangelho. A similaridade de estilo e de vocabulário entre os dois livros não deixa dúvidas quanto à autoria de Lucas.
4.3 Escreveu provavelmente da Acaia ou de Roma
4.4 Lucas não foi uma testemunha ocular do ministério de Cristo. Ele escreveu Atos como o resultado do recolhimento de informações.
4.5 Ele foi companheiro e amigo de Paulo durante muitos anos. Veja o uso de EU e NÓS por exemplo em At 16:10-17; 20:5-16; 21:1-18; 27:1-28:16, etc.

5.DATA: Escrito entre os anos 60 e 63 a.D.

6.VISÃO GERAL DO CONTEÚDO DO LIVRO

6.1 “Um dos mais enfáticos livros da Bíblia, porque aborda um fator muito importante - a Igreja planejada, destinada, revelada e finalmente inaugurada”.
6.2 “Um livro de ações, de trabalho, de movimento contínuo, o que identifica a natureza da Igreja.”.
6.3 Único livro histórico do NT
6.4 Único livro que retrata a história da Igreja Primitiva
6.5 O mais extenso livro do NT.
6.6 “Ätos assinala a transição da atuação de Deus do meio dos judeus para uma dimensão universal de Sua Igreja. Em um senso real o leitor de Atos segue desde Jerusalém até os confines da terra” (Walvoord, Zuck, 1983, p.349.)

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Estudo para fixação
‘O Discípulo e o Evangelismo’
Texto Bíblico:
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura’ – (Marcos 16.15)
INTRODUÇÃO


O que é evangelismo? Certamente você já ouviu esta expressão em algum lugar, em vários setores da cristandade. Você mesmo foi alcançado pela graça de Deus através desta magnífica obra! Evangelismo é o emprego da Palavra de Deus por todos os crentes, com o sincero desejo no coração de ganhar almas para Cristo em todos os lugares, em todo o tempo, e por todos os meios. Cada crente autêntico, tem o privilégio de evangelizar. Todos os crentes estão autorizados e nomeados para esta nobre tarefa. Em suma, evangelizar é: pregar (mc 16.15); pescar (Mt 4.19); procurar os perdidos (Lc 15); livrar da morte (Pv 24.11); é cuidar da almas (Sl 142.4).


I.POR QUE E QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR

a. Todos precisam de um Salvador:- Todos os homens são pecadores e precisam de um Salvador. O homem pecou e foi destituído da glória de Deus (Rm 3.23), ou seja, ficou impossibilitado de permanecer na presença do Criador. Com a entrada do pecado no mundo Satanás tornou-se deus deste século e príncipe deste mundo. O pecador está preso pelos laços do diabo, dominado e entregue a toda a sorte de iniqüidades. Portanto necessita urgentemente de um Salvador. Você agora é portador desta mensagem preciosa, que propicia remissão e regeneração ao mais vil pecador. O homem só poderá crer depois de ouvir a Palavra: 'Como pis invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, sa não há quem pregue?' (Rm 10.14). Enquanto não cerer ele está perdido (Jo 3. 13-36), porém quando ouve a Palavra adquire fé (Rm 10.17), e esta comunica-lhe a salvação (Ef 2.8) e muitas outras bênçãos celestiais. Leia Mc 16.17, 18.

b. Recebemos uma ordem do Senhor Jesus:- Fomos chamados pelo Senhor e separados para a nobre e suprema missão de evangelizar (leia Mt 4.2 e Jo 20.21). A 'grande comissão' - repetida cinco vezes, em todos os evangelhos e em Atos (leia Mt 28.18-20; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.80, é o verdadeiro alvo do Novo Testamento. O 'Ide' de Jesus é mais do que uma ordem, é uma obrigação: "...me é imposta esta obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho" (1 Co 9.16). Isto não significa que você será forçado ou constrangido a pregar o evangelho, mas que foi convidado pelo Senhor a fazê-lo, e o faz com dedicação, prazer e gratidão dando seu próprio testemunho de fé ao mundo.

