18 de junho de 2017.
Verdade Aplicada
Os graves erros cometidos por seus líderes fizeram com que o povo de Judá se afundasse cada vez mais em seus pecados.
Objetivos da Lição
Entender o propósito de Deus a respeito do exílio;
Ter a certeza que o Senhor é Soberano entre as nações;
Mostrar as consequências do pecado do povo de Judá.
Glossário
Bel-prazer: Vontade ou prazer individual; vontade própria; arbítrio, capricho;
Exílio: Expulsão da pátria; expatriar-se;
Nostalgia: Melancolia ou tristeza profunda causada em pessoa exilada ou longe de sua terra natal.
Leituras complementares
Segunda Jr 52.28
Terça Jr 52.29
Quarta Jr 52.30
Quinta Jr 52.31
Sexta Dn 1.1
Sábado Dn 1.2
Textos de Referência.
Jeremias 52.14-16, 28
14 E todo o exército dos caldeus que estava com o capitão da guarda, derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém.
15 E os mais pobres do povo, e a parte do povo que tinha ficado na cidade, e os rebeldes que se haviam passado para o rei da Babilônia, e o resto da multidão, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou presos.
16 Mas dos mais pobres da terra deixou Nebuzaradã, capitão da guarda, ficar alguns, para serem vinhateiros e lavradores.
28 Este é o povo que Nabucodonosor levou cativo no sétimo ano: três mil e vinte e três judeus.
Hinos sugeridos.
Harpa Cristã: 63
Harpa Cristã: 115
Harpa Cristã: 127
Aqui lições, slides, pré aulas, e mais...Revista Adultos - 2º Trimestre de 2017
Motivo de Oração
Ore pelo governo e pela igreja no Brasil.
Introdução
1. O propósito de Deus quanto ao exílio.
2. A convocação ao arrependimento.
3. A hora de voltar para casa.
Conclusão
Introdução
O castigo foi necessário para mostrar ao povo que Deus não havia mudado. Ele queria que o Seu povo retornasse à verdadeira adoração. Ele mostrou Seu grande amor ao trazer Israel de volta após um longo exílio na Babilônia.
1. O propósito de Deus quanto ao exílio.
O povo de Israel foi eleito para ser um povo exclusivo do Senhor. Mas, durante o decorrer dos anos, a nação se desviou dos verdadeiros ensinamentos. Israel estava andando segundo seu bel-prazer, praticando toda sorte de pecados. Estava andando mais para trás do que para frente (Jr 7.23-24). Como se recusaram a ouvir as advertências de Deus, o juízo foi derramado sobre eles.
1.1. As causas que levaram o povo ao exílio.
Este cruel acontecimento havia sido anunciado pelo profeta Isaías ao rei Ezequias (2Rs 20.16-17). A finalidade de Deus era que Israel fosse um povo separado entre as demais nações. Eles teriam a responsabilidade de guiar os outros povos em direção a Deus e ao Messias. No entanto, durante anos, o povo de Israel se esqueceu do Senhor. Os pecados cometidos nos dias de Jeremias, que levaram o povo ao exílio, continuam acontecendo de igual modo nos dias de hoje, tais como: idolatria, assassinatos, desprezos aos profetas de Deus, etc.
O livro de Provérbios afirma: “O Senhor fez todas as coisas para os seus próprios fins, e até o ímpio, para o dia mal” (Pv 16.4). Não há dúvidas de que o rei Nabucodonosor serviu aos desígnios soberanos do Senhor para disciplinar o Seu povo desobediente, pois estavam envolvidos em muitos pecados (Jr 5.30-31). Deus queria que o Seu povo abandonasse os seus pecados e se voltasse para Ele, em reverência e dependência total: “Ele te declarou, ó Homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus”? (Mq 6.8).
1.2. Uma vida sem perspectiva.
O povo de Judá estava disfarçando a sua vida espiritual. Eles estavam cometendo pecado e pensavam que ninguém estava vendo, nem mesmo Deus. O pecado é assim mesmo. Ele ludibria as pessoas, confunde a sua visão, leva-as à fraude espiritual e deixa-as destituídas da verdade. Mas o Senhor vê todas as coisas (Sl 33.13-15). Nos dias de Jeremias, o povo de Judá estava vivendo uma vida dupla. Suas vidas estavam sobrecarregadas de hipocrisia (Jr 6.14). Ou seja, estavam praticando um culto da boca para fora. Era um culto magnífico, mas sem vida, sem amor, sem experiência com Deus. Diante disto, Deus trouxe contra esta nação, que já não mais O adorava, uma série de castigos, culminando na destruição de Jerusalém e o cativeiro do povo.
Quando refletimos sobre a verdadeira adoração a Deus, idealizamos alguma coisa que provém de nós mesmos, a fim de anunciarmos louvor às qualidades de Deus. A Bíblia relata que devemos adorar ao Senhor com todo o nosso coração (Mc 12.30). A adoração simplesmente com os lábios, e não com o coração, é uma adoração fingida. Deus não quer apenas uma parte de sua vida. Ele pede todo o seu coração, toda a sua alma, toda a sua mente e toda a sua força. Que possamos nos achegar ao Senhor com nossos corações, em obediência e amor.
