20 de fevereiro de 2017

Lição 09 - A geração que fracassou na Terra da Promessa: Jovens e Adultos - 1º Trimestre de 2017 - Betel

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A geração que fracassou na Terra da Promessa
26 de fevereiro 2017


Eclesiastes 1.4
“Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece”.

Verdade Aplicada
A pior tragédia para uma geração é viver alienada de Deus, andando por seus próprios caminhos.

   Objetivos da Lição
Esclarecer que a felicidade de uma geração não garante o sucesso da geração futura;
Ensinar que é possível viver alienado de Deus, mesmo nascendo em um lar cristão;
Tornar evidente que uma geração pode comprometer o sucesso da seguinte quando não cumpre seu propósito.

   Glossário
Antepassados: Gerações anteriores de uma pessoa, ou de um povo;
Minimizar: Diminuir; considerar sem importância;
Seara: Grande números de pessoas engajadas a algum princípio benéfico.

    Leituras complementares
Segunda Dt 8.11-14
Terça Pv 8.13
Quarta Lm 5.17
Quinta Os 6.3
Sexta Jo 4.36-38
Sábado 1Tm 4.1-3

   Textos de Referência.
Juízes 2.6-8, 10
6 E, havendo Josué despedido o povo, foram-se os filhos de Israel, cada um à sua herdade, para possuírem a terra.
7 E serviu o povo de Israel ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que prolongaram os seus dias depois de Josué e viram toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a Israel.
8 Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, da idade de cento e dez anos.
10 E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel.

Hinos sugeridos.

Harpa Cristã:169,


Harpa Cristã:186


Harpa Cristã:432

   Motivo de Oração
Clame para que surjam professores capacitados para ensinar sobre Jesus.

Esboço da Lição
Introdução
1. Fidelidade de um e o sucesso de outro.
2. Por que fracassa uma geração?
3. Uma geração pode afetar a outra.

Introdução
Dentro da totalidade do plano eterno de Deus, a vida é um sopro, curta demais para tudo realizar. Cada geração desempenha sua parte na realização deste projeto e cada uma depende da outra para concluí-lo.

1. Fidelidade de um e o sucesso de outro.

Por mais poderosa e consagrada que seja uma geração, ela é insuficiente para dar conta de todo o trabalho dessa grande seara. A geração pós-Josué jamais compreendeu que o plano de Deus se concretiza de maneira progressiva através de gerações.

1.1. Os desafios de nossa geração.

Uma das maiores discussões de nosso planeta está em como aprender a conviver com as mudanças de nossa geração que passa, outra surge com novos desafios. Por exemplo, em alguns países, existem leis que aprovam os casamentos de pessoas do mesmo sexo (1Tm 4.1-3). Muita coisa ilegal nas gerações passadas, está sendo legalizada. Outro fato alarmante é que há aproximadamente cinquenta anos, o sexo entre jovens e não-casados era visto como desonroso, mas, hoje em dia, tornou-se comum, onde muitos jovens têm se tornado pais cada vez mais cedo.

Infelizmente, os dias atuais estão marcados pela irresponsabilidade daqueles que deveriam ser o reflexo da glória do Senhor e responsáveis pela expansão do Reino de Deus aqui na terra. É bem verdade que esse mau comportamento pode causar danos às futuras gerações.

1.2. Cada geração nasce com uma responsabilidade.
A história de Josué terminou maravilhosamente bem. Ele viveu cento e dez anos e sua geração foi fiel a Deus e cumpriu tudo que com o tempo se permitiu (Jz 2.7-8). Porém, em meio a tanto sucesso, a seguinte geração pouco herdou da herança espiritual de seus pais. Nos dias de Josué
houve muitas conquistas, mas não todas. O que restava deveria ser concluído pelos filhos daquela geração. Não somente morreu Josué e sua geração, morreu também seu legado. A seguinte geração, além de não conhecer a Deus, ainda desconheceu o legado de seus antepassados (Jz 2.7).

Na verdade, não é que eles não conheceram. Eles sabiam, mas nunca tiveram uma experiência marcante como a de seus pais. Eles nasceram numa terra farta, jamais foram escravos, tiveram a mão forte do Senhor a guia-los, mas fracassaram em seu legado. Cada geração precisa ter seu encontro pessoal com o Senhor Deus, pois a salvação é individual.

1.3. Toda geração possui uma missão.

Desde a saída do Egito, o Senhor tinha um propósito para o Seu povo. Deus não queria que perecessem no deserto. Eis sua vontade: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19.5-6).

