7 de abril de 2023

Plano de Aula Bíblica Adultos/Betel – Lição 02: A Criação revelando a glória do Criador

✋ A paz do Senhor Jesus Cristo a todos que amam a palavra de Deus, sejam muito bem vindos.

Mestre, Obreiro(a) ou Professor(a) da Escola Bíblica Dominical,
Esses materiais vão te auxiliar no preparo da aula.
Antes de dar esta aula pesquise os pontos abordados em seu Plano de Aula. Entenda a realidade social, psicológica, física e espiritual de seus alunos. O conteúdo precisa de aplicabilidade para a situação de vida de seus alunos e isso é o mais importante. procure ser criativo na exposição do assunto.
Que esta aula seja portadora de grandes bençãos para vida de seus alunos(as).
A AULA VAI COMEÇAR
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PLANO DE AULA
ANTES DA AULA
•Tenha todo o material da aula à mão para que não haja interrupções.

· Receba seus alunos com muito amor e alegria. Aqueles que tem faltado, mostre o quanto faz falta. O quanto é especial.

- Perguntem como passaram a semana.

- Escutem atentamente o que eles falam.

- Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.

- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.

Ore com sua turma por sua aula.
Observe se á algum pedido especial, pois as vezes pode ter acontecido algo com eles, e a sua oração, será aquilo que pode deixar tranquilo e confiante em Deus.

👉 Lembrem-se de que vocês devem oportunizar a participação do aluno, envolvendo-o através de exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem mais significativa.

 Momento do louvor
Movimente-se cante com alegria .
Ensine como devemos adorar a Deus e porque devemos.
Crédito endereço na descrição dos vídeos:
Harpa de Ouro - Eu Te Louvo (Com Letra)

RUDE CRUZ 291 / HARPA CRISTÃ COM LETRA

Harpa Cristã 505 - As palavras de Jesus

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TEXTO ÁUREO
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
Gênesis 1.27.


VERDADE APLICADA
O ser humano, por ser a coroa da criação de Deus, deve glorificá-Lo em todas as áreas da vida.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Apresentar a origem e o propósito da criação.
- Destacar as amostras da glória de Deus no homem.
- Falar sobre a restituição do propósito original.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
Gênesis 1. 26,28,31
26- E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.

28- E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que se move sobre a terra.

31- E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.


LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 19.1-6
A natureza manifesta a glória de Deus.

TERÇA / Sl 33.1-9
O júbilo na contemplação das obras de Deus.

QUARTA / Sl 136.1-9
Deus é louvado por Suas obras.

QUINTA / Jo 1.1-3
No princípio era o Verbo.

SEXTA / At 17.26-30
Deus de um só fez toda a geração dos homens.

SÁBADO / Rm 1.18-25
A ira de Deus sobre a impiedade e injustiça.


MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que Deus nos capacite a vivermos à altura da nossa vocação.


ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– Origem e propósito
2– As amostras da glória de Deus no homem
3– A restituição do propósito original
Conclusão.


INTRODUÇÃO
Na lição anterior vimos como a queda colocou a humanidade em oposição a Deus e sujeita ao Seu justo juízo. Nesta lição veremos o propósito de Deus ao criar todas as coisas e a relevância do ser humano viver segundo este propósito.


PONTO DE PARTIDA:
Fomos criados para glorificar o Senhor.


1- ORIGEM E PROPÓSITO
O mundo tem origem inteligente e propósito glorioso. A origem é um Deus pessoal e o propósito é a glória dEle manifestada em Sua criação. Este propósito é o tema central das Escrituras e da vida [Is 43.21; Rm 11.36].


1.1. Criados por um Deus glorioso.
A Bíblia não começa falando do homem. Ela começa falando de Deus e da glória dos Seus atributos: “No princípio criou Deus” [Gn 1.1]. A Bíblia, portanto, mostra, antes de mais nada, que o Deus eterno, auto suficiente, auto existente é o Criador, a causa e origem de todas as coisas. Ela quer que, sem distrações, vejamos a Sua glória. A glória de Deus manifestada na criação e em Cristo revela os atributos, o caráter e a perfeição do Criador [Jo 1.14].

