A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou nesta terça-feira que cerca de 100 mil pessoas permanecem presas no norte da Síria, em uma região próxima à fronteira com a Turquia, devido à guerra civil que se desencadeou no país.
"Cerca de 100 mil pessoas permanecem presas entre a linha de frente do Estado Islâmico (EI), a fronteira turca e (a região síria) de Afrin", afirmou a MSF em sua conta oficial no Twitter.
Afrin é um território curdo situado no norte da província síria de Aleppo e próximo à fronteira com a Turquia.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que 2,6 mil deslocados chegaram nas últimas horas na região de Afrin.
Os deslocados vinham em sua maioria da cidade de Aleppo e de áreas ao norte, ao sul e ao leste do município, embora também haja alguns da província de Raqqa, principal reduto do EI na Síria.
Em seguida, o OSDH advertiu que os civis estão sendo alojados em abrigos improvisados e em acampamentos, embora alguns estejam ficando em casas de parentes em Afrin.
O local é um dos três principais territórios curdos da Síria e está sob o controle das Unidades de Proteção Popular (YPG), a mais importante organização curda do país árabe.
O clima hostil continua na cidade de Aleppo e lugares próximos, apesar dos esforços internacionais para detê-lo. Com isso, milhares de civis foram obrigados a fugir da região.
As forças do governo estão enfrentando facções rebeldes islâmicas e da Frente Al-Nusra, braço sírio da Al Qaeda, no meio da população nas zonas norte e sul.
Por outro lado, o Exército sírio e seus aliados lutam contra o EI em Aleppo, enquanto as organizações insurgentes combatem em cidades do norte, perto da fronteira com a Turquia.
Fonte: EFE.
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