13 de junho de 2017

Lição 12- Eu? A Mãe do Salvador? Subsídios : Adolescentes - 13 a 14 anos

 
TEXTO BÍBLICO
Lucas 1.26-38
Destaque
"Então anjo continuou: — Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você" (Lc 1.30).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG.....................................................................Lc 1.26
TER.....................................................................Lc 1.28
QUA....................................................................Lc 1.42 QUI.....................................................................Lc 1.32
SEX.....................................................................Lc 1.38
SÁB.....................................................................Lc 1.46
DOM....................................................................Lc 2.19

Objetivos
Levar o aluno a desenvolver a obediência e a confiança em Deus;
Mediar a reflexão acerca da vontade divina para nossas vidas;
Conscientizar os alunos a viver para Cristo.
Material Didático
Professor, use o quadro ou lousa para a exposição da aula, escrevendo alguns tópicos importantes como objetivo de fixar o aprendizado do aluno.

Quebrando a Rotina
Estabeleça um diálogo com os alunos a respeito do plano divino para a vida de Maria, a mãe de Jesus, e de José, o seu esposo. Considere que o sentimento de mãe é algo bem forte, onde a Bíblia compara várias vezes ao amor de Deus para com seus filhos, e promova uma roda de conversa fazendo que os seus alunos opinem sobre-as renúncias que Maria teve de fazer para que o propósito de Deus se tornasse realidade. Leve em conta que Maria não podia permitir que o seu sentimento materno interferisse em suas escolhas. Porquanto, o seu Filho amado teria que morrer pare salvar humanidade.

ESTUDANDO A BÍBLIA
Muitas vezes, passamos por aflições, sofrimentos, perseguições e, até mesmo, humilhações em nossa vida cristã, Embora não seja fácil, precisamos seguir em frente, firmes na rocha que é Cristo. As pessoas do mundo dizem que os crentes não têm "vida" por causa das suas renúncias. Porém, elas não entendem que fomos chamados para obedecermos ao propósito divino a cumprir neste mundo. Logo, renunciar ao pecado ainda é pouco diante da grandiosidade do chamado de Deus.

Caro Professor, oriente os seus alunos acerca da importância de, desde cedo, renunciar as próprias vontades por amor a Cristo. Nossos alunos precisam entender que a confiança em Deus, e de que Ele sempre sabe o que faz, traz segurança para uma vida cristã saudável. O sofrimento se torna pequeno diante da nossa missão em dar frutos no Reino espiritual: "E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento" (2 Co 4.17).

Falaremos de uma jovem muito especial que foi escolhida por Deus para ser a mãe de alguém ainda mais especial. Vamos conhecer um pouco mais sobre Maria, a mãe de Jesus. Não como a santa que alguns idolatram, mas como uma pessoa que era fiel e temente a Deus.

Agraciada
Quando o anjo Gabriel, enviado por Deus, foi à pequena cidade de Nazaré, na Galileia, e apresentou-se a Maria, usou as seguintes palavras: "— Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você" (Lc 1.28).
Desse modo, o anjo a cumprimentou de forma honrosa. A jovem Maria ficou espantada e sem entender o motivo daquela saudação, mas o anjo continuou dizendo que Deus estava contente com ela (Lc 1.30) e, por isso, ela conceberia e daria à luz um filho, cujo nome seria Jesus. Ele seria Filho do Deus Altíssimo e seria Rei sobre a casa de Davi e a casa de Jacó, eternamente num reinado sem fim (Lc 1.31-33).

Maria recebeu todas as promessas acerca do nascimento, ministério e reinado espiritual de Jesus. Mas todas aquelas informações eram espantosas para uma simples jovem como ela. No entanto, Deus a havia escolhido para ser a mãe do Salvador, aquela a quem Jesus, o Filho de Deus, obedeceria e honraria aqui na terra. Ela seria responsável pela criação e educação do Salvador da humanidade!

Meu caro adolescente, quando Deus também olhou para você, Ele achou graça em você e o escolheu para uma grande missão nesta terra. Talvez você ainda não saiba, ou está começando a entender e a descobri r agora, mas não tenha medo, pois se Deus o escolheu, Ele irá com você e lhe dará sabedoria para fazer a vontade divina até o fim.

AUXILIO TEOLÓGICO
Agraciada
Maria foi agraciada mais do que todas as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser a mãe de Jesus. Mas as Escrituras não ensinam em lugar algum que devemos dirigir-lhe orações, nem adorá-la, nem atribuí-la títulos especiais. Maria é digna do nosso respeito, mas somente o Filho é digno da nossa adoração.

(1) Maria foi escolhida por Deus porque achou graça diante dEle. Sua vida santa e humilde agradou tanto a Deus, que Ele a escolheu para tão sublime missão (2 Tm 2.21).