c. Deus nos concedeu o privilégio de participarmos de sua obra:- Os anjos desejam ardentemente realizar esta tarefa, mas eles não possuem este direito. O anjo disse a Cornélio que mandasse buscar a Pedro para que viesse e pregasse o evangelho: '...manda chamar a Simão...este te dirá o que deves fazer' (At 10.5, 6). Os seres angelicais nada podem fazer devido à sua condição de espíritos. Mas o crente tem plena condição de realizar esta obra. A proclamação do evangelho é um privilégio que Deus concedeu a homens com o fim de se adquirir galardões. A salvação é dádiva que o Senhor concedeu aos homens, mas o galardão é recompensa que o crente obtém mediante sua atividade na obra de Deus.

d. O tempo de Deus é já:- '...eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação' (2 Co 6.2). Por que agora? Agora estamos vivos. Não sabemos quando seremos recolhidos pelo Senhor. Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar (Jo 9.4). Hoje em nosso país, temos plena liberdade para pregarmos o evangelho em todos os lugares. Entretanto, pode ser que no futuro, nossa liberdade religiosa seja restringida ou caçada e fiquemos impossibilitados de pregar o evangelho. Devemos evangelizar todos os dias aproveitando todas as oportunidades. A Bíblia recomenda que preguemos a Palavra 'a tempo e fora de tempo' (2 Tm 4.2).

II.ONDE DEVEMOS EVANGELIZAR

Nem todos os lugares podemos fazer cultos e pregações, mas ganhar almas individualmente, sim. 

a. Nos cultos:- Após a pregação e o apelo, os ganhadores de almas, deverão estar atentos para levar os ouvintes uma palavra amiga e sincera. Existem pessoas que mesmo sendo convencidas pelo Espírito Santo, precisam de ajuda para fazer sua decisão. Muitos têm dúvidas, temores e diversas dificuldades internas. Nestas horas uma palavra de encorajamento é decisiva.

b. Nos lares:- Jesus disse que o campo é o mundo, o mundo começa à nossa porta, no nosso próprio lar (Mc 5.19). Muitas igrejas que hoje são grandes, começaram em casas particulares.

c. No trabalho:- Jesus chamou seus discípulos, quando eles estavam ocupados em seus trabalhos habituais. Nem sempre é possível evangelizar no trabalho, mas a mensagem que fala mais forte ao coração ímpio é a própria vida de quem prega. Portanto, um bom testemunho constitui-se numa poderosa mensagem.

d. Nos transportes:- No ônibus, trens, metrôs e outros meios de transportes públicos, as pessoas normalmente estão dispostas e desocupadas, gostam de conversar e ler. Quando não podemos falar com alguém, entregar um folheto apropriado é bem oportuno.

e. Nos hospitais, penitenciárias e outras instituições públicas:- A primeira providência é procurar obter a autorização para realizar o trabalho que se pretende. Há pessoas que em boas condições de saúde e em plena liberdade jamais ouviriam o evangelho, mas nestas circunstâncias costumam ouvir de boa mente. Nunca discuta pontos doutrinários ou religião. Lembre-se: seu objetivo é anunciar as boas-novas de salvação!

f. Em todos os lugares:-O convite da salvação destina-se a todas as pessoas em todos os lugares independente de cor, credo, religião, raça, cultura e posição social.

