20 de fevereiro de 2020

Lição 08: O Espírito Santo e o Cristão - Central Gospel

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Coríntios 6.12-20
12 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

13 Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a fornicação, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.

14 Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.

15 Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? Não, por certo.

16 Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.

17 Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.

18 Fugi da fornicação. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo.

19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?

20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.



TEXTO ÁUREO
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. Romanos 8.15


SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Efésios 5.1-20
Somos filhos amados
3ª feira - Lucas 6.32-38
Devemos ser misericordiosos
4ª feira - 1 Pedro 1.13-25
Exortação à santidade
5ª feira - Gaiatas 4.1-20
Somos filhos por adoção
6ª feira-1 João 1.1-10
Andemos na luz
Sábado - 1 Coríntios 3.1-23
Somos templo do Espírito


OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
• Dar ênfase ao relacionamento do cristão com o Espírito Santo;
• Verificar a importância da experiência pessoal com o Espírito na vida do cristão e na igreja;
• Conhecer as doutrinas bíblicas sobre a comunhão com o Espírito Santo.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, não há registro de que algum mestre tenha utilizado os recursos didáticos tão bem quanto Jesus. Ele era perfeito no uso das fontes, criativo na transmissão de Sua mensagem e eficiente no aproveitamento da acústica dos ambientes. Howard G. Hendricks observa que "nada há de estereotipado sobre os padrões de ensino de Jesus. É difícil encontrá-lo fazendo sempre a mesma coisa da mesma maneira.

A gente lê os Evangelhos com fascinação para descobrir o que Ele fará em seguida". Jesus retirava subsídios para os Seus ensinamentos de duas fontes principais. A primeira eram as Sagradas Escrituras, das quais fazia constantes citações e referências. A segunda era o mundo ao Seu redor. Observando o mundo natural e os fatos do cotidiano, Ele enriqueceu o Seu ensino com lições inesquecíveis, comparações admiráveis e ilustrações eficazes (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã — Uma Jornada Para Toda Vida. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2012, p. 40).



Palavra introdutória
Nesta lição, vamos nos concentrar na relação real, pessoal, dinâmica, poderosa, transformadora o exclusiva que tomos com o Espírito Santo, bem como nos efeitos que somente a fé cristã, com suas doutrinas e seus dogmas, pode oferecer a todo aquele que se dispõe a uma experiência sobrenatural com o próprio Deus.


1. O RELACIONAMENTO INTENSO

No plano divino, o Espírito Santo desempenha diversas funções. Porém, após o Pentecostes, Ele tem atuado especialmente na vida do homem.

Durante toda a revista, vimos características e formas como o Espírito opera, mas recordemos brevemente algumas propriedades dele: conhece e sabe todas as coisas (1 Co 2.9-11), é a verdade (1 Jo 5.1-12), ensina (Lc 12.4-12), fala (Mc 13.1-13), vivifica (Ez 37.1-28) e fortalece (Mq 3.1-12); enfim, esse é o Espírito que habita em nós, o maravilhoso Consolador. Podemos usufruir de todas as particularidades do Espírito Santo quando nos lançamos em um relacionamento de profunda intimidade com Ele.



1.1. O nosso intercessor
Como vimos em nosso estudo anteriormente, não há dogma, religião, credo ou filosofia que consiga prover ao homem uma aproximação real e experimental de Deus. Essa é uma obra exclusiva do Espírito Santo (Ef 2.18,19). Ele desempenha um papel fundamental nisso, intercedendo por nós, mesmo quando não sabemos nos expressar ou não sabemos identificar o que realmente necessitamos de Deus (Rm 8.26).


1.2. O convívio cotidiano

O apóstolo Paulo recebeu a revelação de Deus de que o corpo do cristão é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16,17; 6.19,20). Isso prova que, muito mais do que ser um cooperador juntamente com o Pai, o Espírito busca conviver conosco cotidianamente. É assim que um relacionamento verdadeiro se concretiza.

Diferente do período do Antigo Testamento, quando o Espírito Santo se manifestava por intermédio de poucos homens, no período da Igreja, Ele atua de forma integrada em todos nós. Somos o Seu templo, a morada do Espírito de Deus, daí a recomendação de Paulo: Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós (2 Tm 1.14).

O fato de o Espírito habitar em alguém mostra que há um interesse real da parte de Deus em manter uma aproximação conosco. A vinda de Jesus é a maior prova de que Ele se preocupa com a humanidade e, mais do que isso, Ele quer conviver com a Sua criação (Rm 8.9).

Jesus declarou: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós (Jo 14.17). Isso confirma a habitação do Espírito Santo no cristão.



