"Em contatos com Washington propusemos um plano absolutamente concreto, que eles agora se puseram a estudar", afirmou Lavrov ao jornal "Moskovski Komsomolets", que teve trechos divulgados nesta terça-feira.
"Espero que as propostas, muito simples, contidas no plano não levem tempo demais para serem estudadas por Washington", acrescentou.
O chefe da diplomacia russa criticou a Turquia, a quem acusa de "arrogância" por sua recusa em aceitar a presença dos curdos nas negociações de Genebra, e garantiu que nenhum outro país envolvido no conflito e nas negociações de paz compartilha essa posição.
Lavrov lembrou que os curdos estão combatendo o Estado Islâmico (EI) e que a Rússia também "trabalha com eles", e por isso qualificou sua exclusão das negociações - por imposição da Turquia - como "uma posição arrogante e excepcional, que ninguém mais compartilha".
Ele também ter ficado supreso com "o apoio incondicional a Ancara dado pela chanceler alemã, Angela Merkel, ao longo de toda a crise síria".
"Enquanto isso, põem à Rússia como a principal culpado do que acontece, alegam que as ondas de refugiados se multiplicaram devido aos bombardeios da Força Aérea russa", acrescentou.
Lavrov se referiu também às relações da Rússia com a União Europeia (UE) e a Otan, e acusou estes países de inflarem "o mito da ameaça russa".
"A chefia da Otan e de uma série de países europeus, especialmente do Reino Unido, dos escandinavos, nossos vizinhos dos Países Bálticos, de Polônia, Romênia e outros países inflam até a histeria o mito da ameaça russa e que planejamos ameaçar com armas nucleares a Suécia e os bálticos", afirmou.
"É uma guerra de informação. Vemos e o entendemos, mas não temos intenção de responder histeria com histeria e tentamos fazê-lo só com fatos", acrescentou.
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Fonte: EFE.
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