(2) A bênção de Maria, por ter sido escolhida, trouxe-lhe grande alegria, mas também muita dor e sofrimento (ver 2.35), uma vez que seu Filho seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a chamada de Deus sempre envolve bênção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso e desilusão.

Segundo a tua palavra
Maria submeteu-se plenamente à vontade de Deus e confiou na sua mensagem através de um anjo. Aceitou alegremente a honra e ao mesmo tempo o opróbrio resultante de ser a mãe da divina criança. As jovens crentes devem seguir o exemplo de Maria quanto à castidade, ao amor a Deus, à fidelidade à sua Palavra e à disposição de obedecer ao Espírito Santo" (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, p.1501).

Sofreu humilhações
Maria foi escolhida e isso não foi sem propósito, pois ela era uma jovem diferente aos olhos de Deus. O Senhor conhecia não somente o corpo, como também o coração de Maria. A Bíblia relata que ela era "uma virgem desposada com um varão cujo nome era José" (Lc 1.27).

Precisamos entender que o casamento dentro da cultura judaica era diferente do casamento da nossa cultura ocidental. O termo "desposada" era uma promessa de casamento, tipo um contrato, e funcionava como um noivado e tinha duração de um ano, mas na prática, o homem e a mulher já estavam comprometidos.
No entanto, não eram unidos sexualmente. O ato sexual só viria a ser concretizado quando eles se casassem. Por esse motivo, a Palavra de Deus diz que Maria era uma virgem "desposada", isto é, em vias de se casar, mas ainda não casada e, portanto, virgem! Tanto que depois, quando o anjo lhe diz a respeito de conceber um filho, ela questiona a possibilidade do ato: "— Isso não é possível, pois eu sou virgem!" (Lc 1.34).

Diante disso, o anjo Gabriel lhe respondeu: "— O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. [...] Porque para Deus nada é impossível" (Lc 1.35,37).
Diante disso, podemos entender que Maria assumiu o compromisso de arcar com as consequências de ter sido o instrumento usado por Deus para trazer o Salvador da humanidade a este mundo. No entanto, Deus cuidou de todas as coisas e proveu as condições necessárias para que Maria fosse livre das perseguições que sobrevieram em decorrência da gestação da criança. Deus a protegeu de humilhações, infâmias e de qualquer exposição pública. Isso nos mostra que Deus tem o controle de todas as coisas e está acima de qualquer dominação que governe!

Portanto, meu caro adolescente, todo os que querem ser obedientes e fiéis a Deus, passarão por perseguições nessa vida. Porém, podem contar com o consolo de Cristo em meio às adversidades.

AUXILIO TEOLÓGICO
A mensagem do Anjo a Maria
Ela turbou-se muito com aquelas palavras (v.29). Significa, literalmente, 'ela ficou grandemente agitada'. Mas o versículo indica que foi a saudação, e não a presença do anjo, que a perturbou. O que ele lhe disse era mais difícil de entender do que a sua aparição e, aparentemente, mais inesperado. Ela considerava significa, literalmente, 'ela-estava pensando'. Isto apresenta uma prova de sua presença de espírito neste momento crítico da sua vida.

Em teu ventre conceberás e darás à luz um filho (v.31). Aqui temos o anúncio da Encarnação. O Filho de Deus realmente se tornaria carne, seria concebido e nasceria de uma virgem. Neste Filho a divindade e a humanidade estariam unidas de maneira inseparável.

O seu nome, Jesus, significa 'Salvador' ou, mais literalmente, 'Jeová salva. E o equivalente grego do hebraico 'Josué'.

Lucas não joga com as palavras na etimologia do nome 'Jesus', como faz Mateus. Os seus leitores, sendo gentios, não teriam entendido o objetivo das palavras 'porque ele salvará o seu povo dos seus pecados' de Mateus 1.21, por não conhecerem a relação etimológica entre as palavras 'Jesus' e 'salvar'.

Este será grande (v.32). No seu sentido mais elevado e verdadeiro. Deus é grande, e toda a grandeza verdadeira vem dele e é reconhecida por Ele. Barnes acredita que essa frase é uma referência direta a Isaías 9.5,6. Será chamado Filho do Altíssimo. Não quer dizer que Ele simplesmente 'seria chamado' de Filho de Deus, mas é equivalente a 'Ele não apenas Será o filho de Deus, como também será reconhecido como tal'. Ele terá as marcas da divindade. Esta palavra hebraica era de uso comum, e literalmente equivalente a 'Ele será o Filho do Altíssimo (Comentário Bíblico Beacon. Vol.6. CPAD, 2006, p.363).