1.3. O cativeiro agora era uma realidade.
As profecias de Jeremias eram concisas como Deus havia dito que era para ser. O profeta Jeremias descreve que: “Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, as nações enlouqueceram” (Jr 51.7). O avanço do exército inimigo contra Judá não era simplesmente resultado da cobiça babilônica ou de fracasso na política externa, mas consequência do povo não ter atentado para as diversas advertências divinas desde Moisés, antes mesmo de Israel entrar em Canaã sob o comando de Josué. Hoje, vivemos dias não diferentes de Jeremias, dias de indiferença e rebeldia ao Senhor. Devemos sempre nos lembrar que a atitude do povo de Judá provocou o caos espiritual e o exílio.
Desde a chamada do patriarca Abraão, o povo de Israel deveria ser diferente, isto é, monoteísta (adorar um único Deus), enquanto os demais povos eram politeístas (adoravam vários deuses). Através dos séculos, depois de entrar na terra Prometida, o povo de Israel se deixou vencer continuamente pela idolatria, contrariando os mandamentos do Senhor Deus (Êx 20.3-5).
2. A convocação ao arrependimento.
Em seu livro, o profeta Jeremias nos apresenta um cenário envolvendo a perversão de Judá e de sua consequente derrota para os babilônios. Conforme a rebeldia do povo aumentava, mais vulneráveis se tornavam, sendo incapazes de compreender a vida e a realidade divina.
2.1. Os profetas no exílio.
O profeta Jeremias foi contemporâneo dos profetas Ezequiel e Daniel. Jeremias serviu como profeta de Deus em Judá, enquanto Daniel e Ezequiel foram profetas na cidade da Babilônia. Mesmo no cativeiro, Deus estava cuidando do Seu povo. Jeremias permaneceu em Jerusalém, mas Deus também tinha seus profetas no exílio: Daniel e Ezequiel, pois o Senhor prometeu jamais abandonar o Seu povo (Dt 31.6).
Jeremias desempenhou seu ministério profético na terra de Judá anunciando a destruição de Jerusalém e o cativeiro. Daniel esteve na comitiva em Babilônia, servindo como político no palácio real, e, Ezequiel ministrou para os judeus exilados no campo. O profeta Daniel foi transportado nove anos antes que Ezequiel para a Babilônia. A história de Israel a partir deste ano passou a ser estendida em duas localidades geograficamente separadas, com profetas em Jerusalém (Jeremias) e na Babilônia (Daniel e Ezequiel). Este episódio mudou a história do povo de Deus.
2.2. É preciso louvar ao Senhor.
Os judeus se reuniam no templo de Jerusalém. Neste lugar, todo judeu deveria se dirigir para lá a fim de adorar ao Senhor. Daniel, mesmo no exílio, orava em seu quarto com a janela voltada para a direção de Jerusalém (Dn 6.10). Com a conquista de Jerusalém (Dn 6.10). Com a conquista de Jerusalém por parte dos babilônios, que destruíram o templo e deportaram a população para a Babilônia, o povo não tinha mais terra nem templo. Como era preciso adorar o Senhor, surge neste momento a sinagoga. Assim, a sinagoga passa ser o local do culto judaico, um ponto de encontro dos judeus para as preleções, orações e leitura das Escrituras. Ao se desenvolver entre os judeus as sinagogas, intensificou-se a precisão de cópias das Santas Escrituras para os grupos dos exilados judeus em toda a Babilônia. Mesmo cativo era preciso adorar ao Senhor.
O aparecimento das primeiras sinagogas é atribuído ao período do exílio babilônico, quando os judeus deixaram de ter um templo para venerar e sacrificar ao Senhor. Nesta ocasião, os judeus mais religiosos, passaram a reunir-se numa sinagoga para ouvir a Palavra do Senhor e fazer orações. As sinagogas tornaram-se então as instituições mais importantes para os judeus. Em qualquer local onde tivesse dez judeus, podia ser aberta uma sinagoga. A direção da sinagoga era exercida pelo rabino, o qual era eleito pelos componentes daquele grupo.
2.3. Mesmo no cativeiro Deus cuida do Seu povo.
A nação de Judá foi castigada para mostrar o quanto o Senhor é fiel e verdadeiro. Deus planejou trazer seu povo de volta à verdadeira adoração e mostrar às nações quem era o Deus de Judá. Mesmo habitando com pagãos na Babilônia, o povo eleito do Senhor não poderia se contaminar. Ou seja, a lealdade do Senhor não podia ser negociada de modo algum. A nossa realidade não é diferente. O Senhor nos diz a mesma coisa hoje: Não se contamine! A vida do profeta Daniel nos inspira em todas as fazes da nossa vida. Ele foi um homem leal a Deus da juventude à velhice. Mesmo que as circunstâncias sejam distintas, o mesmo Deus que conduziu o profeta Daniel na Babilônia nos conduzirá em nossa caminhada.
