Não tinha entendido a frase: “Ser mãe é padecer no paraíso” até me tornar uma. Daí descobri um mundo diferente que somente quem é mãe entende. Hoje meus filhos tem 15 e 16 anos.  Mas eu me lembro exatamente da emoção do primeiro olhar.
Foi nesse momento que escrevi a seguinte frase: “Filhos, retrato do meu melhor, reconheço no seu olhar meu próprio sorriso e nessa linguagem nos descobrimos parceiros, meu verdadeiro amor”. Depois que me tornei mãe, descobri outro mundo, mais ou menos assim:

Ser mãe é chorar de medo por achar que não vai dar conta e orar o tempo todo por ter certeza que sem Deus não vai dar mesmo.

É sonhar em ver o rosto do filho e às vezes querer que o filho continue lá dentro, quietinho e seguro do mundo mau.

É continuar a caminhada ainda que o peso seja enorme e cada passo um sacrifício.

É sentir dor e não tomar aquele remédio que funciona porque pode prejudicar o bebê.

É amar antes de conhecer e se apaixonar no instante do primeiro olhar.

É dar um sorriso bobo entre um enjoo e uma câimbra.

É se alegrar ao ver no ventre que carrega o seu bem mais precioso ainda que a barriga esteja cortada por estrias e mais parece uma enorme melancia.

É nunca mais dormir tranquila depois de ter o filho e não imaginar que a vida possa ser melhor com noites diferentes. É sentir uma dor alucinante e a alegria indescritível ao mesmo tempo.

É saber o que o filho está sentindo antes de ele falar.

É cumprir a palavra dada ainda que seja para corrigir.

É achar a letra deles a mais linda de todas ainda que seja o maior garrancho.

É brincar… De super herói.

É ler junto, chorar junto, pedir perdão e desculpar na mesma altura. Viver junto. Ser mãe é poder ver a promessa de Deus se cumprir.
Hoje meus filhos  não é mais um menininho. Mas aquele primeiro olhar continua intacto como lá na maternidade assim como o amor.
Dedico aos meus filhos Miquéias e Gabriel com muito amor e carinho. 

Adália Helena