Obediente à vontade de Deus
Maria aceitou a vontade de Deus e foi obediente. Não se negou a cumprir sua missão: "— Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer! E o anjo foi embora" (Lc 1.38). Certamente, Maria renunciou aos seus planos, afim de aceitar a vontade divina. José, preocupado com a situação, não querendo que Maria fosse difamada, intentou deixá-la secretamente (Mt 1.19).
Entretanto, o anjo também lhe apareceu, explicando que Maria iria conceber por uma ação miraculosa do Espírito Santo. Desse modo, não precisaria temer em recebê-la em sua casa. E o Espírito Santo envolveria Maria, cobrindo-a com a sua sombra, e ela conceberia após o tempo certo, o menino Salvador (Lc 1.35). Seria uma concepção milagrosa!

Em alguns setores do Cristianismo, Maria é erradamente adorada como se fosse uma deusa. Porém, há somente um Deus digno de adoração e louvor. As pessoas confundem a graça que Deus achou em Maria com infalibilidade.

Embora Maria fosse santa e digna para cuidar do Filho de Deus, era humana como nós. E renunciou muitas coisas a fim de cumprir a vontade de Deus, assim como eu e você devemos fazer.

A mãe do nosso Salvador!
A jovem Maria foi escolhida para ser mãe do Salvador. Que missão! Deus sabia que ela seria capaz de cumpri-la. Mesmo em meio às suas fraquezas e dificuldades, confiaria no Senhor. Como mãe de Jesus, Maria sofreria muitas humilhações, pois teria que assistir a Cristo rejeitado, crucificado e morto, e tudo isso sem interferir na vontade de Deus.

Já pensou como foi difícil para ela ver o seu filho, que nascera de seu ventre, a quem ela protegeu desde pequeno, tornar-se adulto, ser crucificado e morto de uma forma tão cruel sem que nada pudesse fazer? Maria teve que sacrificar seu amor materno, em querer proteger seu filho e poupá-lo do sofrimento. Todavia, a promessa da morte do Messias para a remissão dos pecados do mundo deveria ser cumprida.

Desde cedo, Jesus já cumpria sua missão de anunciar a vontade do Pai. Por exemplo, no episódio em que Maria e José ficaram preocupados com o sumiço de Jesus e o encontraram no Templo, em meio aos doutores (Lc 2.46). Maria foi uma figura importante no ministério de seu filho; foi sábia, paciente, sofreu calada a sua dor de mãe. Assim, também é importante que aceitemos os planos de Deus para nossas vidas.

As vezes, você pode até pensar que está desperdiçando a sua juventude, renunciando os prazeres para viver em santidade, mas saiba que Cristo é a maior alegria que um adolescente pode experimentar. A alegria do mundo é superficial. Pense nisso!

Conclusão
Que possamos viver em santidade, para que Deus ache graça em nós e, assim, como Maria, também sejamos chamados de "agraciadas" ou "agraciados". Sejamos obedientes em cumprir os planos de Deus e renunciemos nossas próprias vontades para que vivamos para Ele.

Recapitulando
"Maria foi agraciada entre todas as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser mãe de Jesus. Entretanto, as Escrituras não ensinam em lugar algum que devemos dirigir-lhe orações, nem adorá-la e nem atribuir-Ihe títulos especiais.

Maria é digna do nosso respeito, mas somente o Filho é digno da nossa adoração. Maria foi escolhida por Deus porque ela achou graça diante dEle. Sua vida santa e humilde agradou tanto ao Criador, que Ele a escolheu para tão sublime missão. "Quem se purificar de todos esses erros de que tenho falado será usado para fins especiais porque é dedicado e útil ao seu Mestre e está pronto para fazer tudo o que é bom' (2Tm 2.21).

A benção de Maria, por ter sido escolhida, trouxe-lhe grande alegria, mas também muita dor e sofrimento, uma vez que seu Filho seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a chamada de Deus sempre envolve benção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso e desilusão" (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, 1995, p.1501).

A vida humilde e o sofrimento de Maria nos servem de exemplo. Como cristãos, precisamos viver uma vida de santidade, e confiarmos na vontade de Deus, mesmo que ela nos traga humilhações e perseguições. Sofrer com Cristo ainda é melhor do que viver a ilusória alegria deste mundo, pois a alegria mundana é passageira. Mas a nossa alegria, embora às vezes seguida de dores, é uma alegria eterna e isso já é suficiente para termos paz!

Refletindo
1. Comente sobre o comportamento de Maria e as palavras do anjo Gabriel.
Resposta livre.
Mas o professor deve fazer a mediação.

2. O que as humilhações e os sofrimentos de Cristo significam para você?
Resposta pessoal.
3. "Maria a mãe do Salvador." Comente a frase.
Comentário livre, mas o professor deve corrigi-la.



Aqui lições, dinâmicas, pré aula:Adolescentes - 13 a 14 anos: 2º Trimestre de 2017 - Adolescentes da Bíblia: Cpad
Fonte: Sub-ebd.blogspot.com

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