Não são os ensinamentos de Jesus, a vida do Cordeiro, o exemplo do Cordeiro, os milagres de Jesus que nos salvam, e sim o sangue do Cordeiro. Jamais se esqueça dessa verdade. Hebreus 9.22, diz: “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam pelo sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão”. Muitas pessoas admiram a vida de Jesus, seu exemplo de vida, seus ensinamentos. Elas chegam a ficar extasiadas com os ensinamentos Dele, mas foi a morte de Jesus Cristo que nos trouxe a salvação. Ele mesmo disse em Mateus 20.28: “Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. Alguns podem até enfatizar o lado de servo de Jesus, mas Ele mesmo completa: “[...] o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28).
O cordeiro da páscoa é aquele cujo sangue foi aspergido, aplicado nas portas como sinal de livramento. Não adiantava apenas ter o cordeiro, era preciso aplicar o sangue, ele devia ser colocado nos umbrais e na verga da porta, pois era o símbolo da cruz, o símbolo da salvação (Veja Êxodo 12).
A Páscoa é um memorial que precisa ser perpetuado a fim de que novas gerações conheçam a salvação. Deus ordenou que os hebreus ficassem em casa com toda a família para que ensinassem aos filhos, netos o significado da Páscoa. Todos nós temos graças e bênçãos, milagres, experiências com Deus que devemos passar para as futuras gerações. Conte para os seus filhos o que Deus fez em sua vida. A Páscoa que celebramos é a Páscoa do Senhor. Em Êxodo 12 o Senhor é mencionado várias vezes. Ele é o centro da história da redenção. À meia-noite Deus visitou, em juízo, as casas dos egípcios e revelou o seu poder, guardou a sua promessa, Ele libertou o seu povo. O cordeiro foi morto, seu sangue aspergido nos umbrais, e quando o Destruidor passou por aquelas portas, o Senhor não permitiu que ele entrasse nas casas dos hebreus e os ferisse. Para nós, hoje, o Cordeiro é Jesus. A Páscoa é a lembrança do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário. “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado” (1Co 5.7).
A Páscoa deve levá-lo a uma profunda investigação para saber se, de fato, todos os membros da sua família estão debaixo do sangue. Quem sabe se lembre de algum parente que ainda não conheceu Jesus, que não está debaixo do sangue do Cordeiro. No Egito, todo pai hebreu não poderia deixar que nenhum filho ficasse do lado de fora, todos tinham que estar nas casas, sobre a cobertura do sangue. A Páscoa é um momento de reunião, de explicar para a família, os filhos o que Deus fez por nós. Precisamos dizer para os filhos, netos, colegas de trabalho o real significado da Páscoa, sobre o sacrifício de Jesus pela nossa vida.
As casas que tinham a marca de sangue não estavam restritas apenas à família, mas vizinhos, aqueles que entrassem nessas casas seriam salvos. Certamente havia egípcios dentro das casas, pois quem estivesse ali a praga não alcançaria. Páscoa é tempo de avaliar: “Será que a bênção é só para minha casa? E os vizinhos, amigos, colegas de trabalho?” Podemos ver em Êxodo 12.4 que o estrangeiro podia entrar. A salvação em Jesus é para todos.
A proteção e o poder estão no sangue do Cordeiro, e o sangue é um sinal para Deus, um sinal para as trevas. Paulo dizia: “Ninguém me moleste, eu trago em meu corpo as marcas do Senhor”(Gl 6.17). Temos as marcas de um compromisso com o Senhor. Que possamos viver o verdadeiro significado da Páscoa, que ela não seja simplesmente um chocolate, um coelhinho, mas a Páscoa da Cruz, do sangue do Cordeiro.
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