O Centro de Gestão de Desastres do Sri Lanka indicou em um relatório divulgado hoje que 712.977 pessoas sofrem com a maior seca no país da última década.
Com a meteorologia prevendo tempo seco e sem chuva até meados de março, o governo reiterou nesta semana o risco das condições difíceis se estenderem a diferentes zonas do país.
Segundo o Ministério da Agricultura, apenas a quarta parte dos 800 mil hectares de plantações de arroz foram cultivados este ano por conta das más condições climatológicas, e outros 100 mil hectares sofreram danos nos cultivos, o que restringiu o fornecimento de arroz no mercado.
As autoridades do Sri Lanka decidiram importar arroz de Índia e Mianmar para satisfazer a demanda local.
O presidente do país, Maithripala Sirisena, ordenou na terça-feira a aquisição de 100 mil toneladas de arroz para manter reservas armazenadas, e decidiu tabelar o preço de venda do cereal, um produto básico na dieta dos cingaleses.
A diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Ertharin Cousin, indicou ao término de uma visita de três dias ao Sri Lanka que o governo do país aceitou a ajuda da organização.
"Todos os funcionários do governo com os quais conversei agradeceram à assistência do PMA para satisfazer as necessidades dos afetados pela seca", indicou Ertharin.
A crise também afeta o setor energético do país, que depende da produção hidrelétrica.
As reservas de água das principais centrais estão abaixo dos 40% e há avisos sobre possíveis cortes no fornecimento de energia nos próximos meses.
Fonte: EFE
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