O diretor nacional de Inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, disse que a Coreia do Norte ampliou sua instalação de enriquecimento de urânio em Yongbyon e reativou um reator de plutônio, o que lhe permitiria produzir material para armas nucleares em semanas ou meses.
Clapper divulgou nesta terça-feira (09/02) a análise anual feita por agências de inteligência dos Estados Unidos sobre os maiores perigos enfrentados pelo país.
Os especialistas descobriram que a Coreia do Norte não somente avançou tecnicamente nos testes mais recentes, como possivelmente tem um pequeno arsenal nuclear com aproximadamente dez armas de curto alcance. O número poderia ser ampliado de 20 a 100 até 2020. "Eles estão determinados a construir mísseis de longo alcance", disse.
As declarações foram dadas depois de a Coreia do Norte lançar, no domingo passado, um foguete com um satélite de observação terrestre, uma ação que a comunidade internacional considera um novo teste disfarçado de mísseis balísticos intercontinentais.
Radicais e ataques cibernéticos
O diretor classificou o extremismo islâmico no exterior e possíveis ataques cibernéticos de China e Rússia como ameaças. Clapper salientou que a rede Al Qaeda continua sendo uma inimiga e que militantes radicais islâmicos e americanos inspirados pelo "Estado Islâmico" (EI) continuam figurando como uma ameaça dentro e fora do país.
"O sucesso notado em ataques de extremistas originários dos Estados Unidos e da Europa - como aqueles perpetrados em Chattanooga e San Bernardino - deve inspirar outros a reproduzirem ataques oportunistas com pouco ou nenhum alerta, diminuindo nossa capacidade de detectar o planejamento e a prontidão operacionais dos terroristas", disse.
Clapper salientou que poderão ocorrer ataques muito mais por inspiração no "EI" do que por envolvimento, comando ou liderança direta do grupo terrorista.
Seu depoimento terminou sugerindo que a Rússia estaria propensa a atingir os interesses americanos com ataques cibernéticos para promover sua agenda na Ucrânia e na Síria. A China, por outro lado, iria provavelmente se concentrar em alvos seletivos que Pequim vê como perigosos para o controle pelo regime e para a estabilidade doméstica.
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