- A tendência humana de imaginar Deus a partir do homem pode levar muitos a pensarem que Deus nos criou por necessidade. Esta ideia representa um Deus incompleto até que o homem fosse criado. Mas Deus não tem necessidades. Ele é independente de Sua criação. Suas obras não alteraram tudo que Deus é e sempre foi. É isso que significa dizer que Deus é um Deus satisfeito. Nós fomos criados por um Deus glorioso. Deus nos criou para que participássemos da Sua bendita e eterna satisfação em Sua própria glória.


1.2. Criados para um propósito glorioso.
Se Deus sempre foi autossuficiente, por que então criou o homem? Não encontramos esta resposta de forma explícita nos dois primeiros capítulos de Gênesis onde narra a criação. No entanto, é notório que Deus faz e fala. Ou faz por meio do falar. É assim que nós conhecemos alguém. Ouvindo o que ela diz e vendo o que ela faz. Na criação, Deus revela a si mesmo. É possível conhecermos parcialmente o Criador, por intermédio de Suas obras. Quando entendemos isso, nós encontramos o propósito glorioso da nossa existência: tornar o Deus glorioso conhecido por todas as pessoas.

- Van Groningen: “Não se afirma diretamente em Gênesis 1.1-2.25 o motivo pelo qual Deus decidiu criar e, desse modo, fazer-se conhecido a outros além da própria Trindade. Em Gênesis 1, no entanto, a repetida declaração “e Deus disse” indica seu desejo de falar, de expressar-se, e de fazer-se conhecido. Deus fez o que Ele quis fazer.”


1.3. Pecado: desviando-se do propósito.

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança [Gn 1.26]. Deus encheu o homem com atributos que anunciariam a glória de Deus [Gn 1.27]. “Encher a terra” [Gn 1.28; 9.1] não significa que a procriação tinha um fim em si mesma. As marcas da glória de Deus impressas no homem seriam espalhadas pelo mundo. Roger Stronstad (Teologia Bíblica Pentecostal – Carisma Editora, 2020, p. 32) comentou sobre a obediência dos filhos de Adão e Eva à ordem do Criador para multiplicação e encher a terra [Gn 1.27]: “Obedientes a essa ordem, os filhos de Adão e Eva e seus descendentes começam a se disseminar e povoar a terra. No entanto, por causa das consequências do pecado de Adão [Gn 3.12], à medida que a população aumenta, os pecados também crescem (…)”.

- John Piper diz: “O propósito de Deus na criação, portanto, era encher a terra com sua própria glória. Isso fica claro, por exemplo, em Números 14.21, em que o Senhor diz: “Toda a terra se encherá da glória do Senhor”, e em Isaías 43.7, em que o Senhor se refere ao seu povo como “os que criei para minha glória.
- A nossa origem e o nosso propósito só podem ser definidos em Deus.


2- AS AMOSTRAS DA GLÓRIA DE DEUS NO HOMEM
A criação do ser humano está em um ponto elevadíssimo em toda a criação por sermos feitos à imagem de Deus. Mas se Deus é Espírito, então o significado disso é que Deus nos fez portadores de atributos que apontam para Sua glória.


2.1. Corregência com Deus.
Quando Deus deu origem à criação, determinou seus papéis pelo poder criativo das suas palavras [Gn 1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24]. A palavra de Deus criava a ação ordenada. Mas quando Deus foi determinar o papel do homem, Ele lhe deu uma ordem consciente [Gn 1.27-30]. O homem, de posse dos atributos que Deus lhe conferiu, deveria usá-los consciente e intencionalmente para cumprir as ordens dadas pelo Criador. O homem é o único ser na face da terra que tem consciência de que está participando de uma corregência com Deus ao obedecê-lo. Que privilégio maravilhoso!

- Comentário Bíblico Broadman – volume 1: “Na criação, Deus levou a terra até certo ponto e depois colocou-a nas mãos do homem, para que dela se encarregasse. Ela não fora ainda “subjugada” nem ainda colocada completamente sob o domínio de Deus. O homem devia apressar este processo. Era seu privilégio e desafio. Tem sido a tragédia da história do homem que ele pensou que o domínio sobre a natureza, que lhe havia sido dado, era para o seu benefício pessoal. Assim pensando, ele esbanjou os recursos da terra. Agora está começando a perceber que o seu domínio consiste na responsabilidade de ajudar cada aspecto da natureza a atingir o seu alvo mais elevado. Em certo sentido, ele deve juntar-se a Deus, na tremenda tarefa de continuar a obra da criação.”


