O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos líderes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR), afirmou na manhã desta segunda-feira (14) que a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, “tem que se explicar e será cobrada” sobre o encontro com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, em Brasília, fora da agenda oficial.
“Encontros fora da agenda não são ideais para nenhum funcionário público. Nós mesmos [da força-tarefa da Lava Jato] fomos convidados no dia da votação do impeachment ao Palácio do Jaburu e recusamos, porque entendemos que não tinhamos nada que falar com o eventual futuro Presidente da República naquele momento”, disse Lima.
Carlos Fernando detalhou como aconteceu o convite: “Nós estávamos recebendo um prêmio em Brasilia e um emissário de Michel Temer [que ainda era presidente interino, durante o afastamento de Dilma Rousseff para se defender no processo de impeachment] nos convidou para ir ao Palacio do Jaburu. Nós avaliamos que não era conveniente. Não havia porque conversar com o eventual presidente, e que haveria uma repercussão negativa para a Lava Jato”.
A reunião teria sido chamada antes da votação do Senado. Apesar da cobrança, o procurador disse não temer que a operação seja afetada pelo episódio.
“Cada força-tarefa pelo País tem inteira responsabilidade pelos atos que toma. O procurador-geral pouco pode influenciar nas decisões. A dra. Raquel Dodge tem um histórico muito e muito forte na área criminal, inclusive do MPF [Ministério Publico Federal], e a equipe dela é excelente, atuou no caso do mensalão, então não acreditamos que haja uma mudança na essência”.
Encontro com Temer
Na semana passada, a futura procuradora-geral da República se reuniu com Temer, no Jaburu, após às 22h, em evento que não constava da agenda oficial do presidente.
Em meio às críticas recebidas antes mesmo de assumir o comando do Ministério Público Federal, Raquel Dodge divulgou nota oficial no domingo (13) para esclarecer o encontro polêmico. No comunicado, disse que a audiência constou de sua agenda pública e teve por objetivo discutir a posse no cargo, quando substituirá Rodrigo Janot, prevista para 18 de setembro.
“Os fatos que motivaram a reunião são institucionais”, afirmou no comunicado. Afirmou também que “o mandato do atual PGR terminará no dia 17 de setembro. Com isso, caso a posse ocorresse apenas após a viagem presidencial, o Ministério Público da União ficaria sem titular para o exercício de funções institucionais junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional do Ministério Público, a partir do dia 18″.
Os encontros noturnos fora da agenda de Temer no Jaburu têm causado polêmicas. Na noite de 7 de março, ele recebeu o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, que gravou a conversa entre os dois. Depois, na noite do dia 6 deste mês, o presidente recebeu o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Assim como ocorreu no caso da visita de Raquel Dodge, a reunião de Temer com Mendes foi revelada por um cinegrafista que fazia plantão do lado de fora do palácio.
Fonte: R7
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“Encontros fora da agenda não são ideais para nenhum funcionário público. Nós mesmos [da força-tarefa da Lava Jato] fomos convidados no dia da votação do impeachment ao Palácio do Jaburu e recusamos, porque entendemos que não tinhamos nada que falar com o eventual futuro Presidente da República naquele momento”, disse Lima.
Carlos Fernando detalhou como aconteceu o convite: “Nós estávamos recebendo um prêmio em Brasilia e um emissário de Michel Temer [que ainda era presidente interino, durante o afastamento de Dilma Rousseff para se defender no processo de impeachment] nos convidou para ir ao Palacio do Jaburu. Nós avaliamos que não era conveniente. Não havia porque conversar com o eventual presidente, e que haveria uma repercussão negativa para a Lava Jato”.
A reunião teria sido chamada antes da votação do Senado. Apesar da cobrança, o procurador disse não temer que a operação seja afetada pelo episódio.
“Cada força-tarefa pelo País tem inteira responsabilidade pelos atos que toma. O procurador-geral pouco pode influenciar nas decisões. A dra. Raquel Dodge tem um histórico muito e muito forte na área criminal, inclusive do MPF [Ministério Publico Federal], e a equipe dela é excelente, atuou no caso do mensalão, então não acreditamos que haja uma mudança na essência”.
Encontro com Temer
Na semana passada, a futura procuradora-geral da República se reuniu com Temer, no Jaburu, após às 22h, em evento que não constava da agenda oficial do presidente.
Em meio às críticas recebidas antes mesmo de assumir o comando do Ministério Público Federal, Raquel Dodge divulgou nota oficial no domingo (13) para esclarecer o encontro polêmico. No comunicado, disse que a audiência constou de sua agenda pública e teve por objetivo discutir a posse no cargo, quando substituirá Rodrigo Janot, prevista para 18 de setembro.
“Os fatos que motivaram a reunião são institucionais”, afirmou no comunicado. Afirmou também que “o mandato do atual PGR terminará no dia 17 de setembro. Com isso, caso a posse ocorresse apenas após a viagem presidencial, o Ministério Público da União ficaria sem titular para o exercício de funções institucionais junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional do Ministério Público, a partir do dia 18″.
Os encontros noturnos fora da agenda de Temer no Jaburu têm causado polêmicas. Na noite de 7 de março, ele recebeu o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, que gravou a conversa entre os dois. Depois, na noite do dia 6 deste mês, o presidente recebeu o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Assim como ocorreu no caso da visita de Raquel Dodge, a reunião de Temer com Mendes foi revelada por um cinegrafista que fazia plantão do lado de fora do palácio.
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