Se você não percebeu, a psicologia do marketing já. Seres humanos sentem falta do que nunca tiveram. Sentem falta de um paraíso perdido. E valendo-se deste anseio paradisíaco, as agências propagam bens de consumo, coisas como cervejas douradas, carros que transformam mulheres em divindades e homens em deuses, roupas que parecem trajes sacerdotais, cremes que eternizam, shampoos que produzem cabelos angelicais e tecnologias que dão uma sensação de onipresença e onisciência.
O marketing já percebeu que o ser humano possui uma radical inclinação religiosa e usa tal pulsão para favorecer seus interesses comerciais. A única forma de se libertar das ilusões produzidas por esta “pedagogia do desejo” é reconhecer que seres humanos são seres litúrgicos, criados para a veneração. Por esta razão, são tão inclinados e seduzidos por esses “falsos deuses”, ídolos fabricados diariamente pela cultura de consumo. Por outro lado, isto mostra a profunda natureza religiosa da humanidade. Natureza que encontra plenitude naquele que sinaliza o eterno por seu triunfo sobre a morte, e não no ridículo projeto de vida que se reduz a um mero “Camaro Amarelo”.
Imagens: Internet
Igor Miguel
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