Sabe o que significa um tesouro especial? É aquilo em que Deus põe Sua total atenção, Seu cuidado, seu amor. Os filhos de Israel foram escolhidos para andar com Deus (Is 41.9). Mas não era somente isso. Eles deveriam ser também para Deus um reino de sacerdotes e nação santa. Deus não os chamou somente para lhes conferir as riquezas de Sua graça. O Senhor dos Exércitos contava com eles para que cumprissem um propósito. A missão de Israel era primeiro conhecer intimamente a Deus e depois revelar esse conhecimento para as nações (Êx 19.5). Vale a pena ressaltar que um tesouro, além de ser a maior conquista de um rei, é também algo que exige segurança e cuidados especiais para que os inimigos não o levem. Ser tesouro do Eterno Deus é ter um grande valor e uma grande proteção.

2. Por que fracassa uma geração?

O fracasso da terceira geração foi simplesmente viver com Deus sem achar que deveria conhecê-Lo. É possível comer o maná e jamais entender seu significado. É possível estar no templo sem Deus no coração. O relacionamento com Deus deve ser contínuo para conhecê-Lo e entender Sua Palavra.

2.1. Viver sem comunhão com Deus.

A terceira geração nasceu livre, em uma terra abundante. Eles não precisavam esperar uma porção diária, como seus pais no deserto (Dt 8.7-10). Por esse motivo, relaxaram quanto à atenção que deveriam ter em relação à comunhão com Deus e a consciência de serem seus dependentes dEle, resultando, assim, em tragédia e ruína. Essa geração não teve experiências significativas com Deus. Consequentemente, nunca chegou a ter consciência de sua necessidade de Deus. Eles deveriam recordar que seus pais foram salvos de uma escravidão que eles nunca experimentaram (Dt 8.11-14). Todavia, seu maior engano foi imaginar que não precisavam tanto de Deus quanto seus pais precisaram.

O Eterno Deus falava e o menino Samuel não entendia. Assim acontece com muitas gerações (1Sm 3.6-7). É importante entender que aqueles que foram libertos de uma vida escrava, que viveram escravizados por toda sorte de pecados, sabem muito bem o valor da salvação (Sl 116.16).

2.2. Viver sem compromisso.
Nascemos com um propósito todo especial designado por Deus (Jr 1.5). Viver apenas para si e para os próprios deleites empobrece a nossa existência (Jo 4.36-38). Deus não nos chamou para olhar para trás e criticar ou desfazer o que foi feito antes, mas, sim, para dar continuidade e seguir adiante com o plano, buscando constante aperfeiçoamento para melhor cumprirmos a missão dada por Deus (Ef 4.12), preparando outras gerações para que possam ir adiante de nós e alcancem o que não pudemos alcançar (Sl 145.4).

A evolução da ciência e as principais descobertas da atualidade não aconteceram do dia para a noite. Elas são fruto do trabalho de pessoas que praticamente se anularam e renunciaram a uma vida normal, para dedicarem-se integralmente às gerações posteriores. Eles sabiam que as futuras gerações dependiam inteiramente de seu árduo trabalho. Muitos morreram e nada viram, outros deram seguimento e concluíram com êxito a tarefa que lhes fora confiada (Tg 2.18, 22).

2.3. Viver sem conhecer a Deus é desperdiçar a própria vida.
A geração da terra fértil não precisava de forma alguma entrar por caminhos desconhecidos, não precisavam cometer os mesmos erros, pois seus pais eram seus espelhos (Dt 8.1). Qual o maior tesouro que uma geração pode deixar para outra? O conhecimento de Deus, Foi exatamente esse quesito que essa geração desperdiçou. Como é importante ter um histórico de vida com Deus em uma família. Hoje famílias inteiras estão sendo dizimadas. Casamentos estão desmoronando. O mundo vive um desequilíbrio social progressivo e a única coisa que pode frear o mal é um retorno à Palavra de Deus. O conhecimento de Deus vai além de saber que Ele existe, mas reside no fato de conhecer e obedecer à Sua Palavra (Os 4.6).

O propósito do nosso Deus é que sempre sigamos adiante. O que teríamos hoje se os cientistas que sequer conhecemos não assumissem a responsabilidade de dar continuidade às pesquisas? O que seria de nós? Eles viveram para uma missão. É isso que Deus também espera de nós (Jo 15.16).

3. Uma geração pode afetar a outra.
O que semeia para o futuro uma geração que vive sem Deus? Problemas, somente isso. Dessa geração que apenas viveu para si, desfrutando de uma terra fértil, surgiu uma geração problemática, imatura e incrédula, que Deus se compadecia e enviava um libertador a cada período de tempo, mas eles nunca se firmavam porque, infelizmente, não possuíam, como seus antepassados, uma vida com Deus (Jz 21.25).