2.2. A glória no homem nas ações e palavras.
Assim como Deus se faz conhecido por Suas ações e palavras, Ele designou o homem em tornar Sua glória conhecida no mundo por suas ações e palavras. Depois de Deus criar todos os animais, poderia ele mesmo dar-lhes seus nomes. Preferiu, porém, designar ao homem esta tarefa. Animal a animal recebera o nome que Adão não só escolheu, mas proferiu [Gn 2.19-20]. Desta forma, a sabedoria de Deus comunicada ao homem ao criá-lo à Sua imagem deveria ser vista por toda a humanidade. Além das palavras, o homem deveria governar os animais e administrar os recursos naturais com sabedoria que honrasse seu Criador [Gn 1.28-31].

- Ao iniciar o livro de Atos, Lucas diz que em seu primeiro livro procurou descrever tudo o que Jesus começou a fazer e ensinar [At 1.1]. Ele era conhecido como “um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o povo” [Lc 24.19]. Cristo revelou-se como Filho de Deus e a Sua glória diante dos homens. Tudo o que Ele fazia e tudo o que falava não era para alcançar glória para si mesmo, mas para glorificar o Pai diante dos homens. Estes são os passos que Jesus deixou para nós seguirmos. 1Pedro 4.10-11 ensina que Deus distribuiu da Sua graça a cada um de nós para que, seja com as nossas palavras ou com o nosso serviço, devemos fazer de um jeito que em tudo seja Deus glorificado.


2.3. Um estágio no Éden.
O Éden foi, por assim dizer, o estágio humano para cuidar de toda a terra. No jardim havia todo tipo de árvores das quais o homem poderia comer [Gn 1.29]. E uma árvore a qual ele deveria “guardar” [Gn 2.15-17]. Além disso, Deus deu autoridade ao homem para subjugar os animais [Gn 1.26-28]. O diabo se apresenta justamente em um animal para tentar o homem, lhe fazendo perguntas às quais o homem não tinha o dever algum de responder. Assim, ao invés de subjugar a serpente, o homem se sujeita às suas sutis palavras [Gn 3.1-6]. Ou seja, o homem comete seu primeiro erro como corregente de Deus na criação. Subsequentemente comete o segundo, quando come da árvore que deveria “guardar”. Ao falhar em seu “estágio” edênico, o homem passa a administrar mal tudo o que Deus lhe confiou, quando não busca honrar a glória do Senhor da criação.

- R. N. Champlin: “A responsabilidade de Adão era lavrar o solo do jardim. Desta forma, Gênesis ensina a dignidade do trabalho na criação original. O resultado da queda não foi o trabalho, mas a labuta em face de forças intoleráveis. A tarefa de Adão era simples e agradável, sem espinhos, cardos ou ervas daninhas para tomá-lo frustrado. Sem um trabalho construtivo, o homem não pode obter da vida uma verdadeira satisfação. Ócio não era o modo de vida no Éden.”
- Apesar de Deus não precisar de nada nem de ninguém, Ele nos criou e nos designou como corregentes.


3- A RESTITUIÇÃO DO PROPÓSITO ORIGINAL
Paulo diz que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus [Rm 3.23]. O plano divino de salvação em Cristo Jesus é restaurar o ser humano por inteiro, incluindo sua honrosa posição original a qual Deus estabeleceu como corregentes de Sua criação.


3.1. Deus não destituiu o homem do seu papel na criação.

O trabalho do homem agora seria penoso o resto de sua vida [Gn 3.17-19]. Após a declaração “E Deus os abençoou” [Gn 1.28], com a entrada do pecado, foi acrescentada: “maldita é a terra por causa de ti” [Gn 3.17]. Porém, este honroso desígnio de Deus para o homem na criação continua de pé. A criação foi feita para o homem. Por isso Deus deixa para criar o homem no final, coroando Sua obra. Porém, como Deus fez o ser humano semelhante a Si mesmo, no encargo de dominar o mundo e enchê-lo, o homem deve fazê-lo para mostrar Deus. Apresentar a imagem dEle. Devemos agir em nossos deveres de forma a espelhar Deus e seus atributos comunicáveis. Ao dar ao homem a missão e poder de governar, como diz Piper: “O objetivo de Deus, portanto, era que o ser humano agisse de modo que espelhasse Deus, que tem o domínio supremo”.

