Carnaval…

Em dia de Carnaval, Quando os alegres e sorridentes rostos São mostrados.

Para uma população que quer mais:

Benefícios para a saúde, educação e segurança, Os veículos de comunicação parecem estar alienados, Em todos os canais sintonizados, Que só falam disso,Como se este comportamento fosse único compromisso.

Aqueles que não curtem esta orgia barata, Onde os artistas pagam para usarem suas máscaras Sem conteúdo e sentidos, que nada retrata.

A reportagem, ávida por aumentar o ibope Neste mercado consumista, Arma-se de flashes nas câmeras bem postadas, E o rei momo que não é rei Sendo apenas um fantoche, Um caldo de cultura para médicos e nutricionistas.

Onde, nas lentes o pipocar de flashes, que imagens retrata, Não esqueçam os integrantes de blocos carnavalescos Que no fundo, tudo é doidice, Para ficar pagando o ano inteiro a indumentária, Que usam por três noites consecutivas, Atestando, assim quão pequena é a mente Que une-se ao cordão para festejar tanta tolice.

Recolho-me, Para ler um livro de profundos ensinamentos, O ECLESIASTES.

Enquanto, carnavalescos malucos por folia, Levam para o asfalto no desfile, infantes, Em notória desobediência as leis dos direitos da criança, Expõe-se corrompendo à própria cria.

Enquanto, foliões em beberagens, Alienados pela música repetida, Vão em frente, cadenciadosPara prostrar-se ao pé de uma imagem colorida, De um galo gigantesco sem vida.

Imagens: Internet
Adair Soares Cardoso – Porto Alegre-RS