O profeta Daniel tinha uma vida de oração, que lhe impulsionava a não abandonar ao Senhor. Ele começou a buscar o Senhor em oração ainda moço e não sucumbiu, nem mesmo quando já estava em idade adiantada. Daniel entrou para a história porque buscava o Senhor em oração constante. O que aprendemos com Daniel é que, mesmo vivendo escravizado, o Senhor se torna a água para os que têm sede e pai para os órfãos.
3. A hora de voltar para casa.
O profeta Jeremias assegurou que o Senhor resgataria o Seu povo do cativeiro (Jr 30.10; 46.27). Do mesmo modo, Moisés e Salomão, séculos antes, haviam falado sobre uma restauração após o cativeiro (Dt 30.1-5; 1Rs 8.46-53). Outros profetas também asseguravam o livramento do exílio (Ez 39.25-27; Am 9.13-15; Sf 2.7; 3.20).
3.1. A restauração do povo de Israel.
O período que o povo ficou exilado marcou intensamente tanto os que permaneceram em Judá como os que foram transportados para o exílio. Muitos, de formas distintas, viveram o conhecimento da aflição, da nostalgia, do desprezo e a consciência de culpabilidade pela catástrofe que se abateu sobre o reino de Judá. Sem dúvida alguma, um dos períodos mais difíceis e dolorosos. Mas também foi motivo de renovação e retomada da fidelidade a Deus.
Com o exílio na Babilônia surgiriam importantes escritos como de Ezequiel, Daniel e partes dos Salmos. Esses relatos geram a perspectiva do regressar, de um novo êxodo em que Deus mesmo vai ajuntar o seu povo como o pastor reúne o seu rebanho (Is 40.10-11). O exílio na Babilônia e o retorno do povo à terra de Judá foram percebidos como um dos grandes atos principais no episódio da relação entre o Deus de Israel e o Seu povo arrependido.
3.2. O Senhor é Soberano.
Deus possui discernimentos que passam longe de nossos pensamentos. Ele usa quem Ele quer em Suas mãos. Após os setenta anos de cativeiro (Jr 29.10), o Senhor escolheu um rei gentio para executar os Seus planos. O rei Ciro foi um instrumento nas mãos do Senhor para garantir o retorno do Seu povo (Ed 1.1-3). Ele é Soberano e sabe a melhor forma e a quem usar para executar Seus planos.
A Soberania do Eterno Deus é informada nas Sagradas Escrituras que é impossível alguém negar essa doutrina. Deus é declarado como Soberano em cada folha das Sagradas Escrituras. De igual modo, o mesmo Deus governa e administra todas as questões desse mundo por Seu poder (Sl 115,2-3). O Senhor Deus é poderoso para fazer o que quiser, pois tudo é dEle: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1). Sua Soberania envolve Seu Governo e controle de modo absoluto.
3.3. Deus é Deus em qualquer circunstância.
Deus não opera nem do jeito e nem no tempo do homem. Deus já havia levantado o rei dos assírios, Salmaneser, contra o reino do Norte, Israel (2Rs 17.6). Por toda a Escritura, notamos que o Senhor Deus não perde o controle, não se confunde e não é surpreendido. Mesmo quando tudo parece desmoronar e se tornar um caos, o Senhor reina e Seu propósito prevalece (Jó 42.2; Ap 19.6). Assim, o Senhor Deus é poderoso para usar as circunstâncias em favor daqueles que O amam, confiam nEle e a Ele se submetem (Rm 8.28).
Podemos estar sujeitos ao Senhor em todo o tempo. Podemos confiar nEle em tempo de perturbações, dores, angústias e ansiedades. Podemos nos apoiar nEle e na força do seu poder. As circunstâncias mudam, mas Deus nunca muda (Ml 3.6; Hb 13.8; Tg 1.17). Podemos não saber o que o Senhor está fazendo, mas sempre podemos confiar nEle, porque Ele sabe o que é melhor para cada um de nós. Não espere coisas comuns de um Deus que faz maravilhas. Não espere coisas acanhadas de um Deus imponente. Não podemos limitar o atuar de Deus. Ele é Deus e será sempre Deus! Ele nunca fracassou e não falhará jamais!
Conclusão.
Tudo que aconteceu com o povo de Israel foi por causa de sua desobediência, que trouxe como consequência o cativeiro. Deus até nos permite sermos subjugados, mas não para sempre. Isto dura o tempo que for preciso para que aprendamos e cresçamos em Sua presença.
Questionário.
1. O profeta Isaías havia dito a qual rei sobre a incursão babilônica?
R: O rei Ezequias (1Rs 20.16-17).
2. Quem vê todas as coisas?
R: O Senhor (Sl 33.13-15).
3. Mesmo no exílio., o profeta Daniel orava voltado para qual direção?
R: Jerusalém (Dn 6.10).
4. Quanto tempo o povo ficou cativo na Babilônia?
R: Setenta anos (Jr 29.10).
5. Quem o Senhor usou para libertar o Seu povo do cativeiro?
R: O rei Ciro (Ed 1.1-3).
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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