1.3. A assistência do Espírito Santo
O Espírito está pronto para prestar assistência ao cristão em momentos de aflição, angústia e perseguições ou quando ele precisar de ajuda para a defesa de sua fé. Essa assistência foi prometida literalmente por Jesus (Mc 13.11) e ela é múltipla, permanente, espontânea, gentil e incansável.

Nas Escrituras, vemos relatos de que o povo judeu estava sob o domínio romano. O cenário não era nada favorável aos que não possuíam terras, dinheiro nem cargos políticos. O povo simples era quem mais sofria, tanto pelas rígidas regras religiosas dos judeus como pelos pesados impostos que os romanos cobravam.

A vinda de Jesus abalou essas estruturas, principalmente a religiosidade judaica. Então, proclamar o evangelho da salvação acabou se tornando uma atividade bem perigosa em certos momentos. Por isso, o Espírito Santo apareceu como peça fundamental no plano divino, Ele prestou assistência aos cristãos daquele tempo e, até hoje, continua ajudando cada um de nós.

Enfrentar tribunais, governantes e reis a fim de testemunhar da obra de Cristo e de garantir a expansão do evangelho não era uma tarefa fácil para um povo simples; mas Jesus garantiu que o Espírito Santo ministraria por intermédio de cada um sempre que houvesse a oportunidade (Mc 13.11). Trata-se de um estímulo a todos os cristãos que desejam testemunhar de Cristo e honrar Seu nome (Jo 14.26; At 4.8). Se estamos andando no Espírito, não teremos dificuldade em proclamar o evangelho quando surgirem as oportunidades, mas, ainda assim, se tivermos problemas, Ele estará presente para nos ajudar a superar os desafios (Jo 15.26, 27).



2. A COMUNHÃO COM O ESPÍRITO
A bênção apostólica destaca um importante aspecto do ministério do Espírito Santo: a comunhão (2 Co 13.13). Ter comunhão com o Espírito significa ser guiado (Jo 16.13), ungido (1 Jo 2.20,27), fortalecido (Ef 3.16), ajudado (Rm 8.26); ensinado (Jo 14.26), santificado (Rm 15.16), renovado, regenerado (Tt 3.5) e vivificado por Ele (Rm 8.1).

O Espírito é quem produz e aprofunda a comunhão do crente com Cristo (Ef 3.17). A base dessa comunhão é a expiação do pecado pelo sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O alvo da comunhão é que Cristo habite em cada vida e exerça a plenitude do Sou senhorio (Jo 15.5; Gl 2.20; Ef 2.20-22; Ap 3.20).

A garantia da comunhão é assegurada pela Palavra (1 Co 1.9). Ao desfrutar dessa comunhão, o cristão recebe uma nova visão espiritual do amor de Cristo (Ef 3.18,19). Esse amor deve ser conhecido e compreendido completamente (Rm 5.5).



2.1. Dependência do Espírito
No decurso da sua vida, cada cristão aprende que precisa depender completamente do Espírito Santo. Ele é absolutamente indispensável para o nosso viver. Dependemos dele para a nossa salvação (Jo 3.6,7), para a compreensão das Escrituras (Jo 16.13), para orarmos com eficácia (Rm 8.26), para prosseguirmos na tarefa da evangelização (Ap 22.17), para obtermos o revestimento de poder (At 1.8), para recebermos a manifestação dos dons (1 Co 12.8,9; Rm 12.3-8; Hb 2.3,4) e para sabermos a direção correta (G1 5.18).


2.2. Fé
A fé está intimamente ligada ao Espírito Santo. Ele não somente produz dentro do coração do pecador a fé salvadora, mas também leva o cristão a cultivar a fé corno elemento do fruto do Espírito (G1 5.22).

O autor de Hebreus encoraja seus leitores a olharem para Jesus com a mesma intensidade que um atleta fixa a atenção em seu alvo. E, assim como o atleta, eles devem continuar com perseverança e se livrarem de qualquer pecado que possa fazê-los tropeçar na corrida da vida. Jesus mesmo foi exemplo disto: ao fixar Seus olhos na alegria adiante, Ele suportou a cruz, desprezou a vergonha, e sentou-se ã direita do trono de Deus (Hb 12.1-3). Ao olharem para Jesus, os leitores poderiam ver que os seus sofrimentos eram pequenos comparados com os do Mestre. Eles ainda não tinham sofrido a ponto de derramar sangue, como Ele fez (TOWNS; GUTERREZ, Central Gospel 2014, p. 233).



2.3. Fortalecimento

O cristão é fortalecido constante e permanentemente pelo Espírito Santo (Ef 3.16). Esse fortalecimento revigora o homem interior (Jr 31.33; Rm 7.22,23; 2 Co 4.16) e é administrado segundo as riquezas da glória de Cristo (Ef 1.7,18; 3.16; Rm 9.23; 11.33).


