7 de janeiro de 2015

Estudo Bíblico-Você tem valor



“E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém compra mais as suas mercadorias: mercadorias de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, e todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho, azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de homens ”. Apocalipse 18.11-13.O texto que acabamos de ler mostra a que ponto a desvalorização das pessoas está chegando em nossos dias. Mostra que os valores estão sendo trocados e que o ser humano é colocado, pelos reformadores humanistas e secularistas da sociedade, em seus diversos aspectos, como produto comercial e descartável no meio de outros produtos.

A praga impessoalidade

Cada vez mais vivemos numa sociedade que valoriza a impessoalidade. Interagimos com máquinas, mensagens gravadas, e-mails, imagens gravadas e processadas de diversas maneiras e transferidas para as nossas casas aumentando a distância das pessoas, quando na realidade somos levados a pensar que estamos encurtando. A idéia de que as pessoas são números, estatísticas, índice, caracteres, traz o crescimento da impessoalidade cria neuroses, doenças emocionais e sociais, traz à tona o que há de pior nas pessoas que vivem solitárias, que não se sentem amadas, que não se sentem importante para alguém ou alguma coisa, que não se sentem necessária. Gera os dependentes químicos, os anti-sociais, deforma a personalidade humana levando a degradação dos vícios, da violência, do suicídio físico, espiritual e emocional.

Os políticos, os órgãos reguladores do governo, do comércio e dos religiosos vêem as pessoas como estatística. O trabalhador desempregado não tem nome e nem rosto, se transformou no impessoal e frio índice mensal, trimestral ou anual que regula os interesses do governo e do comércio interno e externo. A dona de casa também entrou na mesma classificação geral, agora não é mais uma mulher que tem as suas necessidades de mãe, de esposa e pessoais, mas uma simples e fria consumidora. Na igreja, as pessoas não têm mais nomes, nem rostos e pessoalidade, suas necessidades de serem amadas, tratadas como indivíduo, de se relacionarem, foi trocada por frios números de estatística de crescimento da igreja, pelo potencial de ofertar, se transformaram em um produto religioso, comercializados, vendidos, como se vende uma imagem, um ídolo, uma vela, trocados no frenesi religioso das riquezas dos senhores feudais.

Assim, as pessoas vão sendo rotuladas e a individualidade vai aos poucos desaparecendo, transformando pessoas em objetos descartáveis, inúteis. Essa idéia passa para os casamentos que se tornam descartáveis, para os filhos que se tornam descartáveis, os cônjuges descartáveis, os irmãos descartáveis, o amor, carinho, respeito, relacionamentos significativos, fidelidade, alegria, paz, descartáveis, e a vida que também se torna descartável. Todos os valores que herdamos como humanos, que nos faz humanos, estão fragilizados por essa cultura inútil que valoriza o que não tem tanto valor, (as coisas ) e desvaloriza o que tem muito valor (as pessoas ).

O que fazer?

O que fazer diante dessa troca planejada? Dessa desvalorização do ser humano e a sua herança? É importante saber que esta situação tem a tendência de se agravar cada vez mais, e diante deste projeto de desvalorização, não podemos fazer muita coisa com relação às mudanças de comportamento social, mas podemos fazer muita coisa com relação à nossa pessoa:

Não se deixar vender como produto religioso, comercial e político - toda vez em que, no meio em que vivemos, a nossa vida for exposta a esse processo degradante de desvalorização do individuo, seja por religiosos com as suas condenações, ou por algum representante comercial que tenta nos escravizar com as suas artimanhas e mentiras, ou por políticos que tentam nos enganar na época que antecedem as eleições, vamos dizer não!
Não se deixar rotular por ninguém como uma estatística religiosa, comercial ou política que tenta manipular nossos valores individuais com filosofias, fábulas, lavagem cerebral. A esses vamos dizer não!
Valorizar as pessoas, amar, viver alegre e feliz dentro da moralidade, fazer as pessoas com quem convivemos felizes e respeitá-las como indivíduos, nos relacionarmos sem interesses ocultos e promíscuos.

Precisamos entender que ser é mais importante do que ter ou fazer. Os pais amam seus filhos pelo que eles são e não pelo que eles fazem ou têm. Assim também devemos valorizar o somos. Cada um de nós tem uma história linda para ser contada e características únicas. As outras pessoas precisam de nós como também precisamos delas. Existem necessidades que não podem ser preenchidas se não for por outras pessoas, através de relacionamentos. Precisamos preencher a necessidade que temos de pertencer, de ser.

As riquezas que temos como indivíduos é o legado da criatividade divina que herdamos como pessoas feitas à imagem e semelhança de Deus, e essas riquezas são necessárias para completar as outras pessoas e a nós mesmos. Quantos livros que não foram escritos, quantas músicas que não foram cantadas, quanto abraço que não foi dado, quanta ajuda que não foi dada, quanta palavra de conforto, de carinho, de amor, de conselhos que não foram falados.

Conclusão

Está na hora de você se ver como Deus lhe vê: um individuo, uma pessoa importante, um ser único dotado de potencialidade e criatividade necessária para ajudar as pessoas. Existe uma música que cantamos que amo muito, e uma parte dela diz assim: “Quero que valorize o que você tem, você é um ser você é alguém, tão importante para Deus... você tem valor ”.

Deus lhe abençoe poderosamente.
Você sentiu tocado ao ler esta mensagem?

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