III.REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EVANGELIZAR

Em primeiro lugar, o ganhador de almas precisa ter a experiência da salvação. Se o crente não tem a convicção plena de sua própria salvação, como poderá convencer os outros?

a. Ler e estudar a Bíblia diariamente:- 'Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade' (2 Tm 2.15). 'Então Filipe, abrindo sua boca, e começando nesta escritura, lhe anunciou a Jesus' (At 8.35). É preciso que os crentes, que desejam ganhar almas para Cristo, estudem sistemática, metódica e perseverantemente a Bíblia. Aquilo que a eloqüência, o argumento e a persuasão humana não pode fazer, a Palavra de Deus o faz quando apresentada sob a unção do Espírito Santo.

b. Ter ardente amor pelas almas perdidas:- O evangelismo na igreja primitiva era caracterizado pelo esforço constante dos crentes no cumprimento do 'Ide' de Jesus. Nem as proibições, nem as ameaças de morte, nem as prisões, puderam deter aqueles irmãos que inflamados pelo poder de Deus e pelo amor às almas perdidas, em nada tiveram suas vidas por preciosas contanto que pudessem cumprir com alegria a sublime missão que lhes fora dada pelo mestre. Constrangidos pelo amor de Cristo (2 Co 5.14), eles não podiam deixar de falar do que tinham visto e ouvido (At 4.20). Se quisermos lograr êxito no evangelismo em nossos dias, a exemplo de nossos irmãos no início do cristianismo, devemos pedir ao Senhor que nos encha o coração de amor pelos perdidos.

c. Ter a vida santa, separada para Deus:- 'Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado'; 'Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão', (Sl 51.2, 13). Muitos crentes trabalham a toda força e não há frutos. Qual é a razão? O pecado é um impedimento à conversão de pecadores. Se estivermos em pecado, se não estivermos em comunhão com Deus, se estivermos nos descuidando da leitura diária da Bíblia e da oração, fatalmente teremos o coração de pedra e nosso trabalho não frutificará.

d. Aprender com o Mestre Jesus:-Leia agora em sua Bíblia o texto de João 4.1-30 e acompanhe os passos do nosso amoroso Salvador evangelizando a mulher samaritana:

(1). Jesus aproveitou a oportunidade - embora cansado e faminto, pregou. Ele teve amor e espírito de sacrifício, tudo por uma alma perdida.

(2). Ele esperou o momento de estar a sós com a mulher.

(3). Ele não se importou com os preconceitos raciais, sociais ou religiosos.

(4). Entrou logo no assunto da necessidade espiritual da mulher.

(5). Não se afastou do assunto da salvação e nem se desviou do seu objetivo.

(6). Jesus fez a samaritana entender que era uma pecadora.

(7). Não atacou seus defeitos nem a condenou.

(8). Jesus demonstrou compaixão e interesse na vida da mulher.

e. Ser cheio do Espírito Santo:- A ordem de Jesus à igreja em Mateus 28.20, para pregar o evangelho, está intimamente ligada à afirmação anterior: '...é-me dado todo o poder no céu e na terra', bem como na afirmação posterior: 'Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos'. Essa promessa foi cumprida na pessoa do Espírito Santo. A presença de Jesus com os discípulos foi trocada pela onipresença do Espírito Santo, que está em toda a parte. O apóstolo Pedro, fraco e tímido antes do Pentecostes, tornou-se em coluna após o revestimento de poder. É o Espírito Santo que capacita o crente e dá direção para a obra de evangelização.

Conclusão
Como discípulo de Jesus e pregador do evangelho, o crente precisa estar seguro que fora do evangelho não há esperança, não há remédio nem solução para as almas. Deus nos deu o ministério da reconciliação e também pôs em nós a palavra da reconciliação, de sorte que somos embaixadores da parte de Cristo.

Eia! Vamos a campo batalhar pelas almas perdidas a fim de enchermos a mesa do Pai! Mãos à obra crente! 

QUESTIONÁRIO

1. De acordo com o estudo desta lição, o que é evangelismo?

2. Por que devemos evangelizar?

3. O que a Bíblia recomenda a respeito do 'tempo' de pregar a Palavra?

4. Qual o principal requisito necessário à evangelização destacado nesta lição?

5. Quem é que dá direção e capacita o crente para a obra de evangelização?

Fim da 13ª Lição

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