2.4. Frutificação
A ilustração no Evangelho de Mateus mostra que a verdadeira fé em Cristo transforma a vida e produz frutos para a glória de Deus. Tudo na natureza se reproduz segundo sua espécie, e o mesmo princípio também vale para o reino espiritual. O bom fruto vem de uma boa árvore, enquanto o fruto ruim vem de uma árvore ruim. A árvore que produz frutos podres será cortada e lançada no fogo: Portanto, pelos seus frutos os conhecereis (Mt 7.20). É o Espírito Santo quem nos ensina e ajuda-nos a frutificar (Mt 7.17).


2.5. Guiado pelo Espírito
O termo guiado pelo Espírito ocorre expressamente em apenas uma das epístolas de Paulo (Rm 8.14,15), mas a verdade é que ela é encontrada implicitamente ao longo de todo o Novo Testamento.

É claramente estabelecido no texto de Paulo que ser filho de Deus é a condição maior para alguém ser guiado pelo Espírito Santo. Mateus, por exemplo, informamos que o Mestre foi conduzido ao deserto, guiado pelo Espírito, para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1).

Outro texto que nos ajuda a entender mais profundamente esta realidade espiritual é Atos 10.38: como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.



3. O ESPÍRITO SANTO E A ADOÇÃO
O Dicionário Houaiss define adoção como processo legal que consiste no ato de se aceitar espontaneamente como filho de determinada pessoa, desde que respeitadas as condições jurídicas para tal. Pela adoção, é estabelecida uma relação legal entre pais e filhos, normalmente precedida de um processo judicial.

Teologicamente, a adoção é selada e confirmada pelo Espírito Santo, concedendo à pessoa que confessa a Cristo como Salvador o status de membro da família de Deus. A doutrina da adoção é aludida em passagens como Gálatas 4.4-7; Romanos 8.14-17; João 1.12; 2 Coríntios 6.18.

O ensino geral das Escrituras a respeito da adoção permite-nos identificar alguns aspectos da relação entre Deus e Seus filhos. Para começar, a adoção é um dom de Deus, do qual participam as três pessoas da Trindade (G1 4.6). É um ato soberano e livre, espontâneo e perfeito (Ef 1.5), que nos proporciona extraordinários privilégios e solenes deveres. Por meio da adoção, nossa vida de escravidão é anulada e recebemos uma maravilhosa união com Cristo (G14.7; Hb 2.10-13).



3.1. A nova condição de filhos

A condição de filho de Deus é obtida pela fé (Gl 3.26). Por causa da adoção, cada cristão tem o dever de seguir, servir, obedecer e imitar a Deus, atitudes expressas no mandamento de amar o próximo como Deus amou (Mt 5.43-48).

Por serem filhos de Deus, desfrutando da adoção, os cristãos devem amar uns aos outros profundamente com um amor caracterizado pela prática da justiça, pela compaixão e até pela disposição de entregar a própria vida em favor do próximo (1 Jo 3.10-18).

Ao levar-nos a Cristo e ao conhecimento da verdade, o Espírito Santo tomou possível a nossa adoção, e Ele sempre trabalhará para que cumpramos nossos objetivos e deveres (Rm 8.15,16).

Sendo assim, não podemos perder de vista o fato de que a adoção nos fez participantes da herança divina. Essa confiança nos ajuda a triunfar sobre as adversidades da vida e nos faz contemplar a eternidade com serenidade, esperança e fervor (Rm 8.17).



CONCLUSÃO
Nessa lição, podemos colocar alicerces mais firmes e duradouros a fim de que tenhamos uma fé vibrante na situação real que a Igreja deve considerar: somos filhos porque o Espírito nos adotou em Cristo, desfrutamos da habitação do Santo Espírito e temos uma relação real, viva e diária com Ele. É preciso que cada aluno reconheça isso e desfrute abundantemente de todos os ricos benefícios dessa relação com Deus.



ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Cite exemplos do que o ser humano pode experimentar ao ter comunhão com o Espírito Santo.
R. O crente pode conhecer melhor as Escrituras (Jo 16.13), receber auxílio na oração (Rm 8.26) e força para a evangelização (Ap 22.17); também pode receber o revestimento de poder (At 1.8) e pode manifestar os dons do Espírito (1 Co 12.8,9; Rm 12.3-8; Hb 2.3,4).







Vídeo aula: 
Endereço na descrição dos vídeos

      
Revista Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - nº 61 - 1º Trimestre de 2020 - Tema: O Espírito Santo: Divino Companheiro, Consolador e Mestre - Central Gospel

Nenhum comentário:

Postar um comentário