- John Piper: “Ao ser humano é dada a posição elevada de portador da imagem, não para que ficasse arrogante e autônomo (como tentou fazer por ocasião da queda), mas para que refletisse a glória de quem o fez, cuja imagem traz em si”. Sermos portadores da imagem nos motiva a sermos zelosos em qualquer lugar, realizando qualquer tarefa; fazendo realmente qualquer coisa.


3.2. Não limite seu potencial de glorificar a Deus.
Cada ser humano tem um potencial dado por Deus. Quando desenvolvemos e expressamos este potencial, refletimos os atributos de Deus. Ou seja, as práticas religiosas não são as únicas nem as mais plenas formas de expressarmos nosso temor e amor a Deus. O desejo de Deus é que, como disse Paulo: “quer comamos, quer bebamos ou façamos qualquer coisa, façamos tudo para a glória de Deus” [1Co 10.31]. Não há no jardim menção de cultos, orações ou ofertas. A vida de obediência a Deus era o culto. O trabalho do homem lá, explorando todo potencial que Deus lhe conferiu, era o culto. Depois da queda, houve uma ruptura dicotômica. Os homens baniram Deus de suas vidas comuns, recorrendo a Ele apenas em suas necessidades ou deveres religiosos pré-programados. Esta é uma forma de limitarmos nosso potencial de honrar a glória do Criador.

- Não temos menção de ações cultuais realizadas por Adão e Eva dentro do Éden. Porém, ainda que Gênesis 4.26 diga que nos tempos de Enos é que se começou a invocar o nome do Senhor, no mesmo capítulo é narrada a história de adoração dos dois filhos de Adão e Eva [Gn 4.1-5]. Caim e Abel provavelmente aprenderam sobre adoração com seus pais. Uma adoração que implicava aceitação ou rejeição divina. É possível que, do lado de fora do jardim, Adão e Eva começaram a buscar reconexão com Deus através de sacrifícios e ofertas. Porém, já na primeira ação cultual de oferta registrada na Bíblia, fica evidente que não é qualquer ação cultual que Deus aprova.


3.3. O Servo perfeito de Deus.
Analisar mais de perto o papel e o propósito que o homem tinha em sua relação com Deus antes da queda nos leva a pensar sobre o que Deus espera de nós hoje. Somos convidados a uma reaproximação ao propósito original da vida, quando lembramos que, embora Deus tenha expulso o homem do Éden para o mundo, Cristo invade o mundo para nos trazer de volta não ao Éden, mas à comunhão plena com Deus. Apesar de ser Senhor de tudo, se esvaziou de si mesmo e se fez servo de todos [Fp 2.7]. Ele foi o perfeito Servo do Senhor [Is 42.1-8; Mt 12.18-20]. Serviu com a vida. Serviu até a morte. Obediente em tudo. Honrou a Deus não apenas no templo, em práticas religiosas, mas em tudo. Cristo com Seu trabalho perfeito resgata o ser humano para o propósito original de Deus.

- Paulo diz com clareza em Filipenses 2 que Cristo encarnou em forma de servo. Mais que isso. Ele poderia vir ao mundo como um rei, rodeado de servos e nunca experimentar trabalho. Porém, foi do desígnio de Deus que Ele se fizesse pobre [2Co 8.9], nascesse em uma família pobre e seguisse a profissão do seu pai José como carpinteiro [Mt 13.55; Mc 6.3]. Cristo foi definitivamente um homem de trabalho. Ele disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” [Jo 5.17]. Disse ainda: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou” [Jo 9.4]. Era necessário que aquele que veio assumir o nosso lugar como representante da humanidade, fosse um modelo de servo que agrada a Deus.

- O plano divino da salvação em Cristo Jesus é restaurar o ser humano por inteiro.


CONCLUSÃO
Que o presente estudo contribua para que cada discípulo de Cristo, por ter sido resgatado da vã maneira de viver [1Pe 1.18], esteja plenamente consciente e atento para viver no presente século conforme a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, para que em tudo seja Deus glorificado (1Pe 4.11).


Se é ensinar, haja dedicação ao ensino". Rm12 : 7b.
Seja imitador de Deus.
O fim de todas as coisas está próximo. Portanto sejam criteriosos e estejam alertas. (1 Pedro 4.7).
“Deixe o ímpio seu caminho e converta-se ao Senhor.” 
(Isaías 55.7).
“E conheça a verdade e a verdade vai libertar você!”
(João 8.32).

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