3.1. Sem legado só restarão ruínas.

O descompromisso e a insensatez da geração da terra fértil fizeram parte do DNA da geração da época dos juízes (Lm 5.7, 17). Se observarmos a história dos grandes avivamentos, veremos que muito dos trabalhos feitos, por grandes homens e mulheres de Deus hoje não passam de lembranças. Muitos locais se tornaram em mercados, museus e até ferrovias. Em muitos outros, o que podemos encontrar são ruínas e uma lembrança de que um dia o Senhor esteve presente ali.

Não devemos apenas ter o Senhor Deus como amigo, devemos apresentar esse amigo, devemos apresentar esse amigo aos necessitados, àqueles que precisam. Mais do que nunca, a Igreja, a Noiva de Jesus Cristo, deve ser atuante e, por onde passar, deve deixar a marca da presença do Senhor. É importante destacar que os sucessos e fracassos das gerações passadas são placas sinalizadoras para a nossa caminhada (Pv 22.28).

3.2. Povo sem sucessão é povo sem sucesso.
Josué viveu bem e alcançou sucesso em suas conquistas. Mas existe um fator que deveria ser apreciado no tempo de sua gestão. Josué recebeu uma capacitação da parte de Moisés, mas não há registros de ter preparado outro líder para dar seguimento à obra que realizara (Dt 34.9). A obra feita pela geração de Josué avançou bastante, mas ainda havia muito a fazer. A palavra que descreve esse tempo é: “cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21.25).

Quando não se conhece ao Senhor, o que existe são apenas ideias e intenções humanas. E os resultados são sempre ruína e destruição espiritual. Uma árvore jamais produz fruto para si. Ela jamais irá desfrutar do próprio fruto. Seu fruto é sempre para outrem. Assim também somos nós. Não somos um fim em nós mesmos. Se em nossa morte nossa influência não se perpetuar, logo, o que tínhamos como sucesso, será esquecido de todos (Is 61.1-4). É importante ressaltar que a apostasia dos filhos de Israel durante o período dos juízes é muito mais repreensível quando vista através das grandes obras feitas pelo Senhor, o Deus Eterno. Grandes privilégios envolvem grandes responsabilidades.

3.3. Povo sem herança espiritual é povo sem perspectiva.
A geração da época dos juízes de Israel era tão problemática que até os seus libertadores eram oscilantes (Jz 2.16-19). Durante quatrocentos anos, tudo o que havia de Deus era uma lembrança. Deus até os socorria de tempos em tempos, mas quando morria um juiz o povo caia na mesma desgraça. A primeira grande tarefa de um salvo não é conhecer o que o Senhor é capaz de fazer, mas quem é o Senhor que o salvou (Os 13.4; Jr 9.24). Toda a desgraça se deu porque essa geração não conheceu ao Senhor. Esse foi o motivo de seu fracasso. Deus é Deus de aliança, de comunhão e não somente o doador de bênçãos.

A aliança com o Eterno Senhor Deus é a base para uma vida frutífera e feliz (Is 33.6). Leia Juízes 2.19 e veja esse versículo como o retrato de um povo que renunciou ao compromisso com o Senhor: “Porém sucedia que, falecendo o Juiz, tornavam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e encurvando-se a eles; nem do seu duro caminho”. Vemos no livro de Juízes os princípios que regeram o relacionamento do Senhor Deus com os filhos de Israel durante quase dois séculos. Podemos observar que houve um ciclo repetitivo de quatro fases neste período: Apostasia, servidão, súplica e livramento. A nação israelita abandonou o Senhor, crime que envolvia a deslealdade a seus antepassados e esquecimento voluntário das poderosas obras que o Senhor realizara em seu benefício, especialmente o livramento do Egito. Todas as comprovações de suas tradições deveriam ter assegurado a fidelidade do povo, mas, ao contrário, voltaram-se para os deuses dos povos no meio dos quais haviam chegado, cuja religião parecia estar mais diretamente voltada para a prosperidade do povo.

Conclusão.

A geração pós-Josué não obteve o resultado esperado porque deixou o Senhor e serviu a deuses estranhos. Aprendemos nesta lição que mesmo estando no lugar em que Deus nos colocou, corremos o risco de perder a bênção e comprometer o sucesso das futuras gerações.



1. O que empobrece a nossa existência?
R: Viver apenas para si e para os próprios deleites (Jo 4.36-38).




2. O que pode frear o mal?
R: Um retorno à Palavra de Deus (Os 4.6).





3. O que fez parte do DNA da geração dos juízes?
R: O descompromisso e a insensatez (Lm 5.7, 17).





4. O que Josué não preparou?
R: Nenhum outro líder para dar seguimento à obra que realizava (Dt 34.9).





5. Qual a primeira grande tarefa de um salvo?
R: Conhecer quem é o Senhor que o salvou.





Fonte:
Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.


  

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